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Inteligência artificial na indústria: aplicações e benefícios

Inteligência artificial na indústria: aplicações e benefícios

A tecnologia é uma aliada dos processos produtivos e de gestão, ajudando a obter avanços significativos na produtividade e no desenvolvimento dos mercados. Nesse contexto, a inteligência artificial na indústria é um recurso promissor para os negócios maximizarem seus resultados.

A base instalada de máquinas com capacidade de inteligência artificial (IA) na indústria de manufatura deve atingir 16 milhões de unidades até 2024, crescendo a uma taxa de 60%, de acordo com uma pesquisa da Future Bridge.

Esse tipo de tecnologia chama a atenção da sua empresa? Alguma inovação é utilizada no seu mercado de atuação?

Continue a leitura do artigo e conheça as aplicações da inteligência artificial e os benefícios que esses recursos podem levar para a indústria.

Qual o impacto da inteligência artificial nas empresas?

O uso da inteligência artificial na indústria abre oportunidades para a criação de novas formas de fazer negócio, pois os algoritmos das ferramentas conseguem fazer leituras rápidas de uma base de dados e fornecer insights inteligentes.

Dessa forma, os processos de tomada de decisão são mais assertivos, por ser possível analisar as influências dos riscos de cada cenário e os fatores que contribuem positivamente para os resultados esperados.

Como esse processo é automatizado, as análises são mais rápidas e precisas, contribuindo para o ambiente empresarial ser mais dinâmico, além de ajudar na melhoria contínua que faz as empresas operarem no melhor do seu potencial.

O objetivo de unir Big Data e inteligência artificial na indústria é criar processos de produção inteligentes e não apenas automatizados. Os dados extraídos da cadeia abastecem constantemente as ferramentas de análise, apontando as melhorias necessárias.

O caminho da modernização ainda é longo. A maioria das empresas está na fase experimental em relação ao uso de IA na indústria, segundo o relatório da consultoria Deloitte.

Das 2.620 companhias entrevistadas, apenas 27% já identificou e adotou amplamente as principais práticas e estão no processo de transformação e criação de valor na empresa, indo além da redução de custos e inovando produtos e gerando receita com IA.

Leia também: O que são custos operacionais + como reduzir em 5 passos.

Exemplos de inteligência artificial na indústria

A inteligência artificial na indústria é aplicada em diferentes setores, desde a produção até a gestão dos negócios. Confira alguns exemplos de aplicação e como a IA pode melhorar sua execução.

Manutenção inteligente

Na indústria, a manutenção preditiva é estratégica para evitar falhas e desperdício de tempo e produtividade com máquinas que estragam de repente.

A IA na indústria permite criar uma rede conectada por sensores que enviam informações sobre cada equipamento, o que permite acompanhar o desempenho das máquinas e identificar problemas inesperados e realizar as manutenções de forma programada.

A partir das configurações iniciais que mostram ao algoritmo a produtividade ideal das máquinas, os sensores conseguem aprender e colaborar com a equipe de manutenção.

Gestão de suprimentos e estoque

A compra de suprimentos e o controle de estoque são insumos essenciais para o sucesso da cadeia de produção. Afinal, sem um bom acompanhamento, existe o risco da operação parar por falta de itens ou de espaço.

As ferramentas de inteligência artificial conseguem cruzar esses dados com base nas informações disponíveis do sistema e acompanhar a utilização dos recursos, a frequência de abastecimento, os valores investidos e apontar a melhor estratégia de gerenciamento.

Leia também: O que são os insumos de uma empresa? Como gerenciá-los?

Design generativo

A partir de parâmetros de modelagem, o design generativo é um método que une projeto paramétrico à inteligência artificial na indústria para criar processos de design de produtos mais eficientes.

Os algoritmos dos softwares analisam os critérios, como tipo de material, peso, tamanho, método de fabricação, limite de custo, entre outros, para criar propostas de design para os engenheiros. 

Melhorias no fluxo de trabalho

Os softwares de inteligência artificial são implementados para analisar e otimizar os fluxos de trabalho em cada setor. Dessa forma, os gestores conseguem manter processos enxutos, equipes bem distribuídas e bem direcionadas. 

Com essa orientação, a gestão ganha tempo para traçar novos planejamentos e metas que vão alimentar o sistema de IA e reorganizar os fluxos, quando necessário.

Controle de perdas

O objetivo do controle de perdas na produção é evitar o desperdício de recursos, tempo, dinheiro e matérias-primas. Fazer esse acompanhamento é um desafio, principalmente nas grandes empresas que operam em escala maior, mas todo negócio precisa ser eficiente na gestão.

As soluções de inteligência artificial na indústria, por meio dos recursos, como Big Data, conseguem analisar, amplamente, todos os fatores que podem resultar em perdas. 

Dessa forma, é possível traçar um plano de melhorias em cada área da empresa e garantir o bom andamento da produção. 

Benefícios do uso de IA na indústria

Após conhecer as aplicações, listamos os benefícios de investir em inteligência artificial na gestão da indústria. Confira:

  • Melhoria na produtividade da empresa: eliminar tarefas manuais e, ao mesmo tempo, obter insights inteligentes, auxiliam os gestores a orientarem melhor o trabalho das equipes;
  • Diminuição dos custos operacionais: melhorando o aproveitamento dos insumos e equipamentos, é possível diminuir desperdícios e os custos financeiros para manter a produção;
  • Aumento da segurança do trabalho: os robôs e máquinas inteligentes, assim como o ambiente em geral, contribuem para a equipe trabalhar de forma segura, prevenindo-se dos riscos 
  • Suporte nas tomadas de decisão: os softwares são alimentados com dados em tempo real, mantendo os gestores atualizados sobre o andamento de cada operação, podendo decidir com mais clareza os rumos do negócio;
  • Inovação e pioneirismo no mercado: com o suporte da IA, as indústrias conseguem sair na frente, identificando tendências e colocando produtos e serviços inovadores no mercado.

IA na indústria: o futuro é tecnológico

Gostou de saber mais sobre o papel, aplicações e benefícios da inteligência artificial na indústria? 

A transformação digital contribui e continuará influenciando o desenvolvimento do mercado, tornando as ferramentas mais acessíveis a todas as empresas.

Quer saber mais sobre o tema? Leia também: Indústria 4.0: o que é, principais pilares e desafios

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Além do básico: como a indústria está inovando para alcançar a sustentabilidade

Além do básico: como a indústria está inovando para alcançar a sustentabilidade

São muitos os motivos que levam, cada dia mais, as indústrias a reverem seus processos: mudanças no perfil do consumidor, globalização, transformação digital.

Porém, nem sempre é fácil inovar ao acompanhar esses processos e se manter sustentável. Em especial, na intenção de atender às demandas da Indústria 5.0, baseada em automação e digitalização avançada.

Neste artigo, conheça 4 inovações sustentáveis na indústria usadas na atualidade.

Quais tecnologias da Indústria 5.0 apoiam a inovação sustentável?

 

A indústria pode cumprir um papel fundamental na prevenção de problemas como o aquecimento global, a poluição do ar e da água e o desperdício de materiais.

Porém, muitos gestores ainda acreditam que, para ter acesso a soluções avançadas e modernas que apoiem ações sustentáveis, é preciso importá-las de outros países. Mas, isso não é verdade.

O Brasil já conta com diversas tecnologias que ajudam os negócios a operarem de forma responsável.

Falaremos sobre cada uma delas a seguir.

Internet Das Coisas (IoT)

A IoT permite a conexão e comunicação entre dispositivos e sistemas industriais por meio da internet.

Assim, coleta dados em tempo real e monitora processos, possibilitando a identificação de áreas de desperdício, ineficiências, oportunidades de otimização e até mesmo a manutenção preventiva. Ao otimizar o uso de recursos, a IoT pode ajudar, por exemplo, a reduzir materiais excedentes e minimizar os impactos ambientais das operações industriais.

O monitoramento de ativos por meio da IoT colabora tanto com o desempenho produtivo da indústria quanto com a sustentabilidade. Essa tecnologia atua na detecção precoce de danos e na antecipação de futuros problemas no processo industrial, resultando em um índice de operação do equipamento superior aos métodos de manutenção preditiva tradicionais.

Impressão 3D

 

A impressão 3D, também conhecida como fabricação aditiva, permite a produção de peças e componentes personalizados sob demanda, reduzindo a necessidade de estoques e minimizando o desperdício de materiais. Isso resulta em um menor consumo de energia, diminuição da geração de resíduos e em uma menor pegada de carbono quando comparado com os métodos de fabricação tradicionais.

Robótica

 

A robótica favorece a inovação sustentável na redução de tarefas repetitivas e da margem de erro resultante delas, possibilitando um menor desperdício de recursos.

