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Usinas geradoras de energia elétrica no Brasil: como funciona a matriz elétrica do país

Usinas geradoras de energia elétrica no Brasil: como funciona a matriz elétrica do país

As usinas geradoras de energia elétrica no Brasil desempenham um papel fundamental no país que vai muito além da geração de eletricidade: elas também são responsáveis pelo desenvolvimento econômico e social brasileiro.

O assunto é muito vasto, mas aqui iremos abordar alguns dos aspectos mais relevantes para você entender mais sobre essas usinas.

Vamos mostrar quantas geradoras o Brasil tem, qual usina é a maior fonte geradora de energia no país, qual a composição da nossa matriz elétrica e também quais os tipos de energia que o Brasil mais consome.

Continue lendo e tire todas as suas dúvidas sobre as usinas geradoras de energia elétrica do Brasil.

Quantas geradoras o Brasil tem?

Atualmente a matriz elétrica do Brasil tem 9.026 usinas geradoras em operação, segundo dados da ANEEL referentes a novembro de 2020.

Além disso, existe um projeto de expansão do setor energético brasileiro, de modo que uma série de empreendimentos já foram outorgados e já iniciaram a construção (ou estão para começar).

Os dados abaixo mostram um panorama de março de 2020:

Informações sobre o projeto de expansão da matriz elétrica brasileira

Fonte: ANEEL

Por meio do Sistema de Informações de Geração da ANEEL (SIGA), é possível acompanhar diversos dados sobre a matriz elétrica brasileira e segmentá-los por fase de construção, origem de combustível, fonte e combustível final, e renováveis e não renováveis.

Qual a usina que é a maior fonte geradora de energia elétrica no Brasil?

A maior fonte geradora de energia elétrica no Brasil é a usina hidrelétrica Itaipu Binacional. Ela fica em Foz do Iguaçu, no Paraná, na divisa entre o Brasil e o Paraguai (por isso “binacional”).

Até 2003 ela era considerada a maior barragem do mundo, mas hoje a hidrelétrica das Três Gargantas, localizada na China, é que detém esse título.

Em seguida, a segunda maior usina geradora de energia do país é a usina hidrelétrica de Belo Monte, localizada no Pará. Em terceiro lugar está a usina hidrelétrica São Luiz do Tapajós, também no Pará.

Qual a composição da matriz elétrica do Brasil?

De acordo com dados da Empresa de Pesquisa Energética, a matriz elétrica brasileira é formada majoritariamente por fonte hidráulica (65,2%), seguida pelo gás natural (10,5%), biomassa (8,2%), solar e eólica (6,9%), carvão (4,1%) e nuclear (2,6%).

Essas fontes de energia podem ser renováveis ou não renováveis. Fontes renováveis de energia são aquelas que, como o nome diz, são repostas naturalmente, como a água, vento e luz solar.

Por outro lado, as fontes de energia não renováveis, como petróleo, gás natural e carvão mineral, são recursos finitos.

A seguir explicaremos quais são os principais tipos de energia que existem no Brasil e quais as diferenças entre cada um deles.

Tipos de energia renovável

A energia hidráulica, principal do Brasil, é gerada por meio do aproveitamento da força e do volume da água.

Para isso, é necessária a existência de usinas hidrelétricas, as quais têm turbinas conectadas a geradores que transformam o movimento das pás das turbinas em energia.

Esse tipo de energia depende principalmente da quantidade de chuva, porém as usinas têm reservatórios que armazenam a água para evitar o risco de déficit em períodos de escassez.

Entenda qual o impacto dos níveis dos reservatórios no preço da energia.

Já a energia eólica é obtida a partir do vento, um recurso renovável e inesgotável, que ativa as turbinas dos aerogeradores instalados em torres, os quais convertem energia mecânica em energia elétrica.

Porém, é essencial que haja ventos fortes constantemente para a geração desse tipo de energia, assim como os equipamentos são muito caros.

Por isso, a energia eólica ainda está em crescimento no Brasil e tem uma parcela menor dentre as fontes de energia.

Por sua vez, a energia solar é gerada por meio da radiação do sol, fonte inesgotável, que é captada em painéis fotovoltaicos ou por meio de um sistema heliotérmico, os quais podem tanto ser instalados em telhados quanto em áreas abertas.

Esse tipo de energia também representa uma parcela menor de uso no Brasil pois os seus custos são altos.

