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O que é curtailment de energia + consequências do corte

O que é curtailment de energia + consequências do corte

As empresas que investem em fontes renováveis enfrentam um desafio importante no processo de geração: o curtailment de energia. No contexto energético, o termo significa corte.

O tema é atual, principalmente pelo aumento dos investimentos em energias renováveis, como solar e eólica, que geram mais do que a capacidade do sistema de transmissão suporta.

A infraestrutura do Sistema Interligado Nacional (SIN) funciona de forma integrada, o que permite o intercâmbio da energia elétrica gerada em diversas regiões brasileiras.

Porém, o SIN ainda não absorve de maneira eficiente a produção crescente dos parques eólicos e das usinas solares, especialmente em regiões de alta geração, como o Nordeste.

A redução ou corte na geração de energia é um problema crescente no mercado porque causa desperdício de energia renovável e perdas financeiras milionárias para as empresas.

Segundo dados da Absolar e da ABEEólica para a revista Valor, os cortes de energia geraram perdas na casa de R$ 1 bilhão — R$ 237 milhões no setor de energia solar e R$ 700 milhões no segmento de energia eólica.

Continue no artigo e entenda o conceito de curtailment de energia, as principais causas, as consequências do corte para os geradores e as medidas para evitar interrupções na geração.

Boa leitura!

O que é curtailment de energia?

O curtailment de energia é o corte da geração em usinas solares e eólicas quando a produção ultrapassa a demanda ou a capacidade de transmissão do sistema em momentos específicos — por exemplo, quando há muito sol ou vento, ou no fim do dia, quando a disponibilidade dos recursos diminui.

Essa ação é controlada pelo Operador Nacional do Sistema (ONS), que sinaliza às geradoras a necessidade do corte.

A preocupação das empresas em relação ao curtailment é o grande desperdício de energia, afinal, o desligamento acontece justamente quando há mais radiação solar e ventos fortes para gerar eletricidade.

Porém, a impossibilidade de o sistema receber o excedente produzido e armazená-lo inviabiliza a continuidade da operação. Dessa forma, as geradoras devem ficar atentas aos riscos e potenciais perdas com o curtailment nos próximos anos.

Segundo a consultoria PSR, a previsão é de que as interrupções continuem frequentes enquanto a oferta de energia seguir em um ritmo maior do que a demanda no país.

Quais são as principais causas da interrupção?

As principais causas do curtailment de energia são: geração maior do que a demanda, infraestrutura insuficiente para integrar as fontes renováveis ao sistema elétrico, limitações para o armazenamento em larga escala.

Entenda como cada fator influencia a ocorrência de interrupções nas usinas produtoras de energia.

1. Excesso de geração e baixa demanda

Ainda segundo dados da consultoria PSR, em 2024 houve uma superoferta de energia de 25%. O mercado ofertou 100 GW médios para cobrir a demanda de 80 GW.

Uma das causas desse desequilíbrio é o ritmo de expansão das usinas renováveis mais acelerado do que a adaptação do sistema de transmissão para comportar o fluxo de energia.

Além do fator técnico, a alta capacidade de geração é um problema, já que, sem alternativas para escoar a energia, o ONS desliga as usinas no momento de maior produtividade. Essa medida pode comprometer o cumprimento dos contratos firmados pelas geradoras com os clientes.

2. Infraestrutura insuficiente

O despacho das fontes geradoras só acontece na quantidade necessária para atender à demanda, o que gera curtailment de energia quando a produção ultrapassa o limite.

Mesmo com iniciativas governamentais, como leilões para contratar empresas com o objetivo de expandir a rede de transmissão e distribuição elétrica do país, o tempo para instalação e o alto custo reduzem a capacidade do sistema.

Como a interrupção está prevista em lei devido a esses gargalos e restrições, os geradores têm prejuízos financeiros, o que pode inviabilizar os projetos.

3. Limitações no armazenamento de energia

Outro gargalo que causa o curtailment é a limitação no armazenamento de energia elétrica. Hoje, o corte acontece porque não há locais para estocar o excedente da produção.

As principais alternativas para driblar as limitações e evitar o desperdício de energia renovável incluem:

  • investimento em baterias de grande escala, ativadas nas faixas de baixa demanda energética;
  • estímulo a novos mercados de energia para absorver a geração;
  • ampliação da mobilidade elétrica, ou seja, substituir fontes “sujas” por fontes renováveis;
  • atração de novos setores, como o de data centers, que têm alta demanda energética.

 

Porém, o sucesso dessas estratégias depende da modernização das redes de transmissão para levar energia até os pontos de consumo.

Quais as consequências do curtailment para os geradores de energia?

As consequências do curtailment para os geradores de energia são bastante negativas, afinal, só o prejuízo financeiro bilionário mostra o quanto os geradores deixam de faturar com as interrupções.

Consequentemente, a redução da rentabilidade das fazendas solares e eólicas pode impactar os investimentos em energia limpa, fontes geradoras mais baratas e renováveis.

A micro e minigeração distribuída e as grandes usinas solares somam 53 GW de capacidade instalada no Brasil, segundo a Absolar, mas o curtailment é um desafio para os investidores.

A dificuldade de integração das fontes renováveis ao sistema tradicional é outra consequência do corte de energia. Muitas distribuidoras recusam a conexão de fontes renováveis devido à inversão de fluxo de potência, principalmente na geração distribuída.

Por fim, o desperdício de energia limpa é um fator crítico, afinal, o consumidor final perde a chance de pagar menos pela energia, o que limita a expansão do setor no mercado energético nacional.

Como evitar o curtailment de energia?

As estratégias para evitar o curtailment de energia incluem maiores investimentos governamentais na infraestrutura de transmissão, regulamentação do armazenamento de energia, otimização da gestão de demanda e planejamento de geração conforme a previsibilidade de consumo.

Entenda como essas soluções funcionam e os efeitos positivos, especialmente para o mercado de energias renováveis.

1. Investimentos em modernização da infraestrutura de transmissão

Uma infraestrutura de transmissão mais ampla e moderna possibilita a chegada de energia limpa aos consumidores finais. Um plano de escoamento mais eficiente ajuda a distribuir o fluxo elétrico e a atender à demanda do país.

2. Armazenamento de energia

A principal forma de evitar o curtailment hoje é o investimento em tecnologias de armazenamento de energia elétrica, como as baterias de níquel-hidreto metálico (NiMH) e de íons de lítio. A Aneel pretende solucionar essa questão até maio de 2025.

O investimento em sistemas híbridos de energia, que unem duas ou mais fontes geradoras, garante um fornecimento mais estável e eficiente, além de equilibrar a oferta e a demanda.

3. Gestão da demanda e flexibilidade no consumo

Outra estratégia para evitar o curtailment é a aplicação de tarifas dinâmicas, cujos preços variam conforme a demanda, o nível de oferta e a sazonalidade, o que incentiva o consumo em horários de maior geração.

A integração do sistema de resposta à demanda é outro mecanismo que permite reduzir ou mudar o consumo para obter compensação financeira. Assim, é possível equilibrar a oferta e a procura de energia e, dessa forma, criar um sistema elétrico mais eficiente, seguro e flexível.

Melhore o planejamento de geração de Energia

A existência do curtailment de energia como forma de conter a geração traz desafios importantes para as empresas geradoras. Por esse motivo, é essencial incluir no planejamento de usinas renováveis os riscos de cortes e previsões de perdas financeiras e redução de capacidade.

Além das soluções discutidas, conhecer novas tecnologias de geração ajuda a encontrar alternativas para mitigar o problema.

Baixe gratuitamente o e-book ‘Tipos de geração de energia’ e conheça as principais fontes usadas no Brasil.curtailment de energia-1

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Mercado Livre de Energia

Mercado Livre de Energia: o que é e como funciona?

Mercado Livre de Energia: o que é e como funciona?

Sabia que empresas podem comprar energia elétrica de outros fornecedores, além das tradicionais concessionárias? Essa possibilidade existe graças ao Mercado Livre de Energia.

Esse ambiente de contratação permite que o consumidor negocie os detalhes do contrato de abastecimento, como preço, prazo e volume conforme a demanda, diretamente com um gerador ou comercializador de energia.

A abertura aos consumidores do Grupo A e a eliminação da demanda mínima de 500 kW como requisito para migração resultaram em mais de 23 mil novos consumidores livres até novembro de 2024, segundo dados da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica).

Na prática, esse formato de negociação gera economia na conta de luz, já que é possível fechar contratos de compra de energia com preços melhores, o que aumenta o interesse dos grandes consumidores.

Continue no artigo e entenda o que é e como funciona o Mercado Livre de Energia, as regras e como migrar corretamente com o apoio de uma companhia especializada para aproveitar todas as vantagens desse ambiente.

Boa leitura!

O que é o Mercado Livre de Energia?

O Mercado Livre de Energia é um ambiente de compra e venda de energia elétrica no qual os consumidores negociam livremente os detalhes comerciais do contrato, como fornecedor, preço, prazo, volume de energia necessário, período de abastecimento e forma de pagamento, com as geradoras ou comercializadoras

No Ambiente de Contratação Livre (ACL), os consumidores não ficam reféns das tarifas reguladas pelo governo e têm a liberdade de escolher seus fornecedores. 

Em comparação aos preços praticados pelas distribuidoras de energia, os valores do Mercado Livre são extremamente competitivos para as empresas, o que permite uma economia expressiva nos gastos.

Em 2024, a abertura do ACL aos consumidores de alta e média tensão (Grupo A) aumentou em três vezes o fluxo de migração, comparado a 2023. 74% dos novos consumidores livres são pequenas e médias empresas,  ainda conforme os dados da CCEE. 

Como funciona o Mercado Livre de Energia?

O Mercado Livre de Energia funciona a partir da negociação direta entre os fornecedores que geram energia por diversas fontes, como energia solar, eólica e hidrelétrica, e as empresas que necessitam suprir sua demanda energética. A flexibilidade nas condições de contratação é um dos atrativos desse mercado.

