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Energia renovável no Brasil: confira oportunidades, desafios e exemplos de empresa que utilizam

Energia renovável no Brasil: confira oportunidades, desafios e exemplos de empresa que utilizam

O uso de energia renovável no Brasil coloca o país em uma posição de destaque no cenário regional e global. De acordo com dados do Ministério de Minas e Energia, as fontes renováveis atingiram uma demanda de participação de 46,1% na matriz energética, o que representa três vezes o percentual mundial.

O potencial é tão impressionante que incentivou o executivo holandês Marco Krapels a deixar um cargo de confiança ao lado de Elon Musk na Tesla para abrir uma empresa de baterias móveis no Brasil. O motivo foi explicado pelo próprio em entrevista à revista Época:

“O Brasil é uma potência da energia renovável (…) No futuro, com o desenvolvimento das fontes de energia solar e eólica, associado ao uso de baterias, deve se tornar a primeira grande nação do mundo a usar 100% de energia renovável”.

Conhecendo as características geográficas do Brasil e todos seus recursos naturais, não se pode dizer que a previsão de Krapels não é realista. No entanto, também temos que admitir que o país ainda enfrenta uma série de obstáculos que o impedem de atingir sua capacidade total.

Pensando nisso, decidimos analisar os dados sobre energia renovável no Brasil e detalhar a participação de todas suas fontes na matriz energética nacional. Neste post você encontrará um guia sobre suas vantagens e seus desafios e ainda conhecerá exemplos de empresas dispostas a diminuir a dependência de combustíveis fósseis.

Quer saber mais sobre essa interessante oportunidade de negócio para quem está no Mercado Livre de Energia? É só continuar com a leitura!

Panorama da energia renovável no Brasil e no mundo

Em termos de capacidade instalada de energia renovável, o Brasil ocupa o terceiro lugar do ranking mundial, com 141.932 MW. Estamos atrás apenas da China, com incríveis 788.916 MW, e dos Estados Unidos, com 282.656 MW.

Esses números são relativos ao ano de 2019 e foram coletados pela Agência Internacional para Energias Renováveis (IRENA). Logo abaixo conseguimos ver um panorama mundial da capacidade instalada de energia renovável:

Como vimos no gráfico, ainda estamos a uma distância considerável da China. No entanto, o que chama a atenção é que já estamos sendo seguidos de perto pela Alemanha, um país consideravelmente menor e, embora mais desenvolvido, com muito menos recursos naturais.

Esse é um indicativo de que o Brasil ainda está muito longe de explorar todo seu potencial. E isso foi comprovado pelo Relatório da Situação Global das Renováveis de 2019, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).

De acordo com esse relatório, o investimento global em energia verde ultrapassou US$ 2,6 trilhões na última década. Ainda segundo o PNUMA, cinco países se destacaram no investimento em soluções para reduzir os efeitos da mudança climática:

  • China
  • Índia
  • Estados Unidos
  • Japão
  • Espanha

Você deve estar se perguntando o que está faltando para nosso país, com potencial reconhecido mundialmente, também se destacar entre os que mais investem em fontes limpas. Vamos tentar responder analisando alguns dados sobre a energia renovável no Brasil.

Antes, porém, vamos começar pelo básico e lembrar quais são as fontes de energia renováveis.

Quais são as fontes de energia renováveis?

As principais fontes de energia renovável são o sol, a água dos rios, as ondas e as marés, os ventos, os materiais orgânicos e calor do interior da Terra. Além destas, também podemos destacar o hidrogênio, a água salobra e a fotossíntese artificial.

O aproveitamento das principais fontes geram as seguintes energias:

Hidráulica

A força das águas dos rios é transformada em energia cinética e depois em eletricidade nas usinas hidrelétricas.

Biomassa

A queima de qualquer material orgânico não fóssil, como o bagaço de cana-de-açúcar, também pode ser usada para produzir energia.

Eólica

Os ventos giram as hélices das usinas eólicas que movem as turbinas e acionam os geradores de eletricidade.

Solar

Os raios solares são captados por painéis e convertidos em eletricidade ou geram calor para aquecer a água.

Geotérmica

As usinas geotérmicas injetam água no subsolo que, após evaporar devido às altas temperaturas, é conduzida até as turbinas para acionar o gerador de eletricidade.

Maremotriz

A movimentação mais intensa das ondas pode ser aproveitada para gerar energia, assim como a água das marés também pode ser represada como em hidrelétricas.

Hidrogênio

A combinação do hidrogênio com o oxigênio produz vapor de água e libera energia que é convertida em eletricidade.

Após conhecer todas essas fontes fica claro porque o Brasil tem tanto potencial. Com tantas delas em abundância em nosso território, como será que as aproveitamos?

Qual energia o Brasil mais utiliza?

A energia mais utilizada no Brasil, considerando tanto as renováveis como as não-renováveis, é a hidráulica. Sua participação na matriz energética nacional atinge mais de 60% do total, como indica o gráfico abaixo:

energia fóssil
Fonte: Hud, plataforma de comunicação e gestão de energia exclusiva para clientes Esfera.

Devido ao seu enorme potencial hídrico, o Brasil vem historicamente focando seus investimentos em hidrelétricas. De acordo com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), temos 875 hidrelétricas, centrais geradoras hidrelétricas e pequenas centrais hidrelétricas no país.

É justamente essa enorme quantidade de hidrelétricas que coloca o Brasil no Top 3 do ranking mundial de capacidade instalada de energia renovável. No entanto, é bom ressaltar que, apesar de a energia hidráulica ser limpa, a construção das hidrelétricas causa uma série de impactos ambientais e sociais.

O mais indicado seria o Brasil diversificar sua matriz renovável e investir mais para criar usinas de energia solar, eólica e de biomassa. Ainda que também causem repercussões na natureza, normalmente essas ocorrem apenas no local em que são produzidas e são facilmente controladas.

Qual é a porcentagem de uso de energia renovável no Brasil?