Há também a energia de biomassa, que basicamente é gerada por meio da queima de matérias orgânicas, como a cana-de-açúcar, lenha e resíduos agrícolas.

Como o dióxido de carbono liberado na queima é reaproveitado pela própria vegetação, esse tipo de energia pode ser considerada renovável.

Tipos de energia não renovável

Os combustíveis fósseis, como petróleo, carvão mineral e gás natural, são queimados para produzir eletricidade nas usinas termelétricas. Esses são recursos finitos e também poluentes, pois a queima libera muito CO2 na atmosfera, o que contribuiu para o aumento do efeito estufa e, por consequência, do aquecimento global também.

Por fim, a energia nuclear é produzida por meio do aquecimento da água, a qual se transforma em vapor e este, por sua vez, ativa os geradores.

As usinas nucleares até podem ser consideradas menos poluentes do que as termelétricas, porém, o lixo nuclear gerado é muito nocivo para as pessoas e para o meio ambiente.

Quais os tipos de energia que o Brasil mais consome?

Os tipos de energia que o Brasil mais consome são a energia hidrelétrica, energia termoelétrica, energia eólica, energia nuclear e energia solar. 

A energia hidrelétrica é gerada em usinas hidrelétricas que transformam a força da água em energia, como é o caso da Itaipu Binacional.

Barragens são construídas em rios e um reservatório é formado. A água é captada desse reservatório e levada pelas tubulações até as turbinas, as quais se movimentam por conta da potência da água. Em seguida, os geradores transformam a energia mecânica em energia elétrica.

Já as usinas termelétricas produzem energia por meio do aquecimento da água, processo que é feito através da queima dos combustíveis fósseis que citamos anteriormente.

A água se transforma em vapor e faz as turbinas da usina girarem. Elas estão ligadas a geradores que têm um campo eletromagnético e, assim, a energia elétrica é produzida.

Há também a energia eólica, considerada uma energia limpa, pois aproveita apenas o vento para gerar energia, não polui o meio ambiente e tem como fonte um recurso inesgotável.

Porém, apesar desses aspectos positivos, o vento é muito irregular, então nem sempre será possível gerar energia quando for necessário.

Dessa forma, a energia eólica pode ser considerada um tipo de energia “complementar”.

Agora falando sobre as usinas nucleares, no Brasil existem duas em operação: Angra 1 e Angra 2 (a Angra 3 está em construção), todas localizadas no Rio de Janeiro.

Para a geração desse tipo de energia, é necessário o uso de elementos radioativos, o que é considerado inseguro e nocivo para o meio ambiente, já que muito resíduo tóxico é descartado no processo.

Por fim, a energia solar aproveita a luz natural do sol para gerar energia. Usando painéis fotovoltaicos, a conversão em energia é direta, enquanto no sistema heliotérmico primeiro a energia se transforma em energia térmica e depois em energia elétrica.

Além disso, assim como a energia eólica, essa energia é 100% limpa e renovável, tendo como fonte um recurso inesgotável.

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7 ideias de redução de custos na indústria

7 ideias de redução de custos na indústria

Encontrar ideias de redução de custos na indústria é um dos maiores desafios de qualquer negócio.

No dia a dia de produção, em alguns momentos pode parecer que não existe mais nenhum caminho para cortar gastos, mas saiba que, fazendo um planejamento adequado, é possível sim identificar oportunidades de economia.

Por isso, aqui vamos mostrar qual a importância desse planejamento e, em seguida, apresentaremos algumas ideias de como reduzir os custos na indústria sem afetar a produtividade do negócio.

Confira!

Por que é importante fazer um planejamento de redução de custos

Para um negócio crescer, não basta apenas vender produtos ou serviços, é preciso também otimizar o processo produtivo, reduzir custos e, assim, garantir a lucratividade da empresa. 

Porém, não adianta apenas fazer cortes sem que haja um planejamento, pois isso pode afetar toda a cadeia de produção. Depois, reverter esse cenário demandará ainda mais tempo e poderá prejudicar os ganhos do negócio. 

Então, antes de mais nada, é preciso fazer um levantamento sobre quais são as despesas fixas e variáveis da indústria para entender quais que, de fato, são os custos do seu negócio e conseguir criar ações que otimizem a produção e valorizem o preço do produto final. 

