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Economia circular: o que é + exemplos do modelo no Brasil

Economia circular: o que é + exemplos do modelo no Brasil

A economia circular é um conceito em alta no mercado, pois é uma das formas de desenvolvimento sustentável que pode ser adotada por empresas e indústrias para reduzir o desperdício e incentivar o uso eficiente dos recursos disponíveis.

Uma pesquisa sobre o tema realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em 2019, destacou que 76% das companhias do país já possuem algum tipo de iniciativa ligada à economia circular.

O principal estímulo para que as empresas adotem o conceito em seus modelos de negócio é buscar alternativas de matéria-prima mais eficientes, reduzindo a exploração de recursos, principalmente os que são finitos.

Além disso, a geração de resíduos é outro foco. Afinal, a cada ano toneladas de lixo são descartadas nos lixões e aterros sanitários, o que exige medidas em relação aos tipos de insumo utilizados e como eles podem ser reaproveitados ou substituídos.

Essa conversa já chegou na sua empresa e você quer saber mais sobre o tema? Continue no artigo e entenda o conceito, os princípios e como o Brasil incentiva a economia circular no mercado interno.

Boa leitura!

O que é economia circular?

A economia circular é um sistema no qual a escolha dos recursos para a produção de um produto ou realização de um serviço se baseia em matérias-primas e insumos mais duráveis, renováveis e recicláveis, criando modelos de negócio que priorizam o desenvolvimento econômico sustentável.

O objetivo de repensar o processo de produção é reduzir a necessidade de compras recorrentes de materiais, optando pelos que têm mais vida útil.

Dessa forma, as empresas diminuem os custos de produção, como energia, água e tempo, pois não precisam trabalhar com a matéria-prima do zero.

O sistema da economia circular ainda elimina o desperdício, ajudando a manter um sistema de produção enxuto, consolidando a sustentabilidade como um valor do negócio e conferindo utilidade aos subprodutos que antes seriam descartados.

Leia também >>> Gestão de resíduos industriais: o que é + como fazer.

Qual a diferença entre economia linear e circular? 

Na economia linear, os recursos naturais são extraídos, viram matéria-prima  e os subprodutos/resíduos são descartados ao final do processo. Já na economia circular, as empresas adotam uma produção limpa e sustentável, organizando a distribuição, coleta, reciclagem ou reutilização das sobras.

Ou seja, as empresas que utilizam o modelo circular pensam em formas de otimizar cada etapa do processo produtivo e de distribuição para minimizar os impactos tanto no meio ambiente quanto na sociedade.

Para isso, promovem o consumo consciente entre os clientes e criam meios de recolher os resíduos gerados após o uso para serem reutilizados pela própria empresa ou por parceiros que fazem o tratamento e o encaminhamento dos recursos para outras iniciativas.

Assim, o ciclo de aproveitamento é contínuo, contribuindo para o desenvolvimento de modelos de negócio que valorizam os insumos que têm mais vida útil.

Outro ponto fundamental é a redução da exploração, extração e transformação de recursos naturais, processos responsáveis por um grande volume de emissões de gases do efeito estufa (GEEs), que aumentam a pegada de carbono das empresas.

Quais são os princípios da economia circular? 

Os princípios que norteiam a economia circular, segundo a Fundação Ellen MacArthur, uma instituição filantrópica que trabalha pela aceleração da adoção do modelo na economia, são:

  • eliminar a quantidade de resíduos e poluição;
  • movimentar materiais e produtos em seu valor mais alto;
  • contribuir com a regeneração da natureza.

Falamos mais sobre cada princípio a seguir: 

Eliminar resíduos e poluição

Para eliminar resíduos e poluição, as empresas precisam revisar seus processos produtivos, reavaliando cada etapa para identificar onde é possível fazer substituições.

Por exemplo, trocar uma matéria-prima por uma opção reciclável/reutilizável, investir em maquinário que utilize menos água, utilizar novas formas de embalar os produtos, abastecer a empresa com energia renovável, entre outros.

Movimentar materiais e produtos

A movimentação de materiais e produtos em alto valor na economia circular significa que, ao longo da cadeia de produção, sempre haverá uma utilidade para o tipo de insumo utilizado.

