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Eficiência energética nos hospitais: como economizar?

Eficiência energética nos hospitais: como economizar?

A eficiência energética nos hospitais, clínicas e consultórios médicos é um desafio para os gestores de instituições públicas e privadas. Afinal, esses locais prestadores de serviços de saúde funcionam sem interrupções ou têm equipamentos que ficam ligados constantemente.

Ao mesmo tempo que precisam economizar, a alta demanda de consumo exige soluções estratégicas viáveis para garantir o funcionamento e o conforto de pacientes e equipe.

A eficiência energética tem como meta otimizar o uso das fontes de energia para reduzir custos internos e colaborar com o meio ambiente por meio de uma operação sustentável.

Ou seja, realizar os mesmos processos com menos recursos. Nesse caminho, existem muitos desafios, como alta demanda de energia, infraestrutura defasada, padrões de segurança existentes e limitações de orçamento.

Apesar do cenário desafiador, existem soluções para economizar energia em hospitais. 

Continue a leitura do artigo e entenda os benefícios de priorizar a eficiência energética, recursos com consumo mais alto, estratégias e dicas para implementar reduções e como obter resultados com um plano de gestão de energia eficiente.

Boa leitura!

Quais são os benefícios da eficiência energética hospitalar?

A eficiência energética nos hospitais e outros espaços de saúde é fundamental para a longevidade da operação em longo prazo. Porém, não se trata apenas de economizar, mas de implantar soluções eficientes que evitem dívidas, por exemplo.

Com um plano de gestão de energia bem elaborado, as instituições montam um planejamento estratégico para alcançar benefícios de alto impacto. Confira os principais ganhos.

Redução de custos operacionais

A energia elétrica é um gasto alto na lista de despesas mensais. Afinal, toda infraestrutura de um hospital depende de eletricidade para funcionar, da recepção da emergência, centros cirúrgicos até a lavanderia.

A mudança na forma de compra de energia e adaptações na estrutura geram uma redução significativa nos custos operacionais

Um exemplo é o Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM) que, a partir de mudanças internas, obteve uma projeção de economia anual de R$ 532 mil em energia elétrica, o equivalente a 18,3% do total de gastos com esse insumo.

Contribuição para a sustentabilidade ambiental

A sustentabilidade ambiental é um benefício estratégico da eficiência energética nos hospitais. Imagine abastecer toda infraestrutura por meio de fontes de energia limpa.

Dessa forma, em vez de fontes poluentes que contribuem para o aumento das emissões de carbono na atmosfera, como as usinas termelétricas, as instituições de saúde podem comprar energias renováveis, como solar, eólica e biomassa.

Melhoria na imagem institucional

As ações com foco em eficiência energética nos hospitais, clínicas e consultórios médicos agregam valor à marca e melhoram a imagem institucional

O reconhecimento das iniciativas pelo mercado valoriza o uso responsável dos recursos energéticos, assim como a opção por soluções com menor impacto e melhor rendimento no consumo de energia, o que pode atrair investimentos e mais pacientes. 

Áreas críticas de consumo de energia em hospitais

Um dos fatores que reforça a importância de um plano de gestão de energia eficiente é descobrir as áreas em que o consumo é maior para buscar soluções econômicas e modernas. Confira os setores nos quais as alterações trazem mais impacto:

• Iluminação: em muitas áreas dos hospitais, ter luz ativa constantemente é fundamental. Porém, em outras, onde o fluxo de passagem é menor, o sistema muda com a implantação de sensores de presença e instalação de lâmpadas econômicas, como as de LED;

• Climatização: os equipamentos de AVAC (aquecimento, ventilação e ar-condicionado) consomem muita energia. Para reduzir o consumo, é fundamental programar manutenções, principalmente nos filtros de ar;

• Equipamentos médicos: muitos diagnósticos dependem de exames clínicos e de imagem que, por sua vez, são realizados por máquinas e equipamentos elétricos/eletrônicos. Monitorar o funcionamento e a eficiência no uso é fundamental para identificar a necessidade de trocas;

• Aquecimento de água: a disponibilidade de água quente garante a eficiência dos processos de limpeza geral, banhos e lavanderia. O uso de sistemas de aquecimento solar e isolamento térmico pode gerar uma economia de 40%.

Estratégias para implementar a eficiência energética

O processo de implementação da eficiência energética nos hospitais depende do tamanho e complexidade da operação. Para guiar o trabalho, vale montar um grupo para definir as estratégias.

A etapa inicial é a auditoria energética. Ou seja, passar um pente fino nas atividades operacionais para identificar os principais pontos de desperdício, alto consumo e ações que otimizam o uso de energia.

O grupo também é responsável por montar um treinamento interno sobre consumo consciente de energia com palestras, tutoriais e cartazes em pontos estratégicos para ensinar novos hábitos e explicar a importância do engajamento na economia de recursos.

A tecnologia é uma aliada da eficiência energética, afinal, uma característica fundamental dos nossos equipamentos é a otimização do consumo de energia. 

Os sistemas de automação e controle inteligente são investimentos certeiros para reduzir os gastos, mas demandam um bom planejamento para não sobrecarregar financeiramente a instituição.

Como economizar energia em hospital?

Além das estratégias acima, existem dicas práticas que parecem mudanças pequenas, mas que têm um impacto positivo na consolidação de uma operação energeticamente eficiente. Confira!

Implementar iluminação natural

A luz natural auxilia na regulação das funções biológicas do nosso organismo. Dessa forma, abrir espaços para entrada da luz solar em pontos específicos nos hospitais reduz os gastos com energia e contribui com o bem-estar dos pacientes e da equipe.

Fazer manutenção regular dos equipamentos

A manutenção preventiva dos equipamentos garante a eficiência energética nos hospitais e a qualidade do tratamento. Afinal, sem desperdícios, a conta de luz diminui e os profissionais obtêm as informações de que precisam rapidamente.

Usar de energia renovável como complemento à rede elétrica

O uso de energia renovável é um ponto fundamental do plano de abastecimento energético. As instituições podem investir em infraestrutura própria ou migrar para o Mercado Livre de Energia para ter acesso a fornecedores que geram energia limpa por um preço mais vantajoso.

Qual a importância da eficiência energética em hospitais?

A importância do plano de gestão de energia eficiente está associada aos objetivos estratégicos de cada instituição. Hospitais, clínicas e consultórios médicos precisam criar uma operação robusta e livre de desperdícios que atenda os pacientes com qualidade. 

Dessa forma, ações de eficiência energética personalizadas geram redução de custos e contribuem com a sustentabilidade ambiental — preocupações de gestores atualizados em relação às necessidades atuais do mercado e do planeta.

Trabalha em uma instituição em busca de eficiência energética nos hospitais? Conheça o Esfera Simplifica, a solução da Esfera Energia que auxilia negócios a migrar para o Mercado Livre.

Além de escolher a melhor energia para a sua empresa, a migração pode gerar uma economia de até 35% nos custos e zero preocupações burocráticas. 

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Margem de contribuição unitária: o que é + importância

Margem de contribuição unitária: o que é + importância

A precificação correta dos produtos ou serviços de uma empresa garante que o valor cobrado seja suficiente para cobrir os custos e despesas da venda e, idealmente, gerar lucro. Para verificar se esse cenário existe, é necessário calcular a margem de contribuição unitária.

Esse indicador contábil auxilia na avaliação não só do preço dos produtos ou serviços em si, mas também dos custos envolvidos na venda e se estão altos demais ou sobrecarregam financeiramente o caixa.

Segundo o índice Omie, em setembro de 2023, o desempenho financeiro de pequenas e médias brasileiras (PMEs de quatro setores: comércio, indústria, infraestrutura e serviços) cresceu 6,9% comparado ao mesmo período de 2022.

Com os aspectos do mercado favoráveis, um bom controle financeiro é fundamental para acompanhar o desempenho e identificar oportunidades e melhorias.

Continue no artigo e entenda o conceito de margem unitária, sua importância, as vantagens de calcular o indicador, o valor ideal e como melhorar o resultado.

Boa leitura!

O que é margem de contribuição unitária?

A margem de contribuição unitária é um indicador financeiro que mostra quanto sobra do preço de venda após a dedução das despesas e custos variáveis envolvidos na comercialização do produto/serviço para a empresa cobrir os custos fixos e lucrar.

Geralmente, o preço de venda inclui os gastos diretos com os insumos para prestação/fabricação do produto ou serviço, mão de obra, logística e margem de lucro desejada. 

O objetivo é que o valor cubra os custos e ainda gere um retorno positivo para o caixa. Dessa forma, a fórmula para calcular a margem unitária é:

• Margem de contribuição unitária = preço de venda produto/serviço – (custos variáveis + despesas variáveis incluídos na venda) 

Um exemplo de margem de contribuição unitária é o seguinte: uma empresa vende um produto a R$ 12 e tem R$ 3 de custos e R$ 1 de despesas variáveis. Assim, tem a seguinte margem:

• MCU = R$ 12 – R$ 3 – R$ 1 = R$ 8.

O indicador é um dado importante na avaliação das vendas, mas é essencial monitorar o total de receita e despesas no período analisado para saber se o que sobra é suficiente para cobrir os custos da operação.