Depois, é preciso iniciar o planejamento sobre possíveis ações para reduzir os custos na indústria.

Nesse planejamento, você deverá fazer uma previsão sobre possíveis impactos positivos e negativos que cada redução pode ter nas atividades, bem como cada um dos setores poderão ser afetados. 

Essa análise é fundamental para que os esforços sejam destinados aos custos certos e haja uma redução significativa sem que a produção seja afetada. 

A seguir mostraremos algumas ideias para que os gastos diminuam, mas é claro que cada negócio tem suas próprias demandas, então é preciso estudar o que faz sentido para sua indústria ou não e fazer as adaptações necessárias.

7 ideias de redução de custos na indústria

1. Organize o fluxo de caixa e faça um acompanhamento recorrente

Esse deve ser o primeiro passo para que qualquer uma das próximas ideias tenha resultados significativos. Afinal, como você irá mensurar qual foi o impacto de uma ação nos custos da indústria se não souber quanto do orçamento do negócio é comprometido por aquele gasto? 

Então, organize o fluxo de caixa, identifique quais são todas as despesas e faça um acompanhamento recorrente para entender com clareza como cada redução está afetando as finanças da indústria.

2. Mapeie a produtividade dos funcionários e reorganize equipes

O “chão de fábrica”, ou seja, a “mão de obra” de uma indústria é vital para o funcionamento de qualquer negócio, mas será que o potencial de cada colaborador está sendo devidamente aproveitado? 

Por isso, faça um mapeamento da produtividade de todos os funcionários e identifique quais áreas podem operar com menos pessoal. Então, reorganize as equipes, realocando colaboradores para que eles possam contribuir com outras etapas que necessitam de seus serviços. 

Essa é uma estratégia de redução de custos pois permite identificar quais novas contratações realmente são necessárias e também proporciona um melhor aproveitamento da mão de obra que já atua na indústria hoje.

3. Treine e incentive seus funcionários

Essa dica também está diretamente relacionada à produtividade, afinal, colaboradores capacitados produzem mais e melhor.

Ofereça treinamentos periódicos e faça reuniões sazonais para apresentar dados sobre empresa, de modo que todos estejam alinhados sobre quais são os objetivos do negócio. 

Além disso, ofereça incentivos e mostre que há propósito no trabalho de cada um. São ações como essas que melhoram o desempenho dos funcionários e, por consequência, otimizam a produção feita por eles.

4. Crie um processo para reduzir os gastos e o desperdício de matéria-prima

Uma gestão eficiente de recursos ajuda a reduzir os gastos e garante um melhor aproveitamento de cada matéria-prima.

Para isso, o primeiro passo é rever os fornecedores e, se preciso, contratar novas empresas com um melhor custo-benefício. Além disso, veja se a compra em grande escala tem um preço mais atrativo.

Outro ponto de atenção é o desperdício de recursos ao longo da cadeia de produção, pois este é praticamente um “gasto invisível” que acontece aos poucos mas está sempre lá.

Por isso, crie um processo que diminua ou elimine completamente a perda de matéria-prima durante a produção. Afinal, você pagou por aquele recurso, não é mesmo?

5. Faça a manutenção preventiva de equipamentos

Não negligencie a manutenção do seu maquinário! É melhor ter um “gasto” fazendo a manutenção periódica de todos os equipamentos do que precisar arcar com o custo de uma máquina quebrada e ainda ter a produção afetada por isso. 

Então, crie o hábito de manter todos os equipamentos devidamente vistoriados e com a manutenção em dia. Isso evitará muitos problemas e ainda ajudará a reduzir custos na indústria.

6. Elimine os gastos com tarifas bancárias desnecessárias

Sabe aquela taxa que está no seu orçamento mas você não costuma dar muita atenção a ela porque “ela sempre está lá” e “faz parte dos gastos”? Reveja isso. 

As tarifas bancárias para indústrias podem ser muito elevadas, então é fundamental renegociar o que for possível e conseguir melhores taxas para o seu negócio. Com o tempo, você verá o impacto dessa ação no orçamento.

7. Reduza os gastos com as contas de água e luz

No caso da conta de água, é possível conscientizar seus colaboradores a respeito da importância da economia desse recurso, por exemplo.

Além disso, contrate uma equipe para fazer uma vistoria periódica da indústria para identificar possíveis vazamentos de água que possam passar despercebidos no dia a dia.