Isso só é possível se as empresas e indústrias planejarem o que vão utilizar, escolhendo os materiais conforme sua capacidade de reutilização, o que mantém seu valor elevado, pois pode ser aproveitado em longo prazo. 

Regenerar a natureza

A extração contínua de recursos naturais afeta o meio ambiente e causa muitos danos e transformações nos locais onde acontecem as explorações. 

A economia circular auxilia na recuperação da natureza à medida que reduz a necessidade de extrair recursos, priorizando os processos naturais e permitindo que a natureza se desenvolva.

Economia circular: exemplos no Brasil

A economia circular é uma das saídas para diminuir as emissões de gases poluentes que contribuem para o efeito estufa no planeta. 

Um relatório de 2021 da Circle Economy destacou que se a proporção de materiais reutilizados aumentar 17% até 2032, será possível diminuir em 39% as emissões de gases poluentes, como o carbono.

No Brasil, várias empresas estão alinhadas à economia circular. A Coca-Cola, por exemplo, fabrica 100% de suas embalagens com materiais orgânicos ou reciclados. Desse total, 99,6% são recicláveis.

A Nespresso, famosa pelos seus cafés em cápsula, criou um sistema de devolução para que os clientes encaminhem as cápsulas de volta para a empresa — a parte plástica é reciclada e o café vira adubo. 

No setor de vestuário, a C&A investiu em uma linha de roupas fabricadas com algodão e outros materiais sustentáveis, além de lançar o “Movimento ReCiclo” para coletar roupas descartadas pelos clientes e reaproveitá-las.

O Brasil ainda é líder em energia limpa, permitindo que empresas e indústrias abasteçam suas estruturas com eletricidade gerada a partir de fontes renováveis. 

Em 2023, o país foi convidado para integrar a Coalizão de Economia Circular para América Latina e o Caribe, reforçando o comprometimento com a economia de baixo carbono.

Leia mais >>> Fontes renováveis de energia: 7 tipos e o uso no Brasil.

Tenha uma operação sustentável na sua empresa

Um dos primeiros passos acessíveis para a implementação da economia circular dentro dos modelos de negócio atuais é trocar o tipo de abastecimento energético das empresas.

O uso de energia renovável auxilia no desenvolvimento sustentável e reduz expressivamente o gosto com este insumo. No Brasil, o Mercado Livre de Energia garante ampla possibilidade de negociação aos grandes consumidores junto aos fornecedores de energia. 

O processo de entrada nesse mercado tem várias etapas, mas a Esfera Energia facilita o caminho da migração e ainda orienta sobre as melhores opções de compra.

Conheça o Esfera Simplifica e entenda como o nosso time pode levá-lo até a melhor energia para o seu negócio.

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Agricultura sustentável: importância, exemplos no Brasil e no mundo

Agricultura sustentável: importância, exemplos no Brasil e no mundo

A produção de alimentos em larga escala vem causando impactos ambientais e sociais, o que, ao longo do tempo, levantou uma bandeira vermelha para a necessidade de melhorar as técnicas produtivas. Foi assim que, na década de 1970, o conceito de agricultura sustentável começou a ser discutido.

Os principais impactos causados pela agricultura tradicional são: desmatamento, comprometimento da qualidade da água, do solo e do ar, poluição, queimadas, extinção de espécies, utilização de agrotóxicos, emissão de gases de efeito estufa, entre outros.

No Brasil, que tem o agronegócio como um dos carro-chefe da economia, a preocupação com os meios e tecnologias empregados nas grandes áreas de cultivo gera bastante discussão a respeito das possíveis melhorias para reduzir os impactos negativos.

No último relatório do SEEG (Sistema de Estimativas de Emissões de Gases do Efeito Estufa) do Observatório do Clima, divulgado em 2023, a agropecuária foi o segundo setor mais poluentes, responsável por 27% das emissões nacionais, atrás apenas das mudanças do uso de terra que emitiu 48% dos gases do efeito estufa.

Por isso, o setor está no centro das conversas sobre ESG (siga em inglês para iniciativas ambientais, sociais e de governança corporativa), cujo objetivo é incentivar as boas práticas para que os países alcancem as metas ambientais.

Neste artigo, vamos abordar os principais pontos para entender o conceito de agricultura sustentável, sua importância, objetivos, como ele é aplicado, o cenário no Brasil e no mundo e o papel da energia sustentável na agricultura.