A comercialização de energia elétrica no Brasil acontece em dois mercados: o Ambiente de Contratação Regulada (ACR), formado por consumidores cativos, e o Ambiente de Contratação Livre (ACL), em que estão os consumidores livres.

No ACR, conhecido também como Mercado Cativo, os consumidores compram energia das distribuidoras que, por meio de leilões, compram energia elétrica pelo preço determinado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). 

Os consumidores cativos, por sua vez, compram a energia da concessionária responsável pela distribuição em sua região. 

Com as tarifas reguladas pelo governo, cada unidade consumidora paga uma fatura mensal, que inclui o valor relativo à quantidade de energia consumida, o serviço de distribuição e a geração de energia.

Já no ACL, o consumidor livre é quem compra a energia, negocia o preço e as condições de pagamento. Neste ambiente, as empresas mantêm dois contratos: um com a distribuidora, pelo uso do fio de transmissão, e outro com a geradora, responsável por comercializar a energia.

Outra possibilidade é ter a assessoria de uma Gestora. A empresa fica responsável por cuidar das contratações e garantir a melhor energia para o consumidor.

A fatura paga pelo serviço de distribuição feito pela concessionária local tem preço regulado. Já as condições referentes ao preço, prazo e volume de energia, o consumidor livre negocia livremente com a geradora ou comercializadora.

Ou seja, no Mercado Livre, as empresas podem encontrar condições melhores e negociar valores inferiores àqueles que normalmente pagariam pela energia adquirida das distribuidoras no Ambiente de Contratação Regulada.

Leia também: Como o preço da energia no Mercado Livre é definido?

Quem pode migrar para o Mercado Livre de Energia?

Todas as empresas que fazem parte do grupo de média e alta tensão, chamado de Grupo A, como indústrias, supermercados e shopping centers, independentemente do seu consumo, podem participar do Mercado Livre de Energia. A mudança aconteceu em 2022, pela Portaria n.º 50, e vigora desde janeiro de 2024. 

A abertura é um marco do setor elétrico nacional e, segundo o Ministério de Minas e Energia, vai permitir que aproximadamente 106 mil novas unidades consumidoras migrem para o Mercado Livre.

Até então, uma das principais regras para migração era que apenas empresas com demanda mínima de 500 kW ou superior podiam mudar de ambiente de contratação.

Com a alteração, as empresas são classificadas da seguinte forma no Mercado Livre:

  • consumidor livre tradicional: são as empresas cuja demanda de consumo é de 500 kW ou mais, que podem ser representadas por uma Gestora ou atuarem de forma autônoma no ACL;
  • consumidor livre varejista: são as companhias com demanda de consumo inferior a 500 kW mensal que, obrigatoriamente, devem ser representadas por um comercializador varejista para negociar no Mercado Livre.

Quais são as vantagens de comprar energia no Mercado Livre?

A migração para o Mercado Livre oferece diversas vantagens para as empresas que têm um alto consumo de energia elétrica. A principal é a possibilidade de diminuir custos (a economia pode chegar até 35%), já que a contratação acontece diretamente com o fornecedor e permite a negociação de preços e prazos. 

Confira outras vantagens de quem adere ao Ambiente de Contratação Livre (ACL).

Liberdade de escolha do fornecedor

No Mercado Cativo, o consumidor compra energia elétrica apenas da distribuidora responsável pelo fornecimento em sua região. Assim, não há liberdade de escolha de fornecedor. 

Já no Mercado Livre, a empresa ou a gestora que representa o cliente identifica qual geradora atende melhor às suas demandas e negocia as condições de contratação. 

Contratação de carga sob medida 

No Mercado Livre, o consumidor contrata o volume de energia conforme a demanda de sua empresa em uma negociação feita diretamente com a geradora. Existe a flexibilidade de adequar preço, volume, duração do contrato e forma de reajuste, além de prever sazonalidades. 

Caso prefira delegar essa tarefa, é possível contratar uma Gestora para realizar todo o processo.

Redução significativa nos custos com energia elétrica

Comparados aos preços praticados pelas distribuidoras de energia, os valores negociados no Mercado Livre são extremamente competitivos. Assim, os consumidores livres alcançam até 35% de redução nos custos com eletricidade.  

Previsibilidade orçamentária

Na contratação de energia elétrica no Mercado Livre, as empresas negociam valores válidos por todo o período de contrato. Assim, não ficam suscetíveis às bandeiras tarifárias que influenciam os valores cobrados pelas concessionárias no Mercado Cativo.

Amplo poder na tomada de decisões

O Mercado Livre é um ambiente de negociação que possibilita a escolha do fornecedor conforme os critérios estabelecidos pela empresa contratante. A decisão sobre a melhor relação entre custo e benefício fica inteiramente nas mãos do consumidor. 

Além disso, se a empresa prioriza fontes de energia limpa, pode comprar apenas desse tipo de gerador.

Como migrar para o Mercado Livre de Energia?

O passo a passo de como migrar para o Mercado Livre depende do modelo a ser seguido: tradicional ou varejista.

No modelo tradicional, a empresa pode contratar uma empresa Gestora em qualquer etapa para assessorar no processo de migração, ou até mesmo não contratar, e realizar todas as etapas por conta própria.

No modelo varejista, uma Comercializadora Varejista representa o consumidor. Dessa forma, a empresa assume a responsabilidade pela compra de energia e realização de todas as atividades obrigatórias para uma participação regularizada.

Como são muitos detalhes, o recomendado é sempre ter uma assessoria especializada nesse mercado para cumprir todas as exigências corretamente e aproveitar as vantagens.

Sua empresa pode participar do Mercado Livre?

Agora que você sabe o que é e os requisitos do Mercado Livre de Energia, concluiu que essa é a opção ideal para ter a melhor energia e ainda economizar nos custos de abastecimento?

Continue no blog da Esfera Energia e conheça o passo a passo detalhado para participar desse mercado no artigo: Como migrar para o Mercado Livre de Energia em 8 passos.

Se preferir, entre em contato com um especialista e saiba como sua empresa irá economizar!

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Mercado Livre de Energia

8 passos para entrar no Mercado Livre de Energia em 2025

8 passos para entrar no Mercado Livre de Energia em 2025

Sabe o que é, mas não entende como migrar para o Mercado Livre de Energia em 2025? O Ambiente de Contratação Livre (ACL) brasileiro, como também é chamado, permite que as empresas negociem as melhores condições de compra de energia elétrica e, assim, atinjam grandes índices de economia.

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), 36 mil empresas comunicaram às suas concessionárias locais a decisão de migrar para o mercado livre de energia. Alguns processos aconteceram em 2024 e outros serão concluídos em 2025. 

Desse total, 95% das unidades consumidoras são empresas de pequeno porte, com demanda de energia menor de 500 kW.

Os estados do sudeste correspondem a 46% do total de negócios que já avisaram às distribuidoras da migração, seguidos da região sul (26%) e da região nordeste (18%).

Quer aprender como aderir ao Mercado Livre em 2025? Continue a leitura do artigo e conheça todos os passos para sua empresa realizar essa transição.

Quem pode migrar para o Mercado Livre de Energia em 2025?

As unidades consumidoras do Grupo A, formada pelos consumidores atendidos em alta e média tensão, podem migrar para o Mercado Livre de Energia em 2025, independentemente da demanda contratada. O requisito, válido desde janeiro de 2024, é consequência da abertura do Mercado Livre e amplia o acesso ao ACL.

Dessa forma, qualquer indústria ou comércio ligado em média ou alta tensão pode entrar para o Mercado Livre de Energia no Brasil, conforme as classificações a seguir:

  • Consumidor Livre Tradicional: são as empresas cuja demanda de consumo é de 500 kW ou mais, que podem ser representadas por uma Gestora ou atuarem de forma autônoma no ACL;
  • Consumidor Livre Varejista: são as empresas com demanda de consumo inferior a 500 kW mensal que, obrigatoriamente, devem ser representadas por um Comercializador Varejista para negociar no Mercado Livre;
  • Consumidor em comunhão de carga: são empresas que se unem a outras unidades consumidoras para fazer negociações vantajosas. A permissão é somente para consumidores com o mesmo CNPJ e alocados no mesmo submercado ou localizados em área contígua (sem separação por vias públicas).

A comunhão permite que empresas vizinhas ou do mesmo grupo econômico somem suas demandas para obter mais benefícios e melhores preços nas negociações.

Como entrar no Mercado Livre de Energia em 2025?

Os passos da migração para o Mercado Livre de Energia em 2025 variam conforme o modelo escolhido. Porém, em geral, inclui as seguintes etapas:

  1. estar no Grupo A (média ou alta tensão);
  2. realizar a análise de viabilidade para migração;
  3. rescindir o contrato com a distribuidora de energia local;
  4. criar uma estratégia para contratação, comparação de ofertas e fornecedores;
  5. aderir à CCEE;
  6. adequar o sistema de medição e esperar a aprovação do cadastro do ponto.

O processo tem requisitos específicos conforme o modelo utilizado para adesão. Confira no próximo tópico como cada opção funciona. 

Como migrar para o Mercado Livre de Energia em 2025: modelo tradicional e varejista

As empresas podem migrar para o Mercado Livre de Energia de duas formas: no Modelo Tradicional e no Modelo Varejista

Na modalidade Tradicional, a empresa contrata uma Gestora em qualquer etapa ou faz todo processo sozinha. No Modelo Varejista, um Comercializador Varejista representa o cliente e faz a compra e demais atividades obrigatórias do mercado. 

Confira o passo a passo em cada modelo de migração.

Modelo tradicional de migração para o Mercado Livre de Energia

A melhor estratégia de migração para o Mercado Livre de Energia em 2025 é contratar uma companhia especializada, chamada de Gestora, para realizar as operações conforme as necessidades dos clientes. 

O papel da Gestora é oferecer total suporte no processo de adesão e durante as negociações para os clientes terem acesso às melhores opções do mercado. A contratação é opcional, porém, bastante vantajosa.

Veja as etapas do modelo de migração tradicional.