A participação das fontes renováveis na matriz elétrica nacional costuma ficar por volta de 80% do total. Como era de se esperar, a principal fonte de energia renovável no Brasil é a hidrelétrica, que representa mais de 60%, seguida pela eólica (cerca de 9%), biomassa e biogás (cerca de 9%) e solar centralizada (cerca de 1%).

Esses dados, divulgados pelo Ministério de Minas e Energia no início de 2020, indicavam que o Brasil havia superado a meta de capacidade instalada estabelecida para 2019 pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Na ocasião, o diretor-geral da instituição, André Pepitone, destacou quais fontes tinham mais espaço para contribuir ainda mais:

“O maior potencial de crescimento é eólico, sobretudo na região Nordeste, e a solar, contribuindo com a geração de energia. Na energia térmica, um terço vem do bagaço da cana de açúcar”.

A previsão feita em 2019 se confirmou no ano seguinte. Em 2020 foram acrescidos ao sistema elétrico brasileiro 4.932 MW de potência instalada, sendo que cerca de 70% (3.519 MW) foram a partir de fontes renováveis. O grande destaque foi a eólica que, sozinha, representou 35% do total ampliado.

Segundo o Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), o Brasil liderou o crescimento de energia eólica na América do Sul nos últimos dez anos. Além disso, ficou em oitavo lugar entre os países que mais geraram empregos no mundo por meio da energia solar fotovoltaica.

Potencial da energia renovável no Brasil

A perspectiva para o Brasil passar a ser o primeiro país a usar 100% de energia renovável é, de fato, animadora. Mas a verdade é que ainda estamos bem longe de aproveitar toda nossa capacidade.

Para comprovar, basta dar uma olhada em alguns fatos científicos sobre o potencial das três principais fontes renováveis do Brasil, além da hidrelétrica:

  • De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o Brasil recebe mais de 2.200 horas de irradiação solar por ano. Se tudo isso fosse aproveitado por painéis fotovoltaicos e convertido em energia elétrica, seria o equivalente a 15 trilhões de megawatts.
  • Segundo a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), o potencial de geração do país é de cerca de 500 gigawatts. Esse número é três vezes maior que o atual parque nacional gerador de energia elétrica com todas as fontes disponíveis.
  • Por fim, um estudo da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) mostra que se todas as fontes de biomassa do Nordeste fossem usadas para fins energéticos seriam produzidos cerca de 55.000 GWh por ano. Isso corresponde a grande parte da energia elétrica consumida na região em 2010, que foi de 60.592 GWh.

Desafios enfrentados pela energia renovável no Brasil

Embora o potencial comprovado seja gigantesco, o Brasil ainda enfrenta alguns obstáculos que o impedem de atingir sua capacidade máxima de produção de energia renovável. A maioria deles estão ligados a fatores econômicos.

Embora, no longo prazo, as fontes renováveis possam reduzir as tarifas de energia, os investimentos iniciais precisam ser volumosos. Mesmo que a tecnologia tenha evoluído muito nos últimos anos e diminuído as despesas, ainda é preciso gastar muito com a infraestrutura necessária para produzir energia renovável.

Outro desafio a se levar em conta é que estamos falando de um investimento de risco. Afinal de contas, a performance da geração depende de uma série de fatores externos, assim como da sazonalização e condições climáticas favoráveis.

Para atrair mais investidores para o setor, é fundamental que sejam desenvolvidos novos modelos de negócio e de gestão de riscos financeiros. Apesar de já ter uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, o Brasil precisa se focar ainda mais em tecnologias de baixo carbono.

Além disso, é necessário criar campanhas de conscientização que mostrem as vantagens das energias renováveis, o que nos leva para o próximo tópico.

Vantagens da energia renovável no Brasil

Confira abaixo alguns benefícios que o investimento em energia renovável pode trazer para seu negócio e para o meio ambiente:

  • Diferente dos combustíveis fósseis, as fontes renováveis são, em teoria, inesgotáveis;
  • Ajuda no combate à emissão de gases do efeito estufa e do aquecimento global;
  • Garantia da autonomia energética, uma vez que não depende da importação de combustíveis fósseis;
  • Criação de novos empregos, principalmente em áreas menos favorecidas;
  • Menos arriscada que a energia nuclear;
  • Estimula o desenvolvimento de novas tecnologias.

O vídeo abaixo, da TV Senado, mostra porque a energia renovável é boa para o planeta e para o bolso:

Empresas que utilizam energia renovável no Brasil

Se as vantagens listadas acima ainda não te convenceram, vamos partir para exemplos concretos. Conheça abaixo cases de empresas que já utilizam energia renovável e tomaram a vanguarda desse movimento.

Braskem

A Braskem assinou um acordo com a EDF Renewables para comprar energia eólica por 20 anos. O contrato ajudará a viabilizar a expansão do Complexo de Folha Larga, na Bahia, e a colocar o estado como provável líder no setor nos próximos anos.

Além disso, a petroquímica fechou parcerias com a francesa Voltalia e a Canadian Solar Inc. A primeira prevê a compra de energia solar por 20 anos e a construção do complexo solar Serra do Mel, no Rio Grande do Norte; enquanto o segundo viabilizará a construção de uma usina solar no norte de Minas Gerais e o fornecimento também por 20 anos.

Ambev

A Ambev estabeleceu como meta que 100% da eletricidade que consome com suas operações em todo o mundo seja proveniente de fontes limpas e renováveis até 2025. No Brasil, a multinacional anunciou que construirá 48 usinas de energia solar para abastecer 94 centros de distribuição.

As usinas serão construídas em 21 estados e no Distrito Federal. A perspectiva é que haja uma redução anual da emissão de dióxido de carbono na ordem de 46 mil toneladas.

Claro

O grupo Claro Brasil, formado pela Claro, Embratel e Net, lançou em dezembro de 2017 o programa Energia da Claro. O conglomerado pretende usar fontes renováveis e outras ações de proteção ao meio ambiente em todas suas operações e instalações no Brasil.