Além disso, os robôs podem otimizar o uso de energia nos mais diversos processos internos das indústrias, tornando as operações mais sustentáveis.

Inteligências Artificiais (IA)

 

A IA oferece recursos avançados de análise e tomada de decisão baseados em dados. Ela pode ser aplicada na otimização de processos industriais, identificação de padrões de consumo de energia, previsão de demanda e manutenção preditiva. Ao aproveitá-la, as indústrias podem otimizar o uso de recursos, reduzir desperdícios, minimizar tempos de inatividade não planejados e maximizar a eficiência energética.

Ao contar com esses elementos, é possível atingir um panorama de inovação sustentável, promovendo o crescimento econômico e o desenvolvimento de grandes áreas industriais de forma sustentável. O ideal, é claro, é usar mais de uma em conjunto.

Além disso, para que a indústria 5.0 continue a beneficiar a economia brasileira de forma sustentável, é necessário que todos trabalhem de forma integrada, compartilhando propósitos e contribuindo para driblar os desafios presentes.

Isso inclui traçar planejamentos para o futuro desde já e realizar mudanças internas — como a definição de um gestor central que crie, gerencie e aplique políticas alinhadas ao ESG (Environmental, Social e Governance). Assim, através da inovação sustentável, as empresas podem contribuir para o crescimento da economia de uma forma mais limpa e verde.

 

 

Este artigo foi escrito pela Acoplast Brasil, empresa brasileira que atua em todo o território nacional e em países do continente, fornecendo soluções em produtos e serviços para transmissão mecânica.

 

 

 

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Logística 5.0: o que é e principais tecnologias utilizadas

Logística 5.0: o que é e principais tecnologias utilizadas

A ideia de que os humanos serão substituídos por máquinas predomina nas ficções científicas, mas a logística 5.0 demonstra que, em vez  de exclusão, o que sobressai é a integração das partes envolvidas.

Conhece o ditado “nem tanto ao céu, nem tanto à terra”? É exatamente para o ponto de equilíbrio que as soluções de logística caminham, unindo os avanços tecnológicos ao fator humano para que um potencialize o desempenho do outro.

Dessa forma, a automatização e a integração de processos nos trabalhos de logística com a inclusão de diversas soluções digitais caminham para um contexto em que a eficiência e a sustentabilidade das cadeias são as prioridades.

Neste artigo, explicaremos o conceito de logística 5.0, as diferenças da fase 4.0 e quais as tecnologias utilizadas nas empresas. Continue a leitura e entenda essa nova etapa do setor. 

O que é logística 5.0?

A logística 5.0 é um modelo de trabalho que propõe o uso estratégico das tecnologias no setor para extrair o máximo de benefícios da colaboração entre trabalhadores e máquinas, utilizando o conhecimento dos dados para garantir a sustentabilidade dos processos, reduzir riscos e desperdícios ao longo da cadeia.

Na fase 5.0, a logística vai além da digitalização das atividades de gerenciamento de estoque, produção e distribuição.

Por meio das ferramentas de análise e automação, a equipe do setor faz avaliações constantes para aperfeiçoar o modelo de trabalho, eliminando os gargalos e potencializando os recursos disponíveis.

Essa atualização nos processos garante a competitividade e a lucratividade na gestão industrial e, ao mesmo tempo, valoriza o aspecto humano, utilizando a tecnologia para gerar dados confiáveis que agilizem as tomadas de decisão e aumentem produtividade.

Quais são os pilares do modelo 5.0?

Os principais pilares que norteiam a logística 5.0 são o fator humano, a inclusão da tecnologia e a sustentabilidade dos processos

Os funcionários são um investimento em longo prazo. Portanto, treiná-los e priorizar seu bem-estar no trabalho é vital para as empresas e, claro, para a eficiência dos centros de logística.

Assim, as tecnologias devem ser atualizadas e incluídas de acordo com as necessidades do negócio, pensando na eficiência da equipe.

Dessa forma, as empresas consolidam uma infraestrutura eficiente e atrativa, mantendo profissionais qualificados e bem treinados, o que contribui para a retenção desses talentos na equipe em longo prazo.

Além de melhorar as condições de trabalho, as novas tecnologias ajudam a realizar os processos de forma mais sustentável, melhorando a eficiência energética, o uso do espaço de armazenamento, os tipos de materiais utilizados, a reciclagem, entre outras iniciativas. 

Leia também >>> Empresa sustentável: 6 exemplos no Brasil e no mundo

Qual a diferença da logística 4.0 para a 5.0?

Na logística 4.0, o ponto central é a inclusão da tecnologia no setor para digitalizar as operações e utilizar as informações geradas pelas ferramentas para melhorar os processos de gerenciamento da cadeia de suprimentos e distribuição.

Na logística 5.0, as inovações tecnológicas não são direcionadas apenas para a automação, mas também para a criação de um sistema integrado e colaborativo que favoreça o esforço humano e o meio ambiente.

Influência da pandemia

A virada de chave no setor logístico foi apressada pela chegada da pandemia da COVID-19 que exigiu mudanças para atender tanto a alta demanda de compra do período quanto os estoques de matérias-primas para produção.

Esse cenário fez as empresas acelerarem os investimentos em inovação e tecnologia. O objetivo foi melhorar o acompanhamento dos processos internos e externos de distribuição e aumentar a resiliência e a competitividade no mercado.

Depois da fase crítica da pandemia e do isolamento social, a necessidade de digitalização da cadeia se somou às exigências de sustentabilidade para montar operações mais eficientes e menos custosas.

Diante das transformações do mercado, a ideia central da logística 4.0, que busca o melhor desempenho por meio do trabalho automatizado, transiciona para a logística 5.0, que explora os benefícios da combinação entre a força de trabalho humana e das máquinas.

5 tecnologias de logística 5.0 nas empresas 

A logística 5.0 nas empresas herdou as tecnologias da fase 4.0, utilizando-as para aprimorar a estratégia com base nas necessidades de agilidade, organização e sustentabilidade dos processos. Os principais exemplos de recursos e novas tecnologias aplicados são:

1. Computação na nuvem

A troca de dados em centros de distribuição precisa de um sistema protegido e com controle de acesso para que o envio de informações internas e para os clientes seja rápido e seguro. A implementação das diretrizes de LGPD é outro cuidado importante.

Para garantir a conformidade, os bancos de dados tradicionais migraram para os serviços na nuvem, que são acessados de qualquer lugar e dispositivo (fixo ou móvel) a partir do login e senha do usuário.

2. Equipamentos inteligentes

À medida que um centro de distribuição e armazenamento aumenta, os equipamentos inteligentes ajudam a mantê-lo organizado, facilitando o gerenciamento da equipe.

Os sistemas de gestão de armazém facilitam o controle do que entra e sai. As soluções de robótica para transporte de caixas e contêineres também otimizam o manejo diário.

Outros tipos de equipamento são o leitor de dados (lê códigos de barra e QR code), as prateleiras inteligentes (sensores controlam entradas, saídas e reabastecimento) e veículos autônomos (enviam localização e seguem a melhor rota). 

3. Inteligência Artificial (IA) 

A Inteligência Artificial é uma tecnologia estratégica na logística 5.0 que ajuda no planejamento das previsões de venda com base em análises de Big Data e aprendizado de máquina.

De acordo com os dados, é feita a compra de suprimentos para produção, as remessas são finalizadas em tempo hábil e os pedidos são preparados e embalados com prazo suficiente para despacho. Assim, o trabalho é mais preciso e menos suscetível a erros e falhas. 

4. Tecnologias de geolocalização

A tecnologia GPS também ajuda o setor de logística, facilitando o rastreamento da localização exata e em tempo real das mercadorias. Isso reduz os riscos, permitindo a otimização de rotas e aumentando o controle de carga.

As etiquetas RFID, sigla para Radio Frequency Identification, que significa Identificação por Radiofrequência, utiliza pequenos chips que enviam informações via sinais de rádio. Os dados são acessados por meio de tablets e celulares, permitindo que os operadores interajam e rastreiem suas mercadorias a qualquer momento.

5. Centros de distribuição sustentáveis

A prioridade em relação ao maquinário utilizado na logística 5.0 é de equipamentos eficientes energeticamente. A migração para o Mercado Livre de Energia é uma opção para otimizar gastos nos centros de distribuição e armazenamento das indústrias. 

Além disso, a implementação de um sistema de reciclagem para reaproveitar resíduos e sobras da produção e a substituição de materiais de embalagens por opções biodegradáveis são outros exemplos de ações para melhorar a sustentabilidade da operação.

Eficiência energética nos trabalhos de logísticas

As tecnologias acima, quando combinadas e integradas, melhoram o desempenho de todo o processo da cadeia de suprimentos e distribuição. O resultado é um aumento na flexibilidade, transparência, integração, eficiência, colaboração, qualidade e capacidade de resposta dos processos.