1. Avaliar requisitos de tensão e demanda

O primeiro passo para iniciar o processo de migração para o Mercado Livre de Energia é avaliar a demanda atual para definir a estratégia de compra. Além disso, é preciso analisar o nível de tensão, que deve ser alta ou média.

2. Analisar os contratos vigentes com a distribuidora

Ao tomar a decisão de efetivar a mudança, é preciso entender quais são os prazos do atual contrato firmado com a distribuidora de energia no Mercado Cativo. 

Normalmente, a vigência dos contratos é de 12 meses e a rescisão deve acontecer com seis meses de antecedência.

3. Realizar estudos de viabilidade econômica

É essencial fazer uma análise criteriosa que compare projeções de custos no Mercado Livre de Energia em relação ao Mercado Cativo. 

Após a conclusão da migração, caso a empresa queira voltar ao Mercado Cativo, a distribuidora tem até cinco anos para aceitar o pedido. Por isso, a indicação é contratar uma Gestora para conduzir a avaliação. 

4. Denunciar o contrato de fornecimento à atual distribuidora

O próximo passo é rescindir o contrato junto à distribuidora de energia e informar a migração para o Mercado Livre. A efetivação da rescisão, também chamada de denúncia do contrato, ocorre em até 12 meses, ou conforme o tipo do contrato. 

Caso o consumidor queira acelerar o processo, deverá arcar com todas as multas rescisórias.

5. Negociar e assinar o contrato de fornecimento no Mercado Livre de Energia

Após rescindir o contrato com a distribuidora no Mercado Cativo, o consumidor negocia e assina o contrato de fornecimento de energia no Mercado Livre com um gerador ou comercializador. 

Para fazer a melhor escolha, deve considerar as opções com o melhor custo-benefício para o perfil de consumo da empresa. A Gestora auxilia na análise das propostas e na escolha da mais vantajosa.

6. Assinar os contratos de conexão ao sistema de distribuição (CCD) e de uso de sistema de distribuição (CUSD)

O próximo passo é negociar e assinar os Contratos de Conexão ao Sistema de Distribuição (CCD) e de Uso de Sistema de Distribuição (CUSD) com a distribuidora que atende a unidade.

7. Adequar o sistema de medição de consumo com a distribuição conforme a legislação vigente

Adaptar o sistema de medição (SMF) é importante para adequar-se à legislação vigente e enviar as informações de consumo automaticamente para a Câmara de Comercialização de Energia (CCEE). Dessa forma, a cobrança da energia no Mercado Livre acontece sem contratempos.

8. Aderir à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE)

O último passo é ser um agente na CCEE para garantir o cumprimento de todos os direitos e deveres das partes envolvidas na negociação. 

O processo torna a empresa um agente no Mercado Livre de Energia, o que viabiliza o fechamento de contratos com geradoras ou comercializadoras de energia elétrica.

Modelo varejista de migração para o Mercado Livre de Energia

No Modelo Varejista, é necessário contratar um Comercializador Varejista para conduzir o processo de migração (etapas de 1 a 8). 

A empresa será responsável por todas as operações conforme as necessidades do contratante, além de avaliar o perfil de consumo, oferecer as melhores opções e defender os interesses do cliente durante as negociações.

1. Verificar se a empresa está no grupo A

O primeiro passo para migrar para o Mercado Livre de Energia é checar se a empresa faz parte do grupo A, que inclui os consumidores atendidos em alta e média tensão.

2. Analisar os contratos vigentes com a distribuidora

Ao tomar a decisão de efetivar a migração, saiba os prazos do atual contrato firmado com a distribuidora de energia no Mercado Cativo. Normalmente, os contratos são de 12 meses e o pedido de rescisão precisa acontecer com seis meses de antecedência.

3. Realizar estudos de viabilidade econômica

É essencial fazer uma análise criteriosa e comparativa das projeções de custos no Mercado Livre de Energia em relação ao Mercado Regulado. Uma vez finalizada a migração, caso a empresa queira voltar ao Mercado Cativo, a distribuidora tem até cinco anos para aceitar o pedido.

Saiba mais sobre o assunto no nosso artigo: O que é o estudo de viabilidade do Mercado Livre de Energia?

4. Denunciar o contrato de fornecimento à atual distribuidora

O próximo passo é rescindir o contrato junto à distribuidora de energia e informar a migração para o Mercado Livre, que pode acontecer em até 12 meses, ou conforme o tipo do contrato. Caso o consumidor queira adiantar o processo, arca com todas as multas rescisórias.

5. Negociar e assinar o contrato de fornecimento no Mercado Livre

Após rescindir o contrato com a distribuidora no Mercado Cativo, o consumidor deve negociar e assinar o contrato de fornecimento de energia no Mercado Livre com um gerador ou comercializador. 

Para fazer a melhor escolha, considere as opções com o melhor custo-benefício para o perfil de consumo da sua empresa.

6. Fechar os contratos de conexão ao sistema de distribuição (CCD) e de uso de sistema de distribuição (CUSD)

Depois, negocie e assine os Contratos de Conexão ao Sistema de Distribuição (CCD) e de Uso de Sistema de Distribuição (CUSD) com a distribuidora responsável pelo atendimento da unidade.

7. Adequar seu sistema de medição de consumo com a distribuição conforme a legislação vigente

Adaptar o sistema de medição (SMF) é importante para adequar-se à legislação vigente e enviar as informações de consumo automaticamente para a Câmara de Comercialização de Energia (CCEE). Dessa forma, a cobrança da energia no Mercado Livre acontece sem problemas e/ou erros.

8. Conceder poderes à comercializadora para representação na (CCEE)

No Modelo Varejista, os consumidores livres assinam um contrato digital para conceder poderes à Comercializadora para representá-los junto à CCEE. 

Com a permissão, os Comercializadores Varejistas são responsáveis por todas as atividades do consumidor relacionadas à CCEE e cuidam de todas as atividades operacionais que envolvem o Mercado Livre de Energia.

Ou seja, no Modelo Varejista, o processo é menos burocrático, mas a economia pode ser menor se a comercializadora não conduzir uma boa contratação.

Como negociar os contratos e se tornar um consumidor livre de energia em 2025?

As empresas que migram para o Mercado Livre de Energia assinam dois contratos: um com a geradora/comercializadora de energia e outro com a distribuidora da sua região, responsável pela conexão elétrica. O contrato de conexão segue as regras da ANEEL e, com o gerador/comercializadora, a negociação é livre

O consumidor acorda preços e prazos, mas é recomendável contar com uma consultoria especializada em analisar as melhores condições de contratação. Por essa opção, a empresa mantém apenas o contrato com a Gestora, que cuida de todos os detalhes.

Se sua empresa deseja migrar do Mercado Cativo ou trocar de representação no Mercado Livre em 2025, a Esfera Energia realiza o planejamento de migração, tanto no modelo tradicional quanto no varejista, com análises técnicas e regulatórias minuciosas, que informam, desde o começo, os ganhos proporcionados.

Assim, os consumidores ganham voz na negociação com os maiores geradores do mercado em busca dos melhores termos para os seus cenários financeiros, sem conflitos de interesse ou qualquer forma de comissionamento.

O acompanhamento vai da contratação de energia até as questões burocráticas que envolvem a migração, com ações rápidas a cada ajuste regulatório. 

Para ser um consumidor livre de energia e aproveitar todas as vantagens de migrar para o Mercado Livre de Energia em 2025, fale com um especialista!

Saiba mais sobre o modelo varejista e o que a Esfera Energia entrega para sua empresa no e-book: Mercado Livre de Energia: passo a passo da migração no Modelo Varejista.

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O que é uma comercializadora de energia e qual sua função?

O que é uma comercializadora de energia e qual sua função?

A comercializadora de energia é uma empresa que trabalha com compra e venda de energia e faz negócios com companhias geradoras, outras comercializadoras e consumidores livres.

Esse tipo de comércio segue as regras do Mercado Livre de Energia, que garantem uma negociação justa para ambas as partes.

Dessa forma, os grandes consumidores e outras partes interessadas em uma aquisição vantajosa têm mais liberdade para pesquisar e comprar pelo melhor preço.

Além disso, uma comercializadora do Mercado Livre de Energia tem a capacidade de fazer análises mais detalhadas do setor, o que facilita a decisão de qual compra é mais vantajosa.

Continue no artigo e entenda o que é uma comercializadora de energia, suas funções, a diferença para as empresas gestoras, como funciona o processo de compra e venda de energia, as vantagens e desvantagens e como entrar no Mercado Livre de Energia.

Boa leitura!

O que é comercializadora de energia?

As comercializadoras de energia são empresas responsáveis por intermediar a compra e a venda de energia no Mercado Livre. Para essa tarefa, existe uma estrutura de operação complexa, que inclui softwares especializados em análises do mercado e de variáveis que impactam o preço, como previsões de chuvas e nível dos reservatórios.

Para ser uma comercializadora de energia no Brasil, a empresa precisa ser autorizada como agente pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e também ter um registro na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Qual a função das comercializadoras de energia no Mercado Livre?

A função da comercializadora de energia é facilitar o acesso dos clientes à energia de qualidade e nas condições necessárias para sua operação. 

Assim, a empresa atua desde a migração para o Mercado Livre até a criação da estratégia de compra e venda e de transição energética, quando este é o objetivo.

Além disso, é responsabilidade da comercializadora monitorar as oscilações dos preços no mercado para encontrar oportunidades vantajosas de contratação e garantir a conformidade dos consumidores com as demandas regulatórias. 

As comercializadoras ainda dão segurança para que os contratos fechados sejam seguros e atendam as demandas em curto, médio e longo prazo, sem a necessidade de compras extras.

Outra função que as empresas desempenham é auxiliar os clientes na escolha da melhor energia. Assim, se o cliente está em busca de fontes de energia renovável, a comercializadora auxilia a obter o volume e o tipo desejado com agilidade.

Porém, os consumidores livres só conseguem boas ofertas graças à mediação realizada pela comercializadora, que contempla os interesses mútuos nos contratos e auxilia na redução dos custos de transação.

Em resumo, as comercializadoras têm um papel-chave na criação de um ambiente acessível, dinâmico e sustentável no Mercado Livre de Energia.

