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Aconteceu em Abril: O comportamento do PLD Horário e os recordes de geração solar e eólica

Aconteceu em Abril: O comportamento do PLD Horário e os recordes de geração solar e eólica

Com as gerações eólica e fotovoltaica batendo recordes na primeira quinzena, o mês de abril apresentou elevada amplitude no intraday (dentro do mesmo dia) mostrando que de fato a implementação do PLD horário aproximou a precificação da operação.

Confira abaixo nossas análises sobre o impacto da geração intermitente no PLD.

O comportamento do PLD Horário

O PLD de abril apresentou volatilidade moderada iniciando o mês próximo dos  R$100/MWh, chegando a valores médios diários abaixo de R$80/MWh e próximos à R$170/MWh, fechando o mês em R$132,63/MWh no Sudeste/Centro-Oeste.

No Sul foram observados descolamentos principalmente no período de pico de consumo, o que fez com que o PLD fechasse R$4,29/MWh acima do Sudeste/Centro-Oeste.

O Nordeste fechou o mês com um PLD médio de R$88,55/MWh, influenciado pela boa afluência do Norte e pela geração de fontes renováveis.

Norte fechou o mês em R$77,27/MWh, descolando do piso regulatório à medida que nos aproximamos do final do período de boas afluências do submercado. 

Novamente ressaltamos que o ponto de atenção do mês foi o aumento da amplitude do PLD horário no SE/CO e Sul, que diante das más condições dos reservatórios do SE/CO e consequente aumento da dependência da geração do Norte e das usinas intermitentes do NE, apresentou diferenças de cerca de R$100/MWh entre o PLD mínimo e máximo horário no intraday, como podemos observar nos gráficos abaixo.




Este foi um mês interessante para compreendermos melhor a dinâmica do PLD horário, implementado em janeiro de 2021, que apesar do descasamento na primeira quinzena, o PLD horário entre submercados se mostrou acoplado durante as primeiras horas do dia com uma frequência superior a esperada pelo mercado. 

Este fator é explicado pela dinâmica de intercâmbio de energia entre os subsistemas do Sistema Interligado Nacional (SIN), dado que durante a madrugada, a redução da demanda corrobora para o não atingimento dos limites de intercâmbio de energia.

No entanto, o fato mais interessante é que este acoplamento foi um dos grandes responsáveis pela elevação da amplitude do PLD.

Em parte, os impactos citados podem ser explicados pelo período de maior geração hídrica do submercado Norte, que se encontra no final de sua temporada de chuvas, mas essa não é a única explicação.

Recorde de geração Eólica e Solar

Abril também apresentou um montante de geração eólica e solar acima do esperado para o Nordeste, chegando a bater recordes de geração nas duas modalidades.

No dia 08/04, o sol brilhou forte e a geração solar bateu o recorde de geração instantânea com 1.862 MW, às 11h10.

Ainda no mesmo dia, a geração eólica superou dois recordes, o primeiro também foi o de geração instantânea, atingindo a marca dos 10.565 MW, às 23h50 e o segundo foi o de geração média, que bateu 9.257 MW Médios, montante suficiente para suprir 81% da demanda do submercado, o que acabou tornando o Nordeste um exportador de energia para os demais submercados.

Recordes como esses chamam a atenção para as gerações renováveis e nos fazem indagar em como isso pode impactar no preço da energia.

Em termos gerais, a energia gerada por fontes renováveis tem um custo menor de produção quando comparado ao Custo Variável Unitário (CVU) das usinas térmicas a gás, carvão ou óleo utilizadas para complementar a geração hídrica no Brasil, e acaba reduzindo o PLD nas horas que sua complementaridade é capaz de deslocar a geração termelétrica, como em situações de carga reduzida e ou geração renovável elevada.

Acompanhamento da Carga

A carga segue uma redução natural sazonal da entrada do período de temperaturas menores, mas acima do observado em 2019 e principalmente no mesmo período de 2020, quando os efeitos do início da pandemia foram os mais severos para a economia. 


O nível do reservatório do Sudeste/Centro-Oeste, durante o mês, sofreu um deplecionamento em torno de 0,5% fechando em 34,7% da capacidade máxima de armazenamento, um dos piores níveis já observados no histórico para o mês, motivo de preocupação, pois o atual nível e a expectativas de chuvas abaixo da média, criam um cenário de tendência de preços elevados e até a um risco de déficit de energia. 