As iniciativas já estão presentes em 12 estados por meio da inauguração de mais de 35 plantas fotovoltaicas ao redor do Brasil. O programa representa a redução da emissão de mais de 100 mil toneladas métricas de dióxido de carbono por ano, o equivalente a retirar quase 420 mil carros de circulação.

Embora os exemplos acima mencionem grandes empresas, as pequenas e médias também podem fazer a sua parte. Além de ajudar o planeta com o investimento em energias limpas, a entrada no setor pode representar novos ganhos por meio de operações estruturadas.

Quem se tornar autoprodutor ou gerador de energia associado à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) pode vendê-la aos consumidores do Mercado Livre com demanda entre 500 kW e 3 MW. Essa regra é válida para energia hidrelétrica, eólica, solar e biomassa.

Entenda como funciona o Mercado Livre de Energia

Quer saber como se associar à CCEE e entender todas as regras do Mercado Livre de Energia? A Esfera Energia oferece assessoria completa para ajudar seus clientes a migrarem para esse promissor ambiente de contratação, garantindo o cumprimento das obrigações legais e as melhores condições possíveis de negociação.

Após conhecer toda a capacidade de desenvolvimento das fontes renováveis no Brasil, você certamente também vai querer conferir o potencial de crescimento do Mercado Livre de Energia. Então, não perca mais tempo e converse agora com um dos nossos consultores.

Aproveite e complete a leitura com o e-book “Tipos de Geração de Energia” e conheça melhor todos os tipos renováveis e não renováveis que existem e podem ser usados para gerar energia.

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O que é energia geotérmica, como ela é gerada e principais vantagens

O que é energia geotérmica, como ela é gerada e principais vantagens

Ao redor do mundo existem diversas fontes de energia, dentre elas uma que é gerada por meio do calor do magma terrestre. Mas, afinal, o que é energia geotérmica e como ela é gerada? É isso que mostraremos aqui.

Então, se você ainda não sabe como funciona a energia geotérmica, quais são suas vantagens e desvantagens e como essa fonte de energia é aproveitada no Brasil, continue lendo e veja tudo o que você precisa conhecer a respeito do assunto.

O que é energia geotérmica?

A energia geotérmica é obtida por meio do calor do interior da Terra, portanto é renovável, e é uma alternativa aos combustíveis fósseis para gerar energia elétrica. Sua geração se dá por meio do magma, uma formação rochosa que pode alcançar 6 mil ºC e que esquenta a água, a qual é utilizada para gerar a energia geotérmica.

Assim, a fonte de energia geotérmica é apenas o calor, um recurso infinito e que não é prejudicial ao meio ambiente, pois está abaixo da superfície terrestre.

Como a energia geotérmica é gerada?

Para entender como é produzida a energia geotérmica, é preciso saber que esse processo é feito por meio das usinas geotérmicas, as quais transformam o calor interno da Terra em energia elétrica.

Essas usinas são instaladas em locais em que há um grande volume de vapor e água quente, os quais são captados, vão para os reservatórios geotérmicos e destes para as turbinas, que por sua vez ativam um gerador que produz a eletricidade.

Há também um outro processo que injeta água no subsolo terrestre para que ela esquente e se transforme em vapor. Tal vapor é captado para gerar a energia elétrica no processo mostrado acima.

Agora que você já conhece a energia geotérmica, vale a pena saber mais sobre quais são suas principais vantagens e desvantagens. Vamos começar pelas vantagens.

Quais as vantagens da energia geotérmica?

  • Fonte renovável de energia
  • Baixo impacto ambiental
  • Não sofre com as oscilações climáticas

Fonte renovável de energia

O calor do centro da Terra é uma fonte inesgotável de energia, diferentemente dos combustíveis fósseis, por exemplo.

Inclusive, há uma necessidade global urgente em reduzir a dependência ao petróleo, carvão mineral e gás natural e o caminho para isso é justamente recorrer às fontes alternativas de energia, como a energia geotérmica.

Baixo impacto ambiental

A energia geotérmica não queima combustíveis fósseis, então gera menor impacto ambiental por emitir menos gases poluentes responsáveis pelo efeito estufa e, por consequência, do aquecimento global, como o dióxido de carbono.

Nesse sentido, pode ser considerada uma fonte alternativa de energia para substituir as usinas termelétricas, por exemplo.

Além disso, a geração desse tipo de energia não prejudica a natureza, embora haja a perfuração do solo.

Não sofre com as oscilações climáticas

As variações climáticas não interferem na geração de energia geotérmica, como ocorre com outras fontes de energia, como hidrelétrica, solar e eólica. Inclusive, no caso das hidrelétricas, a falta de chuva pode impactar até mesmo no preço da energia.

Entenda aqui qual o impacto dos níveis dos reservatórios no preço da energia.

Quais as desvantagens da energia geotérmica?

  • Especificidade dos locais nos quais as usinas geotérmicas podem operar
  • Emissão de gás sulfídrico (H2S)
  • Possibilidade de contaminação de lagos e rios

Apesar das vantagens da energia geotérmica, ela também tem desvantagens significativas.

Especificidade dos locais nos quais as usinas geotérmicas podem operar

A energia geotérmica apenas pode ser gerada em locais muito específicos, com condições ideais de temperatura. Além disso, é inviável que as usinas geotérmicas sejam instaladas próximas às áreas residenciais por conta da poluição sonora e do aquecimento na região, o que geraria também um impacto social.

Emissão de gás sulfídrico (H2S)

Embora a energia geotérmica não emita gases que contribuem para o efeito estufa, como o dióxido de carbono, o gás sulfídrico pode ser liberado junto com o vapor d’água, o qual é altamente prejudicial à saúde humana, com forte odor e corrosivo.

Possibilidade de contaminação de lagos e rios

Durante o processo de geração da energia geotérmica, alguns fluidos podem liberar minerais com potencial de prejudicar lagos e rios na região da usina, caso não sejam devidamente tratados.