Boa leitura!

O que é agricultura sustentável?

A agricultura sustentável é definida como uma prática que objetiva fazer o manuseio correto e a preservação dos recursos naturais com a aplicação de tecnologias e práticas que proporcionem a satisfação das necessidades alimentares da população no presente, garantindo as mesmas possibilidades às gerações futuras.

O desenvolvimento da atividade econômica baseado nos princípios de sustentabilidade preserva as propriedades do solo, a qualidade da água e os recursos para existência das espécies animais e vegetais.

Além disso, a agricultura sustentável não deteriora o ambiente, utiliza técnicas de produção mais favoráveis à preservação, é economicamente viável e socialmente aprovável.

O conceito foi estabelecido pela FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação) e é uma das definições aceitas internacionalmente para a prática, dada a complexidade do tópico.

A proposta de repensar as práticas agrícolas surgiu da necessidade de criar um padrão que utilize mais racionalmente os recursos disponíveis.

Afinal, em longo prazo e com a intensificação dos impactos negativos no solo, na água e no ar, a capacidade produtiva mundial fica comprometida. 

Atualmente, os países estão conscientes sobre os efeitos que a utilização dos recursos naturais sem freio pode trazer para o desenvolvimento econômico e social no futuro. 

Porém, as práticas vigentes continuam longe do ideal para produzir impactos significativos, tornando o assunto uma pauta ainda mais relevante, que precisa ser debatida.

Leia também >>> Desenvolvimento sustentável: o que é, importância e objetivos.

Por que a agricultura sustentável é importante?

A agricultura sustentável é uma iniciativa importante porque contribui ativamente para a preservação dos recursos do solo, garantindo que ele permaneça fértil e, portanto, cultivável, proporcionando a segurança alimentar da população.

O resultado só é possível se os todos os países produtores adotarem boas práticas de sustentabilidade no cultivo, especialmente nas produções em larga escala, cujo impacto é potencializado pelo volume da produção.

As mudanças climáticas vivenciadas hoje com períodos de estiagem prolongados e chuvas em volumes inesperados são fatores que interferem no ciclo das produções agrícolas, causando perdas enormes aos produtores, tanto os grandes quanto os pequenos.

Uma estimativa divulgada pela Bayer é a de que as alterações do clima podem causar 17% de perdas nas lavouras e ainda reduzir em 20% a área disponível para plantio até 2050.

Considerando que a tendência é que a demanda alimentar do planeta cresça em 50% se a população mundial atingir 2,2 bilhões de pessoas, a consolidação de práticas sustentáveis é essencial desde agora para evitar uma escassez de alimentos ainda maior no futuro. 

Por isso, os agricultores são considerados aliados essenciais para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos por órgãos internacionais, como a ONU (Organização das Nações Unidas).

O programa chamado de Agenda 2030, apresentado e aceito por 193 estados-membros da ONU em 2015, propõe 17 objetivos e 169 metas globais interligadas para cumprimento até 2030. 

O Brasil faz parte desse time e já existem ações voltadas para sustentabilidade no agronegócio e também na pecuária nacional. Falaremos sobre elas no decorrer do artigo.

Quais os três principais objetivos da agricultura sustentável?

Os três principais objetivos da agricultura sustentável, segundo o NRC (National Research Council), órgão norte-americano, no relatório Agricultura Alternativa são:

Conservação do meio ambiente

O primeiro objetivo de aplicar a sustentabilidade na agricultura é conservar o meio ambiente no qual a produção se desenvolve (solo, água e ar) para ampliar a produtividade dos sistemas agrícolas, sem gerar perdas na preservação dos recursos naturais da área.

Dessa forma, os produtores podem atender continuamente a demanda produtiva de abastecimento dos seus produtos. 

Os cuidados com o ciclo de produção garantem não só que a população seja atendida, mas também favorece o desenvolvimento e crescimento econômico nos países. 

Leia também >>> Crédito de carbono: o que é e como funciona o mercado?

Produção com alta qualidade nutricional

Os agrotóxicos, além de comprometerem a qualidade dos alimentos, contaminam diretamente o solo e, consequentemente, o lençol freático e os rios, uma vez que os resíduos penetram na terra e são levados pelas chuvas.