Qual a diferença entre gestora e comercializadora de energia?

A diferença entre gestora e comercializadora de energia é que a primeira realiza um trabalho mais completo para que os clientes tenham sucesso dentro do Mercado Livre. Já a comercializadora tem um papel mais objetivo. Ou seja, atua como intermediadora da compra e venda de energia.

Uma empresa gestora trabalha com foco exclusivo em auxiliar seus clientes na gestão de performance dentro do Mercado Livre de Energia. Algumas das funções que os negócios da categoria realizam são:

 

  • acompanhar as oscilações de consumo dos clientes;
  • propor as melhores soluções de consumo;
  • negociar os contratos de compra e venda de energia;
  • cuidar da operação dos clientes no Mercado Livre;
  • fazer a representação na CCEE e ONS;
  • trazer todas as informações necessárias para os clientes cumprirem suas obrigações e negociações.

 

Além disso, a gestora monta análises para os clientes e indica o consumo que será contratado com base em históricos e previsões futuras.

Ainda apresenta diversos fornecedores e ajuda a identificar as melhores propostas para o cliente tomar sua decisão.

Existem empresas que atuam como gestoras ou comercializadoras, mas muitas unem as duas atividades para oferecer um serviço mais completo e com uma eficiência maior na contratação de energia.

Negociar no Mercado Livre exige bastante estratégia e conhecimento. Dessa forma, ter o suporte de uma empresa gestora-comercializadora faz diferença para ter o melhor resultado.

Como funciona o processo de compra e venda de energia?

Para entender como acontece a compra e venda com uma comercializadora, é importante entender o funcionamento do Mercado Livre de Energia.

Nesse mercado, compradores e vendedores negociam energia livremente entre si conforme as regulamentações do setor. A principal vantagem, porém, é contratar energia diretamente com geradores e comercializadores.

Uma gestora ou a própria comercializadora de energia pode representar o cliente no processo de compra que, posteriormente, se transforma em um contrato bilateral.

Então, uma comercializadora pode usar suas negociações para:

 

  • contratações de energia dos seus clientes;
  • trading, ou seja, comprar energia em momentos de preços mais baixos e revendê-la no melhor momento com custos mais altos.

 

Dessa forma, os compradores e vendedores podem fazer negociações dentro dos termos necessários para cada um, sem ter prejuízos na contratação.

O processo de compra e venda acontece em três etapas:

1. Negociação

Quando a comercializadora de energia comunica ao cliente uma boa oportunidade de compra no Mercado Livre, seja com uma geradora ou outra comercializadora, começa a etapa de negociação.

As partes discutem detalhes da compra, como volume contratado, preço, duração do contrato, forma de pagamento e outras condições comerciais específicas.

O objetivo é garantir uma negociação vantajosa que cubra a demanda de energia pelo tempo necessário a um valor vantajoso.

2. Elaboração do contrato

O Contrato de Comercialização de Energia no Ambiente de Contratação Livre (CCEAL) é o documento que oficializa a negociação entre os produtores/fornecedores de energia e os contratantes, dentro das condições acordadas para abastecimento.

Diferente do Ambiente de Contratação Regulada (ACR), no Mercado Livre, os termos de atendimento, preços e outras cláusulas são definidas livremente entre as partes, conforme a necessidade de uso.

Papel estratégico do CCEAL

Ainda que sejam uma negociação livre, os CCEALs precisam respeitar as legislações e regulamentações para que a geração, fornecimento, utilização e pagamento da energia sigam os protocolos corretos.

Essa liberdade permite que uma empresa, por exemplo, contrate uma quantidade X de energia que atenda à sua necessidade.

Para a correta elaboração do CCEAL, são definidos três pontos importantes: 

 

  1. a definição do montante (em MW), 
  2. vigência (período)
  3. modulação (montante médio de energia disponibilizado por horário, dentro do limite mensal contratado ou do limite da vigência).

 

Por meio de um CCEAL, a empresa contratante controla melhor os custos com energia elétrica e adquire o necessário para manter suas operações.

3. Registro na CCEE

Depois que o CCEAL fica pronto, o documento precisa ser registrado na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) que regulamenta a compra e venda de energia no país.

A instituição desempenha um papel essencial na ordenação do mercado. Dessa forma, o registro adequado é fundamental, pois garante a conformidade com as regras e valida todos os acordos estabelecidos.

Da mesma forma, se houver algum ponto de desacordo, a comercializadora de energia ajusta os detalhes necessários para o cumprimento de todas as vantagens acordadas.

Investigação do fornecedor

Um detalhe que a comercializadora de energia verifica é se o fornecedor está devidamente habilitado para comercializar energia na CCEE. Dessa forma, a empresa tranquiliza o cliente que terá um contrato legítimo, registrado conforme as normas do Mercado Livre.

Essa checagem garante a transparência do processo de compra e venda de energia e evita problemas, como a não entrega do insumo.

Além disso, a pesquisa direta e formal aumenta a taxa de sucesso dos contratos fechados pela comercializadora de energia, o que mostra o domínio da empresa em relação ao serviço e sua credibilidade no mercado.

Como funciona uma comercializadora de energia?

A comercializadora de energia pode atuar de diferentes formas dentro do processo de compra e venda, uma vez que o processo é bastante complexo e exige uma equipe altamente qualificada.

Dessa forma, a equipe de uma comercializadora pode funcionar em três frentes de trabalho diferentes:  

 

  • Linha de frente (front office): a equipe é responsável por comprar e vender energia de outras gestoras e comercializadoras do Mercado Livre;  
  • Intermediária (middle office): o time faz toda análise estratégica das negociações, além de atividades, como monitoramento dos preços em curto, médio e longo prazo, análise de riscos, condições climáticas e nível dos reservatórios das hidrelétricas;
  • Backoffice: os profissionais realizam tarefas burocráticas, por exemplo, o registro dos contratos, pagamento de encargos e contribuições associativas. 

 

Existem empresas que atuam como comercializadoras e gestoras. Assim, prestam um serviço completo, desde a migração para o Mercado Livre de Energia até a assistência nas análises de consumo e do mercado para identificar oportunidades de compra vantajosas e econômicas.

Quais são as vantagens e desvantagens das comercializadoras?

Existem alguns pontos importantes a se levar em consideração no relacionamento com as comercializadoras de energia.

Uma das grandes vantagens é que uma comercializadora tem uma estrutura interna completa e assertiva que consegue analisar com precisão os fatores que impactam o preço da energia.

Então, se a sua empresa tem um relacionamento com uma gestora que também é comercializadora de energia, você sai na frente, pois tem acesso a informações estratégicas e detalhadas para fazer a melhor compra.

Por outro lado, como a comercializadora de energia tem uma visão completa do mercado que participa, consegue negociações que geram maior lucro para suas operações de venda.

O cliente também não deixa de obter vantagens na compra, mas esse processo pode descartar opções ainda melhores.

Assim, a comercializadora ganha duas vezes: com o trabalho de gestão e com o spread da venda da energia.

Migre para o Mercado Livre de Energia

Agora que você já sabe o que é, pode estar com uma dúvida cruel: lidar diretamente com uma gestora ou com uma comercializadora de energia?

Para sair desse impasse, conheça mais sobre a Esfera Energia, a melhor companhia gestora e comercializadora de energia.

Dos pequenos aos grandes negócios até os consumidores residenciais, trabalhamos para conectar todos à melhor energia pelo menor custo possível

Combinamos tecnologia de ponta e inteligência humana para dar poder de escolha aos nossos clientes e gerar economia na prática.

Conheça as soluções da Esfera e saiba quais estratégias de contratação favorecem mais o seu negócio!

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Grupo tarifário de energia: quantos existem e como saber?

Grupo tarifário de energia: quantos existem e como saber?

A fatura de energia, além do valor, mostra o consumo total de kWh no período de medição. Mas já reparou qual é o grupo tarifário de energia da sua empresa? Residências urbanas e indústrias, por exemplo, pertencem a classificações diferentes.

O grupo tarifário é a forma que a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) utiliza para classificar e organizar as unidades consumidoras conforme a tensão de fornecimento de energia. 

No Brasil, existem dois grandes grupos tarifários, Grupo A e Grupo B, que se dividem em subgrupos com faixas de tensão e tarifas específicas.

Essa organização permite a inclusão adequada de cada imóvel ao perfil e demanda de consumo.

Continue no artigo e descubra quais são os grupos tarifários de energia elétrica, como saber a qual o seu imóvel pertence, vantagens e dicas para otimizar o consumo.

Boa leitura!

Quais são os grupos tarifários de energia elétrica?

Os grupos tarifários de energia elétrica do sistema brasileiro são: Grupo A e Grupo B. Cada um representa uma modalidade com um conjunto de características específicas, como tarifa, consumo e demanda de potência, estabelecidos pela Aneel.

Conheça as especificidades dos dois grupos a seguir.

Grupo tarifário A

O grupo A reúne as unidades consumidoras atendidas em alta e média tensão e sistemas subterrâneos, que demandam fornecimento igual ou maior que 2,3 kV (quilovolt). 

A tarifa aplicada ao grupo é a binômia. Ou seja, a unidade contratante informa a potência do imóvel e contrata uma demanda conforme a necessidade de consumo junto à concessionária.

Dessa forma, a distribuidora orienta a montagem do sistema elétrico para que o ponto receba a energia contratada sem empecilhos.

Os consumidores que se encaixam nesse grupo são grandes indústrias, estabelecimentos comerciais, como shopping centers e supermercados, e complexos comerciais, como outlets. 

Mesmo se não utilizar a demanda contratada, a unidade consumidora paga o valor total. Se exceder o volume utilizado em 5%, a concessionária cobra uma multa.

Subgrupos

O grupo A se subdivide em seis subgrupos conforme a tensão de fornecimento necessária:

  • A1: tensão maior ou igual a 230 kV;
  • A2: tensão de 88 kV a 138 kV;
  • A3: tensão de 69 kV;
  • A3a: tensão de 30 kV a 44 kV;
  • A4: tensão de 2,3 kV a 25 kV;
  • AS: tensão inferior a 2,3 kV em sistema subterrâneo de distribuição.