Como é utilizada a energia geotérmica no Brasil?

A energia geotérmica no Brasil é utilizada apenas para lazer. Poços de Caldas (MG) e Caldas Novas (GO) são duas cidades que usam essa fonte de energia para turismo e aquecem a água por meio do processo chamado de “geotermia”.

A exploração desse tipo de energia no país não é tão significativa principalmente por dois motivos:

  • É preciso que a energia geotérmica seja obtida em áreas de transição entre as placas tectônicas, o que não é o caso do Brasil
  • O país já é amplamente abastecido por fontes hídricas de energia, tendo como principal recurso a energia hidrelétrica

De qualquer forma, os métodos de perfuração estão em desenvolvimento em todo o mundo para que sejam aprimorados e esta se torne, de fato, uma fonte de energia com ampla participação dentre as demais fontes utilizadas globalmente.

O que achou das informações sobre o que é energia geotérmica? Se você quiser saber mais sobre outras fontes alternativas de energia, os artigos abaixo poderão te interessar:

Otimize sua gestão de compra de energia

A Esfera Energia é referência nacional em gestão energética no Mercado Livre de Energia. Atualmente gerenciamos 6% de toda a energia produzida no Brasil, atendemos a 70 unidades geradoras e gerimos mais de 10 GW de potência.

Além disso, no Mercado Livre de Energia os consumidores podem negociar preço, prazo, volume e forma de pagamento direto com as empresas geradoras ou comercializadoras de energia elétrica. Quer saber mais? Entre em contato conosco agora mesmo!

Além de energia geotérmica, existem outras fontes, incluindo os tipos mais acessíveis e que qualquer consumidor pode ter acesso.

Antes de comprar, faça o download do e-book “Tipos de Geração de Energia” e entenda como funciona cada uma das fontes geradoras.

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Energia azul: o que é, como funciona e os prós e contras dessa promissora fonte

Energia azul: o que é, como funciona e os prós e contras dessa promissora fonte

Você consegue imaginar sua casa iluminada graças ao contato entre a água doce e a água salgada? Pois é exatamente esse o conceito por trás da energia azul, uma das principais apostas dos cientistas quando o assunto é o futuro da geração de energia.

Diante da perspectiva do esgotamento das fontes fósseis e a disseminação das práticas de sustentabilidade, cada vez mais empresas apostam em energia renovável. Enquanto outros tipos de geração de energia, como a eólica e a solar, se consolidam no mercado, a energia azul ainda engatinha, mas demonstra um potencial gigantesco.

Tanto que em 2001 foi fundada a Ocean Energy Systems (OES), uma extensão da Agência Internacional de Energia (AIE) dedicada a estudar o aproveitamento econômico da energia gerada pelos oceanos. E nesse escopo também está incluída a energia azul.

Mas, afinal, o que é energia azul? Como ela é gerada e quais são os prós e contras desta solução energética? É exatamente isso que vamos responder nas próximas linhas. Confira!

O que é energia azul?

Para entender o que é energia azul, vamos precisar lembrar de alguns conceitos básicos das aulas de Química. Afinal de contas, estamos falando da energia que é obtida por meio da diferença de concentração de sal entre a água do mar e água de um rio.

Imagine um tanque dividido por uma membrana semipermeável no qual há água de um rio de um lado e água do mar do outro. A diferença de salinidade entre elas faz com que as moléculas de água doce atravessem a membrana e passem para o lado da água salgada, causando uma pressão que é transformada em eletricidade.

Existem dois métodos práticos para ativar essa geração de energia e ambos dependem da osmose com membranas, razão pela qual também é chamada de energia osmótica. São eles:

  • Osmose Retardada por Pressão
  • Eletrodiálise Reversa

Ambos métodos, que detalharemos mais adiante, foram criados na década de 70 pelo professor Sidney Loeb, da Universidade Ben-Gurion de Negev, em Israel. A ideia lhe ocorreu enquanto observava o rio Jordão fluindo para o Mar Morto.

Desde então, a energia azul foi testada com sucesso em laboratórios mundo afora, mas apenas em 2009 a empresa Statkraft construiu na Noruega a primeira usina do mundo para aproveitar a energia osmótica. Para entender melhor seu funcionamento, vamos ao próximo tópico.

Como funciona a energia azul?

Na usina da Statkraft a energia azul é gerada por meio do método de osmose retardada por pressão. Mas, como vimos acima, também é possível obtê-la por eletrodiálise reversa. Vamos entender como funciona a geração em ambos processos:

Osmose Retardada por Pressão

Nesse método, a água doce e a água salgada são enviadas para uma câmara, onde ficam divididas por uma membrana semipermeável. Ao entrar em contato, a pressão exercida pelo fluxo sobre o lado da água do mar é usada para acionar uma turbina e produzir energia elétrica.

energia azul
Fonte: Acciona

Eletrodiálise Reversa

Aqui a energia é gerada quando a água salgada e a água doce passam por uma pilha de membranas de troca catiônica e aniônica alternadas, criando uma espécie de “bateria de sal”. A energia elétrica surge graças à diferença de concentração de íons.

Fonte: Acciona

Além dos dois principais, existem outros métodos de geração de energia azul que ainda estão nos estágios iniciais de testes. São eles:

  • Método Capacitivo: A energia é gerada por meio do carregamento cíclico de eletrodos em uma mistura de água doce e salgada.
  • Diferença de pressão de vapor: O diferencial desse método é não requerer uma membrana e ser menos dependente da filtração.
  • Lagoa Solar: No lugar da energia osmótica, usa a luz do sol que atinge o fundo de uma lagoa de água salgada.
  • Nanotubos de nitreto de boro: Segue o mesmo conceito da osmose retardada por pressão, mas por meio de um sistema experimental de nitreto de boro que produz mais energia que o método da Statkraft.

A energia azul é renovável?

A energia azul é apontada como uma das fontes de energia do futuro justamente por ser renovável. E isso se aplica a cada um dos métodos de obtenção que descrevemos acima.