Por isso, ter uma margem unitária positiva é apenas um dos fatores para considerar na análise financeira de um determinado período.

Diferença entre contribuição unitária e contribuição total

O cálculo da contribuição unitária usa o preço do produto como base. Já a contribuição total baseia-se na receita do período como referência para calcular o indicador. 

Assim, o resultado unitário mostra quanto cada produto ou serviço colabora com o pagamento dos gastos fixos do negócio.

Geralmente, a equipe realiza os dois cálculos para avaliar o desempenho financeiro e ter um panorama claro dos custos e despesas fixas/variáveis.  

Leia também >>> 11 indicadores financeiros de uma empresa para acompanhar.

Qual a importância da margem de contribuição unitária?

A margem de contribuição unitária é importante porque indica o nível de saúde financeira da empresa. Se o indicador cobrir os custos operacionais, o saldo fica positivo.

Por outro lado, um resultado negativo traz prejuízos, pois a empresa não cobre seus custos e despesas e, consequentemente, não gera lucro.

Dessa forma, a equipe financeira tem um referencial para verificar a eficiência da precificação e da estratégia de vendas, o que permite avaliar toda a cadeia de suprimentos/produção para identificar gargalos e custos excessivos. 

Quais as vantagens de calcular a margem unitária?

As empresas que conhecem sua margem unitária tem os seguintes benefícios:

• melhorar a precificação dos produtos/serviços para otimizar o retorno do investimento;

• definir um número mínimo de vendas por período para cobrir os custos e despesas operacionais;

• criar promoções e dar descontos realistas nas ações de marketing, sem comprometer o faturamento;

• separar os produtos mais e menos lucrativos para enxugar o portfólio e alocar investimento nas linhas ou serviços que trazem um bom retorno;

• saber qual a meta mínima de venda para alcançar o lucro desejado.

Leia também >>> Aprenda como definir metas financeiras para sua empresa.

Qual é a margem de contribuição ideal?

A margem de contribuição ideal muda conforme o setor. No comércio, o indicador varia entre 15% e 20%, na indústria, entre 8% e 12%, por fim, no de serviços, entre 20% e 30%.

Dessa forma, após a precificação, a porcentagem de margem de contribuição soma ao valor unitário do produto. Então, um item de R$ 50 para venda no varejo tem o preço final de R$ 57,50, com 15% de margem. 

Como melhorar a margem de contribuição unitária?

O resultado da margem de contribuição unitária melhora com alguns ajustes e informações disponíveis para embasar as tomadas de decisão. Veja o que fazer:

1. Calcule o ponto de equilíbrio

O ponto de equilíbrio é o faturamento ideal para a empresa custear suas despesas fixas e variáveis. Ou seja, o valor da receita e despesas são iguais.

O resultado é a média, mas o ideal é superar o valor para manter as operações e ainda gerar lucro. A fórmula para cálculo é:

• Ponto de equilíbrio = custo e despesas fixas ÷ margem de contribuição (receita – custos e despesas variáveis)

2. Conheça todos os custos do produto/serviço

Liste todos os custos fixos e variáveis da fabricação do produto ou prestação do serviço para calcular precisamente a margem unitária. 

Se for possível implementar uma ferramenta de gestão financeira, escolha um bom software para centralizar os dados e ter informações confiáveis disponíveis. 

3. Inclua novos produtos/serviços no portfólio

As novidades e inovações no portfólio atraem novos consumidores, o que contribui para a melhoria da margem de contribuição unitária. Dessa forma, a empresa cria um plano de lançamentos anual para divulgar as novas opções.

4. Revise a margem de contribuição periodicamente

A revisão do cálculo da margem unitária ajuda na avaliação do desempenho financeiro, já que os custos variam e alteram os resultados do indicador. Assim, o negócio ajusta as estratégias para equilibrar os gastos.

Reduza seus custos com energia de forma simples!

O custo da energia elétrica impacta diretamente o preço de venda e a margem de contribuição unitária dos seus produtos e serviços. Para otimizar esse processo, conheça o Esfera Simplifica.

A solução da Esfera Energia auxilia sua empresa a migrar para o Mercado Livre de Energia, sem burocracia ou exposição a riscos.

Dessa forma, você economiza até 35% na conta de luz e ainda abastece seu negócio com energia limpa por meio de uma experiência simplificada.

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Geração Distribuída

Energia solar industrial: como funciona + vantagens de investir

Energia solar industrial: como funciona + vantagens de investir

A conta de luz é um dos principais e maiores gastos mensais das empresas. Por isso, o investimento em energia solar industrial cresce entre as organizações.

O consumo de energia fotovoltaica nos setores de comércio e serviços e industrial é de 6.716 e 1.683 MW (megawatts), respectivamente, segundo dados da Absolar e Aneel

Além das metas de sustentabilidade, a redução desse custo operacional específico traz um alívio financeiro. Afinal, nos últimos anos, a tarifa de energia elétrica no Mercado Cativo teve aumentos significativos. 

Em 2023, o Brasil alcançou um novo recorde de ampliação na geração de energia solar com 3 GW (gigawatts) acrescentados à matriz energética do país.

Seu negócio busca economia e sustentabilidade? Continue no artigo e entenda como funciona a energia solar industrial, vantagens e como implementar.

Boa leitura!

O que é energia solar industrial?

A energia solar industrial é um tipo de energia gerada por meio de painéis fotovoltaicos que captam a radiação solar e transformam em energia elétrica ativa e pronta para consumo.

O processo seguido é o mesmo da captação residencial. O que muda é o porte e capacidade de geração dos projetos industriais.

Como fábricas, empresas e comércios, como grandes shoppings, têm uma demanda contratada alta, a estrutura de captação solar é maior para suprir o consumo. 

Porém, nem todas as empresas focam na autossuficiência energética em um primeiro momento. No varejo, o Magalu é um exemplo. A energia solar cobre 30% do consumo, o que traz uma economia geral de 20% em 626 unidades de onze estados.

Entenda como funciona a energia solar e a função do sistema fotovoltaico no vídeo a seguir:

Qual a importância da energia solar?

A geração de energia por fonte solar é importante porque auxilia as indústrias na redução dos custos, além de reduzir os impactos ambientais da operação e reforçar a responsabilidade socioambiental do negócio.

O investimento proporciona retorno em curto e longo prazo, pois as placas são resistentes e demandam pouca manutenção.

A popularidade das fontes de energia limpa, como a solar, é resultado do incentivo da transição para insumos renováveis. Ou seja, saem os insumos sujos e poluidores e entram os materiais obtidos da natureza.

Dessa forma, com um bom planejamento e uma equipe qualificada, as indústrias programam a criação de um sistema de geração solar eficiente para abastecer a operação.

Leia também >>> Fazenda solar: o que é, como funciona, custos e mais.

Como funciona a energia solar industrial?

A energia solar industrial funciona por meio da instalação de painéis fotovoltaicos em uma área com bastante incidência de radiação solar. Geralmente, esse espaço é o telhado das fábricas, mas pode ser em um terreno da empresa fora da área urbana.

O número de painéis solares e a potência instalada do projeto (capacidade de geração em kW ou MW) depende do consumo e do orçamento disponível.

Por isso, é estratégico contratar uma empresa especializada em projetos industriais para auxiliar na criação do planejamento e no melhor aproveitamento do capital disponível.

Um detalhe que vale a pena destacar é que a empresa não se desconecta da rede elétrica da concessionária. O motivo é que os projetos de geração distribuída (GD) fazem parte do sistema de compensação de energia elétrica. 

Dessa forma, se a estrutura solar gera mais energia do que consome em um dia, o excedente é injetado automaticamente na rede da concessionária, o que gera créditos de energia para o negócio.

Esses créditos servem para abater o consumo nas faturas seguintes (a validade é de 60 meses!), mantendo o ciclo de economia.

A compensação pode ser na conta de luz da sede principal, por exemplo, ou em uma filial em outro bairro, ou cidade vizinha, desde que seja a mesma distribuidora e a segunda unidade consumidora tenha o mesmo titular da primeira.

Quais são as vantagens da energia solar industrial?

Agora que você sabe o que é e como funciona o sistema de geração, conheça as principais vantagens de investir em energia solar industrial.

Economia na conta de luz

A energia solar supre a demanda do negócio e ainda gera créditos. Ou seja, além do consumo via distribuidora diminuir, o que o sistema gerou não perde valor. Como estamos falando de um recurso renovável, a fonte de economia é inesgotável.

Vida útil longa e baixa manutenção

A vida útil prolongada das placas solares é outro benefício da energia solar industrial. Os materiais utilizados, como silício monocristalino e policristalino, duram entre 25 a 30 anos.

Além disso, a manutenção é simples e exige apenas a limpeza de poeira e dejetos. A chuva ainda colabora na limpeza e não danifica a estrutura.

Incentivos fiscais

Por meio do Programa de Desenvolvimento da Geração Distribuída de Energia Elétrica (ProGD), ativo desde 2015, os estados têm autorização para conceder isenção de ICMS e PIS e COFINS para projetos de energia solar industrial. 