Tipos de tarifa

Existem duas modalidades tarifárias nas quais as unidades consumidoras do grupo A podem se encaixar:

  • tarifa horária azul: disponível para todos os subgrupos. A tarifa de consumo e demanda de potência variam conforme as horas de uso do dia (postos tarifários);
  • tarifa horária verde: disponível para os subgrupos A3a, A4 e AS. Nessa modalidade, existe apenas uma tarifa de demanda e várias tarifas conforme as horas de uso do dia.

A escolha da modalidade ideal depende de uma avaliação precisa da demanda mensal necessária e do perfil de consumo ao longo do dia. 

Grupo tarifário B

O grupo B inclui as unidades consumidoras atendidas em baixa tensão, que necessitam de fornecimento menor que 2,3 kV.

A tarifa aplicada ao grupo é a monômia. Dessa forma, a taxa incide exclusivamente sobre o consumo de energia mensal do imóvel e os consumidores não precisam ter uma demanda contratada. 

Porém, a conta de luz inclui taxas relativas ao uso da rede de distribuição e iluminação pública. Além disso, as unidades estão sujeitas ao custo de disponibilidade, um valor fixo pago mesmo se o consumo do mês não alcançar o mínimo necessário para faturamento.

Subgrupos

O grupo B tem quatro subgrupos:

  • B1: classe residencial e subclasse residencial de baixa renda;
  • B2: classe rural e subclasses de cooperativa de eletrificação rural e serviço público de irrigação;
  • B3: demais classes (indústrias, comércios e serviços de pequeno porte);
  • B4: classe de iluminação pública.

Tipos de tarifa

As unidades do grupo B estão sujeitas à seguinte classificação de tarifa de energia elétrica por níveis de tensão:

  • convencional monômia: tarifa única independentemente das horas de consumo de energia elétrica ao longo do dia;
  • horária branca: tarifa diferenciada para determinadas horas de utilização do dia. A classe B4 e subclasse Baixa Renda do subgrupo B1 não têm cobertura dessa modalidade.

Como saber a qual grupo tarifário de energia você pertence?

A forma mais fácil de saber a qual grupo tarifário de energia sua empresa ou casa pertence é por meio da conta de luz. A fatura especifica classe, subclasse e modalidade tarifária, informações que permitem identificar o grupo.

Caso não receba a conta impressa, verifique a fatura no aplicativo da concessionária ou contate o serviço de suporte para confirmar a classificação.

Outros detalhes da fatura, como demanda contratada e nível de tensão, também facilitam a identificação do grupo.

Quais as vantagens de compreender a qual grupo você pertence?

Conhecer os tipos de grupo tarifário de energia e como cada um funciona e cobra pelo consumo permite a inclusão adequada no sistema elétrico brasileiro. Confira outras vantagens de entender a classificação.

Otimizar os custos energéticos

As unidades consumidoras do Mercado Cativo, regulado pelo governo, estão sujeitas às bandeiras tarifárias, que impactam o preço pago pela energia.

Dessa forma, saber qual bandeira está ativa no mês ajuda a planejar a demanda contratada, no caso de empresas, e a adotar medidas de economia, no caso de residências e comércio.

Escolher planos tarifários mais vantajosos

Outra vantagem de conhecer o grupo tarifário de energia é escolher opções de cobrança mais adequadas, como a tarifa branca. Nessa modalidade, o preço varia conforme o horário do dia, o que vale a pena, especialmente se o consumo é maior no período mais barato.

Reduzir custos para empresas 

As empresas podem reduzir os custos com energia elétrica por meio de negociações e adequações na demanda contratada da concessionária. 

Para obter uma boa diminuição, é fundamental fazer um estudo do perfil de consumo para comprar a quantidade adequada e, assim, não exceder o custo planejado devido às multas.

Migre para o Mercado Livre de Energia

Os consumidores do grupo tarifário de energia A têm a oportunidade de migrar para o Mercado Livre e comprar energia mais barata e de fornecedores sustentáveis para abastecer suas operações. A mudança pode diminuir até 35% dos gastos com energia elétrica!

A Esfera Energia acompanha todos os passos, desde a migração até a negociação de contratos, para o seu negócio obter os melhores resultados.

Conheça o Esfera Simplifica e fale com um especialista para saber as etapas do processo para entrar no Mercado Livre de Energia.

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Sustentabilidade

Empresa sustentável: o que é + vantagens

Empresa sustentável: o que é + vantagens

Uma empresa sustentável é aquela que conhece suas operações e se empenha em usar bem seu patrimônio para equilibrar os parâmetros econômicos, sociais e ambientais ligados ao negócio.

Cada organização precisa de um conjunto de recursos para funcionar e, assim, a execução de suas atividades tem um impacto positivo na sociedade por meio de políticas que resultam no desenvolvimento contínuo.

Para ter sustentabilidade nos negócios, é importante pensar nos detalhes da estrutura operacional para mudar, eliminar ou diminuir os impactos negativos e destacar os positivos.

Entenda o conceito de empresa sustentável, como se tornar um negócio nesses moldes e as vantagens de investir no objetivo.

Boa leitura!

O que é uma empresa sustentável?

Uma empresa sustentável é uma organização que planeja ações para crescer, se desenvolver e minimizar seu impacto no meio ambiente. Além disso, traça planos de ação para melhorar o desempenho econômico, social e de governança, o que contribui para a melhoria contínua e aplicação inteligente dos recursos

Fonte: ResearchGate.

Muitas indústrias geram resíduos diretos da sua produção, muitos deles poluentes, e devem se planejar para diminuir ou reaproveitar as sobras.

Um exemplo simples que pode ser viável, dependendo do setor, é encaminhar resíduos de produção para reciclagem. O bagaço da cana-de-açúcar que sobra da produção de combustíveis, como o etanol, serve para adubar plantações.

Para que os planos virem ações práticas, é essencial que a empresa analise sua estrutura de produção e identifique quais práticas precisam melhorar. Essas definições vão ter impacto no:

  • valor e imagem da marca no mercado;
  • reconhecimento que os funcionários têm da empresa;
  • satisfação dos clientes e da sociedade pelas iniciativas.

Atualmente, os consumidores estão atentos às empresas e suas boas práticas sustentáveis. As organizações que não investem nessa característica da operação têm mais chances de perder clientela em um mercado exigente quanto às questões socioambientais.

Segundo o Índice do Setor de Sustentabilidade 2023, realizado pela Kantar, mais da metade dos brasileiros (56%) entrevistados não consomem produtos de marcas sem ações voltadas para a sustentabilidade e bem-estar social, ou que afetam negativamente o meio ambiente.

Como tornar uma empresa sustentável?

Agora que você sabe o conceito, o próximo passo é entender o que é necessário para se tornar uma empresa sustentável.

Reunimos aqui dicas que podem se encaixar nos processos da sua empresa para que a sustentabilidade seja um valor aplicado na prática. Confira:

1. Conheça o seu negócio

Para ser uma empresa sustentável, é necessário conhecer o negócio e entender como as práticas de sustentabilidade se encaixam e podem melhorar o desempenho da operação.

Toda atividade empresarial tem um impacto tanto no meio ambiente quanto na sociedade. Dessa forma, as ações podem não gerar um impacto grande diretamente, mas afetam os parceiros, fornecedores e clientes indiretamente.

2. Engaje sua equipe de trabalho

Uma empresa sustentável não chega a esse patamar sem uma equipe engajada em cumprir essa missão.

Para incentivar o time, é importante investir no marketing interno para incluir a sustentabilidade como um valor da cultura organizacional.

Se os funcionários entenderem e ajudarem a cumprir as diretrizes de sustentabilidade, o caminho será um sucesso.

Comunique as mudanças de forma criativa e crie diretrizes simples de seguir. Explique os critérios adotados por meio de cartazes, e-mails marketing e vídeos.

3. Crie programas de sustentabilidade por área

Um detalhe relacionado à organização como empresa sustentável é separar as iniciativas de sustentabilidade por áreas.

Em empresas maiores, principalmente grandes indústrias e fábricas, as práticas sustentáveis precisam ser adequadas para cada área.

Um exemplo simples é desligar ou colocar os equipamentos em modo suspenso e apagar as luzes da área de fabricação durante o horário do almoço. 

Apesar de cada setor conduzir práticas sustentáveis separadamente, é importante comunicar às equipes as diretrizes adotadas para que todos conheçam e sigam os protocolos.

4. Digitalize a estrutura de gestão da empresa

A produção de papel, o gasto com impressão e a compra de maquinário geram impactos no meio ambiente e na gestão de custos diretos e indiretos de uma empresa.

Digitalizar o gerenciamento significa concentrar os documentos da empresa nos serviços de armazenamento em nuvem. Esses sistemas têm controle de acesso, o que possibilita manter a segurança dos arquivos institucionais e compartilhá-los apenas com pessoas autorizadas.

Muitos documentos podem ser arquivados com assinatura digital, o que elimina a necessidade de impressão. 

5. Priorize a economia de energia

Existem empresas que conseguem resultados significativos com ações simples que visam à economia de insumos, como energia elétrica.

Atualmente, a tarifa de energia é um dos custos mais altos nas empresas. Seja uma pequena agência de marketing ou uma grande fábrica, nenhuma funciona sem equipamentos elétricos.

Atualizar os maquinários (os mais modernos consomem menos energia e são econômicos), aproveitar a luz natural, instalar lâmpadas econômicas e incluir sensores de presença para acionamento são exemplos de ações para reduzir gastos com energia.

Outra maneira é comprar energia conforme a demanda da sua empresa. Saiba mais no artigo: Entenda o que é e como funciona o Mercado Livre de Energia.

Quais são as vantagens de ser uma empresa sustentável?

A principal vantagem que uma empresa sustentável usufrui é de uma boa imagem perante o mercado, clientes e colaboradores. Outros benefícios importantes são:

  • vantagem competitiva frente a concorrência;
  • economia de custos de operação;
  • oferecer preços melhores no mercado;
  • inovação na forma de produção e no aproveitamento de matéria-prima;
  • preservar o ambiente no entorno da empresa e oferecer qualidade de vida aos colaboradores;
  • ganhar valor de mercado.