Em relação aos custos de energia elétrica, é possível considerar trocar as lâmpadas incandescentes por lâmpadas de LED, por exemplo, bem como substituir máquinas antigas por equipamentos mais atualizados e que consomem menos energia.

Além disso, outra alternativa é migrar para o Mercado Livre de Energia. Nele, as empresas podem negociar preços, prazo, volume e forma de pagamento diretamente com os fornecedores.

E mais: nesse mercado não há a incidência das bandeiras tarifárias, as quais muitas vezes acabam elevando ainda mais o preço da energia pago para as concessionárias.

Assim, no Mercado Livre de Energia é possível contratar energia com valores muito mais baixos e, em alguns cenários, alcançar até 35% de economia na conta de luz.

Para fazer o processo de migração com segurança, o ideal é contar com o suporte de uma empresa especializada no assunto, como a Esfera Energia, referência nacional em gestão de energia no Mercado Livre de Energia e que realiza uma consultoria completa para esse processo.

A Esfera também oferece todo o apoio necessário para o cumprimento das obrigações legais e garante as melhores condições possíveis na contratação de energia.

Ficou interessado? Fale com um de nossos consultores e conheça todas as soluções da Esfera Energia.

Agora você já conhece as principais ideias de redução de custos na indústria, então basta fazer um planejamento e colocar em prática cada uma delas para otimizar sua produção e preservar o orçamento do seu negócio.

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Quais fatores influenciam o preço da energia elétrica industrial?

Quais fatores influenciam o preço da energia elétrica industrial?

A conta de luz é uma das principais despesas de uma indústria, por isso entender quais fatores têm impacto sobre o preço da energia elétrica industrial pode fazer a diferença para o orçamento do seu negócio.

Para começar, é preciso explicar que o setor energético brasileiro está segmentado em dois “ambientes”:

  • Ambiente de Contratação Regulada (ACR): formado por consumidores cativos que têm acesso à energia com tarifas estabelecidas pelo governo e pagam mensalmente pelo serviço de distribuição e de geração de energia;
  • Ambiente de Contratação Livre (ACL): são os consumidores livres que negociam energia no Mercado Livre de Energia e podem encontrar preços melhores do que os normalmente disponíveis no ambiente regulado.

No ACR, o preço é definido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), enquanto no ACL existe a possibilidade de negociar valores e condições de pagamento de acordo com a geradora ou comercializadora.

No caso da cobrança feita pela ANEEL, considera-se a inflação e os custos e investimentos das distribuidoras.

Além disso, por conta das bandeiras tarifárias, o valor da conta de luz oscila mês a mês dentro de valores pré-determinados e de acordo com a necessidade de uso de usinas termelétricas.

Entenda aqui as diferenças entre ACR e ACL na compra de energia.

É válido esclarecer também que no ACR existem diferentes classes de consumo e o preço da energia elétrica varia em cada uma delas: residencial, industrial, comercial, rural e de poder público.

Além disso, as tarifas são divididas em dois grupos:

  • Grupo A: média e alta tensão, e também sistemas subterrâneos. Nesse grupo existem as cobranças “horário ponta” e “horário fora ponta” e as tarifas “horária azul” e “horária verde”;
  • Grupo B: baixa tensão, residencial, rural, iluminação pública e demais classes. Aqui também existem duas tarifas: “convencional monômia”, o que significa que a cobrança é a mesma independentemente do horário do dia em que for utilizada, ou “horária branca”, na qual a tarifa muda conforme o horário de utilização do dia.

Fatores que influenciam o preço da energia elétrica industrial

Horário ponta e fora ponta

Esses conceitos estão relacionados à demanda e ao consumo. Demanda é a potência de energia necessária para atender ao consumo em determinados períodos do dia, ou seja, a capacidade do sistema elétrico. Tal potência normalmente é medida em kW (quilowatt) ou MW (megawatt).

Já o consumo é a quantidade utilizada, sendo medido em kWh (quilowatt-hora) ou MWh (megawatt-hora). Uma conta de energia tradicional é o acumulado de consumo energético ao longo de um mês inteiro.

Tais horários precisam existir pois em determinados períodos do ano (ou até mesmo ao longo de apenas um dia), a demanda e o consumo de energia podem variar e passar por picos e baixas.