Além de ser uma fonte inesgotável, a energia azul também pode ser considerada uma energia verde. Nenhuma das técnicas utilizadas para sua geração emite gases poluentes, como o dióxido de carbono.

Essas são apenas algumas das vantagens da energia azul. Para saber melhor os benefícios que ela pode proporcionar, vamos partir para o próximo tópico.

Vantagens da energia azul

A energia azul apresenta uma série de vantagens sobre outras fontes. E não estamos falando apenas dos poluentes combustíveis fósseis, mas também de fontes limpas e renováveis, como a energia eólica e a solar.

O grande diferencial da energia azul sobre outras energias limpas é o fato de ser mais consistente. A geração é menos dependente de fatores externos e climáticos, como o vento e o sol, que podem reduzir a produtividade em determinados períodos.

Além disso, uma planta de energia azul pode ter um tamanho consideravelmente menor que o de outras usinas. Mesmo quando comparada com as solares e eólicas, ela teria um impacto menor na paisagem e não demandaria muito uso do solo.

Desvantagens da energia azul

Apesar de todas as vantagens, a construção de uma planta de energia azul também carrega pontos negativos. Assim como no caso de uma usina hidrelétrica, é preciso levar em consideração os impactos ambientais e os efeitos nos sistemas hidrológicos e nas regras de gestão da água da região.

No entanto, o principal ponto negativo da energia azul ainda é o seu preço. A baixa eficácia em relação ao custo das membranas artificiais usadas para sua obtenção, que são caras e difíceis de produzir, ainda torna sua produção pouco viável.

O futuro da energia azul

Embora ainda não seja viável economicamente, os especialistas acreditam que, uma vez construída a usina, a energia azul pode gerar energia a uma taxa muito mais barata do que a solar e eólica. E vários estudos estão sendo feitos mundialmente para baratear o custo das membranas.

A análise dos indicadores de viabilidade econômica da energia azul é justamente um dos focos da OES, que citamos no início do texto. O chamado Programa de Colaboração Tecnológica em Sistemas de Energia Oceânica é formado atualmente por 24 países e pela Comissão Europeia.

Além do método osmótico, a OES também investe na obtenção da energia gerada por outros elementos oceânicos como:

  • Força das ondas
  • Variação das marés
  • Correntes marinhas
  • Variação das temperaturas

O governo brasileiro não faz parte da OES e tampouco há relatos de estudos avançados sobre a produção de energia azul no Brasil. No entanto, se levarmos em conta a capacidade hídrica e o vasto litoral, o país tem potencial para se tornar um gigante do setor.

Caso as previsões dos cientistas se concretizem e o custo caia consideravelmente nos próximos anos, a energia azul se tornará uma interessante opção limpa e renovável para iluminar lares e alimentar indústrias. E no futuro também estará disponível no Mercado Livre de Energia.

Enquanto a energia azul não chega, vale lembrar que os consumidores do Ambiente de Contratação Livre (ACL) já podem adquirir energia de outras fontes renováveis, como eólica, biomassa ou solar.

Ficou interessado, mas ainda faz parte do mercado cativo? Faça sua migração com a consultoria da Esfera Energia, referência nacional em gestão energética no Mercado Livre de Energia.

A Esfera pode ajudar sua empresa a economizar até 35% nos gastos com energia. Para saber mais, entre em contato conosco agora mesmo!

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Aprenda como fazer uma campanha de economia de energia elétrica na sua empresa

Aprenda como fazer uma campanha de economia de energia elétrica na sua empresa

Você já parou para pensar em todos os benefícios de uma campanha de economia de energia elétrica nas empresas? Não estamos falando apenas do alívio de pagar uma conta de luz mais barata, mas também de uma das melhores dicas de sustentabilidade para trabalhar de forma consciente e preservar nosso planeta.

Além de saber como calcular o consumo de energia, para reduzir os custos é preciso um esforço conjunto, tanto da parte dos gestores quanto de funcionários e colaboradores. Os responsáveis pela empresa devem, por exemplo, direcionar seus esforços para pontos como:

  • Uso de equipamentos com consumo de energia A
  • Manutenções preventivas nos equipamentos
  • Automação de luz e ar-condicionado
  • Substituição de lâmpadas incandescentes pelas de LED ou fluorescentes
  • Ambientes com cores claras e luz natural

Porém, tudo isso será em vão sem uma campanha de economia de energia elétrica. Para implementá-la de forma eficaz em sua empresa e conscientizar toda a força de trabalho, confira as dicas que listamos abaixo.

7 dicas para campanha de economia de energia elétrica nas empresas

Segundo um ranking que mede o custo da energia para a indústria divulgado pela Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro), o Brasil é o 6º país com a conta mais cara do mundo. O valor, de R$ 402,26 por MW/h, é 46% superior à média internacional.

campanha de economia de energia eletrica nas empresas
Fonte: Veja

Esses dados comprovam que uma campanha de redução de consumo deve ser prioridade em uma estratégia de gestão de energia elétrica. E, como você verá logo abaixo, seus funcionários podem contribuir de forma significativa com a adoção de alguns hábitos simples e práticos.

1. Desligar luzes e aparelhos eletrônicos ao final do dia

Vamos começar pela maneira mais simples de economizar energia, mas que muitas vezes passa despercebida na correria do dia a dia. Oriente seus funcionários a sempre apagar as luzes e desligar os aparelhos eletrônicos no final do dia.

Se possível, o ideal é que os aparelhos sejam retirados da tomada, principalmente quando se trata de períodos de inatividade mais longos. Além de representar uma economia considerável no longo prazo, é uma medida de segurança para evitar possíveis curto-circuitos.

2. Colocar o computador para hibernar

Sabemos que o computador é um aparelho eletrônico à parte e que muitas vezes não é conveniente desligá-lo e ter que abrir tudo novamente para começar a trabalhar no dia seguinte. Por isso, a melhor solução é colocá-lo para hibernar.