Para gerenciar uma estrutura robusta e atualizada com as propostas da logística 5.0, um abastecimento de energia com bom custo-benefício é o segredo para economizar da maneira certa. 

O Mercado Livre de Energia é um ambiente de contratação no qual as empresas podem encontrar fornecedores de energia e fechar contratos de acordo com sua demanda por um preço mais vantajoso do que no mercado tradicional.

A Esfera Energia auxilia e gerencia todo processo de migração para o Mercado Livre de Energia de empresas em busca de economia. 

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Automação de processos industriais: o que é, como fazer e vantagens

Automação de processos industriais: o que é, como fazer e vantagens

A automação de processos industriais traz diversos benefícios estratégicos para o crescimento das empresas, pois permite automatizar tarefas e, assim, transferir habilidades humanas para outras áreas, maximizando o desempenho de toda estrutura.

Nesse contexto, é válido destacar que o avanço tecnológico permitiu inovações que contribuíram para o fortalecimento dos sistemas de produção e distribuição de bens e serviços, ajudando a produzir mais em menos tempo.

Na fase da indústria 4.0 (em alguns países, o mercado já caminha para a fase 5.0), o conceito principal é o melhor aproveitamento da tecnologia para que as forças de trabalho humano também sejam bem aproveitadas.

Ter um planejamento de automação e controle de processos industriais bem elaborado é essencial para criar um sistema que leve o operacional da empresa para outro patamar.

Neste artigo, explicaremos sobre o processo de automação industrial, dicas para implementação e as vantagens desse investimento.

Boa leitura!

O que é a automação de processos industriais?

A automação dos processos industriais nada mais é do que a inclusão da tecnologia na execução de tarefas para impulsionar os procedimentos e dar maior autonomia para as equipes de produção e gestão das empresas. Além de máquinas e equipamentos técnicos para as linhas de produção e logística, os softwares de gerenciamento são utilizados para análises mais detalhadas e precisas.

No Brasil, a automação é uma realidade em muitas fábricas que utilizam as tecnologias disponíveis para fazer desde o acesso remoto de dados até o controle e ajuste em tempo real da produção.

No levantamento ‘Projeto Indústria 2027’ da Confederação Nacional da Indústria (CNI) que avaliou o impacto das inovações na competitividade dos produtos nacionais, a projeção é de que 21,8% das empresas brasileiras tenham seu processo produtivo 100% digitalizado até 2027.

Leia mais: 5 ferramentas de gestão industrial que facilitam o trabalho.

Qual a função da automação industrial?

O propósito da automação é contribuir para a criação e a implementação de um sistema produtivo mais eficiente com ferramentas e equipamentos que melhorem a qualidade dos processos industriais, ajudando a ganhar produtividade e a reduzir os custos operacionais.

O relatório Transparency Market Research destaca que o mercado mundial de automação de processos industriais deve crescer 6,6% de 2026 a 2024, resultando em uma valorização de US$ 352 bilhões até o fim do período de projeção. 

Como implementar a automação e o controle de processos industriais?

Para que o processo de automação industrial seja viável e alcance os objetivos de melhoria esperados, o planejamento do tipo de tecnologia que será implementado e por quais áreas a automatização vai começar é essencial para desenhar um caminho consistente.

Confira quais pontos devem ser considerados no passo a passo rumo à automação:

1. Crie um planejamento de automação

A equipe responsável pela implementação das tecnologias digitais nas operações precisa realizar estudos e análises internas para identificar necessidades e oportunidades de melhoria com o uso de novos recursos.

O planejamento de automação deve conter não só os tipos de ferramentas (máquinas, internet das coisas, inteligência artificial, armazenamento em nuvem, big data, entre outros), mas também um cronograma de aplicação para que o processo seja gradual e a equipe possa ser treinada para aprender a utilizá-las.

Leia também >>> Plano de expansão empresarial: GUIA para planejar o crescimento.

2. Estabeleça prioridades para atualização

Outro ponto importante no processo de automação é definir as áreas ou os processos que serão priorizados na atualização. Em geral, as empresas focam primeiro em atividades repetitivas e que tomam tempo da equipe, tanto de gestão quanto de produção.

Um exemplo de automação de processos são as máquinas que definem a quantidade de itens que sairão por hora, de acordo com o volume e quantidade de matéria-prima disponível. 

Em vez desses detalhes serem configurados a cada novo ciclo, os equipamentos salvam as configurações e repetem de acordo com o comando recebido.

3. Defina metas de avanço

Para que a automação de processos industriais evolua e alcance gradativamente todas as áreas, definir metas de avanço auxilia a cumprir o cronograma de atualizações.

Uma equipe pode ficar responsável por fazer a gestão de metas, atualizando os setores envolvidos sobre o momento de investir, introduzir as tecnologias e treinar as equipes.

4. Calcule os custos e potencial ROI

O retorno sobre o investimento (ROI) ajuda a avaliar cada aplicação financeira de acordo com seu potencial de retorno e também a projetar em quanto tempo vai acontecer. 

Isso só é possível com um cálculo de custos bem feito para cada aquisição da empresa. Como existe um planejamento que segue uma prioridade, a equipe consegue fazer as projeções de forma antecipada, facilitando a tomada de decisão.

5. Invista em treinamento

O foco da inovação industrial é potencializar a capacidade das empresas de produzir e gerenciar sua estrutura por meio da tecnologia. 

Para alcançar esse objetivo, a equipe precisa conhecer os recursos disponíveis e saber utilizá-los para otimizar seu trabalho. Isso contribui para que os funcionários aprimorem os processos de produção do negócio, pois saberão utilizar as informações de desempenho recebidas. 

Quais as vantagens da automação industrial?

As principais vantagens da automação industrial são:

  • Economia nos custos operacionais: o uso da automação tem o potencial de reduzir os gastos na matriz produtiva brasileira em R$ 73 bilhões ao ano, além de diminuir em R$ 35 bilhões ao ano os custos com manutenção de equipamentos;
  • Gerenciamento integrado e em tempo real: com ferramentas de inteligência artificial, robótica, internet das coisas e análise de dados é viável rastrear produtos por meio de sensores e que uma pessoa monitore tarefas remotamente. 
  • Redução dos impactos ambientais da produção: com a automação de processos industriais, dá para acompanhar cada etapa da cadeia produtiva e planejar a redução das emissões de CO2, fazer a gestão de resíduos da produção, usar matérias-primas mais sustentáveis, entre outras ações.

Leia também: O que é a sustentabilidade na indústria e como fomentar?

Conheça outras formas de otimizar a sua produção

Uma decisão importante sobre a automação de processos industriais é como a empresa vai comprar e gerir os recursos energéticos necessários para sustentar a produção.

O Mercado Livre de Energia é um ambiente de contratação onde as empresas podem encontrar fornecedores de energia e fechar contratos de acordo com sua demanda por um preço mais vantajoso do que no mercado tradicional.

A Esfera Energia auxilia e gerencia todo processo de migração para o Mercado Livre de Energia de empresas em busca de economia. 

A mudança ajuda a economizar até 35% da conta de luz. Para entender as necessidades de sua empresa, fale com um especialista da Esfera.

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Indústria 4.0: o que é, principais pilares e desafios

Indústria 4.0: o que é, principais pilares e desafios

A indústria 4.0, ou Quarta Revolução Industrial, já abre caminhos para inovações significativas no mercado com o uso estratégico da tecnologia na geração de vantagens competitivas para empresas e para o cenário econômico.

As mudanças na indústria ao longo dos anos não alteraram apenas a maneira de fabricar e distribuir produtos, mas também as formas de gerir processos industriais e equipes a favor do desenvolvimento empresarial.

No Brasil, o setor industrial representa 23,6% do Produto Interno Bruto (PIB), além de ser responsável por 69,3% das exportações de bens e serviços do país e 66,4% do investimento empresarial em pesquisa e desenvolvimento, segundo dados de 2023 do Portal da Indústria.

Um setor tão crucial para a economia não ficaria parado no tempo, certo? A necessidade de evolução junto com o desenvolvimento de novas tecnologias físicas e digitais abrem um caminho novo com muitas possibilidades a serem exploradas.

Continue lendo o artigo para entender o que é indústria 4.0, suas características, principais pilares e como essas transformações estão acontecendo no Brasil.

Boa leitura!

O que é indústria 4.0?

A indústria 4.0 é um conceito que marca a nova fase do setor industrial, onde as tecnologias modernas como Internet das Coisas (IoT), Big Data, inteligência artificial, computação na nuvem e cibersegurança criam uma infraestrutura digital integrada para fornecer informações precisas para empresas e para o cotidiano da população.