Com a agricultura sustentável é possível aumentar o nível da qualidade nutricional dos produtos, utilizando técnicas e escolhendo meios para preservar as lavouras de pragas, sem a utilização de produtos químicos com propriedades danosas à saúde.

A produção de alimentos sadios, integrais e nutritivos é fundamental para o bem-estar da população e para a dignidade alimentar, garantindo que todos tenham acesso a itens de qualidade.

Igualdade e rentabilidade econômica

O terceiro objetivo da agricultura sustentável é que não só os grandes, mas também os médios e pequenos produtores consigam criar negócios prósperos, reduzindo as disparidades sociais e econômicas nos países.

A possibilidade de criar uma fonte de renda local sólida, investindo em um modelo de produção limpo, é um incentivo à geração de renda em comunidades fora dos eixos que produzem em larga escala.

Além disso, é um fomento à inovação, aplicando os subsídios governamentais para pequenos produtos para criar sistemas produtivos que potencializam a produtividade do solo, preservando suas características e todo o meio ambiente ao redor.

Como é feita a agricultura sustentável?

A agricultura sustentável é praticada por meio de mudanças nos processos produtivos. Para isso, os produtores analisam o próprio contexto para identificar as mudanças possíveis e planejar como implementá-las.

Reunimos abaixo quatro boas práticas de sustentabilidade utilizadas no mercado agrícola. Veja quais são e como funcionam:

1. Agricultura orgânica

A agricultura orgânica é a diretriz mais conhecida e propagada na agricultura, contrapondo-se diretamente aos sistemas de produção tradicionais. Existem várias práticas sob o guarda-chuva orgânico com suas características específicas.

O pilar principal é a preservação da fertilidade do solo e da saúde dos vegetais por meio de técnicas de cultivo agrícola, como:

  • adubação orgânica e compostagem; 
  • diversificação e rotação de culturas;
  • manejo ecológico de pragas e doenças;
  • preservação ambiental.

Além de cuidar do meio em que a produção acontece, as técnicas de cultivo orgânico contribuem para a integridade das comunidades rurais, preservando a cultura e a ecologia locais.

As escolhas em cada fase do processo de produção (processamento, armazenamento, distribuição e comercialização) priorizam insumos e materiais sustentáveis para reduzir os impactos da atividade. 

Uma pesquisa científica realizada por 22 anos pelo pesquisador David Pimentel, da Universidade Cornell (EUA) comparou a produção tradicional e orgânica de milho e soja e mostrou que o sistema orgânico utiliza 30% menos energia fóssil, preserva mais água no solo, causa menos erosão, mantém a qualidade do solo e conserva mais recursos biológicos. 

No Brasil, o método é utilizado e as principais culturas orgânicas são: soja, café, frutas, cana-de-açúcar, cacau, palmito e hortaliças. 

2. Agricultura biodinâmica

A agricultura biodinâmica é outro sistema de agricultura sustentável baseado nas diretrizes da Antroposofia, uma corrente filosófica e prática de desenvolvimento do ser humano criada no começo do século XX por Rudolf Steiner.

Essa prática aplica conhecimentos astronômicos na produção agrícola, considerando os efeitos das forças sutis/espirituais nas plantas, animais e no próprio homem.

As principais diferenças para o sistema orgânico são a utilização da astronomia e de preparados biodinâmicos no cultivo. 

Em comum, o uso sustentável dos recursos naturais e a eliminação de agrotóxicos, transgênicos e outras substâncias prejudiciais ao solo, animais e à saúde humana.

3. Agricultura natural

Os princípios da agricultura natural foram criados no Japão, por Mokiti Okada, na década de 1930. O objetivo da técnica é produzir, seguindo um ciclo que imita o da natureza. Entre as práticas utilizadas estão:

  • pouca movimentação do solo;
  • utilização de roçadas, cobertura verde, semeaduras consorciadas de cereais;
  • eliminação do esterco animal; 
  • aplicação de compostos apenas vegetais para o equilíbrio do solo.

Diante das práticas agrícolas inadequadas que faziam (e ainda fazem) uso indiscriminado de agrotóxicos. Okada propôs uma técnica que conservava a qualidade do solo e, consequentemente, dos alimentos, garantindo o equilíbrio biológico e a qualidade de vida. 

4. Permacultura

A quarta técnica para fazer agricultura sustentável é a permacultura, ou agricultura permanente, criada pelos australianos Bill Mollison e David Holmgren, na década de 1970.