Dessa forma, você consegue salvar seu trabalho, mantém todas as abas e páginas da internet abertas, mas o computador fica desligado. A reativação leva um pouco mais de tempo do que quando o colocamos no modo de suspensão, mas a economia de energia vale a pena.

Outro toque importante a dar aos funcionários é que, no caso de um intervalo rápido, também vale a pena desligar ao menos o monitor.

3. Aproveitar a luz natural

Se você fez a sua parte e criou um ambiente de trabalho com cores claras e muitas janelas, é essencial orientar os funcionários a aproveitar ao máximo a luz natural. Além do alívio na conta de luz no final do mês, a saúde e o bem-estar da força de trabalho também agradecem.

Organize o espaço de trabalho posicionando as mesas e locais de convivência bem perto das janelas. Dessa forma, é possível aproveitar a luz do sol para iluminar o ambiente e ainda arejá-lo com ar fresco.

4. Otimizar o uso do ar condicionado

Como dissemos acima, o ideal é deixar as janelas abertas para aproveitar não só a luz como também a ventilação natural. Mas estamos cientes de que vivemos em um país tropical e o uso do ar condicionado é, muitas vezes, inevitável.

No entanto, não é preciso simular o clima da Sibéria para deixar o ambiente de trabalho mais fresco. Se estiver muito quente do lado de fora, ligar o aparelho em menos de 20°C demandará muita energia para manter a diferença de temperatura entre o ambiente externo e o interno.

O mais recomendado é pedir que os funcionários deixem o ar condicionado em 23°C. Essa temperatura já é suficiente para refrescar o ambiente e é adequada para a maioria das pessoas.

5. Ter atenção ao usar a geladeira

Embora gastem menos energia que o ar condicionado, as geladeiras da empresa também devem ser usadas de forma consciente. Para isso, oriente seus funcionários a guardar e retirar os alimentos de uma só vez para não ficar abrindo e fechando a porta.

Também é preciso pedir que as pessoas fiquem atentas às borrachas de vedação para garantir que as portas permaneçam bem fechadas. Como responsável pela empresa, além da conscientização, é importante providenciar que as geladeiras sejam instaladas em locais arejados e sem encostar em paredes e móveis.

6. Incentivar o uso das escadas

Estimular as pessoas a trocar os elevadores pelas escadas tem vários benefícios. Além da economia na conta de luz, essa sugestão ajuda a melhorar o condicionamento físico dos funcionários e ainda aumenta a disposição para outras tarefas cotidianas.

Quando o uso do elevador for imprescindível, a dica também é bastante simples. Peça que as pessoas apertem apenas o botão correspondente ao sentido para o qual desejam se deslocar. Isso fará com que apenas o elevador mais próximo seja acionado.

7. Evitar os horários de pico

Nós já falamos aqui no blog sobre horário ponta e fora ponta. Mas não custa lembrar: entre as 18h e 21h dos dias úteis a tarifa de energia chega a ter um preço três vezes maior quando comparada aos valores cobrados nas demais horas do dia.

Oriente então seus funcionários a tentar realizar suas atividades sempre dentro do horário comercial, fora do pico de consumo. Se for necessário estender o horário de trabalho para a noite, peça que eles redobrem os cuidados com todos os itens que listamos acima.

Com estas dicas simples, você conseguirá dar forma a uma campanha de economia de energia elétrica na sua empresa. E, para manter os funcionários sempre bem conscientizados da sua importância, também vale a pena:

  • Distribuir panfletos sobre a campanha
  • Espalhar adesivos informativos
  • Produzir vídeos educativos
  • Realizar reuniões periódicas sobre metas de redução

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Como consumidor livre, você poderá negociar tanto o preço da energia como as condições de pagamento. Além da redução nos custos, também é possível optar por tipos de geração de energia mais sustentáveis.

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Entenda o que é energia sustentável e sua importância para o futuro do planeta

Entenda o que é energia sustentável e sua importância para o futuro do planeta

O conceito de energia sustentável nunca esteve tão em evidência como agora. E não é para menos, uma vez que as principais fontes energéticas mundiais, os combustíveis fósseis como petróleo, carvão mineral e gás natural, não vão durar para sempre e, após seu esgotamento, precisaremos continuar abastecendo lares e indústrias.

Para se ter uma ideia da importância do tema, a ONU o transformou em um dos seus Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Está lá no número 7: garantir o acesso a fontes de energia viáveis, sustentáveis e modernas para todos.

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Mas você sabe exatamente o que é energia sustentável? O que a diferencia das energias renováveis e qual a sua importância não só para o futuro energético, mas para a própria sobrevivência do planeta?

Para responder essas e outras perguntas sobre o assunto, preparamos um guia especial no qual você conhecerá os principais tipos de energia sustentável, seus benefícios e como ter acesso a eles no Mercado Livre de Energia. Boa leitura!

O que é energia sustentável?

O conceito de energia sustentável está intrinsecamente conectado ao de desenvolvimento sustentável. Em suma, é a energia capaz de suprir as necessidades da geração atual sem comprometer as necessidades das futuras gerações.

Detalhando ainda mais, é todo o tipo de energia que consegue manter um equilíbrio entre produção e consumo. Ela é gerada sem provocar grandes impactos ao meio ambiente e é consumida em quantidade e velocidade nas quais a natureza ou a ação humana conseguem repor.

O vídeo abaixo, do Media Lab Estadão, fala um pouco mais da importância de adotar práticas de sustentabilidade na geração de energia:

Com essa breve explicação, você deve estar imaginando que todas as fontes de energia renováveis são sustentáveis. Afinal de contas, se bem utilizadas, elas estarão sempre disponíveis.

O termo sustentável, porém, pode ser mais subjetivo do que imaginamos e variar de acordo com fatores além do tipo de fonte. Ficou confuso? Então vamos para o próximo tópico para saber a diferença entre energia sustentável e renovável.

Qual a diferença entre energia renovável e sustentável?