Em alguns municípios, as indústrias que investem em iniciativas sustentáveis, como energia limpa, recebem desconto no valor do IPTU, ação chamada de IPTU verde.

Como implementar a energia solar?

Existem duas formas de implementar energia solar industrial: migrar para o Mercado Livre de Energia ou contratar uma empresa para auxiliar na criação e instalação de um projeto de geração própria.

Vale destacar que empresas que investem na autoprodução também podem migrar para o Mercado Livre. Geralmente, essa decisão ocorre quando a estrutura de geração não produz toda demanda necessária. 

Dessa forma, as empresas economizam, pois produzem uma parte e compram o restante da energia de que necessitam por um preço competitivo e barato.

Porém, fazer a migração por si só é uma estratégia vantajosa e prática para utilizar energia solar. No Ambiente de Contratação Livre (ACL), as empresas podem:

• escolher o fornecedor;

• contratar carga sob medida;

• Reduzir significativamente os custos mensais com energia elétrica;

• melhorar a previsibilidade orçamentária;

• ampliar o poder na tomada de decisões.

Migre e tenha acesso à energia limpa

Quando o assunto é solução sustentável para economizar na conta de luz, a instalação de energia solar industrial não é a única alternativa. 

O Mercado Livre de Energia é uma solução acessível e prática para empresas que desejam utilizar energia limpa e sustentável. A migração gera até 35% de redução nos custos elétricos

Conheça as instituições que dão forma e segurança para o Mercado Livre funcionar e proteger os consumidores no e-book ‘Mercado Livre de Energia’. Clique no banner e faça o download gratuito!

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Logística reversa nas empresas: o que é e como funciona?

Logística reversa nas empresas: o que é e como funciona?

Atualmente, as empresas não apenas entregam seus produtos aos consumidores, mas também são responsáveis pelo que acontece com esses itens após o uso. Isso acontece graças à logística reversa — um sistema que garante o retorno de materiais ao ciclo produtivo para serem reaproveitados ou reciclados.

Com o aumento exponencial do consumo global — no Brasil, por exemplo, o potencial de compra chega a R$ 5 trilhões —, o descarte de resíduos sólidos cresceu drasticamente. 

Desde cápsulas de café até baterias de carro, a quantidade de materiais descartados exige um processo eficiente de recuperação para minimizar os impactos ambientais e maximizar o reaproveitamento de recursos.

Quer implementar esse tipo de logística no seu negócio? Continue no artigo e entenda o conceito de logística reversa nas empresas, a diferença da logística verde, como funciona e a importância para a criação de uma empresa sustentável.

Boa leitura!

O que é logística reversa?

A logística reversa é um método que define os procedimentos de coleta, transporte, armazenamento, triagem e retorno de resíduos sólidos do setor empresarial. O objetivo é o reaproveitamento dos materiais no próprio ciclo de produção ou o destino para reciclagem conforme os padrões ambientais adequados.

Dessa forma, o ciclo de vida dos produtos aumenta e os insumos ganham uma nova utilidade no processo de fabricação de matérias-primas. Além disso, o método garante o descarte correto das partes não aproveitáveis.

As empresas sustentáveis, especialmente as que seguem os critérios ESG, praticam a logística reversa para contribuir com a preservação do meio ambiente.

Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS)

Em 2010, a Lei n.º 12.305, chamada de Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), incluiu a logística reversa nas empresas como uma das ferramentas para o gerenciamento dos restos da produção industrial e estabeleceu a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos.

Ou seja, importadores, fabricantes, distribuidores, comerciantes e consumidores têm papel ativo para que o reaproveitamento e reciclagem de resíduos aconteça. Os objetivos da PNRS são:

• proteger a saúde pública e a qualidade ambiental;

• estimular a adoção de padrões sustentáveis de produção e consumo de bens e serviços;

• inclusão, criação e investimento em tecnologias limpas para minimizar impactos ambientais; 

• fomento da indústria de reciclagem para incentivar o uso de matérias-primas e insumos derivados de materiais recicláveis e reciclados.

Para empresas fabricantes de pneus, agrotóxicos, óleos e lubrificantes, eletroeletrônicos e lâmpadas, por exemplo, o cumprimento das diretrizes da PNRS é obrigatório. Dessa forma, cada organização cria seu sistema de retorno pós-uso.

O Grupo Moura, fabricante de baterias automotivas, é um dos exemplos de logística reversa bem sucedidos no país. A empresa recicla 100% das peças comercializadas no mercado nacional.

Diferença entre logística reversa e logística verde

Os conceitos têm pontos em comum, mas são diferentes. A logística reversa nas empresas foca na gestão de resíduos pós-consumo. Ou seja, quando o produto chega ao fim do seu ciclo de vida após um tempo de uso. 

Já a logística verde é um método abrangente, que envolve o planejamento completo do ciclo de produção e distribuição. 

Soluções, como uso de embalagens ecológicas, escolha do tipo de transporte, otimização de rotas de entrega para reduzir as emissões de CO2 e a adoção de tecnologias limpas, como energia sustentável, integram o plano de logística verde. 

Dessa forma, a empresa padroniza e integra os processos de logística para criar uma operação focada na sustentabilidade, utilização, descarte e reaproveitamento correto, sem prejuízos ao meio ambiente e a comunidade.

Mesmo as organizações que não estão sujeitas a PNRS ganham com os investimentos nesses tipos de logística, por demonstrar a responsabilidade socioambiental e valoriza a imagem do negócio no mercado. 

Leia também >>> Responsabilidade ambiental nas empresas: o que é + ações

Como funciona a logística reversa?

A logística reversa nas empresas funciona em etapas. Cada negócio, conforme a produção, gera um tipo de resíduo. Por isso, os processos de gestão variam.

Os passos para a implementação da logística reversa são:

  1. Mapear os resíduos da produção e consumo: identificar as sobras ao longo da cadeia é essencial para definir os métodos de armazenamento, coleta e transporte adequados.
  2. Definir o processo de coleta: ter pontos de recebimento fixos ajuda os consumidores e a equipe interna a direcionar os resíduos da forma correta para a destinação final.
  3. Organizar o transporte e a triagem: fazer parcerias estratégicas com empresas especializadas no transporte de resíduos aumenta a segurança e a eficiência da triagem para reciclagem, reaproveitamento ou venda. 

A Nespresso tem um programa de reciclagem das cápsulas de café e incentiva os clientes a levarem até as butiques da marca ou em um dos mais de 200 pontos de coleta. Quem está fora da área de cobertura tem a opção de enviar pelos Correios.

Todos os resíduos vão para o Centro de Reciclagem da empresa em Osasco, São Paulo, onde acontece a separação. As borras de café servem de insumo para o projeto de hortas e as cápsulas para a indústria siderúrgica.

Qual a importância da logística reversa nas empresas?

A logística reversa nas empresas é fundamental para demonstrar o compromisso dos negócios com a sustentabilidade ambiental e empresarial. O cumprimento das normas ainda evita multas e penalidades definidas na PNRS, o que gera prejuízos financeiros. 

Além disso, o método diminui o volume de resíduos que, do contrário, virariam lixo, pois reaproveita ao máximo os insumos descartados, seja com a reciclagem ou reuso na própria cadeia de produção.

O investimento ainda reduz os custos operacionais, uma vez que a empresa fabrica a própria matéria-prima ou complementa uma parte dos insumos necessários.

Por fim, a logística reversa nas empresas valoriza a imagem corporativa. Afinal, as empresas que cumprem as regulamentações ambientais ganham credibilidade com o consumidor. 

Novos processos, mais sustentabilidade

A logística reversa nas empresas beneficia a operação interna e externa da empresa. Com esse processo, os negócios consolidam suas boas práticas sustentáveis e priorizam soluções e tecnologias limpas.

O uso de energia renovável é outra mudança no processo de produção que auxilia no controle de gastos. A medida barateia a conta de luz e flexibiliza a negociação no processo de compra.

Isso é possível graças ao Mercado Livre de Energia. A migração é a solução ideal para economizar e escolher um fornecedor de energia limpa para abastecer o seu negócio.

Conheça o Esfera Simplifica e entenda como funciona a assessoria da Esfera Energia para migração, sem burocracia e exposição aos riscos do mercado. 

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Produtor independente de energia: o que é e quem pode ser?

Produtor independente de energia: o que é e quem pode ser?

Existem diversos agentes no setor elétrico brasileiro, entre eles, o produtor independente de energia, que gera e comercializa sua produção no Mercado Livre de Energia ou nos leilões da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

A produção independente é uma forma de ampliar a oferta de energia. Segundo dados do Sistema de Informações de Geração da Aneel, em julho de 2024, existiam 3.305 agentes produtores em atividade no país.

Entrar no ramo exige altos investimentos, mas com um bom planejamento e parcerias, é possível montar uma empresa para atuar no mercado elétrico.

Continue no artigo e entenda o que é um produtor independente de energia, quem pode ser, como se tornar um agente, diferenças da autoprodução e benefícios de comercializar energia.

Boa leitura!

O que são produtores independentes de energia?

Os produtores independentes de energia (PIEs) são pessoas jurídicas ou empresas reunidas em consórcio que têm concessão ou autorização para gerar energia elétrica e comercializar toda ou parte da produção por sua conta e risco.