Medidas de redução do risco de déficit estão sendo tomadas desde o final de 2020, quando o CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico) autorizou o despacho termelétrico e a importação fora da ordem de mérito, medida que elevam o custo de geração do sistema e que acabam sendo remunerados através do ESS (Encargos de Serviço do Sistema) , que implica em encargos elevados para os consumidores.

Entenda o que são os Encargos de Serviço do Sistema (ESS)

Tenha acesso à análises e estudos detalhados sobre o Mercado Livre de Energia, fale com um de nossos especialistas.

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Mercado Livre de Energia

Conheça as instituições do setor elétrico que regulamentam o Mercado Livre de Energia

Conheça as instituições do setor elétrico que regulamentam o Mercado Livre de Energia

O Mercado Livre de Energia foi criado com com a intenção de proporcionar mais liberdade aos grandes consumidores de energia. Esse ambiente de negócios, que já representa 40% de toda energia consumida no país, se consolidou e não para de crescer graças ao trabalho integrado das instituições do setor elétrico do Brasil.

A principal característica do Mercado Livre é a possibilidade de contratar energia de maneira bilateral, diretamente com geradores e comercializadores. Para oferecer mais segurança a este ambiente, existem alguns órgãos que regulamentam o setor, garantindo segurança e oferecendo respaldo aos consumidores livres.

Confira neste post quais são as instituições componentes do setor elétrico e as atribuições de cada um delas. Até o final do texto, você saberá em detalhes como elas ajudam a construir um ambiente seguro para levar energia a todo o país.

instituições do setor elétrico

Instituições do setor elétrico

Aneel, ONS, CCEE… Você certamente já viu pelo alguma dessas siglas nas capas de jornais ou nos noticiários da TV. Porém, muita gente não sabe seu significado e o papel que cada uma desempenha no setor elétrico. Conheça abaixo cada uma dessas instituições e suas principais atribuições.

O que é Aneel?

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) foi criada em 1997 para regular o setor elétrico brasileiro. É a governança do setor elétrico, responsável pela regulação e fiscalização da geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica, de acordo com as políticas e diretrizes do governo federal.

Qual é a função da Aneel?

A Aneel tem como função trabalhar diretamente na expansão do Mercado Livre de Energia e aprimorar toda a segurança que o envolve, seja nas transações, na adequação dos critérios para participação no mercado e nos indicadores de monitoramento.

Estão entre as modalidades de regulação da Aneel estão:

  • Regulação técnica de padrões de serviço: geração, transmissão, distribuição e comercialização;
  • Regulação econômica: tarifas e mercado;
  • Regulação dos projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&D) e eficiência energética.

O que é CCEE?

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) é a entidade responsável por gerir o mercado de energia elétrica no Brasil. Em relação ao Mercado Livre de Energia, cabe à CCEE registrar, controlar e organizar todas as operações que ocorrem nesse ambiente de negócios.

Qual é a função da CCEE?

A CCEE viabiliza as atividades de compra e venda de energia em todo o país, seja no Ambiente de Contratação Regulada (ACR) ou no Ambiente de Contratação Livre (ACL), onde encontram-se os consumidores livres. Seu objetivo é levar ainda mais transparência e confiança ao mercado, fomentando a sua evolução.

São agentes da CCEE as empresas que atuam no setor elétrico nas áreas de geração, distribuição e comercialização. Elas só podem comercializar energia de acordo com as regras vigentes no mercado, em leilões promovidos pela CCEE e delegados pela Aneel, ou no Mercado Livre com a liquidação das diferenças no Mercado de Curto Prazo.

insituições do setor elétrico

O que é ONS?

O Operador Nacional do Sistema (ONS) é o órgão responsável pela coordenação e controle da geração e da transmissão de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN). Formado por quatro subsistemas (Sul, Sudeste/Centro-Oeste, Nordeste e a maior parte da região Norte), o SIN permite a troca de energia entre as diferentes regiões (submercados) para os diferentes consumidores.