É muito comum pensar que todas as fontes de energia renováveis são sustentáveis, mas infelizmente, nem sempre isso é verdade. Para entender a diferença, vamos relembrar a definição de energia renovável.

Podemos chamar de renovável toda energia obtida de recursos naturais que nunca se esgotam, uma vez que são repostos pela própria natureza. Entre as principais fontes, podemos destacar a chuva, o sol, o vento e até mesmo as ondas e as marés.

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Até os recursos renováveis podem se esgotar

No entanto, vale lembrar que mesmo as fontes renováveis podem se tornar insustentáveis. Se um recurso for usado em uma quantidade ou velocidade superior à sua capacidade de reposição, ele se esgotará.

E aí reside a diferença. Além de ser renovável, a energia sustentável precisa ser usada com cautela e consciência. É fundamental preservar o meio ambiente e se adaptar ao desenvolvimento econômico e social das comunidades ao redor.

Um exemplo prático de energia renovável vs energia sustentável

Basta pensar, por exemplo, na energia hidrelétrica, a principal fonte da matriz energética brasileira. Como ela é obtida por meio do potencial hidráulico de um rio, ela é considerada renovável.

Porém, a construção de uma usina hidrelétrica pode causar danos graves ao meio ambiente. Não apenas prejudicando a fauna, a flora e a população ribeirinha, mas muitas vezes ameaçando a própria sobrevivência do rio.

Por isso, para ser considerado sustentável, o uso da energia hidráulica deve ser realizado de uma maneira que evite que o rio perca seu volume. Essa tarefa envolve preservar os mananciais e o fluxo de água e também toda a mata ao seu redor.

Com as fontes não renováveis, como o petróleo, cada vez mais próximas do esgotamento, é urgente que energia e sustentabilidade caminhem de mãos dadas. Nas próximas linhas você entenderá porque as próximas gerações precisam que medidas nesse sentido comecem a ser adotadas imediatamente.

Qual a importância da energia sustentável?

Para compreender a importância da energia sustentável, nada melhor que listar os benefícios que seu uso proporciona para o futuro energético do planeta assim como para a sobrevivência de nossos filhos e netos. Entre eles, podemos destacar:

Solução contra o aquecimento global

Segundo a Organização Meteorológica Mundial, o acúmulo de dióxido de carbono na atmosfera bateu um novo recorde em 2020. A organização ressaltou ainda que somente quando as emissões geradas pela queima de combustíveis fósseis se aproximarem de zero será possível começar a reduzir a concentração desse gás na atmosfera.

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Junto ao metano e ao óxido nitroso, o dióxido de carbono é um dos principais gases do efeito estufa responsáveis pelo aquecimento global. As consequências climáticas, como degelo, aumento do nível dos mares, desertificação e alteração do regime das chuvas, já estão sendo sentidas ao redor do mundo.

A solução não passa apenas por parar de usar combustíveis fósseis, mas também por encontrar soluções alternativas. E é exatamente aí que entra a energia sustentável.

O uso de fontes renováveis e limpas de energia desponta como a melhor resposta ao aquecimento global. Razão pela qual a ONU, governos, empresas e pesquisadores de todo o planeta estudam formas de torná-las mais baratas e acessíveis.

Melhora na saúde da população

Outra consequência do efeito estufa é o aumento da contaminação atmosférica. O exemplo mais concreto disso está no fato de as autoridades chinesas decretarem alertas ambientais com grande frequência por conta das nuvens de poluição que costumam “engolir” Pequim.

Não é preciso ser um grande especialista para saber que o uso de energia sustentável também se refletiria em uma melhora geral da saúde da população. Afinal de contas, a poluição causa uma série de efeitos negativos diretos no nosso organismo, como infecções das vias aéreas, doenças cardiovasculares e câncer de pulmão.

Não podemos esquecer ainda que os danos sofridos pela atmosfera aumentam a incidência dos raios solares sobre a pele. Para o Brasil, onde 30% dos tumores malignos atingem justamente a pele, a energia sustentável também se torna assim um assunto de saúde pública.

Diversificação da matriz energética

Os benefícios da energia sustentável não se resumem ao meio ambiente e à saúde. Seu uso também traz reflexos econômicos positivos por conta dos efeitos da diversificação da matriz energética.

Vamos pensar novamente no caso do Brasil. Quem fica de olho no comportamento das bandeiras tarifárias sabe que, quando a conta de luz aumenta muito, a causa normalmente está relacionada com a escassez de chuvas para encher os reservatórios.

Investindo em outras fontes sustentáveis, como eólica, solar e biomassa, o país reduziria consideravelmente a dependência da energia hídrica. O resultado seria que os custos de geração, distribuição e consumo diminuiriam e você sentiria o impacto na redução da conta de luz, mas não na qualidade do serviço.

Quais os tipos de energia sustentável?

Após saber o que é energia sustentável e quais são seus benefícios, é hora de conhecer suas principais fontes. Confira uma versão resumida no infográfico abaixo e, em seguida, uma explicação mais detalhada sobre cada uma delas e de seu uso no Brasil.

1. Energia hidrelétrica

O Brasil pode ser considerado uma referência mundial no uso de energia renovável e sustentável justamente por seu potencial hídrico. A participação de energia hidrelétrica na matriz energética brasileira chega a mais de 60% do total.

No entanto, como ressaltamos acima, para a energia hidrelétrica ser realmente renovável é fundamental gerá-la com sustentabilidade. Apenas o uso consciente tornará a água um recurso inesgotável e disponível para as próximas gerações.

Nesse sentido, vale lembrar o recente acordo entre Belo Monte e Ibama. Um termo de compromisso assinado no início de fevereiro obriga que a empresa operadora da usina aplique uma série de medidas de mitigação de impactos estabelecidas pelo órgão ambiental para seguir operando de acordo com seu cronograma.