A Lei nº 9.074, publicada em 1995, estabeleceu as normas para concessão e prorrogação das permissões de serviços públicos, como a produção de energia elétrica.

Na Seção II, o parágrafo único destaca que o PIE está sujeito às regras de comercialização regulada ou livre e tem direito de acesso à rede das concessionárias e permissionárias do serviço público de distribuição e das concessionárias de transmissão. 

Em 1996, o Decreto n.º 2.003, regulamentou a produção de energia elétrica por produtores independentes e autoprodutores. Assim, os PIEs vendem para os seguintes grupos:

• concessionários de serviço público de energia elétrica;

• consumidores de energia elétrica com carga igual ou maior que 10.000 kW, atendidos em tensão igual ou superior a 69 kV, ou carga igual ou maior que 3.000 kW, atendidos em qualquer tensão;

• consumidores de energia integrantes de um complexo industrial ou comercial. Porém, o produtor é obrigado a fornecer o vapor oriundo de processo de co-geração;

• grupo de consumidores, independentemente de tensão e carga, nas condições previamente ajustadas com o concessionário local de distribuição;

• qualquer consumidor não atendido por um concessionário local, comprovado aos órgãos competentes, até 180 dias antes da solicitação de abastecimento ao produtor independente. 

Leia também >>> ACR e ACL: entenda a diferença na compra de energia em cada ambiente.

Modelos de comercialização

O produtor independente de energia tem duas alternativas para comercializar sua produção:

Mercado Livre de Energia

No Mercado Livre de Energia, as geradoras negociam contratos bilaterais diretamente com os consumidores. Ou seja, a demanda, preço, prazo e condições de pagamento são diferentes a cada contrato para garantir vantagens para ambos os lados

Isso significa menos rigidez regulamentar e mais liberdade para estabelecer regras que contemplem os envolvidos e garantir um bom retorno do investimento.  

Mercado Cativo de Energia

O Mercado Cativo, ou Ambiente de Contratação Regulada (ACR), atende os consumidores cativos residenciais, rurais e pequenas empresas. 

As tarifas desse mercado são definidas pela Aneel. Os consumidores não têm flexibilidade para negociar e compram energia da distribuidora local.

Para atuar nesse mercado, os produtores independentes de energia participam dos leilões da Aneel, via licitação. Porém, as regulamentações e preços são rígidos e não existe flexibilidade de negociação das condições oferecidas.

Quem pode ser produtor independente de energia?

As empresas ou consórcios empresariais de grande, médio ou pequeno porte são as organizações autorizadas a desempenhar a função de produtor independente de energia.

Esse método garante a inclusão de novos investidores com autonomia financeira para cumprir contratos de compra e venda de energia no mercado elétrico nacional.

Dessa forma, os agentes ganham competitividade e flexibilidade, o que possibilita a criação de estratégias de venda vantajosas e o atendimento dos requisitos dos consumidores.

Como se tornar um produtor independente de energia?

Para ser um produtor independente de energia, é necessário obter a concessão de uso de bem público nos seguintes casos:

• licitação para o aproveitamento de potencial hidráulico de usina com potência superior a 1.000 kW;

• autorização para implantação de usina termelétrica de potência superior a 5.000 kW.

Além disso, o PIE é livre para escolher o tipo de fonte com a qual deseja trabalhar. Porém, existe um grande incentivo para as fontes limpas e renováveis, como energia solar, eólica e biomassa.

Conforme a capacidade instalada, a usina produtora independente passa por etapas diferentes de avaliação da conexão elétrica.

Os agentes com capacidade superior a 5.000 kW precisam do Despacho de Requerimento de Outorga (DRO), concedido pela Aneel. 

O documento facilita a obtenção de eventuais pedidos de informação de acesso da usina, além de facilitar a aquisição de licenças ambientais e autorizações nos órgãos responsáveis pelo processo de licenciamento.

Além disso, o DRO garante o acesso do produtor independente de energia ao Mercado Livre de Energia, o ambiente de contratação que permite fechar contratos bilaterais direto com os consumidores.

A informação de acesso ainda garante a checagem da viabilidade elétrica de conexão da usina independente com a distribuidora local e o levantamento de custos financeiros que a concessionária terá no processo.

Comparação: autoprodutor e produtor independente de energia

A diferença entre autoprodutor e produtor independente de energia é que o primeiro gera energia elétrica para consumo próprio e vende ocasionalmente seu excedente. Já o produtor independente atua com o propósito central de comercializar toda ou parte da geração. 

Ou seja, o objetivo da produção é o que distingue um modelo de geração do outro no Mercado Livre de Energia.

Leia mais >>> Autoprodução de energia: o que é e quem pode ser um autoprodutor?

Quais os benefícios da produção independente de energia?

Os principais benefícios da produção independente de energia são:

• Autonomia para escolher a fonte de energia, o que viabiliza um planejamento estratégico para atender o perfil de consumidor desejado e ainda contribuir com a diversificação e sustentabilidade da matriz elétrica.

• Atuação no Mercado Livre de Energia e acesso a um modelo de comercialização flexível e personalizado. Dessa forma, os produtores independentes aumentam a competitividade no setor. 

• Impulsionamento da economia e da inovação tecnológica de geração de energia, o que cria novos empregos e aprimora os métodos renováveis que favorecem a sustentabilidade da matriz.

Conheça o Mercado Livre de Energia

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Tripé da sustentabilidade: o que é, pilares e importância

Tripé da sustentabilidade: o que é, pilares e importância

O impacto da atividade humana no meio ambiente e na qualidade da população é alvo de discussões há anos. A partir dos debates e das mudanças verificadas surgiram conceitos, como o tripé da sustentabilidade.

Dessa forma, as empresas ganharam novas diretrizes para construir uma operação sustentável econômica, ambiental e financeiramente. Afinal, o uso dos recursos naturais e os impactos dos processos de produção não podem ser ignorados.

Porém, a preocupação com a sustentabilidade não influencia apenas a gestão corporativa. Hoje, os consumidores valorizam negócios que promovem ações para mitigar os efeitos negativos de suas atividades.

Segundo uma pesquisa da Ernst & Young, divulgada em 2023, os brasileiros (73%) estão preocupados com a vulnerabilidade do planeta. Essa postura afeta diretamente o modo de consumo e causa mudança no comportamento, como:

  • consumir a versão sustentável de produtos de costume (73%);
  • considerar o impacto ético do produto/serviço na escolha da compra (68%);
  • basear as decisões de comprar no impacto ambiental causado pelo produto/serviço (66%);
  • pagar mais por itens fabricados de maneira sustentável (46%).

As empresas atentas a essas mudanças têm a oportunidade de atualizar suas estratégias e obter vantagens que impulsionam o crescimento do negócio.

Continue no artigo e entenda o conceito de tripé da sustentabilidade, os pilares, a importância, as vantagens de implementar e os desafios para ser uma organização sustentável na prática.

Boa leitura!

O que é tripé da sustentabilidade?

O tripé da sustentabilidade é um conceito que caracteriza os resultados de uma empresa baseado em três pilares: social, ambiental e econômico. Dessa forma, para ser um negócio sustentável, é necessário ter viabilidade financeira, ser socialmente justo e responsável ambientalmente

Esse conceito foi criado por John Elkington, sociólogo britânico, em seu artigo “The Triple Bottom Line: what is it and how does it work?”, publicado em 1994. 

A publicação orienta sobre as práticas para alcançar lucro, mas sem desconsiderar a responsabilidade socioambiental do negócio. 

O conceito surgiu anos após a publicação de “Nosso Futuro Comum” (Relatório Brundtland), elaborado pela Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento da Organização das Nações Unidas (ONU), em 1987, que introduziu a ideia de desenvolvimento sustentável.

Após séculos de crescimento industrial e exploração dos recursos naturais, a sustentabilidade entrou na pauta dos cientistas e do mundo corporativo, pois, na época, já era possivel perceber as mudanças no meio ambiente e no clima. 

Assim, esses conceitos evidenciaram a necessidade de equilibrar as demandas da geração atual sem comprometer as condições de vida das gerações futuras.  

Leia também >>> O que é a sustentabilidade na indústria e como fomentar?

Como é composto o tripé da sustentabilidade?

O tripé da sustentabilidade tem três pilares, segundo a definição criada por John Elkington. Na tradução para o português, os pontos são:

  • Pessoas (People);
  • Planeta (Planet);
  • Lucro (Profit).

Conheça as características de cada componente a seguir:

1. Pessoas (People)

As pessoas são o primeiro componente do tripé, também traduzido, como pilar social. Na categoria estão indivíduos afetados pelas atividades do negócio, como colaboradores, público interno, consumidores e a população em geral.

Dessa forma, as empresas têm a responsabilidade de zelar pelo bem-estar desses públicos, como manter uma cultura organizacional positiva, pagar salários justos e criar projetos sociais para contribuir com a qualidade de vida e o desenvolvimento das pessoas.

2. Planeta (Planet)

O segundo componente do tripé da sustentabilidade é o planeta, também chamado de pilar ambiental. O funcionamento de uma empresa depende de insumos, como energia e matérias-primas. Porém, são recursos provenientes da exploração de recursos naturais.