Na Quarta Revolução Industrial, como também é chamada essa fase, a automação vai além de programar tarefas para uma máquina executar. 

A aplicação dos recursos tecnológicos transforma a maneira das pessoas trabalharem e também o funcionamento da sociedade com a inclusão da tecnologia no seu cotidiano.

Quando a indústria nasceu, a partir do desenvolvimento da energia a vapor e das novas máquinas no fim do século 18, até hoje, as empresas passaram por mudanças tanto na forma de fabricar produtos e bens quanto na maneira das pessoas consumirem.

Na edição 2020 da pesquisa ‘Indústria 4.0: Reimaginando as operações de manufatura pós COVID-19’ feita pela consultoria McKinsey, 90% dos entrevistados afirmaram estar  convencidos do valor da tecnologia e que a Indústria 4.0 faz parte dos planos de melhoria operacional.

Acompanhar essas mudanças e incluir tecnologia na estratégia, digitalizando as operações, são ações essenciais tanto para marcas consolidadas quanto para novas empresas que desejam crescer nesta nova etapa da indústria.

Quais são os pilares da indústria 4.0?

Os pilares da  indústria 4.0 são formados por cinco tecnologias fundamentais utilizadas para criar diferentes soluções que otimizam o trabalho das empresas e trazem novas soluções para o mercado, agregando valor à cadeia. 

Conheça as características de cada pilar da indústria 4.0 nos itens a seguir.

Conectividade, dados, poder de processamento

Para integrar processos de produção, gestão industrial e distribuição, a indústria 4.0 aposta na conectividade e na troca de dados automaticamente entre máquinas e equipamentos por meio de sensores e soluções baseadas na Internet das Coisas (IoT).

O compartilhamento dessas informações, o processamento e o monitoramento de operações acontecem por meio de soluções de tecnologia baseadas na nuvem ou em blockchain (rede descentralizada que processa e arquiva transações digitais).

Leia também: 5 ferramentas de gestão industrial que facilitam o trabalho.

Analytics e inteligência artificial

As tomadas de decisão tanto as relacionadas ao posicionamento do negócio no mercado quanto sobre mudanças internas para melhoria de processos são baseadas em dados, analisados por soluções de análise avançada e Big Data.

Dessa forma, as empresas eliminam “achismos” e aumentam as chances de chegarem aos resultados desejados de crescimento e também de inovação.

O machine learning e as soluções baseadas em Inteligência artificial são outros tipos de tecnologia empregadas na criação de algoritmos que executam análises para identificar padrões. 

Esses dados servem para verificar, por exemplo, a eficiência de um sistema de produção e direcionar melhorias a partir dos resultados obtidos. 

Interação pessoas-máquina

A transformação digital da indústria 4.0 não eliminou o papel do ser humano no trabalho, que continua sendo o guia para a aplicação estratégica das tecnologias desenvolvidas.

Os recursos baseados em realidade aumentada são aplicados na indústria para realizar simulações e treinamentos de modelos de carros e aviões com o objetivo de, por exemplo, testar sua eficiência em diferentes contextos.

Já a realidade virtual (VR) é aplicada em atividades como demonstrações de produtos e guias para instalação ou manutenção de equipamentos com o uso de óculos de VR.

As soluções de robótica e automação também são muito interessantes, e agregam valor prático às atividades da indústria 4.0. Alguns exemplos são:

  • robôs colaborativos: são máquinas projetadas para interagir com humanos e melhorar a agilidade na execução de processos;
  • veículos autoguiados ou AGVs (Automated Guided Vehicle): são veículos usados em linhas de produção para levar produtos ou matéria-prima de um ponto a outro nas fábricas. São guiados por linhas ou fios no chão, câmeras ou lasers de navegação; 
  • automação de processos de robótica – RPA: softwares utilizados para automatizar ou delegar tarefas baseado em regras executadas por bots;
  • chatbots: softwares interativos configurados para dar respostas automáticas a partir de comandos pré-definidos e/ou inteligência artificial.

Engenharia avançada

As tecnologias de engenharia avançada são outro pilar característico da indústria 4.0. Esse recurso ajuda a planejar um processo de produção para que ele seja mais eficiente em diversas frentes.

As impressoras 3D, por exemplo, criam protótipos a partir de um modelo digital ideal, permitindo avaliar prós e contras da solução antes de produzi-las em grande escala. 

As fontes de energia renovável favorecem a criação de cadeias de produção com menor pegada de carbono ou carbono zero, ajudando as empresas a colaborarem com a diminuição dos impactos da indústria 4.0 no clima, no meio ambiente e na sociedade.

Outro tecnologia são as nanopartículas, que ajudam a criar soluções precisas e eficientes desde a área da saúde até a ambiental, como a despoluição da água.

Leia também >>> Indicadores de produção industrial: 7 métricas indispensáveis.

Segurança da informação

A segurança da informação também é um pilar estratégico da indústria 4.0. Com tantas tecnologias conectadas e interligadas entre si, os pilares da segurança da informação — confidencialidade, integridade e disponibilidade dos dados — criam camadas de acesso e controle aos bancos de dados.

O principal objetivo é evitar riscos e ameaças aos sistemas internos e ao das máquinas e equipamentos responsáveis pela produção e gestão das empresas.

Além disso, a estrutura de armazenamento dos dados é gerenciada para permitir a ampliação dos sistemas sem perdas, permitindo a evolução das análises Big Data conforme o banco de dados é enriquecido por novas informações. 

7 desafios da indústria 4.0 no Brasil

As possibilidades de mudança e evolução trazidas pela indústria 4.0 geram possibilidades, mas também desafios para os países se adaptarem a essa nova era. No Brasil não é diferente. 

Um detalhe importante sobre esse cenário no país é que os setores vão se adaptar em velocidades e de formas diferentes. 

Contudo, esse desafio não impede que cada setor se articule e explore as novas possibilidades nas atividades diárias. A atuação dos órgãos governamentais a favor do desenvolvimento da indústria 4.0 também é importante para incentivar que as mudanças saiam do papel.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) criou uma cartilha em 2016 sobre quais são os desafios da indústria 4.0 no Brasil e propostas para contorná-los, favorecendo o crescimento do país. Conheça cada um a seguir:

1. Aplicações nas cadeias produtivas e desenvolvimento de fornecedores

O primeiro desafio da indústria 4.0 no Brasil é a integração das cadeias produtivas para que elas sejam mais eficientes e melhorem a relação cliente-fornecedor.

Para isso, os setores precisam investir em recursos como tecnologias de hardware e software que ajudem a digitalizar e integrar processos, de acordo com a sua realidade de negócio.

Entre as propostas da CNI para driblar esse desafio no cenário nacional está o levantamento de quais são os setores e tipos de empresas com:

  • maior potencial para adoção de tecnologias ligadas à indústria 4.0;
  • mais pressão competitiva para adotar essas tecnologias em curto e médio prazo;
  • potencial de gerar mais incentivos para outras empresas e maior impacto na competitividade ao longo da cadeia. 

2. Mecanismos para estimular a adoção das novas tecnologias

Para a indústria 4.0 prosperar no país, é preciso que os donos de negócio e profissionais aumentem o grau de conhecimento sobre as tecnologias digitais e seus benefícios.

Como a variedade de recursos é grande, o desafio para as pessoas é identificar os que são mais úteis para a realidade da empresa e como colocá-los em prática de maneira eficiente.

As propostas do estudo da CNI para driblar essas questões são:

  • criar sistemas de demonstração das tecnologias da indústria 4.0 para os setores priorizados; 
  • revisar a tributação nos setores selecionados, para evitar entraves nos investimentos; 
  • determinar novas formas de financiamento em condições diferenciadas para o desenvolvimento e adoção dessas tecnologias.

3. Desenvolvimento tecnológico 

Outro desafio da indústria 4.0 no Brasil é superar a ideia de que para ter acesso a soluções avançadas e modernas é preciso importá-las de outros países.

Afinal, com o conhecimento sobre as diferentes áreas exploradas pela indústria 4.0, o movimento gera oportunidades para que essas criações venham das mãos dos profissionais de dentro do país.

Essa iniciativa aumenta o número de fornecedores de soluções inovadoras e incentiva o desenvolvimento do ambiente tecnológico. As propostas para esse objetivo são:

  • criar programas de prospecção tecnológica; 
  • listar os segmentos no Brasil com maior espaço para o desenvolvimento tecnológico; 
  • incentivar a criação de programas de desenvolvimento de tecnologias específicas para as necessidades brasileiras; 
  • implementar programas de intercâmbio tecnológico e comercial com países líderes em tecnologias relevantes para o Brasil.

4. Infraestrutura

Na indústria 4.0, o fluxo de informações precisa ser contínuo e seguro para se obter o melhor aproveitamento das tecnologias implementadas. 