Dessa forma, cobranças diferentes são realizadas de acordo com essas oscilações, as chamadas “tarifas horosazonais”, pois justamente têm como referência a necessidade energética em períodos específicos do dia ou do ano.

Então, as diferenças entre essas tarifas são:

  • Horário ponta: período de três horas consecutivas que normalmente ocorre das 18h às 21h, exceto aos sábados, domingos e feriados. Esse é um período com alta demanda e consumo, de modo que pode ocorrer uma cobrança triplicada de energia, que tem como objetivo estimular a queda do pico e, assim, não sobrecarregar as linhas de transmissão;
  • Horário fora ponta: todas as demais horas do dia além do período ponta. A determinação desse intervalo varia de acordo com a concessionária, mas normalmente é das 0h às 17h59 e das 21h às 23h59.

Aqui você confere um artigo completo sobre as diferenças entre horário ponta e horário fora ponta.

O que são as tarifas azul e verde

Os consumidores do grupo A, que são os de alta tensão, podem escolher qual tipo de tarifa preferem, a tarifa azul ou a tarifa verde. Dessa forma, diferentes perfis de consumo de empresas podem se encaixar melhor nas políticas de preços regulamentadas pela ANEEL.

Veja o que muda de uma para outra:

  • Tarifa azul: a tarifa tem dois valores diferentes de demanda de potência de acordo com o horário ponta e o horário fora ponta;
  • Tarifa verde: os valores de consumo podem ser ou não diferentes no horário ponta e horário fora ponta, mas a cobrança pela demanda de potência é única e o preço de transporte na ponta é maior. 

É importante entender esses aspectos pois o preço da energia elétrica industrial varia de acordo com essas diferenciações. 

Além disso, cada estado do Brasil e suas respectivas cidades têm diferentes geradoras e distribuidoras de energia, de modo que o valor pode mudar de um lugar para outro, inclusive no decorrer dos meses, dependendo da incidência das bandeiras tarifárias, por exemplo.

Como calcular o consumo de energia elétrica empresarial

O preço da energia elétrica industrial, que também pode ser chamado de tarifa elétrica (TE) é estabelecido pelas concessionárias de energia. Além disso, as indústrias fazem parte do grupo A, o que significa que o preço do kwh pode ter quatro variações:

  • Preço na tarifa verde no horário ponta 
  • Preço na tarifa verde no horário fora ponta
  • Preço na tarifa azul no horário ponta
  • Preço na tarifa azul no horário fora ponta

Por isso, aqui vamos explicar como você pode calcular o consumo de energia da sua empresa, mas o valor da TE você deverá consultar diretamente na sua fornecedora de energia, pois o preço pode ser diferente de acordo com a sua contratação de energia e também depende de qual cidade do país sua indústria está. 

Para calcular o valor é preciso multiplicar o consumo de energia no período faturado (normalmente apresentado nas faturas de energia na unidade de kWh) pela soma das tarifas de energia (TE) e de uso do sistema de distribuição (TUSD), de acordo com o posto tarifário (consumo ponta e consumo fora ponta). 

O mesmo é utilizado para o cálculo de consumo de demanda: multiplica-se a demanda contratada (ou registrada) pelo valor da tarifa de uso do sistema de distribuição (TUSD), também de acordo com o posto tarifário (ponta e/ou fora ponta).

Aqui você confere um artigo completo sobre como calcular o consumo de energia e qual a importância de saber fazer essa análise.

Ao fazer esses cálculos, você pode se surpreender com os custos elevados da sua conta de luz, bem como com o preço da energia elétrica industrial.

Por isso, uma alternativa para você reduzir significativamente essa despesa é considerar a migração para o Mercado Livre de Energia.

Por que considerar migrar para o Mercado Livre de Energia

O Mercado Livre de Energia faz parte do Ambiente de Contratação Livre (ACL), como mostramos no começo deste artigo.

Nele, os consumidores livres podem negociar preço, prazo, volume e forma de pagamento direto com as empresas geradoras ou comercializadoras de energia elétrica. 

Dessa forma, é possível contratar a energia com melhores condições e, assim, conseguir preços inferiores aos estabelecidos no ACR, sendo possível alcançar até 35% de redução de custos com energia elétrica.

Para fazer a migração é ideal contar com o apoio de uma empresa especializada no processo. A Esfera Energia, por exemplo, é uma empresa que realiza uma consultoria completa para ajudar os clientes a migrarem para o Mercado Livre de Energia.