O propósito é integrar as culturas agrícolas ao ecossistema natural (animais e florestas) para que em vez de abrir espaço para a plantação, ela seja adaptada ao espaço existente.

Dessa forma, na permacultura é comum a produção de animais e plantas acontecer no mesmo tempo e no mesmo local, preservando a paisagem e recursos para que ambas as culturas obtenham bons resultados.

Um exemplo brasileiro da técnica é a cabruca, realizada na Bahia. A mata é raleada para o cultivo de cacau entre outras árvores do campo, reproduzindo o mais próximo possível as características do ambiente original do fruto.

Exemplos de agricultura sustentável no Brasil e no mundo 

Já que estamos falando do Brasil, não faltam exemplos de agricultura sustentável no país, desde as práticas orgânicas até a permacultura, mais alternativa, como mencionamos acima. 

Desde 2003, o Plano Safra, uma iniciativa federal, fomenta práticas de sustentabilidade na agricultura nacional, apoiando financeiramente os produtores rurais de todos os portes para investirem em soluções mais limpas no cultivo.

No ciclo 2023/2024  houve um aumento de 30% no montante disponível para investimento em relação ao ciclo anterior. Essa é uma das iniciativas na parte de incentivo para que os produtores tenham meios para implementar soluções sustentáveis.

Outro exemplo é a adoção do manejo florestal sustentável, principalmente na região amazônica, alvo principal do desmatamento. A ideia é que tanto as atividades agrícola e pecuária como a extração de madeira aconteçam no esquema de rodízio, seguindo um plano de conservação.

Um fazendo da região de Alta Floresta, no Mato Grosso, preserva 11 mil hectares de mata nativa da sua propriedade com essa técnica, dividindo a área com o plantio de soja, milho e sorgo.

A sustentabilidade no mundo

Entre as práticas internacionais, a Suíça se destaca entre os países mais sustentáveis. Na agricultura, o país garante o abastecimento de água para utilização das lavouras do derretimento das geleiras das montanhas.

Nos Estados Unidos, um fundo nacional de mais de US$ 13 bilhões apoia projetos para produção de novos tipos de novos fertilizantes, redução dos combustíveis fósseis e aplicação da inteligência artificial nas lavouras. 

Já na Bélgica, um projeto da Universidade de Wageningen atua para reduzir o impacto do maquinário pesado no solo. 

Com o auxílio das tecnologias sustentáveis na agricultura, especificamente robôs, pequenos e mais leves, será criado um sistema de furos verticais para diminuir a densidade e auxiliar no escoamento do excesso de água do solo cultivado. 

Leia mais >>> Tecnologia sustentável: 7 exemplos, uso no Brasil + dicas.

Consumo de energia sustentável na agricultura

O abastecimento energético das lavouras também é um assunto tão em alta quanto a sustentabilidade das práticas de cultivo direto.

Um dos incentivos atuais é o consumo de energia sustentável na agricultura. A energia solar é uma das fontes limpas mais citadas pela possibilidade de instalação de sistemas fotovoltaicos nas lavouras.

Existem iniciativas que integram a plantação com os painéis de geração solar, otimizando o aproveitamento da área e garantindo o abastecimento. Um relatório da Allied Market Research projeta que o mercado agrovoltaico valerá US$ 9,3 bilhões até 2031.

No Brasil, o uso de energia renovável também é acessível aos negócios por meio do Mercado Livre de Energia, que é uma opção ao investimento em geração própria.

Os produtores rurais podem escolher o tipo de energia que desejam comprar e de quais fornecedores desejam adquirir, fechando contratos com preços vantajosos para atender sua demanda.

Já pensou nessa possibilidade, mas não sabe como migrar e operar nesse mercado? Conheça as soluções da Esfera Energia e fale com especialistas para descobrir como abastecer seu negócio com a melhor energia e economizar até 35% na conta de luz!

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Como reduzir o consumo de plástico e o seu impacto no meio ambiente?

Como reduzir o consumo de plástico e o seu impacto no meio ambiente?

A necessidade de resolver problemas leva à busca por soluções. Se for possível reproduzi-las em larga escala, ainda melhor. O plástico foi uma dessas invenções cujo descarte se transformou em um grande problema. E a pergunta atual é: como reduzir o consumo de plástico?