Além disso, a cadeia de produção e distribuição causa impactos, como poluição e degradação do meio ambiente, ar e água. Por isso, é fundamental que as empresas analisem seus processos e façam trocas inteligentes para serem mais sustentáveis.

O uso de energias renováveis e combustíveis verdes, a reciclagem ou reaproveitamento de resíduos e a adoção de tecnologias modernas e econômicas são exemplos de ações que reduzem o impacto das atividades.

3. Lucro (Profit)

Por fim, o último componente do tripé é o lucro, ou pilar econômico. Afinal, o crescimento das empresas depende do retorno positivo dos investimentos realizados para manter as pessoas motivadas e as operações enxutas.

Dessa forma, a gestão aloca e gerencia os recursos de maneira eficiente para garantir a continuidade das operações e equilíbrio entre os custos da operação e o faturamento com as vendas.

tripé da sustentabilidade

Fonte: Ambiente Legal.

Qual a importância do tripé da sustentabilidade?

A adoção do tripé é importante porque mostra o compromisso das organizações com a inovação e a busca de vantagens competitivas fortes no seu mercado, o que fortalece não só os processos internos, mas também a imagem corporativa.

Além disso, a sustentabilidade industrial atrai investimentos públicos e privados, conforme as oportunidades de cada área, pois as ações sustentáveis têm bastante valor atualmente para os investidores. 

Uma pesquisa da consultoria Gartner destaca que 87% das lideranças empresariais geraram valor em curto e longo prazo para suas empresas por meio da sustentabilidade. Para 80% dos entrevistados, a iniciativa contribuiu para a redução de custos operacionais. 

Ou seja, o tripé da sustentabilidade vai além de preservar o meio ambiente. O conceito incentiva a busca por soluções mais eficientes, econômicas e rentáveis para atender as demandas dos clientes por soluções sustentáveis. 

Quais as vantagens de ser uma empresa sustentável?

As principais vantagens de adotar o tripé da sustentabilidade nos negócios são:

  • diminuir os custos da operação;
  • investir em matérias-primas modernas;
  • oferecer um mix de produtos/serviços inovadores;
  • melhorar o clima organizacional;
  • evitar multas ambientais;
  • aumentar a qualidade das soluções.

Leia também >>> 6 exemplos de empresa sustentável no Brasil e no mundo.

Desafios na implementação do tripé da sustentabilidade

A implementação do tripé é um desafio para as empresas, pois é necessário mudar processos e estratégias de negócio para atender aos requisitos de cada pilar de forma integrada.

As lideranças corporativas são figuras centrais para estabelecer um novo direcionamento e comunicar as mudanças e a inclusão de objetivos sustentáveis na estratégia da empresa aos gestores e colaboradores.

Dessa forma, por meio de planos de ação, as empresas realizam mudanças, como troca de fornecedores, novos métodos de gestão de resíduos, utilização de energia limpa, adoção de tecnologia modernas e monitoramento dos novos processos.

Gostou de conhecer o tripé da sustentabilidade e quer saber mais sobre o tema. Leia também os artigos:

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Relatório de sustentabilidade: o que é + como fazer

Relatório de sustentabilidade: o que é + como fazer

Sua empresa investe em ações para proteger e reduzir os impactos negativos da operação no meio ambiente e na comunidade, além de ter boas práticas de governança corporativa? Se sim, a melhor forma de divulgar os resultados é por meio de um relatório de sustentabilidade.

Ser sustentável é um valor empresarial forte que impacta positivamente os stakeholders e consumidores, pois esses públicos valorizam soluções inovadoras de utilização racional dos recursos.

Por isso, comunicar os frutos das ações adotadas é estratégico. Segundo a ‘Pesquisa de Inovação Semestral 2022 – Indicadores Básicos’, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em março de 2024, o índice de empresas que publicaram relatórios aumentou para 15,8% — em 2021, foi 12%.

Os setores que produziram mais diagnósticos foram:

  • bebidas (38,8%);
  • produtos do fumo (36,4%);
  • produtos químicos (30,7%);
  • indústrias extrativas (29,4%);
  • fabricação de coque e derivados do petróleo e de biocombustíveis (25,3%).

Quer colocar essa ideia em prática? Continue no artigo e entenda o que é um relatório de sustentabilidade, para que serve, como fazer, para quem é obrigatório, vantagens e principais metodologias.

Boa leitura!

O que é um relatório de sustentabilidade?

O relatório de sustentabilidade é um documento que divulga as metas ambientais, sociais e de governança (ESG) de uma empresa, juntamente dos resultados alcançados para cada objetivo e o progresso conquistado em relação a anos anteriores, quando existe histórico.

A avaliação vai além da simples comunicação dos ideais sustentáveis e números da empresa. Isso porque o documento avalia os planos de ação dos objetivos implementados, os acertos e as melhorias.

O relatório é o primeiro passo para a implementação de uma estratégia ESG eficiente, que ajuda a definir metas, medir o desempenho, gerir impactos e riscos relacionados à sustentabilidade e compreender como a organização gera valor para as partes interessadas.

Qual o propósito principal do relatório de sustentabilidade?

O relatório comunica de forma clara, objetiva e organizada a efetividade das ações, como economia energética, mudanças nos tipos de insumos e matérias-primas para fabricação, seleção de fornecedores sustentáveis e os resultados.

Essas mudanças impulsionam a inovação corporativa, pois é fundamental atualizar processos e mudar a cultura organizacional para priorizar o aspecto sustentável.

Ou seja, o relatório detalha as informações relacionadas ao desempenho não financeiro, em quais medidas a organização investe e dados que embasam as prioridades em determinadas áreas do negócio.

Leia também >>> 6 exemplos de empresa sustentável no Brasil e no mundo.

Como fazer um relatório de sustentabilidade?

O processo de criação do relatório de sustentabilidade muda conforme a metodologia adotada para o documento. Porém, alguns passos são fundamentais para incluir todas as informações necessárias na estrutura. Confira:

  1. Identificar questões de sustentabilidade: são as preocupações e desafios mais importantes para a organização e as partes interessadas em relação aos impactos ambientais, sociais e econômicos.
  2. Definir metas SMART e métricas de sustentabilidade: analisar os objetivos da organização e garantir o alinhamento com os esforços de sustentabilidade.
  3. Coletar e analisar dados: o objetivo é medir o progresso dos objetivos de sustentabilidade da organização definidos na etapa anterior.
  4. Adaptar os dados à estrutura do relatório: a equipe define a ordem das informações na estrutura para garantir a transparência dos dados do documento.
  5. Escrever o relatório de sustentabilidade: o texto deve ser claro, objetivo e bem diagramado para facilitar a leitura e a compressão dos dados, o que deixa o documento compreensível a todos. 
  6. Apresentar o resultado às partes interessadas: o envolvimento com os stakeholders é crucial no processo de divulgação do desempenho. Além disso, o acesso ao público geral por meio do site da empresa amplia o alcance

Metodologias e indicadores para elaboração de relatórios de sustentabilidade

Para fazer o relatório, é necessário escolher uma metodologia e indicadores para elaboração do documento e, assim, ter diretrizes claras sobre quais informações incluir. Conheça algumas opções:

1. Estruturas padronizadas de relatórios de sustentabilidade

As empresas podem utilizar estruturas de relatórios de sustentabilidade reconhecidas, como a Global Reporting Initiative (GRI) ou o Carbon Disclosure Project (CDP). 

Esses padrões fornecem diretrizes estruturadas para avaliar e divulgar informações ambientais, sociais e de governança.

2. Integração da sustentabilidade com os dados de desempenho geral

Incorporar o relatório de sustentabilidade nas divulgações de desempenho geral da empresa é outra possibilidade.

Dessa forma, a equipe alinha as métricas e objetivos sustentáveis com os relatórios financeiros e outros indicadores-chave de desempenho, como índice de tratamento de resíduos, taxa de reaproveitamento de materiais, porcentagem de reciclagem, para fornecer uma visão abrangente do desenvolvimento da empresa.

3. Diretrizes do International Integrated Reporting Committee (IIRC)

O IIRC desenvolveu diretrizes para criação de relatórios integrados, que unem informações financeiras e não financeiras no mesmo documento. 

Assim, as empresas organizam as informações catalogadas e dão uma visão integrada e equilibrada do desempenho da empresa, o que inclui os detalhes do relatório de sustentabilidade.

4. Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE B3)

As empresas de capital aberto, listadas na B3, bolsa de valores brasileira, usam o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE B3) como referência no relatório de ações sustentáveis.

A metodologia do ISE B3 tem critérios específicos que mostram o desempenho de sustentabilidade de empresas em vários setores.

Ao cumprir as diretrizes definidas pela B3, as empresas aumentam sua credibilidade, reputação e sustentabilidade.

5. Sustainability Accounting Standards Board (SASB)

Os padrões do Sustainability Accounting Standards Board (SASB), conselho norte-americano, priorizam os impactos da sustentabilidade no desempenho financeiro de uma empresa. 