2. Energia solar

Além de ser renovável e abastecida por uma fonte inesgotável, a energia solar traz as vantagens de não poluir o planeta, exigir pouca manutenção e ainda gerar uma economia considerável na conta de luz. Mesmo assim, ela ainda não é usada em larga escala no Brasil.

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Para se ter uma ideia, o Brasil tinha até 2018 apenas 1 gigawatt em termos de capacidade instalada de geração fotovoltaica. A China, por sua vez, tem 130 gigawatts.

Um dos principais fatores que explicam esses números baixos é a falta de incentivo do governo. Apenas em 2013 a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) permitiu que as pessoas pudessem gerar sua própria energia e trocar o excedente por créditos na concessionária.

Além disso, existem poucas campanhas informativas sobre os benefícios da energia solar no Brasil. Isso faz com que muita gente se foque apenas em suas desvantagens, como o custo elevado da implementação.

3. Energia eólica

As vantagens da energia eólica são bem conhecidas: é limpa, sua fonte é um recurso inesgotável e diminui a dependência dos combustíveis fósseis. Por outro lado, os ventos são irregulares e os equipamentos para a construção de um parque eólico têm um custo expressivo.

Segundo dados da Aneel divulgados no primeiro semestre de 2020, as usinas eólicas representam cerca de 9% do total da capacidade instalada no Brasil. Isso significa que essa fonte de geração já é a terceira mais usada no país, atrás apenas das hidrelétricas e termelétricas.

A região que concentra a maior produção de energia eólica é o Nordeste. Em outubro de 2020, todo o país tinha 653 parques eólicos, com mais de 80% deles nesta região, principalmente porque as condições naturais são favoráveis para sua geração.

4. Energia de biomassa

Entre as matérias orgânicas queimadas para gerar biomassa, podemos destacar o bagaço da cana-de-açúcar, lenha, resíduos agrícolas e até mesmo excrementos de animais. Além da geração de energia elétrica e térmica, esse processo também permite a obtenção de produtos como:

  • Etanol
  • Carvão vegetal
  • Biodiesel
  • Biogás

Vale lembrar que o dióxido de carbono liberado na queima das matérias orgânicas é reaproveitado pela própria vegetação para realizar fotossíntese. Logo, esse tipo de energia pode ser considerada renovável e sustentável.

Atrás da hidrelétrica e da eólica, a biomassa aparece como a terceira maior fonte renovável da matriz energética brasileira, representando cerca de 9% do total. No país, o principal recurso aproveitado para sua geração é o bagaço da cana.

5. Energia geotérmica

Também conhecida como geotermal, a energia geotérmica é proveniente do calor do interior do planeta. Obtido através de rochas quentes, secas ou úmidas, e também do vapor, esse calor pode ser transportado para uma usina e transformado em eletricidade.

Apesar de ser uma das fontes renováveis menos custosas e mais confiáveis, a energia geotérmica ainda não decolou. Os principais obstáculos são as limitações geográficas e a falta de investimento em exploração de superfície e perfuração.

Embora não participe da matriz energética brasileira, a energia geotérmica cobre uma parcela significativa da demanda de eletricidade em países como Islândia, El Salvador, Nova Zelândia, Quênia e Filipinas. Além disso, é responsável por mais de 90% da demanda de aquecimento na Islândia.

6. Energia maremotriz

A energia maremotriz tem sido cada vez mais usada em países da Europa e da América do Norte. Mas, apesar de limpa e renovável, sua geração depende de sistemas similares ao das hidrelétricas, como a construção de barragens.

O problema é que essas barragens precisam ser construídas no litoral. Por conta dessa proximidade, algumas áreas podem acabar sendo inutilizadas para o banho de mar, o que pode acarretar impactos na economia local.

Levando em conta as saliências e reentrâncias, o Brasil tem 9200 quilômetros de litoral. Por isso, os pesquisadores se concentram agora em identificar os pontos de maior potencial para tornar o país pioneiro na América Latina na geração de eletricidade pelo movimento das marés.

7. Energia ondomotriz

Assim como no caso da maremotriz, o Brasil também apresenta um potencial interessante para a geração da energia ondomotriz. A diferença, no caso, é que já existe um projeto em solo nacional para transformar o movimento das ondas em eletricidade.

A Usina de Ondas do Pecém, no Ceará, foi construída em 2012 e se tornou o primeiro projeto do tipo na América Latina. As atividades chegaram a ser paralisadas em 2016, mas foram retomadas um ano depois.

A expectativa agora é que Pecém gere 100 quilowatts, o suficiente para abastecer até 60 famílias locais.

Desafios da energia sustentável

Como vimos, o potencial para o aproveitamento da energia sustentável no mundo, e em especial no Brasil, é gigantesco. Mas ainda existem obstáculos consideráveis que impedem que elas sejam usadas em larga escala e eles quase sempre estão relacionados com fatores econômicos.

Os investimentos iniciais na energia sustentável precisam ser volumosos e eles envolvem uma série de riscos. A performance da geração, por exemplo, depende de fatores climáticos e geográficos, que acabam incidindo na sazonalização dos contratos de compra e venda.

Para atrair mais investimentos em sustentabilidade na geração de energia, é preciso criar novos modelos de negócio e de gestão de riscos financeiros. Além disso, é fundamental apostar em campanhas de conscientização que mostrem a importância de todos fazerem sua parte.

Como migrar para o Mercado Livre?

Você mesmo pode participar fazendo sua empresa se juntar ao potencial de crescimento do Mercado Livre de Energia. Os consumidores livres podem escolher quais tipos de geração de energia contratar e optar por investir em fontes sustentáveis.

O ideal é que as empresas interessadas em fazer essa migração contem com uma consultoria especializada no Mercado Livre de Energia. O papel da Esfera Energia é justamente garantir que todos os procedimentos sejam feitos com eficiência, segurança e de acordo com as obrigações legais.

Quer melhorar a gestão de energia elétrica da sua empresa e ainda economizar até 35% na conta de luz? Entre em contato agora mesmo com um especialista da Esfera Energia!

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