Segundo o relatório ‘Da Poluição à Solução’, produzido pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), os resíduos plásticos representam 85% do total de lixo existente no mar.

Os plásticos descartados incorretamente afetam a vida marinha, as plantas e chegam aos lugares mais remotos do planeta, navegando com as correntes marítimas.

A chamada ilha de plástico, uma grande mancha de lixo que flutua entre a costa do estado da Califórnia, nos Estados Unidos, e o Havaí, com 1,6 milhão km2 (maior que o estado do Amazonas!), tem até um ecossistema próprio, segundo a revista Nature, que estudou os resíduos da “ilha”.

As evidências deixam claras as consequências do uso excessivo de plástico. Por isso, contê-las é um tópico urgente para o qual já existem iniciativas tanto governamentais quanto individuais que contribuem para a contenção dos danos.

Continue a leitura do artigo e saiba quais são as medidas brasileiras para incentivar a redução do consumo de plástico e o que é possível fazer em casa para substituir o plástico.

Quais são os caminhos para reduzir o consumo de plástico no Brasil?

No Brasil, ainda não existe uma lei federal que regulamente a produção de plástico, institua o reúso e determine a reciclagem como regra no país. Apesar disso, existem vários projetos de lei em tramitação, tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado Federal, que abordam a temática.

Nos governos estaduais e municipais também existem propostas de iniciativas e outras já em vigor. Isso reforça que há conscientização sobre o problema, assim como preocupação em resolvê-lo.

As propostas existentes respondem à questão de como reduzir o consumo de plástico com alguns caminhos possíveis. Conheça algumas das propostas:

Reúso e reciclagem plástica

O Projeto de Lei n.º 2.524, de 2022, um dos mais recentes e que aguarda votação no plenário do Senado, propõe reduzir o consumo de plástico descartável por meio da economia circular. Entre as ações propostas no Projeto de Lei (PL) estão:

  • limitação da produção de resíduos de produtos plásticos de uso único;
  • proibição da comercialização de sacolas plásticas;
  • substituição das embalagens plásticas por opções retornáveis e recicláveis ou troca por recipientes confeccionados por materiais compostáveis, a partir de dezembro de 2029;
  • redução a zero da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre as embalagens fabricadas com materiais biodegradáveis ou compostáveis;
  • criação do ‘Programa Federal de Pagamento por Serviços Ambientais (PFPSA)’,cujo objetivo é manter, recuperar e melhorar a cobertura vegetal e hídrica, gerindo adequadamente os resíduos sólidos.

Em entrevista à Agência Senado, o senador Jean Paul Prates (PT-RN), autor do PL, destaca que o Brasil é um dos países que mais produzem plástico no mundo. Por ano, a indústria nacional gera aproximadamente 500 milhões de artigos plásticos descartáveis, como embalagens, sacolas, talheres, copos, canudos, pratos, etc.).

Criação da Comissão Nacional de Incentivo à Reciclagem (CNIR)

A Comissão Nacional de Incentivo à Reciclagem (CNIR) é uma iniciativa do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), criada em junho de 2023. 

O objetivo da comissão é definir as diretrizes para o exercício da reciclagem em todo país. A criação da CNIR está prevista na Política Nacional de Incentivo à Reciclagem, que define os incentivos para fortalecer a cadeia produtiva de reciclagem no Brasil.

A comissão também vai focar na economia circular para reduzir o uso e reutilizar as 60 milhões de toneladas de resíduos sólidos produzidos por ano no país, conforme detalhou a ministra Marina Silva

Ações estaduais

Em Belo Horizonte, Minas Gerais, foi aprovada uma lei municipal que proibiu o uso de sacolas plásticas de uso único, substituindo-as por sacolas fabricadas com material ecológico. 

A medida vigora no município desde 2011 e o comércio local é fiscalizado. Os donos estão sujeitos ao pagamento de multa de R$ 1 mil e ainda arriscam ter o estabelecimento interditado.

Em Goiás, existem várias leis governamentais vigentes. Uma das mais recentes é o Decreto n.º 10.255, de abril de 2023, que implementou, estruturou e operacionalizou o sistema de logística reversa de embalagens no estado.

