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O que é e como fazer a gestão de compras nas empresas?

O que é e como fazer a gestão de compras nas empresas?

A gestão de compras é a atividade que faz a organização do processo de compras do que a empresa precisa adquirir. As principais tarefas são identificar a demanda, a quantidade, buscar fornecedores, negociar preços e programar próximas aquisições.

Quando o objetivo é tentar equilibrar qualidade por um bom preço, é necessário investir tempo para pesquisar onde estão as melhores oportunidades.

Daí a importância da gestão de compras, pois com um bom planejamento, uma empresa consegue comprar todos os suprimentos necessários para sua operação.

Como define o autor James A. F. Stoner em seu livro ‘Administração’ (1985):

“É preciso que haja planos para que a organização tenha seus objetivos e para que se estabeleça a melhor maneira de alcançá-los. Além disso, os planos permitem que a organização consiga e aplique os recursos necessários para a consecução de seus objetivos (…)”.

Dessa forma, a gestão de compras pode ser aplicada tanto para a aquisição de matéria-prima para fabricar um produto quanto para a compra de fonte de energia quando uma empresa está dentro do Mercado Livre de Energia.

Então, continue lendo e aprenda o que é e como fazer a gestão de compras na sua empresa e economizar nos custos.

O que é gestão de compras?

A gestão de compras é um processo interno que organiza a demanda e a aquisição de suprimentos para a empresa.

O objetivo é manter tudo funcionando e evitar interrupções no trabalho devido à  falta de itens necessários.

Quando existe uma organização, fica mais fácil saber onde encontrar o melhor preço, os melhores fornecedores e, assim, manter um padrão de qualidade.

Outro objetivo da gestão de compras é administrar melhor o capital de giro disponível para que as saídas de dinheiro aconteçam no momento certo.

Por que a gestão de compras é importante?

A gestão de compras é importante porque ajuda a planejar e fazer os investimentos certos para um negócio.

Sem saber qual a demanda, é impossível achar um fornecedor. Sem saber para quando o produto é necessário, a probabilidade é de que as compras aconteçam em cima da hora.

Todo esse estresse e desorganização podem afetar o desempenho de uma empresa  e, até mesmo, paralisar seu funcionamento, o que gera desperdícios (tempo, mão de obra, etc.)

Imagine que sua empresa agora compra energia de fontes alternativas. Para fazer uma boa negociação e compra, é importante o quanto, em média, é gasto de energia.

Quando não existe uma previsão e o consumo é acima do contratado, o negócio fica sujeito às regras do Mercado de Curto Prazo (MCP) e, então, o valor final da conta é determinado pelo Preço de Liquidação de Diferenças (PLD).

Então, implementar a gestão de compras permite que você saiba exatamente a demanda de energia elétrica necessária ao longo do mês, podendo incluir uma margem extra de segurança sempre ou apenas quando necessário.

Como fazer a gestão de compras? Passo a passo

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Entendeu o que é gestão de compras e o motivo de ser é um processo importante? Então, aprenda agora quais são os passos para fazer essa atividade na sua empresa.

1. Defina a demanda e a quantidade

O primeiro passo para fazer a gestão é saber quais são as demandas de compra necessárias.

Matéria-prima para produção, energia elétrica, água, equipamentos ou maquinários, tudo isso pode ser organizado no processo de gestão.

Assim, cabe criar um documento para registrar o histórico de compras de cada área para calcular a demanda usando uma base confiável como referência e elaborar as projeções mais assertivas para pedidos futuros.

Assim, o fornecedor pode fazer orçamentos condizentes com a necessidade e até incluir propostas para compras maiores, dependendo do tipo de suprimento.

2. Faça uma pesquisa de fornecedores

Para continuar a gestão de compras, pesquise na internet e peça referências de fornecedores para colegas de profissão.

Alguém sempre tem uma indicação para dar e junto ainda vem um feedback ou dica de como conseguir um bom preço.

No setor de energia, existe a possibilidade de migrar para o Mercado Livre de Energia. Então, em vez de pagar a tarifa padrão usual, as empresas conseguem negociar diretamente com os fornecedores.

A vantagem, nesse caso, é poder comprar a quantidade necessária baseado na margem de gastos de seu negócio e usar fontes de energia renovável, como solar e eólica.

Conheça as instituições do setor elétrico que regulamentam o Mercado Livre de Energia.

3. Peça orçamentos e compare preços

Depois de selecionar os melhores fornecedores, o próximo passo da gestão de compras  é pedir orçamentos.

Com as propostas em mãos, faça a comparação. Analise os valores, as referência de qualidade, agilidade na entrega, termos de prestação do serviço, etc.

É importante olhar as letras miúdas, pois algumas vezes um preço melhor pode vir atrelado a uma condição que não é vantajosa.