Fornecemos toda a assistência necessária para o cumprimento das obrigações legais e também atuamos nas negociações para garantir as melhores condições possíveis na contratação de energia. 

Além disso, você também conta com o hud, nossa plataforma com todos os dados sobre consumo, performance, preço e insights de mercado para você acompanhar todas as informações sobre a sua contratação e ter mais eficiência para gerenciar sua energia elétrica industrial.

Conheça o hud, plataforma da Esfera Energia para gestão de energia elétrica

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O que é energia de reserva e quando ocorre a cobrança do EER?

O que é energia de reserva e quando ocorre a cobrança do EER?

Você sabe o que é energia de reserva e para que ela serve? Essa energia tem como objetivo assegurar o fornecimento de energia no Ambiente de Contratação Regulada (ACR), especialmente em períodos em que há um aumento expressivo da demanda.

Pode ocorrer também a cobrança do Encargo de Energia de Reserva (EER) caso seja necessário cobrir todas as despesas relacionadas ao fornecimento de energia em determinados períodos.

A seguir vamos mostrar todos os detalhes sobre o que é energia de reserva, o que é o EER e quando ele é cobrado, confira!

O que é energia de reserva

Segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), a energia de reserva tem o propósito de garantir mais segurança ao fornecimento energético no Sistema Interligado Nacional (SIN).

Esse tipo de energia está presente no Brasil desde 2008 e é regulamentado pelo decreto nº 6.353/2008.

Existem usinas que são contratadas especificamente para complementar o fornecimento no ACR, formado por consumidores cativos, e a negociação ocorre por meio dos Leilões de Energia de Reserva (LER).

Quer saber mais sobre o que é um leilão de energia e quais tipos que existem? Confira o artigo completo aqui.

Tal contratação é feita por meio dos Contratos de Energia de Reserva (CER), os quais formalizam o processo entre os agentes vendedores nos leilões e a CCEE.

Neste caso, a CCEE atua como representante dos agentes de consumo, inclusive dos consumidores livres — que são aqueles que fazem parte do Ambiente de Contratação Livre (ACL).

Entenda aqui quais são as diferenças entre ACR e ACL.

A quantidade de energia a ser contratada e quais serão as fontes fornecedoras são definidas pelo Ministério de Minas e Energia (MME) de acordo com estudos realizados pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

Além disso, essa dinâmica de contratação pode sofrer a taxação do Encargo de Energia de Reserva (EER), que é cobrado de todos os consumidores que fazem parte do SIN.

O que é o Encargo de Energia de Reserva (EER)

O Encargo de Energia de Reserva (EER) se refere à tarifa cobrada para cobrir todos os custos relacionados à contratação da energia de reserva, tais como despesas administrativas, financeiras e tributárias.

O encargo está previsto no decreto nº 6.353/2008 e na Resolução Normativa Aneel nº 337/2008 e o seu valor é rateado entre todos os usuários finais do SIN.

O rateio é feito com base no consumo energético de cada usuário liquidado nos últimos 12 meses, o que significa que aqueles que tiveram um consumo maior acabarão pagando mais pelo EER.

O preço do encargo é determinado de acordo com as Regras de Comercialização de energia elétrica vigentes e é a CCEE a responsável por recolher a tarifa, a qual é cobrada desde 2009.

A gestão desse recurso financeiro, por sua vez, é feita pela Conta de Energia de Reserva (Coner), a qual deve receber o EER e pagar os agentes vendedores de acordo com os termos estabelecidos nos CER.

Além disso, também deve receber eventuais multas referentes à energia de reserva e também referentes à inadimplência no pagamento do EER.

Quando o Encargo de Energia de Reserva é cobrado

A energia de reserva gerada pelas usinas contratadas é liquidada mensalmente pelo Mercado de Curto Prazo, que, de acordo com a CCEE, “pode ser definido como o segmento da CCEE onde são contabilizadas as diferenças entre os montantes de energia elétrica contratados pelos agentes e os montantes de geração e de consumo efetivamente verificados e atribuídos aos respectivos agentes.”

O valor dessa energia é abonado no Preço de Liquidação das Diferenças (PLD), mas, quando o PLD está muito baixo e o montante arrecadado não é suficiente para cobrir todas as despesas referentes à operação de fornecimento de energia, há a necessidade de se cobrar o EER. Isso viabiliza o equilíbrio financeiro da Coner.