Por isso, o desafio é ampliar e melhorar a infraestrutura de banda larga atual e as redes móveis para que não se tornem entraves para o desenvolvimento econômico do Brasil. As principais proposta são:

  • reforçar programas de estímulo ao investimento em banda larga e rede móvel; 
  • reavaliar o modelo de telecomunicações para que os recursos públicos viabilizem investimentos em infraestrutura de telecomunicação do país.

5. Regulação

A prestação de diferentes tipos de serviços e os novos modelos de trabalho geram demandas regulatórias específicas. 

Essa organização depende da listagem de serviços e dos profissionais envolvidos para levantar as regras necessárias para regulamentar os trabalhos. Nesse sentido, as propostas apresentadas são:

  • reformular o modelo de telecomunicações para que os recursos públicos viabilizem investimentos de infraestrutura de telecomunicações, independentemente do regime de prestação do serviço; 
  • disponibilizar proteção intelectual apropriada;
  • assegurar que a LGPD não impeça o fluxo de dados internacional e nem a coleta e o tratamento de dados de sistemas entre máquinas; 
  • implementar padrões de cibersegurança e legislação para prevenir e responder aos incidentes; 
  • ter uma abordagem internacional de regulamentação técnica para evitar a falta de interoperabilidade.

6. Recursos humanos

Para operar tecnologias avançadas, a indústria 4.0 exige profissionais especializados e capacitados nas novas funções.

A criação de equipes multidisciplinares é um desafio para os setores de Recursos Humanos das empresas. A principais propostas para o incentivo profissional são:

  • criar novos cursos técnicos para atender necessidades específicas; 
  • atualizar cursos nas áreas de engenharia, administração e outros para adequá-los às novas necessidades;
  • abrir cursos de gestão da produção multidisciplinar com ênfase na indústria 4.0; 
  • promover programas de competências tecnológicas nas empresas.

7. Articulação institucional

A coordenação da indústria é composta por vários órgãos da administração pública e também do setor privado que trabalham pelo fortalecimento dessa área.

Mas para que a etapa 4.0 beneficie a economia brasileira, todos devem trabalhar de forma integrada, compartilhando propósitos e contribuindo para driblar os desafios presentes. Entre as propostas elaboradas pela CNI estão:

  • criar grupos de trabalho para reunir os órgãos do governo envolvidos com o tema; 
  • traçar um plano conjunto para o desenvolvimento da indústria 4.0 no Brasil e definir um órgão gestor central como forma de integrar instrumentos de política sob o controle de diferentes órgãos; 
  • promover feiras, seminários e congressos sobre o tema.

Indústria 4.0: um incentivo à produtividade

A indústria 4.0 abre caminhos para que cada país explore seu potencial de inovação tecnológica e ainda compartilhe iniciativas com outros países. 

O programa Indústria Mais Avançada, um projeto piloto do SENAI que aconteceu entre 2018 e 2019, obteve resultados relevantes em relação a produtividade com a aplicação das tecnologias da indústria 4.0.

As micro, pequenas e médias empresas participantes ganharam, em média, respectivamente, 45%, 23% e 12% na capacidade produtiva.

Esses resultados reforçam a importância das empresas conhecerem seus processos produtivos de forma que as tecnologias da indústria 4.0 contribuam com a definição de ações realmente efetivas.

Quer saber mais sobre o tema? Leia também: ‘O que é inovação industrial? Importância e tendências atuais’.

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O que é inovação industrial? Importância e tendências atuais

O que é inovação industrial? Importância e tendências atuais

Sua empresa está ligada nas oportunidades e tendências relacionadas à inovação industrial?

A necessidade de inovar é uma premissa que impacta donos e gestores de empresas. A necessidade de crescimento, de aumento dos lucros e de atender as expectativas dos clientes exige cada vez mais empenho em oferecer um serviço/produto diferenciado.

Por isso, desde a forma como as indústrias operam internamente até como elas lidam com os clientes têm um efeito no potencial de resultados.

Quer saber mais sobre e quais são as tendências de inovação industrial que estarão em alta nos próximos anos?

Continue lendo e saiba mais e conhecer sobre o tema para atualizar seus conhecimentos e planejar mudanças no seu negócio.

Boa leitura!

O que é a inovação industrial?

Inovação industrial significa criar ou aprimorar processos utilizando a tecnologia e outros meios para integrar as atividades operacionais e de gestão do sistema empresarial com o objetivo de criar soluções mais modernas e eficientes para o negócio. 

À medida que a tecnologia evoluiu, novas ferramentas começaram a fazer parte da infraestrutura das empresas para otimizar as diferentes áreas da produção e gestão.

Por isso, a inovação industrial deve ser tratada como uma estratégia para o desenvolvimento do negócio porque contribui para fortalecer as empresas em um mercado altamente competitivo e a destacar seu valor para os clientes.

Depois da pandemia da Covid-19 que impactou todos os setores, inclusive a indústria, 84% das empresas afirmaram que veem necessidade em inovar para lidar com as mudanças provocadas nesse período. 

O dado é da pesquisa ‘Inovação na Indústria’ da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com o Instituto FSB Pesquisa. 

Qual a importância da inovação na indústria?

A pesquisa CNI/FSB mostrou também que 80% das empresas que inovaram no período de 2020 e 2021, ou seja, durante a crise da pandemia e logo depois, obtiveram resultados positivos em relação à produtividade, competitividade e lucratividade do negócio.

Então, a importância da inovação industrial é percebida nos aspectos chave para a gestão operacional e administrativa das empresas.

Principalmente porque a estratégia deve focar os investimentos nas melhorias desejadas para o momento. Além disso, as tendências do mercado no qual a empresa está incluída também impulsionam as ações de inovação para ganhar competitividade frente à concorrência.

Por isso, é importante que a gestão das empresas se mantenha atualizada sobre o próprio mercado e coloque a inovação como um valor estratégico.

Com essa mentalidade, as equipes conseguem analisar as possibilidades de inovação industrial e alinhá-las com os objetivos de negócio para que as mudanças realmente melhorem os processos e ajudem todos a desempenharem suas funções.

Leia também: Empreendedorismo sustentável: o que é e dicas para aplicar no seu negócio

5 tendências de inovação industrial no Brasil e no mundo

Existem tendências de inovação industrial que são implementadas com mais facilidade e outras que podem ser mais desafiadoras para as empresas.

Reunimos abaixo as principais inovações que as empresas do Brasil e do mundo já estão atentas e trabalhando para adotar. Confira!

1. Automação de processos 

A inovação na automação industrial é uma das tendências que surgiram com a Indústria 4.0, também chamada de Quarta Revolução Industrial.

Essa expressão representa o novo cenário do mercado em que os recursos de automação são integrados aos processos industriais por meio das novas tecnologias para promover a digitalização das atividades.

Entre os recursos implementados estão computação em nuvem, inteligência artificial, internet das coisas, robótica e máquinas modernas.

Mas no que as empresas, especialmente as brasileiras, estão focando é na inovação dos processos empresariais para acelerar o crescimento no mercado e aumentar a produtividade interna.

Segundo a pesquisa CNI/FSB, 35% das empresas vão voltar esforços para o setor de processos, incluindo principalmente recursos de automação (máquinas e softwares) para auxiliar as equipes no trabalho. 

2. Cibersegurança industrial

Em 2021, a empresa JBS foi alvo de um grande ciberataque do tipo ransomware, em que o hacker invade um sistema e “sequestra” todos os dados. 

Além de ter suas operações nas unidades dos Estados Unidos, Canadá e Austrália afetadas, a JBS pagou US$11 milhões (o equivalente a R$55,5 milhões na época) para recuperar o acesso às informações.

Por isso, outra tendência de inovação industrial em alta no Brasil e no mundo é a cibersegurança industrial. A proteção de dados internos é fundamental para evitar prejuízos financeiros e também os custos gerados pelo vazamento ou roubo de informações.

Outro ponto importante é a adequação à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), pois os dados de clientes também devem ser preservados. Estar em conformidade com essa lei afeta diretamente a reputação da empresa no mercado. 

3. Novas tecnologias digitais 

Como mencionamos acima, a Indústria 4.0 está impulsionando a aplicação de tecnologias mais avançadas com o objetivo de fortalecer a inovação industrial.

A internet das coisas, as análises Big Data, máquinas com inteligência artificial, impressoras 3D são alguns exemplos das novas tecnologias digitais que estão ganhando força.

No Brasil, essas tecnologias, apesar de promissoras, ainda não são tidas como prioridade pelas empresas. Segundo a pesquisa ABDI Conectividade e Indústria, 70% das empresas utilizam mais ferramentas como:

  • aplicativos para reuniões virtuais; 
  • soluções baseadas na nuvem;
  • softwares para gestão da produção; 
  • ferramentas de trabalho remoto.