Seja criterioso e vá além da comparação de valores. Estude todas as condições.

4. Negocie valores

Agora que as melhores propostas estão selecionadas, negocie valores e tente chegar à  margem de investimento planejada.

Tente economizar, mas de forma vantajosa para sua empresa, priorizando fornecedores com boa reputação.

Negocie a primeira venda e a segunda com o mesmo fornecedor, por exemplo, para obter um preço melhor na compra por quantidade.

No caso do Mercado Livre de Energia, é possível negociar com vários fornecedores o valor da energia, tendo mais liberdade na hora de fechar os acordos.

Leia também: Regras do Mercado Livre de Energia que você precisa conhecer.

5. Mantenha a gestão de compras ativa

Depois de fechar o contrato, mantenha os pagamentos em dia para garantir as condições do contrato e evitar multas ou pagamentos extras.

Além disso, aproveite a organização e faça um planejamento de compras futuras para manter a sua empresa sempre um passo à frente.

Dicas para fazer a gestão de compras com sucesso

Fidelize-se a fornecedores de confiança

Os fornecedores são essenciais para uma gestão de compras bem sucedida. Ser cliente fiel de um fornecedor é vantajoso porque facilita:

  • a negociação de prazos de entrega, já que vocês mantêm uma relação de confiança;
  • a negociação de condições de pagamento, também pela confiança;
  • a atualização sobre novidades de produtos ou serviços, etc.

A dica é ter mais de um fornecedor na sua lista de melhores para garantir que um supra sua demanda, se o outro não puder.

Mantenha a organização interna

Se cada área da empresa não mantiver sua organização individual, a gestão de compras fica mais difícil.

O motivo é que sem uma previsão de demandas, negociar determinados tipos de suprimentos em cima da hora vai gerar um gasto maior ao invés de economia.

Se a quantidade de energia gasta aumentou, por exemplo, é preciso ajustar a compra. Com tempo, a equipe pode negociar com o fornecedor um novo contrato melhor.

No caso do Mercado Livre de Energia, ter o suporte de uma empresa gestora ajuda a fazer uma negociação realmente vantajosa e que vai manter seu investimento dentro de uma margem que seja acessível.

Leia também: Aprenda como fazer uma campanha de economia de energia elétrica na sua empresa.

Tenha uma planilha ou sistema de compras

A maneira mais fácil de organizar e criar um histórico de compra é por meio de planilhas ou usando um sistema de compra.

Registre o que foi comprado, o preço pago e detalhes da negociação para lembrar no futuro.

Assim, você pode tentar comprar pelo mesmo preço ou negociar melhores condições.

Organize a compra de energia da sua empresa

A gestão de compras é um processo essencial para organizar a aquisição de vários suprimentos para as empresas, inclusive o de energia.

Inserindo sua empresa no Mercado Livre de Energia e contando com a expertise de quem entende do assunto, a gestão de compras pode ser personalizada, levando em consideração as suas necessidades.

Para ter uma gestão de energia eficiente dentro do Mercado Livre de Energia, conheça a Esfera e saiba quais estratégias de contratação podem favorecer mais o seu negócio.

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Nova bandeira de escassez hídrica: entenda o que mudou

Nova bandeira de escassez hídrica: entenda o que mudou

No dia 31 de agosto, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) anunciou a bandeira de escassez hídrica, que representa mais um aumento na conta de energia dos consumidores do Mercado Cativo.

Segundo a ANEEL, o déficit na conta de bandeiras tarifárias já está em R$ 5,2 bilhões, além dos gastos com importação de energia de países vizinhos, com o custo de R$ 8,6 bilhões.

André Pepitone, diretor-geral da ANEEL, explicou que “nós temos que ter uma geração adicional para enfrentar a escassez hídrica. Nessa geração adicional está contemplada a importação de energia da Argentina e do Uruguai e a geração termelétrica adicional”.

Continue lendo e entenda todos os detalhes sobre a bandeira de escassez hídrica.

O que é a bandeira de escassez hídrica?

A bandeira de escassez hídrica é a nova bandeira tarifária criada pelo governo em agosto de 2021 e tem o valor de R$ 14,20 a cada 100 kWh (quilowatts-hora).

Ela é cerca de 50% mais cara que a bandeira vermelha patamar 2 e, no total, a conta de energia elétrica ficará 6,78% mais alta já a partir de setembro.

Colocando em números, para quem consome em média 100 kWh por mês, os cálculos seriam:

Antes: R$ 60 (tarifa média de consumo) + R$ 9,49 (bandeira vermelha – patamar 2) = R$ 69,49

Agora: R$ 60 (tarifa média de consumo) + R$ 14,20 (bandeira de escassez hídrica) = R$ 74,20, por isso um aumento de aproximadamente 6,78%.