Confira no vídeo a seguir como a sustentabilidade impacta a lucratividade das empresas:

Leia também: Eficiência energética na indústria: o que é + importância

O que faz uma empresa ser sustentável?

Para ser uma empresa sustentável é essencial montar uma estratégia de crescimento em longo prazo para que a sustentabilidade norteie os processos de produção, gestão e distribuição dos produtos e serviços por meio de objetivos ambientais, sociais e de governança (ESG) claros.

Afinal, a meta de se tornar uma empresa sustentável não acontece do dia para a noite. Enquanto algumas práticas e processos são implementados rapidamente, outros exigem mais planejamento para gerar resultados.

Se você quer melhorar a estratégia de compra e gerenciamento de gastos relacionados à energia da sua empresa, conheça o Esfera Simplifica, que orienta sua empresa na migração para o Mercado Livre de Energia e na escolha da melhor energia. 

Quer ver como o processo acontece na prática? Confira a história da Cocam, empresa com mais de 50 anos de mercado, e como a mudança de mercado ajudou a melhorar a produção de café. 

Ficou interessado? Fale com um especialista e reduza até 35% na conta de luz!

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Inovação e Tecnologia

Aplicações da inteligência artificial no setor de energia

Aplicações da inteligência artificial no setor de energia

A utilização de novas tecnologias, como a inteligência artificial no setor de energia, ganha cada vez mais espaço no mundo dos negócios. Se antes a meta era digitalizar processos, agora, o objetivo é melhorar os métodos de análise e previsibilidade de cenários.

Afinal, informação é ouro nas mãos de quem sabe usá-la. Dessa forma, o uso da inteligência artificial pode facilitar várias tarefas na área energética, desde a geração até o consumo.

Continue no artigo e entenda o conceito, vantagens, aplicações práticas, impactos na sustentabilidade e desafios da implementação da inteligência artificial no setor de energia.

Boa leitura!

O que é inteligência artificial?

A inteligência artificial (IA) é uma área da ciência da computação em que as máquinas realizam tarefas que normalmente exigem inteligência humana, como aprendizagem, tomada de decisões e resolução de problemas.

Os sistemas de IA utilizam algoritmos e técnicas, como aprendizado de máquina e aprendizagem profunda, para analisar dados e aprender com os padrões identificados.

Esse recurso possibilita a criação de aplicações em diferentes áreas, como saúde, varejo e finanças, além do setor energético.

O uso de inteligência artificial auxilia na otimização do processo de geração de energia, identifica padrões de consumo, evita desperdícios e orienta o uso de fontes renováveis.

Quais são as vantagens da IA para o setor de energia?

Segundo dados da Research and Markets, o mercado de IA no setor de energia cresce 24,6% ao ano, com projeção para alcançar US$ 17,75 bilhões em valor de mercado até 2029.

O crescimento se justifica pelas inúmeras vantagens de adotar soluções alimentadas por IA para remodelar e otimizar fluxos de trabalho. Confira os principais benefícios a seguir!

Melhora a previsão de demanda energética

Por meio de insights detalhados obtidos de análises de dados precisas, como padrões de consumo e informações sobre geração e distribuição de energia, os sistemas de IA geram orientações para ajustar a produção e, assim, atender à previsão de demanda.

As soluções de inteligência artificial no setor de energia consideram os picos e as quedas de consumo com base em dados históricos, condições ambientais e capacidade das usinas de energia para gerarem padrões de produção ideais. 

Com essa abordagem, as usinas otimizam seus processos de geração e minimizam o desperdício de energia.

Otimiza o processo de manutenção preditiva

A manutenção preditiva em energia tem como meta antecipar possíveis problemas antes que aconteçam. Dessa forma, sensores especiais monitoram os equipamentos de geração e distribuição, como turbinas e torres de energia.

As aplicações de inteligência artificial no setor de energia auxiliam na interpretação desses dados, o que serve de guia para as equipes responsáveis elaborarem previsões de falhas mais assertivas e, assim, agirem antecipadamente.

Dessa forma, é possível reduzir o tempo de inatividade e evitar perdas na capacidade de geração das usinas, assim como riscos que comprometem o abastecimento da população. 

Reduz custos operacionais

O uso de IA no setor energético traz outro benefício estratégico: a redução de custos por meio da otimização do processo de geração e da diminuição dos gastos com manutenção de equipamentos. 

Ao monitorar as métricas de desempenho das máquinas usadas ​​na produção, os sistemas de IA detectam até mesmo desvios pequenos e sinalizam as potenciais falhas. 

Essa ação precoce permite que as empresas de energia tomem medidas preventivas, o que garante que seus equipamentos estejam sempre em funcionamento. 

Como resultado, o gasto no processo de geração/manutenção é mais baixo e, assim, o consumidor final pode pagar menos pela energia.

3 aplicações da inteligência artificial no setor de energia

A inteligência artificial desponta como uma das tecnologias do século. Mesmo nos primeiros estágios de uso, moderniza os setores por meio de diferentes soluções que contribuem para alavancar a economia dos países. 

Veja a seguir exemplos de aplicações que contribuem para o bom desempenho do setor energético:

1. Análise de grandes volumes de dados

Também conhecida como Big Data, a análise de grandes volumes de dados é uma tarefa impossível de realizar apenas com mão de obra humana. 

Com a ajuda de um sistema de IA, as empresas de energia armazenam, processam e gerenciam informações de forma mais eficiente em termos de tempo, custo e distribuição de energia.

A implementação de uma tecnologia inovadora ajuda o setor a ser mais competitivo em um ambiente econômico instável e criar métodos operacionais melhores.

2. Redes inteligentes (Smart grids)

As redes inteligentes, ou smart grids, são uma aplicação estratégica de inteligência artificial no setor de energia. Esse tipo de rede monitora áreas onde a geração e distribuição variam dinamicamente conforme as mudanças de demanda e consumo. 

Com as informações obtidas, as empresas de energia podem se preparar melhor para os períodos de alta repentina na demanda, além de redistribuir recursos em caso de falha de equipamentos.

Além de analisarem tendências atuais, os algoritmos das smart grids fazem previsões, o que permite que as empresas aloquem recursos renováveis de forma mais eficiente.

3. Gerenciamento de energia renovável

As soluções de IA auxiliam na identificação de locais mais adequados para uma usina de energia renovável (eólica ou solar), o que permite fazer um gerenciamento estratégico para obter o máximo do potencial de geração.

Além disso, os sistemas fazem apontamentos úteis, como os recursos disponíveis, a eficiência da usina e possíveis riscos relacionados às características do solo ou eventos climáticos extremos.

Impactos da IA na sustentabilidade e nos objetivos de ESG

A energia renovável ganha força constantemente e se destaca como líder na integração de tecnologias de inteligência artificial no setor de energia.

As automações criadas otimizam as operações por meio de análises extensivas de dados sobre padrões climáticos e consumo de energia. Essa estratégia aumenta a eficiência, melhora a qualidade da previsão e agiliza a manutenção dos equipamentos de energia limpa.

A Enel, uma empresa italiana, utiliza IA no gerenciamento de suas redes de energia verde para aumentar a eficiência no uso dos recursos para geração de eletricidade e reduzir as emissões de carbono.

Outra empresa que usa a inteligência artificial para alcançar seus objetivos ESG é a Envision Energy, líder global em tecnologia renovável e verde. 

Com o apoio dos recursos de IA e IoT (Internet das coisas), a companhia criou um sistema personalizado para o armazenamento de energia obtida de fontes limpas, como turbinas eólicas.

Desafios e oportunidades no uso da automação no setor de energia

Ao mesmo tempo em que contribuem para uma geração e distribuição de energia mais inteligentes, as aplicações de IA consomem energia abundantemente e emitem altos níveis de carbono, o que cria um paradoxo desafiador para a evolução da tecnologia.

Dessa forma, os países precisam pensar em maneiras de adotar essas ferramentas com suporte para viabilizar infraestruturas e regulamentar as operações.

Essas necessidades, por sua vez, geram oportunidades de inovação e criação de novos modelos de negócio no mercado energético.

Quer ter acesso a fontes de energia renovável e limpa, mas ainda não consegue investir em soluções de inteligência artificial no setor de energia? Baixe o e-book e entenda como funciona o Mercado Livre de Energia e por que é seguro migrar.

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Gestão Empresarial

Qual o valor da taxa mínima de luz e como é calculada?

Qual o valor da taxa mínima de luz e como é calculada?

Já tirou férias e passou um mês off dos negócios, mas a conta de energia não zerou? Apesar de muitas pessoas desconhecerem essa informação, todo consumidor paga o valor da taxa mínima de luz

As distribuidoras do país cobram uma pequena fração conforme o padrão do imóvel e o preço do quilowatt-hora (kWh) na região.

Quer entender o que é a taxa mínima de luz e como funciona o cálculo? Continue no artigo e confira!

Boa leitura!

O que é a taxa mínima de luz?

A taxa mínima de luz, ou custo de disponibilidade, é um valor fixo mensal que as distribuidoras de energia elétrica cobram dos consumidores comerciais e residenciais para cobrir os gastos com a infraestrutura de distribuição de energia e manutenção da rede elétrica. Ou seja, é um custo permanente

Dessa forma, mesmo se o consumo do imóvel for pequeno a ponto de não haver faturamento em determinado mês, a conta de empresas, casas e apartamentos nunca vem zerada.

Entender a dinâmica de cobrança do valor da taxa mínima de luz é fundamental para o planejamento financeiro, uma vez que não haverá isenção total. Assim, o custo deve entrar na planilha de controle para uma boa gestão financeira empresarial.

Qual o valor da taxa mínima de luz?

O valor da taxa mínima de luz varia de região para região conforme o padrão de conexão do imóvel, estabelecido no momento da solicitação da ligação elétrica, e a tarifa base para o quilowatt-hora (kWh) definida pela concessionária de energia local. 