Já as soluções de big data são utilizadas por 19%, impressoras 3D por 11% e inteligência artificial por 10% das empresas entrevistadas para a pesquisa.

4. Consumidor, processos e produção

A tríade da inovação industrial nas empresas brasileiras é o consumidor, os processos e a produção. Na pesquisa CNI/FSB, os gestores afirmaram que esses são os pontos que vão trabalhar nos próximos anos:

  • 36% relação com o consumidor;
  • 35% setor de processos;
  • 31% produção.

Essa tendência se alinha com as anteriores porque a automação, a cibersegurança e outras tecnologias podem ajudar a criar estratégias eficientes para melhorar esses três aspectos.

5. Redução de custos 

A redução de custos operacionais também é uma prioridade e tendência que as empresas esperam alcançar com as iniciativas de inovação industrial.

A tecnologia, principalmente a de automação, é um dos recursos mais buscados com o objetivo de otimizar processos e ter operações mais enxutas. O que também favorece o aumento dos lucros e também a satisfação dos clientes.

Leia também >>> Redução de custos operacionais: 5 dicas para uma boa gestão.

Inove de forma estratégica no seu negócio

Para que a inovação industrial seja positiva, ela precisa estar alinhada aos objetivos do negócio. Na lista de possibilidades, recursos chave para manter a operação como energia elétrica podem ser alvo de melhorias para enxugar gastos e até promover a sustentabilidade.

Nesse sentido, o Mercado Livre de Energia é um ambiente de contratação onde as empresas podem encontrar fornecedores de energia e fechar contratos de acordo com sua demanda por um preço mais vantajoso do que no mercado tradicional.

A Esfera auxilia e gerencia todo processo de migração para o Mercado Livre de Energia de negócios em busca de economia. 

A mudança ajuda a economizar até 35% na conta de luz. Para entender as necessidades de sua empresa, fale com um especialista Esfera.

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Qual o impacto do consumo de energia com criptomoedas e quais são as alternativas?

Qual o impacto do consumo de energia com criptomoedas e quais são as alternativas?

O consumo de energia com criptomoedas é um dos pontos que ainda gera diversas críticas a esse mercado, inclusive, impactando no valor desses ativos digitais.

Por exemplo, em 24 de março de 2021, o bilionário Elon Musk usou a sua conta no Twitter para informar que a Tesla, empresa automotiva norte-americana e de armazenamento de energia na qual é CEO, passaria a aceitar a BTC como meio de pagamento dos clientes.

Porém, em 12 de maio de 2021, Musk voltou atrás, alegando que a companhia estava preocupada com o rápido aumento do uso de combustíveis fósseis para mineração e transações de Bitcoin, dando destaque para o carvão, cujas taxas de emissões são as piores entre todos os combustíveis.

Ainda que o primeiro tweet do CEO da Tesla tenha contribuído para a valorização da BTC, quase dois meses depois seu posicionamento fez com que a moeda digital criada por Satoshi Nakamoto sofresse uma desvalorização com base na fala de Musk que se referia a quantidade de energia necessária que o BTC utilizaria em suas operações.

Mas considerando uma visão geral, qual seria o verdadeiro impacto do consumo de energia com criptomoedas? Há como resolver isso e alinhar moedas digitais e sustentabilidade?

Confira respostas para essas e outras questões relacionadas ao tema agora, neste artigo.

Qual é o impacto do consumo de energia com criptomoedas?

O impacto do consumo de energia com criptomoedas tem relação direta com a maneira como esses ativos são minerados.

A mineração de criptomoedas é um processo que valida as transações que acontecem em uma rede blockchain. Somente após a confirmação de que tudo está dentro das regras propostas é que as moedas digitais podem ser compartilhadas entre carteiras.

No caso do Bitcoin, e de outras criptomoedas que seguem esse mesmo princípio, o processo de mineração utilizado é o “proof of work”, representado pela sigla PoW e que em português significa “prova de trabalho”.

A prova de trabalho usa do poder computacional para resolver problemas matemáticos complexos e, com isso, realizar a mineração das moedas digitais e demais processos que envolvem uma rede blockchain.

O problema é que esse processo gera um alto consumo de energia elétrica, pois requer a utilização de máquinas realmente potentes, que ficam ligadas 24 horas por dia, 7 dias da semana.

Outra questão é que isso gera um efeito contínuo, pois, conforme o tempo passa, a tendência é que as questões matemáticas da rede blockchain se tornam mais difíceis de serem resolvidas.

Com isso, melhores precisam ser os computadores e mais eletricidade consumirão, impactando negativamente o meio ambiente para a geração de toda a energia que é necessária.

Para você ter uma ideia do quanto de energia elétrica estamos falando, dados da Cambridge Center for Alternative Finance, um instituto de pesquisa interdisciplinar baseado na Judge Business School da Universidade de Cambridge, revelaram que o Bitcoin utiliza cerca de 82 terawatts-hora por ano. Esse número representa mais do que todo o consumo do Chile ou da Bélgica.

Como reduzir o consumo de energia com criptomoeda?

Uma das maneiras de reduzir o consumo de energia com criptomoedas e, com isso, alinhar a mineração e as transações de ativos digitais à sustentabilidade é as blockchain utilizarem um outro processo, o chamado “proof of stake” (PoS), que em português significa “prova de participação”.

Esse mecanismo de consenso consiste em escolher aleatoriamente um nó (computador) para minerar ou validar as operações de uma rede blockchain. Mas, para isso, o validador (nome dado à pessoa ou empresa que fará esse processo), precisa ter uma determinada quantidade de criptos em sua carteira.

Essas criptos, por sua vez, ficarão bloqueadas até que a mineração ou validação sejam concluídas. Inclusive, a recompensa paga por esse serviço é um percentual sobre essa quantia.

A Ethereum é uma blockchain que mudou a maneira como a moeda digital nativa é minerada. Com a implementação da Merge, processo de fusão dessa rede, o sistema usado para minerar Ether desde 15 de setembro de 2022 é PoS.

O objetivo dos idealizadores dessa cripto é reduzir consideravelmente o consumo de energia elétrica no seu processo de mineração (algo em torno de 99,9%), bem como promover a escalabilidade dessa moeda digital.

Entre os retornos positivos que podem ser obtidos com a fusão do Ethereum estão a utilização de forma de mineração bem mais ecológica, e a democratização da entrada de novos mineradores (validadores).

Existem criptomoedas que já nascem verdes?

Sim! Existem várias criptomoedas e tokens que já nascem verdes, digamos assim. Elas são consideradas criptos ecológicas por usarem a prova de participação como mecanismo de consenso.

Entre as que estão na lista de ativos digitais sustentáveis estão:

Como escolher a melhor criptomoeda?

O consumo de energia pode ser um dos critérios usados na hora de escolher qual criptomoeda trazer para a sua carteira. Mas somado a isso, é fundamental considerar outros pontos a fim de tomar a melhor decisão.

Entre esses parâmetros estão:

  • identificar por qual motivo você pretende adquirir a cripto em questão, por exemplo, para processos de compra e venda a fim de buscar lucratividade, ou como meio de pagamento;
  • alinhar essa definição à proposta do ativo digital, ou seja, ao que foi estabelecido no seu projeto;
  • encontrar uma exchange segura que ofereça diferentes criptos para diversificar a sua carteira.

Ah! E não deixe de acompanhar as tendências de mercado e de entender a volatilidade dos ativos digitais. Dessa forma, você se protege de possíveis perdas financeiras e usufrui do melhor que o mundo cripto tem a oferecer.

Este artigo foi escrito pela Bitso, exchange internacional de criptomoedas na qual você pode comprar, guardar e vender os seus criptoativos.

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Empreendedorismo sustentável: o que é e dicas para aplicar no seu negócio

Empreendedorismo sustentável: o que é e dicas para aplicar no seu negócio

O empreendedorismo sustentável abre caminhos para o crescimento das empresas que se comprometem a reduzir o impacto de suas atividades no meio ambiente e na sociedade.

Conduzir um negócio com esse conceito significa reavaliar o processo produtivo, seus componentes, os recursos utilizados, o reaproveitamento de resíduos, entre outros pontos.

O consumidor atual se importa mais e pesquisa como um produto foi desenvolvido, que impactos ele gerou e o que a empresa faz para tornar sua presença no mercado relevante, ou seja, ir além dos lucros.

Segundo o relatório ‘Green Technology and Sustainability Market’ publicado pela Allied Market Research, o mercado global de empreendedorismo verde está avaliado em US$ 10,32 bilhões.

A projeção feita pelo estudo é que o segmento alcance US$ 74,64 bilhões em valor de mercado até 2030 — mantendo uma taxa de crescimento anual de 21,9% de 2021 até 2030.

