Se você ainda não sabe o que é PCH, é simples de entender: PCH é a sigla usada para “Pequena Central Hidrelétrica”, usinas menores do que as tradicionais, mas que também usam a força e a velocidade da água para gerarem energia.
Elas são consideradas uma fonte alternativa de energia e têm o potencial de complementar a matriz energética brasileira, em especial em períodos de crise hídrica, já que não precisam de grandes reservatórios para gerar energia.
Mas o que exatamente são essas centrais, como elas funcionam, qual a diferença entre elas e as usinas hidrelétricas, e por que elas são importantes para o setor energético brasileiro?
Responderemos a cada uma dessas perguntas a seguir, continue lendo!
O que é uma usina PCH?
PCH é a sigla para “Pequena Central Hidrelétrica”, ou seja, usinas hidrelétricas menores em tamanho e em potência, conforme classificação da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) de 1997.
Inclusive, é a ANEEL que estabelece todas as normas que regem as PCHs no Brasil.
Tais usinas usam a força e a pressão da água para gerar energia, devem ter entre 5 e 30 megawatts de potência (quantidade de energia gerada por hora de funcionamento com a usina operando com capacidade máxima) e menos de 13 km² em área total de reservatório.
Essas novas diretrizes foram determinadas pela Resolução Normativa N° 745 de 22 de novembro de 2016.
Isso significa que elas não necessitam estocar tanta água e muitas vezes conseguem até mesmo aproveitar o nível das cheias dos rios.
Dessa forma, elas são uma alternativa importante diante de períodos de muita seca no país e têm se tornado cada vez mais relevantes para complementarem o sistema de geração de energia no Brasil.
Por isso, pode-se dizer que as PCHs são fontes alternativas de energia, assim como a energia eólica, solar e de biomassa.
Confira no vídeo abaixo da ANEEL a explicação da empresa sobre as pequenas centrais hidrelétricas e seus benefícios econômicos e sociais para o país:
Como as PCHs funcionam?
As pequenas centrais hidrelétricas, assim como as usinas hidrelétricas em si, precisam ser construídas em rios que tenham um alto volume de água e também com desníveis ao longo de seu percurso.
Neste rio, uma barragem é construída para represar a água e um reservatório parecido com um grande lago é formado “atrás” de tal barragem.
Então, a água é levada por meio das tubulações da usina até as turbinas, as quais irão se movimentar por conta da força e da velocidade da água.
Essas turbinas são conectadas a um gerador, o qual transforma o movimento das pás das turbinas em energia.
O processo é similar ao utilizado nas usinas hidrelétricas, mas aqui a diferença é que o impacto ambiental é menor, a construção é mais rápida e os custos são reduzidos.
Qual é a diferença de PCH e UHE?
UHE significa “Usina Hidrelétrica” e algumas características diferenciam uma PCH de uma UHE.
Elas são usinas de grande porte com capacidade de produzir mais de 30 megawatts por hora operando em capacidade máxima e devem ter mais de 13 km² em área total de reservatório.
Ou seja, as UHEs são o próximo “nível” de classificação após as PCHs. Hoje a maior usina hidrelétrica do Brasil é a Itaipu Binacional, que fica na divisa entre o Brasil e o Paraguai, no rio Paraná.
Até 2003 ela era considerada a maior barragem do mundo, mas hoje quem detém esse título é a Hidrelétrica das Três Gargantas, localizada na China.
Os custos de construção e o impacto ambiental também são dois aspectos relevantes que diferenciam uma PCH de uma UHE.
Por conta do porte menor, as PCH são mais viáveis e sustentáveis, contribuindo inclusive para a descentralização da geração de energia no país, o que contribuiu para a redução de seu preço.
Por que as PCHs são importantes para o setor energético brasileiro?
Como citamos no começo deste artigo, as pequenas centrais hidrelétricas são uma alternativa para complementar a matriz hídrica brasileira, o que também torna o setor mais acessível para empresas que desejam investir na geração de energia.
Além disso, as usinas hidrelétricas, sejam elas de pequeno ou grande porte, são consideradas fontes renováveis de energia e ajudam a reduzir a emissão dos gases do efeito estufa, já que utilizam a força da água para a geração de eletricidade, sem consumi-la efetivamente.
Ao contrário das fontes de energia não renováveis, como petróleo, gás natural e carvão mineral que são usados em termelétricas, por exemplo, as usinas hidrelétricas não emitem poluentes no meio ambiente, contribuindo assim para a sustentabilidade.
Há também o aspecto de que a água dos rios que é utilizada está em território nacional, de modo que a energia gerada pelas hidrelétricas não sofre com oscilações de preço do mercado, como é o caso do combustível e do gás natural.
Dessa forma, a energia advinda das hidrelétricas tem um melhor custo-benefício para todo o país.
Por fim, as PCHs têm tecnologia nacional, o que estimula a indústria brasileira, bem como geram empregos nas regiões nas quais são construídas, contribuindo assim para o desenvolvimento social e econômico do local.
Como a Esfera Energia pode te ajudar a comercializar a sua energia?
Agora você já sabe o que é PCH, mas como funciona a comercialização dessa energia? Uma opção é negociá-la no Mercado Livre de Energia.
Inclusive, os Consumidores Especiais do Ambiente de Contratação Livre (ACL) são aqueles que têm uma demanda entre 500 kW e 1,5 MW e podem adquirir energia justamente de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) ou de fontes renováveis como eólica, biomassa ou solar.
Nesse sentido, a Esfera Energia é referência nacional em gestão energética no Mercado Livre de Energia. Atualmente gerenciamos 6% de toda a energia produzida no Brasil, atendemos a 70 unidades geradoras e gerimos mais de 10 GW de potência.
Com a Esfera Energia você conta com uma equipe preparada para resolver suas preocupações regulatórias, bem como tem o apoio necessário para identificar o melhor momento e preço de venda e, assim, ter mais liquidez para a sua empresa.