Ao todo, o SASB disponibiliza mais de 70 padrões específicos para diferentes setores. Os critérios auxiliam em benchmarkings e na criação de uma estrutura de relatório padronizada.

Observação: vale destacar que não é obrigatório utilizar diretrizes padrão e benchmarkings com instituições para fazer um relatório de sustentabilidade. 

Cada organização, conforme suas ações, desempenho e expectativas das partes interessadas, determina qual modelo de documento é mais relevante e alinhado aos seus objetivos.

Ao selecionar a estrutura de report apropriada, as empresas comunicam claramente os seus esforços de sustentabilidade, mostram os avanços e demonstram o seu compromisso com práticas empresariais responsáveis.

Leia também >>> Indicadores ESG: 20 exemplos de métricas para acompanhar

Quais são os benefícios dos relatórios de sustentabilidade?

Não dá para melhorar o que não compreendemos, certo? Por isso, à medida que os relatórios de sustentabilidade evoluem, as organizações compreendem melhor como as ações sustentáveis impactam as operações e identificam vantagens competitivas.

Outros benefícios são:

  • Inovação e criação de oportunidades: explorar tecnologias e modelos de negócios inovadores que gerem novas oportunidades de mercado.
  • Eficiência operacional: melhorar a operação e reduzir custos por meio de práticas mais sustentáveis.
  • Atração, engajamento e retenção de talentos: os profissionais valorizam empresas com estratégias sociais fortes e compromisso com o meio ambiente.
  • Valorização da marca: o reconhecimento da marca como uma organização socialmente ativa e amiga do ambiente é bastante positivo no mercado.
  • Mitigação de riscos: reduzir as chances de descumprimento das obrigações regulatórias e garantir a licença ambiental para operar, quando necessário.

Melhore a sustentabilidade energética da sua empresa

Escolher o melhor abastecimento energético para o seu negócio, é o primeiro passo para ter uma empresa verde e, posteriormente, comunicar os avanços no relatório de sustentabilidade.

Conheça as principais fontes usadas para a geração de energia no e-book ‘Tipos de Geração de Energia’ e entenda como funciona a estrutura que regulamenta o setor e protege os consumidores no Brasil.

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O que é sistema de compensação de energia elétrica?

O que é sistema de compensação de energia elétrica?

Em tempos de altos gastos, a implementação de um sistema de compensação de energia elétrica é uma alternativa para empresas que desejam reduzir custos operacionais.

Em 2023, os esquemas de microgeração e minigeração acrescentaram 7,4 gigawatts (GW) de potência à rede de distribuição de energia. No total, foram mais de 625 mil novas unidades geradoras, segundo o painel de monitoramento da ANEEL.

O investimento é uma das soluções para economizar na conta de luz e até alcançar a eficiência energética por meio da geração de energia solar ou eólica. 

Já pensou nessa alternativa e quer entender melhor a solução? Continue no artigo e entenda o que é, como funciona e as regras do sistema de compensação de energia elétrica.

Boa leitura!

O que é o sistema de compensação de energia elétrica?

O sistema de compensação de energia elétrica (SCEE) é um esquema de geração no qual o consumidor instala a infraestrutura, seja de painéis fotovoltaicos ou turbinas eólicas, para abastecer a unidade consumidora e receber créditos pela energia excedente injetada na rede da concessionária, o que ajuda a reduzir custos.

A capacidade de geração influencia o número de placas solares ou turbinas e a área necessária para implementar o projeto. O planejamento é uma etapa fundamental para aplicar o orçamento corretamente e obter a economia esperada.

Por exemplo, a instalação de painéis solares pode atender parte ou toda a demanda de energia de uma empresa. Para definir a melhor estratégia, é fundamental estudar o histórico de consumo e a viabilidade financeira da instalação.

Muitas empresas utilizam o espaço do telhado para montar painéis solares ou áreas fora da cidade para instalar as turbinas eólicas.

Ou seja, atualmente, as empresas contam com soluções eficientes para gerar a própria energia e alcançar uma margem de economia significativa.

Como funciona o sistema de compensação de energia elétrica?

O sistema de compensação de energia elétrica funciona por meio da compensação da energia elétrica ativa injetada por uma unidade consumidora na rede da concessionária local, como empréstimo gratuito, e posteriormente usada para compensar o consumo como crédito de energia.

Diariamente, os painéis/turbinas geram uma quantidade de energia e abastecem as operações do negócio. O que a operação não consumiu da geração do dia vai automaticamente para a rede da distribuidora.

Mas como saber a produção e o excedente do dia, não é mesmo? Para implementar o projeto, é obrigatório comunicar à concessionária local para trocar o relógio unidirecional pelo bidirecional. Essa mudança não gera custos para o solicitante. 

O relógio bidirecional registra a quantidade de energia (kWh) consumida e a quantidade de energia injetada na rede da distribuidora. Assim, o registro é preciso e dá para esclarecer qualquer dúvida, em caso de divergência.

Os créditos de energia servem tanto para abater o consumo na conta seguinte quanto para reduzir os gastos de outra unidade consumidora vinculada à empresa geradora. Esse processo recebe o nome de autoconsumo remoto.

Um detalhe importante do funcionamento do SCEE é que a unidade não se desconecta da rede local, o que é essencial para utilizar o sistema de créditos. Além disso, se houver uma falha ou falta de energia, o local não fica no escuro.

Leia mais >>> Geração distribuída: o que é, como funciona e prós e contras.

Quais são as regras do sistema de compensação de energia elétrica?

As principais regras do sistema de compensação de energia elétrica, segundo a Resolução Normativa Aneel nº 1.059, de fevereiro de 2023, são:

  • solicitação da entrada no sistema de compensação de energia junto à concessionária local;
  • compensação igual para todas as componentes da tarifa de energia elétrica;
  • apenas parte da quantidade de kW injetado na rede retorna para o consumidor;
  • abastecimento noturno compensando por meio da energia extra gerada no dia seguinte;
  • envio e compensação de energia elétrica automaticamente no fechamento da fatura;
  • autorização para autoconsumo remoto apenas para pontos secundários, mas com a mesma titularidade da unidade consumidora principal;
  • créditos de energia medidos em quilowatts-hora (kW) têm validade de até 60 meses.

Leia também >>> Fazenda solar: o que é, como funciona, custos e mais.

Esquema de microgeração e minigeração no sistema de compensação de energia elétrica

A microgeração e a minigeração (MMGD) são as classificações dadas às pequenas centrais de geração de energia elétrica locais por meio de fontes renováveis, como energia solar e eólica.

O principal fator que diferencia os tipos é a potência que cada sistema de compensação de energia elétrica gera. Veja quais são os limites abaixo.

  • Microgeração distribuída: a potência instalada é de até 75 kW e a responsável pelos custos de atualização dos equipamentos de medição é a distribuidora local.
  • Minigeração distribuída: a potência instalada é superior a 75 kW, menor ou igual a 3 MW para fontes não despacháveis e menor ou igual 5 MW para fontes despacháveis.

O consumo da energia ativa gerada acontece no local de consumo, em outra unidade do mesmo titular (autoconsumo remoto), em múltiplas unidades consumidoras ou por geração compartilhada (locais reunidos em consórcio ou cooperativa).

Como aderir ao sistema de compensação de energia elétrica?

Conheça abaixo os passos para aderir ao sistema de compensação.

1. Ser consumidor cativo

O sistema de compensação atende apenas aos consumidores do Mercado Cativo, também chamado de Ambiente de Contratação Regulada (ACR). Ou seja, aqueles que compram energia pelo método tradicional por meio das concessionárias.

2. Criar e apresentar o projeto à concessionária 

A criação do projeto de MMGD formaliza os objetivos da empresa com a instalação. O documento facilita a análise das características pela concessionária que atesta a viabilidade ou não da iniciativa. O parecer da distribuidora demora entre 15 e 30 dias.

3. Escolher bons parceiros e materiais

Após a aprovação, começa a instalação do projeto. Para isso, é fundamental contar com uma empresa capacitada e experiente no tipo de fonte geradora escolhida. Além disso, priorize fornecedores de qualidade para evitar problemas de infraestrutura no futuro. 

4. Definir se haverá autoconsumo

Um detalhe importante para aderir ao sistema de compensação de energia elétrica é estabelecer se haverá autoconsumo remoto no começo do projeto. Assim, dá tempo para regularizar a titularidade do imóvel, se necessário.

5. Fazer a instalação

A última etapa é a instalação dos painéis solares ou turbinas eólicas e a ativação para entrar definitivamente para o sistema de compensação. Após a conclusão, o negócio está pronto para economizar!

Conheça os tipos de geração de energia

Se interessou pelo sistema de compensação de energia elétrica, mas quer saber mais sobre as fontes geradoras? 

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Gestão Empresarial

Gestão de operações: o que é, importância e boas práticas

Gestão de operações: o que é, importância e boas práticas

O que uma microempresa e uma organização de grande porte têm em comum? A necessidade de implementar uma gestão de operações forte, cujos processos evoluem à medida que o negócio cresce.

Essa evolução depende de um gerenciamento próximo de todos os setores para garantir que cada área aproveite ao máximo o potencial da sua equipe e tenha processos ágeis, boas ferramentas e custos controlados.