Quer entender melhor o potencial do empreendedorismo sustentável e como incluir essa iniciativa no seu negócio. Continue a leitura e entenda a importância da sustentabilidade para as empresas.

O que é empreendedorismo sustentável?

O conceito de empreendedorismo sustentável alia os aspectos econômicos, sociais e ambientais de um negócio para criar serviços ou produtos que gerem menos impacto e continuem sendo lucrativos.

Para isso, o empreendedor sustentável busca novas possibilidades de fabricar seu produto ou prestar seu serviço de forma diferente da convencional, o que também contribui para gerar um diferencial no mercado.

As iniciativas sustentáveis, hoje, são utilizadas pelas empresas para destacar seu diferencial diante dos concorrentes e apresentar novas formas de consumo consciente.

Qual o objetivo do empreendedorismo sustentável?

O objetivo do empreendedorismo sustentável é criar empresas com valores conectados às necessidades atuais do planeta.

O uso indiscriminado de recursos — água, energia elétrica, tipos de matéria-prima, carvão, combustíveis, etc. — durante anos causou diversos impactos ambientais e sociais.

Esse efeito está presente em todos os lugares do mundo, onde a produção de lixo aumenta exponencialmente, assim como a poluição dos rios e do ar.

Adotar o empreendedorismo verde, é uma forma de se comprometer a buscar novas possibilidades de empreender que preservem o meio ou que tenham medidas para compensar os impactos causados.

Empreendedorismo sustentável: exemplos de empresas

No Brasil, existem grandes empresas sustentáveis como a Natura, porém a sustentabilidade também está presente nos pequenos negócios que chegam no mercado com esse posicionamento.

Listamos abaixo dois exemplos de empresas nacionais que têm a sustentabilidade como valor principal.

Linus

A Linus é uma marca de sandálias veganas e ecológicas. O objetivo da fundadora era criar um “calçado super confortável” e “com a menor pegada ambiental possível”.

As sandálias são fabricadas com material plastificante de origem vegetal (PVC ecológico microexpandido) e sem a presença de metais pesados e ftalatos na composição, de acordo com o site da marca.

Toda cadeia produtiva acontece no Brasil, o que ajuda a diminuir a pegada de carbono do processo. Outra iniciativa que completa o compromisso sustentável é que nenhum tipo de plástico é utilizado no envio para os clientes.

A empresa também divulga publicamente um relatório anual sobre a pegada de carbono de suas operações.

B.O.B

A B.O.B (Bars Over Bottles – pode ser traduzida como ‘barras ao invés de garrafas’) é uma empresa de cosméticos em barra. A proposta da marca é inspirar um estilo de “mais minimalista e ambientalmente correto”.

Então, ao invés de utilizar e descartar centenas de embalagens plásticas por ano, a marca criou versões em barra de shampoos, condicionadores e sabonetes, entre outros produtos.

A fabricação segue o conceito ‘waterless’, ou seja, não utiliza água na produção, uma tendência do mercado de ‘beleza limpa’. Além disso, os produtos são veganos, não são testados em animais e também não utilizam plástico na cadeia de distribuição.

Com esses exemplos, vemos que o empreendedorismo sustentável nasce de um propósito bem definido que se apoia em tendências do segmento para criar algo novo e que agregue para a vida dos consumidores.

Como se aplica o empreendedorismo sustentável nos dias de hoje?

O empreendedorismo sustentável tem diversos caminhos, dependendo do negócio. Tanto para começar quanto para mudar os processos existentes, é importante investir em pesquisas para conhecer as possibilidades. Veja algumas dicas que podem orientar esse processo.

1. Selecionar fornecedores sustentáveis

Um negócio sustentável precisa ter parceiros igualmente sustentáveis e alinhados ao propósito da marca. Então, ao adotar esse compromisso, reveja quem são seus fornecedores e dê prioridades aqueles alinhados aos valores da sua empresa.

2. Escolher ou mudar composição de produtos

Com foco na sustentabilidade é possível planejar a troca de determinados componentes, substituindo-os por opções naturais. Um exemplo recente é a marca Crocs que se comprometeu a eliminar o couro dos seus calçados até o fim de 2021 e hoje é uma marca 100% vegana.

3. Fazer ajustes na estrutura interna

Além de entregar um produto sustentável, as operações internas também devem ser enxutas para evitar o desperdícios em todos os setores possíveis. Algumas iniciativas viáveis são:

  • fazer captação de água da chuva ou reutilização da água;
    implementar geração de energia própria com painéis solares;
  • fazer manutenções preventivas para as máquinas terem bom desempenho;
  • adotar reciclagem interna em parceria com organizações de reciclagem locais.

Leia também >>> Selos de sustentabilidade: quais são? Por que são importantes?

Valorize a eficiência energética da sua empresa

A eletricidade da sua empresa pode ser gerada por conta própria, mas também é possível ter acesso a energia limpa por meio do Mercado Livre de Energia, onde você pode negociar diretamente com a geradora ou comercializadora da sua preferência.

Assim, você consegue manter seu time de fornecedores alinhado com os objetivos de fazer um empreendedorismo sustentável.

A Esfera auxilia e gerencia todo processo de migração para o Mercado Livre de Energia de negócios em busca de economia.

A mudança ajuda a economizar até 35% da conta de luz, terceirizando toda a operação de energia elétrica da empresa.

Para entender as necessidades de sua empresa, fale com um especialista Esfera.


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O que é o Balanço Energético Nacional e para que ele serve

O que é o Balanço Energético Nacional e para que ele serve

Ter acesso ao Balanço Energético Nacional (BEN) é importante para entender melhor como é a composição da matriz elétrica brasileira, bem como a relação entre oferta e consumo de energia no país.

A seguir explicaremos tudo o que você precisa saber a respeito do assunto, confira!

O que é o Balanço Energético Nacional?

O Balanço Energético Nacional (BEN) é uma publicação anual da Empresa de Pesquisa (EPE) com todas as informações em relação à matriz elétrica nacional. Por meio desse levantamento é possível fazer análises e planejamentos para todo o setor energético brasileiro, já que o relatório apresenta um balanço da oferta e consumo de energia no país.

Entenda aqui a diferença entre demanda de energia elétrica e consumo.

Segundo definição da EPE, “o relatório consolidado do Balanço Energético Nacional – BEN documenta e divulga, anualmente, extensa pesquisa e a contabilidade relativas à oferta e consumo de energia no Brasil, contemplando as atividades de extração de recursos energéticos primários, sua conversão em formas secundárias, a importação e exportação, a distribuição e o uso final da energia.”

Ou seja, são todas as informações referentes à energia do país.

Qual é o órgão responsável pelo BEN?

O BEN é publicado pela Empresa de Pesquisa (EPE) todos os anos, instituição pública que presta serviços ao Ministério de Minas e Energia (MME) relacionados a estudos e pesquisas sobre o setor energético brasileiro.

A EPE foi criada inicialmente por meio de uma medida provisória (MP) e tornou-se Lei em 2004, sendo seu objetivo “assegurar as bases para o desenvolvimento sustentável da infraestrutura energética do país”, de acordo com sua própria descrição.

Qual a importância do BEN?

O Balanço Energético Nacional contribui para que a sociedade tenha acesso a estudos e análises detalhadas a respeito do setor energético brasileiro. Isso permite que tanto empresas quanto o governo criem estratégias e estruturem planejamentos com base em dados mais assertivos em relação à oferta e consumo de energia no Brasil.

Além disso, por meio do trabalho da EPE, o país tem cada vez mais insumos de pesquisas, já que o banco de dados da empresa cresce a cada ano diante dos levantamentos realizados.

Como consultar os relatórios do Balanço Energético Nacional?

Os relatórios do BEN podem ser encontrados diretamente no site da EPE. Para facilitar, abaixo você confere uma relação com os links para os relatórios mais recentes publicados:

Lembrando que os relatórios sempre são referentes ao ano anterior; então, por exemplo, o relatório de 2020 é referente a 2019.

Uma novidade da empresa foi o lançamento do BEN Interativo, que permite acessar os dados com mais facilidade e interagir com a plataforma para consultar as informações.

Destaques do Balanço Energético 2020

O relatório de 2020 (ano-base 2019) mostra que o total de energia disponibilizada no país alcançou 294,0 Mtep, um aumento de 1,4% em relação ao ano anterior.

Além disso, o levantamento também destaca o aumento da presença de fontes de energia eólica e solar, bem como a de biomassa de cana e biodiesel. Dessa forma, a matriz energética brasileira permanece em um patamar de energia renovável acima do restante do mundo.

Saiba mais sobre quais tipos de geração de energia existem, fontes e diferenças.