Dessa forma, a cobrança do EER garante que as usinas recebam o necessário para cobrir suas respectivas receitas fixas.

Por garantia, a CCEE mantém uma parte do valor arrecadado como um “saldo extra” na Coner como segurança caso haja inadimplência de algum usuário.

A Resolução Normativa Aneel nº 337/2008 estabelece que os usuários de energia de reserva são os “agentes de distribuição, consumidores livres, consumidores especiais, autoprodutores (na parcela da energia adquirida), agentes de geração com perfil de consumo e agentes de exportação participantes da CCEE.”

Importante reforçar que agentes que não efetuarem o pagamento do EER e ficarem inadimplentes correm o risco de serem desligados da CCEE caso não regularizem sua situação o mais breve possível.

De qualquer forma, o fato é que o EER não é cobrado todos os meses, pois depende do montante arrecadado e do valor abatido no PLD. Vale se planejar para que, caso haja a cobrança, o pagamento seja feito e não haja o risco de inadimplência.

Qual a importância da energia de reserva para o setor

Agora que você já sabe o que é energia de reserva, é importante ter clareza sobre sua importância para todo o mercado.

Como explicamos, seu propósito é garantir o fornecimento de energia para todo o Sistema Interligado Nacional, mesmo quando há um aumento da demanda, mas sua relevância vai além disso.

A energia de reserva também proporciona um mercado mais diverso por meio da construção de usinas que fornecem fontes complementares às usinas hidrelétricas, como fontes renováveis (energia solar, eólica e biomassa) e também de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs).

Dessa forma, o setor não corre o risco de sofrer um déficit de fornecimento caso haja escassez de água, por exemplo. Em uma situação como essa, o abastecimento é assegurado pelas usinas de energia de reserva.

Deu para entender o que é energia de reserva e o que é o EER, bem como a importância desse tipo de energia para todo o mercado? Com esse recurso todo o setor fica seguro e não há o risco que alguma empresa fique sem abastecimento.

O que achou sobre as informações sobre o assunto? Se sua empresa é uma geradora, saiba que você pode contar com a Esfera Energia para comercializar sua energia elétrica pelo melhor preço e com segurança regulatória.

Atualmente gerenciamos 6% de toda a energia produzida no Brasil, atendemos a 70 unidades geradoras e gerimos mais de 10 GW de potência.

Conheça as soluções da Esfera para usinas geradoras!

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Como fazer o monitoramento de energia elétrica?

Como fazer o monitoramento de energia elétrica?

Se o monitoramento de energia elétrica ainda não é uma prática na sua empresa, aqui você irá entender por que é importante começar a fazê-lo o mais breve possível e quais são as vantagens dessa gestão para o seu negócio.

Nesse sentido, fazer uma gestão eficiente é fundamental para garantir que o recurso esteja sendo devidamente aproveitado e que o gasto corresponda ao que de fato é usado, sem desperdício.

Por isso, aqui vamos mostrar tudo o que você precisa saber a respeito do monitoramento de energia elétrica, sua importância e como começar a fazer na sua empresa.

O que é monitoramento de energia elétrica

O processo de monitoramento energético é realizado para entender detalhadamente o consumo de energia ao se analisar pontos que não são contemplados com a precisão necessária nas faturas tradicionais de energia.

Tais faturas também são importantes para para uma gestão eficiente, porém, o intervalo contemplado é de um mês inteiro e, assim, não é possível entender as nuances que acontecem hora a hora, minuto a minuto.

Por isso, ao adotar um sistema de monitoramento de energia elétrica, é possível identificar períodos em que há maior consumo, por exemplo, e elaborar estratégias para otimizar a gestão desse recurso.

Veja aqui o que é gestão de energia elétrica e como fazer com eficiência.

Por que é importante fazer o monitoramento de energia elétrica

O grande desafio para empresas que não têm um sistema de monitoramento de energia elétrica é que não dá para se ter muita clareza sobre quais são as ações do dia a dia que de fato fazem diferença para um melhor aproveitamento energético.

Por exemplo, em uma grande indústria, caso uma máquina seja desligada por 24h, como será possível entender qual foi o impacto em relação à redução de consumo se o único dado disponível será a conta no final do mês?