Com uma capacidade instalada de mais de 170 mil megawatts e uma rede básica de transmissão de mais de 145 mil quilômetros, o Sistema Interligado é responsável por quase toda a energia gerada no Brasil. Além do SIN, o ONS também é responsável pela operação dos mais de 200 sistemas isolados que existem no país.

Qual é a função do ONS?

O ONS desenvolve estudos e ações sobre o sistema e seus agentes para gerenciar as diferentes fontes de energia e a rede de transmissão com o objetivo de garantir a segurança do suprimento em todo o país. Ele também promove a otimização das operações do sistema, garante que todos os agentes do setor tenham acesso à rede de transmissão e trabalha para a expansão e bom funcionamento do SIN.

Criado no mesmo ano que o Mercado Livre de Energia, em 1998, o Operador Nacional do Sistema atua sob a fiscalização e regulação da Aneel.

O que é CNPE?

O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) é o órgão que assessora o presidente da República em assuntos do setor e está destinado à formulação de políticas e diretrizes energéticas. Criado em 1997, tem uma estrutura interministerial presidida pelo Ministro de Minas e Energia (MME).

Qual é a função do CNPE?

O CNPE tem como objetivo aproveitar os recursos energéticos do país de forma racional, revisar periodicamente a matriz energética que compõe o Brasil e estabelecer diretrizes para programas específicos.

O que é MME?

O Ministério de Minas e Energia (MME) foi criado em 1960 no governo do então presidente Juscelino Kubitschek. Antes disso, os assuntos relacionados à gestão energética eram competência do Ministério da Agricultura.

O MME chegou a ser extinto em 1990 e teve suas atribuições transferidas ao Ministério da Infraestrutura. Porém, a pasta voltou a ser criada em 1992.

Qual é a função do MME?

O Ministério de Minas e Energia é responsável pela supervisão e controle da execução das políticas direcionadas ao desenvolvimento energético do país. Entre as autarquias vinculadas ao MME estão a Aneel, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e a Agência Nacional de Mineração (ANM).

O que é CMSE?

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) é um órgão constituído no âmbito do Poder Executivo, sob a coordenação direta do Ministério de Minas e Energia, para lidar com assuntos referentes à energia elétrica.

Qual é a função do CMSE?

O CMSE é responsável por avaliar e acompanhar a segurança do suprimento eletroenergético em todo território nacional, propondo ações preventivas para garantir a segurança no atendimento ao sistema elétrico.

O que é EPE?

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) é uma empresa pública federal criada em 2004 para prestar serviços ao Ministério de Minas e Energia na área de estudos e pesquisas.

Qual é a função da EPE?

Como o próprio nome diz, a EPE é responsável pela realização de pesquisas para subsidiar e dar apoio técnico ao planejamento e implementação das ações do MME, visando a expansão e segurança do sistema elétrico. Além de energia elétrica, sua atuação cobre as áreas de petróleo, gás natural e biocombustíveis.

Mercado Livre de Energia: economia aliada à segurança

Agora que você conhece as instituições componentes do setor elétrico e suas atribuições, é hora de falar do Mercado Livre de Energia.

Desde sua criação, em 1998, esse ambiente apresenta números expressivos de crescimento, principalmente em relação à economia proporcionada aos consumidores livres, que pode chegar a até 35% quando comparada ao Mercado Cativo de Energia.

É considerado um ambiente livre pois nele é possível escolher seus fornecedores, negociar prazos e adequar a demanda contratada conforme o seu perfil. Porém, é balizado por regras e diversos mecanismos que proporcionam segurança, tranquilidade e transparência aos consumidores livres.

Para conhecer bem as regras do Mercado Livre de Energia, e saber como economizar na conta de luz, é fundamental contar com uma companhia especializada.

A Esfera Energia é referência nacional em gestão nesse ambiente de contratação e oferece todo o suporte para empresas que querem aproveitar as vantagens do Mercado Livre.

Fale com um de nossos especialistas e veja como a Esfera pode te ajudar a economizar na conta de luz com uma experiência simples e segura.