O decreto ainda instituiu o Certificado de Crédito de Reciclagem, o RECICLAGOIÁS. Agora, as empresas que fabricam e/ou distribuem, comércios e indústrias são obrigadas a arcar com os custos do reaproveitamento de, no mínimo, 22% das embalagens recicláveis que vendem no mercado. 

O caminho é longo, mas definitivamente, há como reduzir o consumo de plástico com a união do Governo, empresas e consumidores colaborando com o descarte consciente dos resíduos.

Dicas para reduzir seu consumo de plástico

Além das ações governamentais, os cidadãos também podem colaborar para reduzir o consumo de plástico em casa. Veja quais novas condutas implementar e fique de olho na geração e no descarte correto de itens plásticos no dia a dia.

1. Conheça iniciativas locais

A proatividade é um quesito fundamental quando se trata de como reduzir o consumo de plástico. Isso porque, infelizmente, nem todos os municípios possuem leis oficiais. 

Porém, existem ONGs ou empresas privadas que fazem a reciclagem de itens plásticos. Então, pesquisar, conhecer, participar e divulgar o trabalho, é uma ótima colaboração.

2. Tenha os seus próprios utensílios

Outra iniciativa para reduzir o consumo de plástico individual é planejar a eliminação gradual de itens fabricados com o material da rotina. 

Por exemplo, ter um canudo de metal e um copo reutilizável para levar aos lugares evita o consumo desses itens, que geram um grande volume de lixo diariamente.

Leia mais >>> Consumo sustentável: o que é, importância + guia com 6 dicas.

3. Escolha itens reutilizáveis

Produtos refiláveis e fabricados com material natural, ou em formatos alternativos, que eliminam o uso de embalagens plásticas já existem no mercado. A área de higiene pessoal é uma das que permitem ótimas mudanças.

Escovas com cabo de bambu ou que apenas as cerdas são descartadas, xampu e condicionador em barra, produtos repostos por meio de refil são alguns exemplos bastante eficientes de empresas sustentáveis.

Leia mais: 7 exemplos de sustentabilidade em casa e como aplicar.

A liderança governamental aliada ao engajamento de empresas e da população é a chave para que as iniciativas de redução do consumo de plástico se multipliquem em ações efetivas, recuperando o meio ambiente e a qualidade de vida de todos.

Aprofunde seu conhecimento sobre o tema com a leitura do artigo >>> Consumo sustentável: o que é, importância + guia com 6 dicas.

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Dia Mundial da Água: como surgiu + importância da data

Dia Mundial da Água: como surgiu + importância da data

Já reparou que nas notícias sobre as expedições da NASA, a agência espacial norte-americana, que buscam indícios de vida em outros planetas do sistema Solar, um dos fatores analisados é a presença de água?

E o motivo é simples: sem água não existe vida. Como todos os seres vivos da Terra necessitam da água para sobreviver, o mesmo parâmetro é aplicado a outros planetas. 

Marte, por exemplo, tem água em estado líquido em sua superfície e, nas luas de Júpiter e Saturno, ela está embaixo de camadas de gelo.

Quando vemos imagens do nosso planeta visto do espaço, fica evidente que o volume de água é muito superior às porções de terra. Esse é um fator crucial para a diversidade de biomas existentes e, claro, para a vida.

Como um recurso vital, ele é devidamente celebrado, como um lembrete da proteção e do consumo consciente. E você se lembra qual é a data do Dia Mundial da Água?

Continue a leitura do artigo e saiba como a comemoração foi criada, sua importância e como contribuir para a preservação desse elemento.

O que significa o Dia Mundial da Água?

O Dia Mundial da Água é uma data comemorativa, celebrada internacionalmente no dia 22 de março, para exaltar a importância que esse elemento tem para a continuação e a manutenção da vida no planeta. 

Além disso, relembra o quanto a distribuição do recurso é desigual. Enquanto regiões são abundantes em água doce, outras áreas são extremamente secas, impactando diretamente a qualidade de vida no local.

Segundo o portal WWF Brasil, do volume total de água disponível no planeta, 97% é de água salgada (mares e oceanos) e somente 3% é de água doce. Dessa margem, 2% está nas geleiras, ou seja, em estado sólido.

Você deve estar se perguntando quanto sobrou para consumo, não é mesmo? Apenas 1% da água doce existente na Terra está disponível para o aproveitamento humano.