Existem três padrões de ligação (monofásica, bifásica e trifásica) e cada um tem um mínimo de kWh para cobrança. A seguir, explicamos os valores e os fatores que influenciam o custo mínimo de energia. 

Padrões de conexão

A definição do padrão de conexão de um imóvel depende do consumo previsto. Por exemplo, a quantidade de equipamentos elétricos de um ponto comercial ou de eletrodomésticos em uma residência são alguns fatores para considerar.

Em 2021, entrou em vigor a Resolução Normativa n.° 1000 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que estabeleceu as principais regras para a prestação do serviço público de distribuição de energia elétrica e os direitos e deveres do consumidor. 

Segundo o artigo 291, o custo de disponibilidade do sistema elétrico para os três padrões existentes são:

• monofásico: padrão oficial de residências com baixo consumo com a taxa mínima equivalente a 30 kWh

• bifásico: padrão para imóveis de consumo intermediário com taxa de disponibilidade correspondente a 50 kWh

• trifásico: padrão para locais com alta demanda de energia, como casas e pequenas empresas, com taxa mínima equivalente a 100 kWh

Leia também: O que é TUST e TUSD? Entenda como funcionam as tarifas

Como é calculado o valor da taxa mínima de luz?

O cálculo do valor da taxa mínima de luz é o seguinte:

• Valor do padrão x valor por kWh = taxa mínima de luz.

A taxa baseia-se em duas variáveis, o valor mínimo do padrão do imóvel e a tarifa atual da distribuidora por quilowatt-hora (kWh). 

O valor do kWh varia porque existem diversas concessionárias de energia que atendem às diferentes regiões do país. Assim, para saber o valor mínimo, é fundamental conhecer a taxa praticada pela empresa responsável.

A boa notícia para o consumidor é que essas informações estão disponíveis na conta de luz.

Por exemplo, a tarifa da Cemig para um imóvel monofásico no interior de Minas Gerais, em outubro de 2024, foi de R$ 1,09. Supondo que não houve consumo suficiente para faturamento, o valor da taxa mínima de luz seria:

• 30 X 1,09 = R$ 32,70.

Por que a taxa mínima é cobrada?

O principal motivo para a cobrança do valor da taxa mínima de luz é garantir a disponibilidade de energia aos imóveis. Afinal, mesmo sem consumo, a ligação elétrica existe, portanto, a distribuidora cobra por esse serviço.

Além disso, os recursos arrecadados com a taxa mínima auxiliam na manutenção da rede elétrica de distribuição. Assim, as concessionárias mantêm os fios, caixas herméticas, postes e demais equipamentos em bom estado para fazer o abastecimento. 

Mensalmente, os encarregados pela medição fazem a leitura do relógio para verificar o consumo de energia elétrica ativa ou faturar o custo de disponibilidade mínima. 

Leia também: Qual a diferença entre energia residencial e comercial?

Exemplos práticos de valores de taxa mínima

Para exemplificar diferentes custos pelo Brasil, reunimos exemplos de taxas mínimas de luz em diferentes cidades conforme o custo do quilowatt-hora informado no site da Aneel.

Em São Paulo, o custo do kWh é de R$ 0,636. Um imóvel bifásico pagaria uma tarifa mínima de R$ 31,80. No Rio de Janeiro, o valor da taxa mínima de luz para o mesmo imóvel seria R$ 45,65, pois o custo do kWh é R$ 0,913.

No estado de Santa Catarina, a tarifa convencional é mais cara: R$ 0,966 por kWh. Assim, um imóvel trifásico, pagaria R$ 96,60 se tivesse que arcar apenas com o custo mínimo. 

O Sergipe é um dos estados do Nordeste com a tarifa mais alta: R$ 1,016 por kWh. Um imóvel monofásico pagaria, em média, uma taxa mínima de R$ 30,48.

Na região Norte, o estado com maior custo é o Pará, com R$ 0,938 por kWh na tarifa convencional, o que gera um custo mínimo para imóveis no padrão bifásico de R$ 46,90, em média.

Dicas para reduzir o impacto da taxa mínima

A escolha do padrão do imóvel é determinante quando o objetivo é a redução de custos na conta de luz. Por exemplo, uma pequena empresa que utiliza máquinas com motores grandes e tem aparelho de ar condicionado precisa de um padrão trifásico.

Porém, se a operação acontece em um escritório tradicional, sem aparelhos de consumo pesado, o mais adequado é o padrão monofásico.

Então, para reduzir ao máximo o impacto da taxa mínima, adeque o padrão e a estrutura elétrica do local para proteger todos os equipamentos elétricos e ter um perfil de consumo mais eficiente.

Faça mais com a melhor energia

Otimizar o valor da taxa mínima de luz é um dos passos para fazer uma gestão energética qualificada que traz economia para o negócio.

Além disso, comprar energia da forma mais eficiente é outro passo crucial! No Brasil, a melhor estratégia é a migração para o Mercado Livre de Energia.

A Cocam, empresa especializada na produção de café solúvel e seus derivados, economizou cerca de R$ 200 mil com a orientação da Esfera Energia, que auxiliou na otimização de sua performance no mercado. Confira o case completo!

Quer essa economia para sua empresa? Conheça o Esfera Simplifica, a solução da Esfera que auxilia na escolha da melhor energia e a obter até 35% de redução na conta de luz. 

Fale com um especialista e saiba como iniciar o processo de migração!

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Mercado Livre de Energia

Comprar energia no Mercado Livre de Energia: como funciona?

Comprar energia no Mercado Livre de Energia: como funciona?

Mais de 53 mil empresas brasileiras são consumidoras livres no Brasil, segundo a Abraceel. Essas companhias desfrutam, principalmente, da possibilidade de comprar energia no Mercado Livre com valores inferiores àqueles praticados no Mercado Cativo.

Porém, a compra de energia elétrica no Ambiente de Contratação Livre (ACL) é um processo longo e burocrático. Quem não tem o acompanhamento adequado pode não aproveitar as vantagens da migração. 

Continue no artigo para entender como comprar energia no Mercado Livre, quem pode atuar nesse ambiente, os vendedores e como obter as melhores condições de contratação.

Boa leitura!

Quem pode comprar energia elétrica no Mercado Livre?

Desde janeiro de 2024, as regras para quem pode comprar energia elétrica no Mercado Livre mudaram. Todos os consumidores do Grupo A, que inclui as unidades consumidoras atendidas em alta e média tensão, podem migrar sem a necessidade da demanda mínima de consumo de 500 kW.

A alteração tornou-se oficial com a publicação da Portaria Normativa n.º 50, em setembro de 2022, e vigora desde o dia 1º de janeiro de 2024.

O grupo A engloba indústrias, shoppings, supermercados, clubes e hotéis, unidades atendidas em redes de alta tensão (acima de 69 kV e abaixo de 230 kV) e média tensão (acima de 1 kV e abaixo de 69 kV).

Uma terceira alternativa possível para comprar energia no Mercado Livre é a comunhão de cargas. Com essa estratégia, empresas se unem para fechar contratos mais vantajosos por meio da união de suas demandas de energia.

Anteriormente, a união servia para atingir o nível mínimo de demanda de 0,5 MW. Porém, agora que esse pré-requisito não existe, a comunhão ainda é uma operação válida para aumentar o poder de barganha na hora da compra.

Porém, o método vale somente para consumidores com o mesmo CNPJ e alocados no mesmo submercado ou localizados em área contígua (sem separação por vias públicas).

Quer entender melhor o que é o Mercado Livre de Energia? Dê o play no vídeo a seguir e confira!

De quem é possível comprar energia no Mercado Livre?

Os consumidores livres podem comprar energia apenas com agentes cadastrados na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Entre os que podem vender energia estão: comercializadores, geradores, autoprodutores e importadores.

Há ainda a possibilidade de empresas do Mercado Livre negociarem o excedente de energia elétrica com outros consumidores livres.

Os compradores podem adquirir energia no Ambiente de Contratação Livre (ACL) por meio de contratos de compra de fonte incentivada ou fonte convencional. 

Fontes convencionais

No mercado de energia elétrica do Brasil, as fontes convencionais mais comuns são as usinas hidrelétricas de grande porte e as usinas termelétricas. 

Fontes incentivadas

As fontes incentivadas são usinas de energia eólica, solar, biomassa, hidráulica ou cogeração qualificada, com potência injetada inferior ou igual a 50.000 kW.

Os consumidores que compram de fontes incentivadas têm direito a redução entre 50% e 100% nas tarifas de uso do sistema de distribuição e transmissão (TUST e TUSD), valores cobrados pelo transporte de energia.

O percentual de desconto para o consumidor livre depende da data de homologação da outorga, do registro da usina na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do tipo de fonte de geração.

A oferta de descontos na compra de fontes incentivadas é uma forma de incentivo econômico para o uso de energias renováveis no Brasil. 

Novidade: contratação proveniente de qualquer fonte

A eliminação da restrição no acesso ao tipo de fonte geradora foi outra atualização no processo para comprar energia no Mercado Livre.

Antes, existiam dois tipos de consumidores: consumidores livres e consumidores especiais. Os primeiros compravam carga acima de 2.000 kW e, portanto, escolhiam livremente o fornecedor com a fonte de energia elétrica desejada (convencional ou incentivada). 

Por outro lado, os consumidores especiais, que negociavam cargas entre 500 kW e 2.000 kW, compravam apenas de usinas de fontes renováveis com potência de até 50 MW. 

Essa divisão foi extinta e, agora, todas as empresas que migram para o Mercado Livre são consumidores livres e têm acesso a todos os geradores, independentemente do tipo de fonte.

Compra de energia das comercializadoras varejistas

A última novidade do processo de compra de energia no Mercado Livre é a obrigatoriedade da assessoria de uma Comercializadora Varejista para consumidores do grupo A com demanda menor que 500 kW.

Esses agentes representam os clientes na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e auxiliam em todas as etapas da migração pelo modelo varejista. 

Outras funções operacionais e representativas realizadas pelos comercializadores são: adesão, contabilização, gestão financeira e de penalidades das empresas junto à CCEE.