É justamente por isso que fazer um monitoramento de energia elétrica é tão importante, pois permite que as empresas tenham uma visão mais assertiva sobre o consumo ao longo das horas e não em apenas em um período tão extenso como um mês inteiro.

Fazendo uma gestão adequada do consumo energético, é possível identificar oportunidades estratégicas para reduzir custos e otimizar o uso da energia elétrica em qualquer empresa, de um escritório comercial a uma grande indústria.

Além disso, um sistema de monitoramento adequado permite adotar uma rotina de testes, como substituir equipamentos por modelos mais novos e que consomem menos energia, fazer rodízios de turnos e até mesmo disseminar uma cultura de economia de energia entre os funcionários.

Assim, basta acompanhar os dados hora a hora para identificar o que foi efetivo e o que não funcionou para continuar buscando soluções para economizar cada vez mais e evitar o desperdício de energia.

A relação entre o monitoramento de energia e sustentabilidade

Otimizar o consumo energético e, por consequência, reduzir o desperdício, está diretamente relacionado à preservação ambiental e à sustentabilidade. Mas como isso tudo está relacionado?

Para que qualquer equipamento funcione, uma parte da energia elétrica será aproveitada, enquanto outra invariavelmente acabará sendo desperdiçada no processo.

Assim, é preciso pensar em eficiência energética, ou seja, ações que podem ser tomadas para que esse recurso seja melhor aproveitado e o impacto ambiental seja cada vez menor.

Empresas sustentáveis hoje são referência no mercado e tornaram-se preferência para os consumidores, justamente porque existe uma preocupação global em preservar o meio ambiente por meio das mais diversas ações.

Assim, ao adotar um sistema de monitoramento de energia elétrica, se torna possível identificar o que está causando desperdício e, então, adotar soluções para reverter esse cenário.

Opções para otimizar o monitoramento de energia elétrica

As soluções oferecidas pelo mercado em relação a metodologias e sistemas de monitoramento de energia elétrica são inúmeras, mas aqui mostraremos algumas das mais conhecidas para você se inteirar sobre quais recursos estão à disposição.

Uma delas é a medição de entrada da distribuidora. Isso é possível porque as distribuidoras de energia são obrigadas a permitir acesso ao relógio de energia, no qual é colocado um dispositivo que coleta os dados e os envia para um software que mostrará as informações de consumo a cada 15 minutos, aproximadamente.

Esses dados são os mesmos usados pela distribuidora para formar a conta de luz, mas a diferença é que aqui as empresas têm acesso a uma análise mais específica sobre a demanda em curtos períodos de tempo.

Outra opção é a medição setorial, que permite analisar o consumo energético de forma mais individualizada e específica, ao invés de mensurar apenas a entrada de energia em si, como é o caso do sistema mencionado acima.

Tal medição é muito usada principalmente em locais em que diferentes empresas ocupam um mesmo lugar e é preciso que a medição do consumo seja individualizada, como é o caso de edifícios comerciais e shoppings, por exemplo.

Também é possível usar essa opção para acompanhar como a energia é utilizada em processos específicos dentro de uma produção e, assim, identificar quais são os equipamentos que demandam mais energia e podem ser melhor aproveitados para reduzir o consumo, por exemplo.

Como a Esfera Energia pode te ajudar a monitorar a energia elétrica

A energia elétrica é uma das principais despesas de uma empresa e pode ser que você esteja enfrentando o desafio de encontrar alternativas que ajudem a reduzir os gastos com esse recurso.

Por isso, você pode considerar migrar para o Mercado Livre de Energia. Nele é possível escolher os fornecedores de energia e optar por aquele que ofereça a melhor oferta para o seu negócio.

Ainda não conhece o Mercado Livre de Energia? Aqui explicamos tudo o que você precisa saber a respeito dele.

Caso você queira fazer a migração, você pode contar com o suporte da Esfera Energia, referência nacional em gestão de energia no Mercado Livre e que ajuda empresas a economizarem até 35% na conta de luz todos os meses.

Além disso, você também tem acesso ao hud, plataforma com todos os dados sobre consumo, performance energética, preço e insights do mercado, o qual permite fazer um monitoramento de energia elétrica com muito mais eficiência.

Conheça o hud, plataforma da Esfera Energia para monitoramento de energia elétrica

Ficou interessado? Com a Esfera Energia você tem acesso a soluções completas que te ajudarão a reduzir os custos com energia elétrica por meio de uma gestão inteligente.

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