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Inovação e Tecnologia

Esfera Energia lança o primeiro Marketplace de energia do mercado

Esfera Energia lança o primeiro Marketplace de energia do mercado

Muitas empresas brasileiras já são agentes do Mercado Livre de Energia e aproveitam dos seus benefícios. Porém, atualmente, o processo de compra de energia elétrica no Ambiente de Contratação Livre (ACL) é, muitas vezes, longo, burocrático e manual.

A maioria das cotações de mercado acontecem de maneira descentralizada, através de emails e mensagens particulares para as contrapartes. Com isso fica difícil comparar preços, negociar com vários players e tomar as melhores decisões.

Também falta rastreabilidade de todo o processo para garantir que estão em compliance com as regras da empresa que faz a cotação.

É neste cenário que a Esfera Energia lança o primeiro Marketplace de energia do mercado.

Com foco em oferecer soluções digitais para o setor elétrico, a Esfera traz uma plataforma inovadora para o mercado, que traz agilidade, segurança e transparência para as negociações de compra e venda de energia.

“Trabalhamos durante oito meses no desenvolvimento do Marketplace, focando especialmente na experiência do usuário para resolver uma dor de anos do mercado de energia tanto para os clientes, quanto para os fornecedores”, diz Braz, CEO da Esfera Energia.

Direcionada a grandes consumidores e geradores de energia, o hud Cotação já conta com 130 comercializadoras cadastradas e proporciona uma experiência de compra e venda de energia bastante simples e rápida.

Para realizar uma cotação de energia, basta o interessado preencher algumas informações como volume de energia que deseja contratar ou vender, qual o tipo dessa energia e para qual período necessita. Em alguns segundos, as comercializadoras recebem o pedido e já podem enviar as suas propostas, seja por e-mail ou diretamente pela plataforma.

Durante o processo, todas as etapas da negociação ficam registradas e poderão ser auditadas posteriormente, trazendo mais transparência e rastreabilidade.

Benefícios de comprar e vender com o hud Cotação

Confira os benefícios que o hud Cotação oferece para as operações de compra e venda de energia:

  • Capilaridade de contrapartes para vender ou comprar energia

Já são mais de 130 comercializadoras cadastradas para receber as propostas de compra e venda de energia. Maior concorrência para conquistar os melhores preços.

  • Auditoria e rastreabilidade completa dos dados

Todas as etapas da negociação ficam registradas e são auditadas posteriormente, oferecendo mais transparência e segurança para as contrapartes nas operações realizadas.

  • Garantia de melhor preço

Possibilidade de rodadas de negociação para balizar e garantir o melhor preço.

  • Processo 100% digital e automatizado

Desde a abertura até o fechamento do contrato, todas as partes ficam centralizadas na plataforma, com fluxos automatizados. Garantia de economia de tempo aos envolvidos nas negociações.

Apenas na fase de testes, a solução já transacionou mais de 100 MW médios por mês, o equivalente a mais de R$ 10 milhões mensais, dependendo do PLD.

Quem já usou, aprovou.

Uma das empresas que participou dos testes da plataforma desde o início foi a Adecoagro, empresa do setor de agronegócios. Segundo Paulo Fiordelice, responsável pelos negócios de energia da empresa, o hud Cotação melhorou suas negociações:

“A utilização da plataforma de cotações agregou muito em termos de praticidade, além de economizar mais tempo e agilidade, traz segurança, transparência e maior visão de posicionamento do mercado.”

Outra empresa que participou dos testes iniciais do hud Cotação, foi a Suzano, referência no segmento de papel e celulose. Para Fábio Campanholo, da gerência de energia, a plataforma trouxe melhorias para o processo de compra e venda de energia:

“Ferramenta prática e intuitiva, tanto para quem cota, quanto para quem participa da cotação. Economiza tempo de todos os envolvidos, e traz transparência e confiabilidade para o processo.”

A novidade será disponibilizada gratuitamente para todo o mercado de forma gradual. Para assegurar a qualidade da plataforma, a Esfera está admitindo novos usuários via convites. Para garantir a participação as empresas precisam solicitar um convite através de um cadastro no site.

Solicite agora mesmo o seu convite para participar.

A Esfera é uma empresa de tecnologia que atua com comercialização e gestão inteligente de energia elétrica com o objetivo de trazer economia de maneira simples e digital.

Para saber mais sobre a Esfera Energia acesse aqui.