Confira uma análise de tudo o que aconteceu em agosto no setor de energia.

Por que a bandeira de escassez hídrica foi criada?

A bandeira de escassez hídrica foi criada para custear a geração de energia em condições adversas, visto que atualmente estamos passando pela pior crise hídrica dos últimos 91 anos.

Por conta do nível baixo dos reservatórios, é necessário acionar as termelétricas, as quais têm um custo mais alto, pois utilizam combustíveis fósseis no processo de geração de energia — e também são mais poluentes, contribuindo para o aumento do efeito estufa.

Entenda como o nível dos reservatórios impacta o preço da energia.

A criação da nova taxa também tem o objetivo de evitar um apagão em todo o sistema, considerando o volume reduzido de água nas usinas hidrelétricas.

Como funciona e quando começa a ser aplicada?

A bandeira de escassez hídrica começou a ser aplicada em 1º de setembro e será adotada até abril de 2022 para suprir tanto os custos com a geração de energia das termelétricas quanto a importação de energia de outros países.

Vale lembrar que ela não é válida para Roraima, pois o estado está em um sistema isolado, e também não é aplicada para cerca de 12 milhões de famílias que pagam a Tarifa Social de Energia Elétrica.

Programa de Incentivo à Redução Voluntária do Consumo de Energia Elétrica

O Ministério de Minas e Energia também anunciou que aqueles que economizarem entre 10% e 20% terão desconto na conta de luz. A bonificação é de R$ 0,50 para cada kWh reduzido e o programa irá durar até o final de 2022.

A comparação será feita com o mesmo mês do ano passado, e o desconto será sinalizado na conta dos consumidores e aplicado automaticamente. Todos podem participar do programa, inclusive os cidadãos inscritos na tarifa social. Aqueles que economizarem menos de 10% ou mais de 20% não terão nenhum desconto.

Essa ação é válida apenas para os consumidores cativos. Contudo, existe um programa destinado especificamente aos consumidores livres, o Programa de Redução Voluntária da Demanda. Ele é voltado a grandes consumidores que fazem parte do Mercado Livre de Energia.

Saiba mais sobre a Redução Voluntária da Demanda (RVD).

Quais são todas as bandeiras tarifárias existentes?

As bandeiras tarifárias foram criadas pela ANEEL por meio da Resolução Normativa n° 547/13 de 16 de abril de 2013 e são válidas para todo o Sistema Interligado Nacional (SIN), exceto Roraima.

Elas são aplicadas no Ambiente de Contratação Regulada (ACR) e sinalizam para o consumidor cativo se haverá acréscimo no valor da energia pago por conta das condições de geração de eletricidade.

Existem três tipos de bandeiras tarifárias, sendo que a bandeira vermelha é segmentada em dois patamares:

  • Bandeira verde: significa que as condições estão favoráveis para a geração de energia, logo os custos são reduzidos. Não implica em nenhum acréscimo na conta de luz;
  • Bandeira amarela: representa que as condições de geração da energia estão menos favoráveis, com custo um pouco mais alto. A tarifa sofre acréscimo de R$ 1,87 para cada 100 kWh consumido;
  • Bandeira vermelha – patamar 1: significa que as condições de geração da energia estão com custos mais altos. A tarifa sofre acréscimo de R$ 3,97 para cada 100 kWh consumido;
  • Bandeira vermelha – patamar 2: sinaliza que as condições de geração da energia estão com custos ainda mais altos. A tarifa sofre acréscimo de R$ 9,49 para cada 100 kWh consumido.

E, claro, agora também há a bandeira de escassez hídrica.

Vale lembrar que todas as bandeiras sofreram reajuste em junho de 2021.

Confira o vídeo da ANEEL com todos os detalhes sobre as bandeiras tarifárias:

A bandeira de escassez hídrica incide sobre o Mercado Livre de Energia?

O Mercado Livre de Energia não sofre a incidência das bandeiras tarifárias, pois elas são aplicadas apenas para os consumidores do Mercado Cativo.

No Mercado Livre, consumidores podem negociar contratos bilateralmente e acordar preços, prazo, volume e forma de pagamento diretamente com as geradoras ou comercializadoras de energia elétrica.

Como os valores acordados em contrato são válidos ao longo de todo o período de contratação, não há cobrança adicional de nenhuma bandeira.

Os consumidores livres têm mais liberdade para escolher um fornecedor de energia com tarifas mais atrativas do que as reguladas pelo governo. Além disso, por conta da alta competitividade no Mercado Livre de Energia para conquistar os clientes, é possível alcançar até 35% de economia na conta de luz.

No vídeo abaixo explicamos como funciona o Mercado Livre de Energia e quem pode migrar para ele:

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