Para alcançar esse objetivo, as empresas precisam de um planejamento e um monitoramento alinhados para gerenciar as etapas do trabalho e otimizar os processos ineficientes.

Sua empresa tem gastos altos, está atrás dos concorrentes em inovação ou tem um relacionamento com os clientes com muitos altos e baixos?

Continue a leitura do artigo e entenda o que é, a importância, os benefícios e dicas para melhorar a gestão de operações. 

Boa leitura!

O que é gestão de operações?

A gestão de operações é a área que coordena planejamento, execução e monitoramento dos processos internos de uma empresa para garantir um bom controle dos fluxos de trabalho e dos custos em cada setor. Assim, elimina os gargalos operacionais que comprometem a qualidade das entregas e a produtividade.

Seja uma grande indústria ou uma pequena fábrica, gerenciar as operações das diferentes áreas permite que cada time selecione os métodos e ferramentas mais atuais e eficazes do mercado.

Cada negócio, independentemente do porte e do setor, precisa de uma organização interna para coordenar as atividades e responder com atualizações, sempre que os gestores identificarem oportunidades de melhoria.

Uma pesquisa do Sebrae destaca que 17% dos empreendedores entrevistados não fizeram planejamento para começar um negócio e 59% têm um plano para, no máximo, 6 meses. 

O levantamento de informações para criar a operação é um gargalo para o crescimento do negócio. Por isso, a taxa de mortalidade nas empresas é alta. 

Porém, os prejuízos acontecem em diferentes fases se o planejamento não acompanhar as necessidades que surgem ao longo do caminho.

Diferença da gestão de operação e produção

A gestão da produção e a da operação nas empresas são áreas diferentes, mas complementares. Por isso, é fundamental executar os dois gerenciamentos com eficiência.

Como destacamos, a gestão de operações tem um escopo de trabalho amplo, que passa por todas as áreas, como produção, vendas, marketing, financeiro e administração. 

Por outro lado, o foco da gestão da produção está em: controle dos insumos, padronização do processo de fabricação ou prestação de serviço e otimização dos gastos e recursos. Ou seja, o gerenciamento da produção é uma etapa da gestão de operações.

Leia também >>> Lean Manufacturing: o que é, princípios, desperdícios e mais.  

Qual a importância da gestão de operações?

A gestão de operações é importante porque determina o caminho para que cada área do negócio alcance a eficiência operacional e atenda às demandas no tempo determinado e nos padrões de qualidade necessários.

Por exemplo, se a empresa entrega um bom produto, mas no pós-venda, os clientes ficam sem suporte, o cenário pode gerar insatisfação, pois algo simples se transforma em um impedimento.

Os custos operacionais altos são outro problema, principalmente se as saídas são maiores que as entradas, o que deixa a empresa no vermelho.

O apoio dos gestores de cada área é fundamental para que o setor de operações avalie e crie métodos de trabalho otimizados que não desperdicem insumos. Dessa forma, as empresas:

  • fazem um monitoramento efetivo;
  • conhecem detalhadamente o fluxo de trabalho; 
  • respondem a eventos imprevistos com agilidade;
  • melhoram a reputação do mercado;
  • mantêm um padrão de qualidade sólido;
  • fortalecem a cultura organizacional;
  • valorizam e motivam seus colaboradores.

Gestão de operações e logística

A gestão de operações sobre o setor de logística é um processo fundamental para entregar os produtos ou prestar serviços de forma eficiente.

O trabalho envolve o planejamento de soluções de transporte ágeis, rotas de entrega otimizadas, ferramentas de segurança e monitoramento de carga, métodos de controle digital dos pedidos despachados. 

A modernização do fluxo de trabalho por meio da implementação de novas tecnologias é um diferencial competitivo e estratégico para colocar o negócio à frente no mercado.

Leia também >>> O que é logística 5.0? Pilares + 5 tecnologias nas empresas.

Benefícios da gestão integrada de operações

Os benefícios da gestão de operações alcançam não só a parte prática, mas também o lado humano dos negócios. 

Os profissionais desejam trabalhar em empresas com uma visão clara de onde querem chegar e que tenham os meios necessários para a conquista. Veja as vantagens de organizar a operação.

  • Reduzir custos gerais: as análises setoriais ajudam a identificar quais são os gastos altos e as soluções para baratear os custos, sem perder qualidade e segurança.
  • Ganhar produtividade: equipes de alto desempenho precisam de fluxos de trabalho bem definidos e objetivos, além de tecnologias para automatizar tarefas e, assim, aumentar as entregas.
  • Aumentar o potencial de lucro: custos otimizados e alta produção aumentam as chances de obter e elevar os lucros, o que permite reinvestir capital e expandir a atuação da empresa.
  • Ter uma equipe motivada: um dos fatores para motivação é um ambiente de trabalho organizado e gerido com eficiência. Com operações bem planejadas e em melhoria contínua, a satisfação da equipe tende a aumentar.

Como otimizar a gestão de operações?

A gestão de operações é um setor complexo e, por isso, necessita de um time igualmente alinhado com as metas de desempenho para auxiliar os demais. Confira as dicas para otimizar o trabalho.

1. Mapeie os fluxos de cada área

Cada setor tem seu fluxo de processos (workflow). Reúna as informações e crie fluxogramas para visualizar os passos das tarefas e os responsáveis por cada etapa. Assim, é mais fácil identificar o que funciona e os gargalos.

2. Monte um planejamento de otimização

Após a análise inicial, crie um planejamento para executar as melhorias levantadas, definir prazos e garantir que todas contribuam para os objetivos estratégicos. Além disso, o plano ajuda a controlar os gastos e priorizar investimentos.

3. Tenha métodos de monitoramento

O monitoramento das operações é essencial para saber se as melhorias realizadas estão no rumo certo. Ouvir o feedback das equipes ajuda a identificar o que funciona e os ajustes necessários na estratégia.

Menos custos = operação mais eficiente

Frequentemente, as empresas estudam formas de reduzir os custos, e a gestão de operações ajuda nesse objetivo, sem perder de vista a estratégia.

Já analisou, por exemplo, os gastos com energia elétrica? Se a sua empresa é cliente do Mercado Cativo, provavelmente, a conta está alta, certo?

O lado bom é que existe um mercado exclusivo para as organizações negociarem compra e venda de energia de forma segura e flexível.

A Esfera Energia auxilia empresas na migração para o Mercado Livre de Energia com uma assessoria completa que elimina toda burocracia para os clientes. 

Conheça o Esfera Simplifica e saiba como migrar e reduzir até 35% os gastos com energia no seu negócio. 

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Sazonalidade de energia: o que é, como fazer + prazos

Sazonalidade de energia: o que é, como fazer + prazos

Uma das vantagens estratégicas de contratar via Mercado Livre é aproveitar recursos, como a sazonalidade de energia, para garantir o abastecimento e a distribuição ideal da demanda contratada ao longo do ano.

As características dos setores do mercado determinam o uso dos insumos, como energia elétrica, matéria-prima, equipamentos e força de trabalho. Além disso, o comportamento do consumidor é outro fator que influencia o andamento das atividades.

Por isso, quando uma empresa fecha um contrato no Mercado Livre de Energia, o seu perfil de consumo é crucial para que a negociação seja vantajosa e atenda a demanda necessária.

O resultado é ainda melhor se a sazonalização de energia entrar no jogo, pois melhora a previsibilidade e distribuição dos recursos energéticos.

Já ouviu falar em sazonalidade, mas não sabe exatamente como ela é aplicada no Mercado Livre de Energia? 

Continue no artigo e saiba o que é, porque adotar, como a estratégia funciona, as vantagens, como fazer a sinalização na sua empresa, prazos e a importância do processo  para a eficiência energética do negócio.

Boa leitura!  

O que é sazonalização de energia?

A sazonalização de energia é o processo pelo qual as empresas que contratam via Mercado Livre distribuem a demanda anual de energia contratada com um fornecedor conforme a sazonalidade de consumo ao longo dos meses.

Ou seja, a empresa estuda o seu perfil de consumo, como o uso da energia varia mês a mês e, assim, identifica os períodos em que o gasto aumenta e diminui. Com essa informação, é possível montar as curvas de sazonalização e informar ao fornecedor.

Por ser um mecanismo contratual opcional, as empresas precisam confirmar com o fornecedor se o contrato terá cláusula de sazonalidade de energia. 

Como é uma opção vantajosa para a gestão de energia elétrica, vale a pena negociar com empresas geradoras que usam a sazonalidade para melhorar o abastecimento dos clientes.

Por que adotar a sazonalidade de energia?

O principal motivo para as empresas adotarem a sazonalidade de energia nos contratos é ajustar o volume de energia mensal disponível ao perfil de consumo do negócio. O objetivo é não faltar e nem sobrar recursos.

No Mercado Livre de Energia, a maioria dos contratos de compra são de longo prazo, com validade de três anos, cinco anos ou mais. 

A sazonalização ajuda a estabelecer o modo de consumo no período de vigência, garantindo o aproveitamento total da demanda contratada e, o melhor, sem desperdícios.