Em relação à geração de energia elétrica, houve um aumento da oferta interna de 14,9 TWh (2,3%) em relação a 2018. Além disso, a geração hidráulica também cresceu 2,3%, enquanto a participação de fontes renováveis na matriz elétrica brasileira alcançou 83% em 2019.

Fontes renováveis de energia na matriz energética brasileira

Fonte: Balanço Energético Nacional 2020

Os dados mostrados até aqui são referentes à oferta de energia.

Considerando o cenário de consumo, ao analisar os grupos que utilizam energia no Brasil, o setor de transportes lidera as posições com 32,7%, seguido pelas indústrias com 30,4%. É o segundo ano consecutivo que o setor de transportes fica à frente do industrial em consumo energético.

Consumo de energia no Brasil

Fonte: Balanço Energético Nacional 2020

Por fim, vale destacar a atualização dos dados em relação à composição da matriz energética brasileira. A energia hidráulica segue liderando com 64,9%, seguida pelo gás natural com 9,3% e pela energia eólica com 8,6%.

Em comparação a 2018, a energia hidráulica “perdeu” um pouco de espaço para o crescimento das demais fontes de energia, o que é importante para que o país tenha uma matriz elétrica cada vez mais diversificada, principalmente no que diz respeito às fontes renováveis de energia.

Fonte: Balanço Energético Nacional 2020

O que achou das informações sobre o que é o Balanço Energético Nacional? Conhecer essa fonte de informação é importante para entender como o setor energético funciona no Brasil e fazer uma gestão de energia mais estratégica do volume consumido, principalmente considerando o contexto de grandes indústrias e empresas.

A Esfera Energia é referência nacional em gestão energética no Mercado Livre de Energia. Atualmente atendemos mais de 130 grupos empresariais, gerenciamos mais de 320 unidades consumidoras e estamos presentes em 20 estados.

Entre em contato conosco agora mesmo e conheça o nosso trabalho!

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Recursos Energéticos Distribuídos (REDs): o que são e qual a importância?

Recursos Energéticos Distribuídos (REDs): o que são e qual a importância?

Está ocorrendo um aumento da presença dos Recursos Energéticos Distribuídos (REDs) no setor energético. Isso se dá, principalmente, por conta da redução dos custos de investimento e transação, crescimento e desenvolvimento de tecnologias, bem como do papel ativo dos consumidores.

Segundo a nota técnica PR 08/18 do Ministério de Minas e Energia, “o recente crescimento, associado à característica dos RED indica que a difusão destas tecnologias apresenta um elevado potencial disruptivo, capaz de transformar profundamente os sistemas elétricos que hoje são predominantemente operados com recursos de maior porte e gerenciados centralizadamente.”

De acordo com dados do Plano Decenal de Expansão de Energia 2030 (PDE 230), estima-se que os Recursos Energéticos Distribuídos correspondam a 19% do consumo de eletricidade até 2030.

O documento também prevê que a conservação total de energia e os RED atinjam
8% em 2030, e a conservação de energia elétrica e os RED alcancem 19% no mesmo ano.

Por isso, diante da importância do tema, vamos apresentar um resumo sobre os Recursos Energéticos Distribuídos.

Continue lendo para saber mais.

O que são os Recursos Energéticos Distribuídos?

De acordo com a definição presente no PDE 2030, REDs são “tecnologias de geração, armazenamento de energia elétrica e redução do consumo localizado dentro dos limites da área de uma determinada concessionária de distribuição, normalmente junto a unidades consumidoras, atrás do medidor (“behind-the-meter”).”

Os Recursos Energéticos Distribuídos abrangem, por exemplo:

  • eficiência energética;
  • geração distribuída de eletricidade;
  • veículos elétricos;
  • armazenamento e resposta da demanda;
  • produção descentralizada de combustíveis;
  • redes elétricas inteligentes;
  • micro e minigeração distribuídas (MMGD);
  • autoprodução de energia (não injetada);
  • energia solar térmica.

A energia solar está em destaque por conta da perspectiva de crescimento dessa fonte e sua disseminação na sociedade.

Veja na ilustração abaixo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) a comparação entre o sistema atual e o projetado.

Plano para o futuro do setor energético

Fonte: EPE

Segundo a International Renewable Energy Agency (IRENA), existem alguns caminhos possíveis para viabilizar e implementar os REDs:

  • Tecnologias: veículos elétricos, carregamento e armazenamento, Internet das Coisas, medidores inteligentes, 5G, Inteligência Artificial;
  • Modelos de negócio: agregadores, energy-as-a-service e modelos pré-pagos;
  • Desenho de mercado: Mercado Livre, definição clara de custos, tarifas binômias, granularidade dos preços no tempo e no espaço;
  • Operação do sistema: previsão de geração de energia renovável, cooperação entre sistemas de transmissão e distribuição, virtual power lines.

Plano da IRENA para os Recursos Energéticos Distribuídos

Fonte: IRENA

Qual a importância dos REDs?

A importância dos RED para a matriz energética brasileira se dá pelo fato de que novas práticas de planejamento, expansão e operação do sistema de energia e das redes elétricas serão necessárias.

Um dos principais benefícios dos Recursos Energéticos Distribuídos é a proximidade entre as fontes de geração e as unidades consumidoras, o que acarreta redução de perdas elétricas.

O PDE 2030 também sinaliza que os REDs “podem oferecer confiabilidade suficiente para os operadores do sistema em situações extremas, se estiverem adequadamente alocados espacialmente e operados em momentos mais adequados.”

Para os consumidores, os Recursos Energéticos Distribuídos representam mais autonomia para realizar a geração e gestão da própria energia.

Outro aspecto que merece destaque é que os REDs estão diretamente relacionados ao seu desenvolvimento no mercado e ao planejamento da matriz energética brasileira. Eles fazem parte de uma “sopa de letrinhas” que envolve mais duas siglas: ESG e DDD.

O que significam ESG e DDD?

ESG é a sigla para “Environmental, Social and Governance” que, em português, significa “Ambiental, Social e Governança”. Basicamente, dizem respeito à preservação do meio ambiente, responsabilidade social e práticas de governança.

Já DDD significa “Descarbonização, Descentralização, Digitalização”. São ações voltadas para eficiência energética, matriz energética renovável, novas tecnologias, machine learning, geração distribuída e resposta da demanda, para citar alguns exemplos.

É claro que esses termos não estão relacionados apenas ao setor energético. Contudo, eles têm um grande impacto no futuro da energia e no desenvolvimento sustentável do país. Quando se trata de geração distribuída, ela faz parte justamente da “descentralização”.

O PDE 2030 mostra uma expansão significativa da geração distribuída (números em GW), enquanto há uma redução da capacidade instalada de carvão, diesel e óleo, um reflexo da descarbonização.

Confira o gráfico abaixo para entender melhor.

Fonte: PDE 2030

Próximos passos dos Recursos Energéticos Distribuídos

Apesar do potencial de desenvolvimento dos REDs no país, esforços serão necessários para viabilizar seu aproveitamento com mais eficiência.

A nota técnica PR 08/18 do governo mencionada anteriormente mostra algumas recomendações de ações a serem implementadas nas próximas décadas em relação aos Recursos Energéticos Distribuídos:

  • ambiente de mercado de isonomia;
  • revisar subsídios e impostos nas tarifas de eletricidade;
  • maior interação do planejamento com as distribuidoras;
  • maior acesso a dados;
  • legislação flexível para acomodar inovações;
  • monitoramento de mercado e mecanismos de saída;
  • considerar aspectos de cibersegurança e privacidade;
  • revisão do paradigma regulatório das distribuidoras;
  • programas de EE e RD baseados em economia comportamental.

Existe também um cenário de expansão da oferta centralizada de energia. A geração centralizada é a forma tradicional de produzir energia: uma grande fonte geradora e linhas de transmissão para fazer com que o recurso chegue às unidades consumidoras.

Já a geração distribuída é composta por unidades geradoras menores e mais próximas ao consumidor final. Neste caso, as fontes de energia devem ser renováveis ou de cogeração qualificada.

Isso significa redução dos custos de transmissão e dos impactos ambientais causados pela geração centralizada. Também estão nesse contexto as micro e minigeração distribuídas.

Ou seja, é fato que existem mais desafios para a implementação de projetos centralizados, o que justifica a perspectiva de uma maior participação dos Recursos Energéticos Distribuídos para atender a demanda.

Deu para entender o que são os Recursos Energéticos Distribuídos? Como explicamos anteriormente, um dos caminhos para a implementação dos REDs é por meio de um Mercado Livre.

Por isso, vale conhecer mais a respeito do Mercado Livre de Energia, assim como descobrir como adquirir energia diretamente dos distribuidores de fontes de energia renováveis ou de cogeração qualificada.

Se você ficou interessado e quer saber mais, conte com a Esfera Energia.

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