Essa posição é estratégica para as empresas que migrarão a partir de 2025. Saiba mais sobre o papel do comercializador varejista no vídeo a seguir:

Como comprar energia elétrica no Mercado Livre?

No Mercado Livre de Energia, os consumidores negociam livremente preços, prazos e volumes com as geradoras ou comercializadoras.

Para a compra de energia elétrica, é recomendável que as empresas adotem estratégias de longo prazo, já que as variações de custos de energia no Brasil tornam os valores menos vantajosos do que no Mercado Cativo.

Geralmente, o Ambiente de Contratação Regulada (ACR) está mais suscetível a variações de preço, especialmente pela cobrança de bandeiras tarifárias aplicadas em momentos de queda no volume de chuvas. Porém, essas variações também afetam o Mercado Livre.

Para a compra de energia elétrica ser bem-sucedida e o consumidor encontrar as melhores condições, é importante fazer a análise de perfil de consumo. Inclusive, realizar estudos de viabilidade econômica é um dos passos da migração.

Assim como acontece no mercado de investimentos, a estratégia para comprar energia no Mercado Livre segue os perfis dos consumidores.

Consumidores de perfil conservador

Para consumidores com maior aversão a risco, o método de compra de energia elétrica prioriza contratos longos que oferecem maior previsibilidade de custos para a empresa. A negociação dos preços acordados vale para todo o período de vigência do contrato.

Consumidores de perfil arrojado

No caso de consumidores com menor aversão a riscos, a estratégia para comprar energia no Mercado Livre busca oportunidades com vantagens econômicas maiores. 

Para aquisição de energia com menor preço, é possível contratar volumes inferiores à necessidade em longo prazo e comprar o restante em contratos de curto prazo. Essa tática tem como meta aproveitar momentos de queda de preço.

Entretanto, o risco é mais alto para o comprador, que fica suscetível às variações de tarifas. Dessa forma, é recomendável o acompanhamento de uma consultoria especializada em transações no Mercado Livre de Energia.

É possível ainda que os contratos prevejam o consumo flexível para haver redução do risco de déficit e superávit. Os percentuais de flexibilidade são negociados entre consumidores e vendedores.

Quer saber como é o cálculo do preço da energia no Mercado Livre? Confira o vídeo abaixo:

Como evitar riscos na compra de energia no Mercado Livre?

Apenas os agentes autorizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e registrados na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) podem orientar consumidores que desejam migrar do Ambiente de Contratação Regulada, conhecido como Mercado Cativo, para o Mercado Livre.

A recomendação é que a migração e compra de energia tenha o acompanhamento de consultorias especializadas no Ambiente de Contratação Livre (ACL).

Quer migrar para o Mercado Livre?

Se sua empresa deseja migrar e comprar energia no Mercado Livre, a Esfera Energia realiza o planejamento de migração com análises técnicas e regulatórias minuciosas de olho nos ganhos gerados desde o começo. 

Assim, você terá voz na negociação com os maiores geradores de liquidez deste mercado em busca dos melhores termos para os seus orçamentos, sem conflitos de interesse ou qualquer forma de comissionamento.

O acompanhamento vai desde a contratação da energia até as questões burocráticas que envolvem a migração, com ações rápidas a cada ajuste regulatório. 

Para que sua empresa encontre as melhores condições de compra de energia no Mercado Livre, conheça o Esfera Resolve e fale com um especialista para começar o processo.

Para ficar por dentro de todas as particularidades do Mercado Livre de Energia, baixe o e-book e entenda o motivo da migração ser segura e vantajosa para o seu negócio.

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Hedge de energia: o que é e como usar para evitar perdas?

Hedge de energia: o que é e como usar para evitar perdas?

Em toda compra existe risco, e no Mercado Livre de Energia não é diferente. A flexibilidade na negociação encontra a volatilidade de preços, o que exige experiência e estratégia para fechar o melhor contrato. É aí que entra em cena o hedge de energia.

A ferramenta é velha conhecida do mercado de ações, mas é aplicável no Ambiente de Contratação Livre (ACL) para driblar as variações no valor da energia elétrica.

Está no Mercado Livre e quer fazer negociações estratégicas para aumentar os ganhos como consumidor livre? Continue no artigo e entenda o que é hedge de energia, a importância da ferramenta, as estratégias, como utilizar, vantagens e desvantagens e quando aplicar.

Boa leitura!

O que é hedge de energia?

Hedge de energia é uma estratégia financeira utilizada na negociação de contratos para proteger as empresas das variações nos preços da energia elétrica e fechar acordos vantajosos. O termo hedge vem do inglês e significa “limite”. Assim, as partes envolvidas chegam a um valor máximo favorável para ambas.

A energia elétrica é um tipo de commodity cujo preço varia conforme a oferta, demanda, condições climáticas de geração e até por questões políticas. As flutuações são significativas, principalmente para grandes consumidores.

Para fazer uma gestão segura de riscos financeiros, as empresas consumidoras livres utilizam o hedge como ferramenta para negociar com os fornecedores no Mercado Livre. 

A principal referência é o valor do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD), utilizado para definir o valor da energia no Mercado de Curto Prazo (MCP). Entenda como funciona o cálculo desse referencial no vídeo a seguir.

Por que o hedge de energia é importante?

O hedge de energia é uma ferramenta importante porque o Mercado Livre de Energia é um ambiente de contratação instável, como uma bolsa de valores. Dessa forma, as empresas precisam de estratégias bem planejadas para lidar com os riscos.

Desde 2021, a divulgação do PLD acontece de hora em hora. Ou seja, o valor da energia pode oscilar significativamente para mais ou para menos em 60 minutos. 

Então, a empresa que não planeja seus contratos em médio e longo prazo e compra no Mercado de Curto Prazo perde a chance de economizar tanto quanto poderia como consumidor livre.

Com as estratégias de hedge, os contratos têm um preço fixo, independentemente das variações futuras, o que garante o abastecimento do negócio e mantém a previsibilidade financeira.

Quais são as principais estratégias de hedge de energia?

As principais estratégias de hedge de energia são: contratos a termo, de “swap”, futuros e de opções. Entenda como cada opção funciona.

Contratos a termo

Os contratos a termo são operações bilaterais de compra e venda nas quais se define um um preço fixado para liquidação em data futura. Ou seja, as partes acordam preços, prazos, quantidades e condições de pagamento na negociação.

Nessa estratégia, o valor do PLD é fixo. No momento da liquidação, o cálculo considera a diferença entre o preço fixado e o valor de mercado do PLD.

Contratos de “swap”

O swap é um tipo de contrato em que acontece um acordo para trocar a rentabilidade de dois ativos, com base na comparação entre dois referenciais.

No Mercado Livre de Energia, as referências utilizadas são os diferentes PLDs regionais, como PLD SE/CO e PLD nordeste, ou de meses distintos.

Contratos futuros

Nos contratos futuros, a quantidade de energia negociada, prazos e formas de liquidação em data futura são padronizados. 

Dessa forma, a fixação do preço garante aos compradores ou vendedores a mitigação dos impactos da volatilidade do mercado de energia.

Contratos de opções

Por fim, a última estratégia de hedge de energia são os contratos de opções. Esse tipo de negociação estabelece o direito de negociar um ativo (comprar ou vender) com um preço fixo em uma data futura, ambos previamente definidos. 

Quem compra (operação chamada de “call”) paga o prêmio inicial — ou seja, o valor acordado. Porém, não tem qualquer obrigação de exercer seu direito. Já quem faz a opção de venda (“put”), recebe e tem a obrigação de entregar a energia.

Como utilizar o hedge nas compras de energia?

O uso do hedge de energia exige uma estratégia bem planejada para escolher uma forma de contrato vantajosa para o perfil de consumo do negócio. Ter o suporte de profissionais experientes, como as comercializadoras, auxilia nas tomadas de decisão e no gerenciamento de riscos em relação ao preço da commodity.

As negociações acontecem no mercado de Balcão, diretamente entre as partes, conforme as etapas a seguir:

  1. assinatura do Contrato Global de Derivativos (CGD) antes do fechamento da operação;
  2. definição do tipo de PLD, preço (R$/MWh), quantidade de energia (MWh) e vencimento (prazo da operação);
  3. assinatura da Nota de Negociação, que formaliza e resume os critérios definidos;
  4. registro da operação no módulo de Derivativos de Balcão;
  5. liquidação do pagamento na data de vencimento, conforme o cálculo do ajuste do sistema.

O hedge de energia, como estratégia financeira, serve tanto para os consumidores quanto para comercializadoras e geradoras. O processo garante a especulação de preço segura, menor exposição à volatilidade do Mercado Livre, redução da inadimplência e equilíbrio do fluxo de caixa.

Vantagens e desvantagens do hedge de energia

Como qualquer tática financeira, a operação de hedge de energia traz vantagens e desvantagens. Entenda os ganhos e desafios do mercado. 

Vantagens da estratégia de hedge:

• aumento da liquidez do mercado;

• proteção contra a volatilidade e riscos financeiros do mercado;

• melhora da previsibilidade dos custos com energia;

• equilíbrio do fluxo de caixa;

• cumprimento das metas de economia com insumos.

Desvantagens da estratégia de hedge:

• complexidade da operação, o que exige conhecimento especializado;

• existência de riscos residuais — nunca totalmente eliminados em contextos financeiros.

Quando aplicar o hedge de energia?

A estratégia de hedge é a solução indicada para organizações expostas a riscos que gostariam de reduzir as chances de perdas decorrentes desse cenário. No caso, a alta volatilidade dos preços da energia elétrica.

As empresas com alto consumo energético, por exemplo, que precisam melhorar a previsibilidade dos custos, podem aplicar o hedge de energia para economizar e reduzir os riscos da atuação no Mercado Livre de Energia.

Já pensou nessa solução, mas não sabe como começar? Conheça o Esfera Resolve, a solução da Esfera Energia que cria operações estruturadas para identificar oportunidades e buscar operações que aumentem a sua economia.

Fale com um especialista e saiba como garantir os melhores preços e a melhor energia!