O processo ainda evita o risco de exposição ao Mercado de Curto Prazo (MCP), no qual o preço da energia varia semanalmente. Isso acontece quando o consumo excede a demanda programada, o que vai gerar gastos extras devido à falta de previsibilidade.  

Na cláusula de sazonalidade consta os limites mínimo e máximo de consumo mensal e quando o contratante deve informar o fornecedor sobre a demanda do próximo ano.

Isso porque a sazonalidade de energia dos clientes é referência para geração de energia. Ou seja, os fornecedores também planejam suas operações conforme os dados dos clientes.

Para adotar a sazonalização, as empresas devem ter ferramentas que facilitem o acompanhamento do histórico de consumo de energia, ou contar com o apoio de uma consultoria que oriente a estratégia de compra.

Leia também >>>> Consultoria no Mercado Livre de Energia: por que contratar?

Como funciona a estratégia de sazonalidade?

A estratégia de sazonalização é fundamental para negócios que contam com grandes variações de consumo entre os meses do ano. Partindo desse ponto, a empresa usa o artifício para alocar a energia conforme seu perfil de consumo mensal.

O funcionamento do processo depende da avaliação de outros fatores, como tipo de contratação (flat ou sazonal), perfil de consumo e orçamento. Entenda cada variável a seguir:

Contratação flat vs. contratação sazonal

O processo de sazonalização de energia acontece anualmente, e o fornecedor deve ser informado no prazo estabelecido em contrato.

Se o comprador não declarar os volumes mensais até a data acordada, o montante contratado para o ano será classificado como flat. Isso significa que o volume será dividido igualmente entre todos os meses do ano. 

O risco de operar em modo flat é a possibilidade de sobrar ou faltar energia, caso não exista uma previsão de consumo anual com limites mínimo e máximo de gastos. 

Mesmo com um volume constante, a demanda pode ser planejada, considerando um excedente para cobrir um possível aumento no consumo. Do contrário, a empresa vai precisar comprar energia no mercado de curto prazo e gastar mais que o planejado.

Porém, é possível melhorar a previsibilidade optando pela contratação sazonal. Nesse caso, a distribuição da demanda contratada é realizada conforme a projeção de consumo para cada mês. 

Dessa forma, a operação evita sobras nos períodos em que o gasto é menor e despesas adicionais para cobrir meses de maior consumo. 

Caso aconteça um aumento inesperado em um mês, o volume pode ser compensado em outro mês para não alterar o volume total contratado. 

Observação: cada empresa tem um perfil energético, portanto, o tipo de contratação deve ser o ideal para a realidade do negócio. Assim, a sazonalização pode funcionar para uma empresa e para outra não. O apoio de um especialista no Mercado Livre ajuda a definir a melhor estratégia.

Perfil de consumo

A estratégia de sazonalidade de energia funciona conforme o perfil de consumo da empresa. Para obter essa informação, é necessário investir em estudos e ferramentas que auxiliem na gestão energética.

Muitas empresas não possuem dados precisos sobre sua operação. Porém, migrar para o Mercado Livre sem esse conhecimento afeta a qualidade da experiência e pode até impedir o aproveitamento total da migração.

Isso pode acontecer se o negócio muda para o Ambiente de Contratação Livre (ACL) de forma independente, sem o apoio de uma gestora, por exemplo. Se a equipe interna não tiver experiência no mercado, os detalhes podem comprometer as negociações.

Conhecendo o perfil de consumo de energia elétrica, as empresas prospectam sabendo que a sazonalização é fundamental para o sucesso da operação. O resultado é um contrato totalmente personalizado e seguro.

Orçamento

Por fim, é fundamental ressaltar o papel da sazonalidade de energia para o cumprimento do orçamento anual das empresas

Os negócios que organizam suas finanças e sabem onde e quanto vão investir no ano, controlam as despesas com total eficiência.

Com isso, também evitam gastos não programados, como compras para suprir a demanda de energia no Mercado de Curto Prazo. O Preço de liquidação de diferenças (PLD), não só é mais alto, mas também volátil.

E a sorte não costuma aparecer nos momentos de compra de última hora para cobrir uma demanda não programada, não é mesmo?

Brincadeiras à parte, a adoção da estratégia de sazonalidade de energia amplia o conhecimento sobre a operação da empresa e destaca aspectos-chave, como o perfil de consumo e orçamento disponível.

Esses dados melhoram a distribuição do volume de energia contratado e ainda permitem otimizar toda operação para o aproveitamento integral dos insumos.

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Quais as vantagens da sazonalidade de energia para empresas?

O processo é complexo e trabalhoso, mas as vantagens da sazonalização compensam todo esforço das empresas para fazer o melhor uso possível da energia. Os principais benefícios são:

  • Garantir o uso efetivo da energia em curto prazo: com a sazonalidade de energia, o uso do recurso acontece como o planejado em curto prazo. Dessa forma, a empresa elimina compras inesperadas, pois realiza estudos e projeções precisas que orientam as compras no Mercado Livre de Energia. 
  • Facilitar as negociações de energia: usando a sazonalização como referência, as negociações dos contratos de compra de energia são mais eficientes. Com uma demanda clara, a empresa pode buscar fornecedores capazes de supri-la e que ofereçam boas condições.
  • Economizar nos gastos energéticos: outra vantagem da sazonalidade de energia é a economia nos gastos energéticos da empresa. O valor pago pelo volume contratado será utilizado totalmente na operação, sem sobras ou excesso de consumo, que geram despesas além do planejado.
  • Ganhar eficiência energética em longo prazo: conforme a empresa cresce, novas demandas surgem, aumentando a necessidade de adquirir mais recursos.A sazonalização garante que as projeções acompanhem as mudanças, auxiliando no fechamento de contratos que contemplem a nova demanda. Assim, a distribuição da energia acontece conforme os parâmetros atualizados, visando a eficiência energética.

Como fazer a sazonalização de energia?

Para realizar o processo de sazonalização dos contratos de energia corretamente, siga os passos abaixo:

1. Cheque as especificações do contrato

A sazonalização é um artifício contratual opcional e sua inclusão depende da estratégia de compra utilizada pela empresa. Dessa forma, se o método for estratégico para a operação do negócio no Mercado Livre, inclua-o nas especificações do contrato.

Além da previsão de sazonalidade, verifique os limites estabelecidos e a data ou período para informar ao fornecedor da demanda para o ano seguinte. 

2. Analise o histórico de consumo de energia

O próximo passo é fazer uma análise completa do histórico de consumo da empresa. Caso haja dados disponíveis, avalie 12 ou 36 meses anteriores para identificar os padrões de maior e menor consumo ao longo do ano.

Dessa forma, a equipe tem uma visão detalhada do consumo energético e repassa anualmente a curva de sazonalidade correta para o fornecedor.

3. Definição da sazonalização para o contrato

A última etapa é montar a curva de sazonalização do consumo de energia para o ano, conforme os limites estabelecidos no contrato. O documento pode conter um gráfico para facilitar o repasse e avaliação do fornecedor.

Para garantir uma boa comunicação e a eficiência da estratégia, as informações devem ser repassadas no prazo.

Qual o prazo para comunicar a sazonalidade ao fornecedor?

O prazo para comunicar a sazonalidade ao fornecedor, normalmente, é entre outubro e dezembro do ano anterior à entrega da energia. Então, as empresas devem conferir a data de declaração estipulada pelo vendedor no contrato.

O envio do planejamento energético no período certo auxilia no plano de operação de geração de energia do fornecedor, o que garante o atendimento da demanda total.

Ou seja, geradoras e clientes estão integrados no processo. Quanto mais transparente e clara for a comunicação, melhor será o relacionamento durante o período de contrato.

Exemplos de sazonalização de energia nas empresas

Quando uma empresa identifica na avaliação do histórico de consumo um padrão de variação no uso da energia, pode considerar a sazonalização como estratégia no Mercado Livre.

Um exemplo de empresa com esse perfil são as grandes escolas, que apresentam uma infraestrutura complexa e alta demanda energética. Porém, em julho e de dezembro a fevereiro, períodos de férias, a demanda diminui. 

Dessa forma, os gestores podem planejar a alocação do volume de energia com precisão, fazendo estudos para definir a projeção de consumo em cada mês do ano, destacando os meses de maior consumo. 

As indústrias que fabricam produtos sazonais, como a de chocolate e sorvete, por exemplo, têm um pico de consumo nos períodos de Páscoa e durante o verão, respectivamente. 

Dessa forma, a demanda energética precisa ser planejada conforme o ritmo de fabricação dos produtos para que eles estejam disponíveis para o consumidor no período desejado. Nos casos citados, o volume de produção aumenta antes do período de alta nas vendas. 

Os clubes, resorts e hotéis seguem o calendário de alta e baixa temporada conforme a região que ocupam. Esse fator permite usar a sazonalidade de energia para distribuir a demanda contratada, priorizando os meses nos quais o volume de hóspedes aumenta. 

Leia também >>> Operações estruturadas como estratégia de ganho extra no Mercado Livre.

Priorize a eficiência energética no seu negócio

Agora que você entende sobre sazonalidade de energia, pode usar esse processo para otimizar a eficiência energética da sua empresa, conhecendo melhor o perfil de consumo.

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