Sabe aquela água que vai embora pelo ralo quando você deixa o chuveiro ligado ou quando a torneira fica aberta enquanto você esfrega um pano no tanque? Esse desperdício sai desse 1% que temos para utilizar.

Mas o ciclo da água é contínuo, não ficaremos sem!”. Infelizmente, apenas o ciclo natural não conseguirá dar conta da demanda de consumo crescente. As crises hídricas no Brasil e no mundo soam o alerta para a importância do uso consciente.

Principalmente, devido aos efeitos do aquecimento global que ano após ano aumenta a temperatura média do planeta.

Como surgiu o Dia Mundial da Água?

O Dia Mundial da Água surgiu em março de 1992, durante a Conferência Rio-92, por iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU). O objetivo era colocar no calendário um lembrete anual de que a água é o recurso que nos mantém vivos e que devemos preservá-lo tanto pelo seu valor quanto por ser um bem escasso. 

Na data, a ONU publicou a “Declaração Universal dos Direitos da Água” com 10 diretrizes:

  1. A água faz parte do patrimônio do planeta e todos (cidadãos e poder público) são responsáveis por ela. 
  2. A água é condição essencial para a vida de todo vegetal, animal ou ser humano.
  3. Os processos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Portanto, o consumo racional é fundamental.
  4. O equilíbrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. 
  5. A água não é apenas herança do passado, mas também é um empréstimo que fazemos das gerações futuras. 
  6. A água tem valor econômico. Sua abundância ou escassez afeta positiva e negativamente as regiões do mundo.
  7. A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. 
  8. A proteção das águas é um dever. Todo cidadão, empresa ou grupo deve respeitar a legislação jurídica de preservação do seu país.
  9. A gestão da água contribui para o equilibrar as ações de proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social.
  10. O planejamento da gestão da água deve considerar a solidariedade e o consenso, uma vez que sua distribuição no planeta é desigual.

Leia também: Como reutilizar a água em casa? Aprenda a economizar

Qual a importância do Dia Mundial da Água?

A data reforça a importância da gestão sustentável dos recursos hídricos e incentiva medidas de uso racional da água, com a adoção de hábitos de consumo e preservação, que garantam sua disponibilidade em todo planeta. 

A Diretora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay, fez um pronunciamento na comemoração da data em 2023, e deixou um alerta:

“Neste Dia Mundial, a UNESCO gostaria de lembrar até que ponto a água, cujo ciclo é global, está em permanente desacordo com os limites humanos. Cabe a nós, tirarmos as devidas conclusões e encararmos a água como o que ela é: um bem vital e comum da humanidade, que deve, portanto, ser considerado na escala da humanidade.

Dessa forma, a comemoração é um chamado para mudarmos a postura em relação ao consumo e sermos mais ativos nas medidas de preservação, começando pela própria casa, e estendendo ao trabalho, lazer, etc.

Toda ação a favor do consumo sustentável tem impactos positivos e, portanto, é fundamental que cada pessoa assuma a sua parte na manutenção desse ciclo.

Dia Mundial da Água: frases de conscientização

Qual tal se engajar nesse propósito e levantar discussões sobre o tema, não só no dia, mas também pensando no uso consciente em todas as ações do dia a dia? E como inspiração nunca é demais, reunimos algumas frases de conscientização:

“Todo ser humano deveria ter o compromisso de cuidar do meio ambiente, da natureza e da água. Usar muito ou desperdiçar água deve causar algum tipo de sentimento, ou preocupação. Algum tipo de responsabilidade e, com isso, um senso de disciplina.”

Dalai Lama

“A terra, o ar, a terra e a água não são uma herança dos nossos antepassados, mas um empréstimo dos nossos filhos. Portanto, temos de entregá-los a eles pelo menos como nos foram entregues.”

Mahatma Gandhi

“A água é a força motriz de toda a natureza.”

Leonardo da Vinci

Leia mais: 7 dicas práticas de como economizar água em casa.

Leve sustentabilidade para sua casa

O investimento em uma casa sustentável pode começar com pequenas ações, desde medidas para evitar o desperdício de água até a utilização de fontes de energia limpa.

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Dia Mundial da Energia: como surgiu e qual a importância da data?

Dia Mundial da Energia: como surgiu e qual a importância da data?

O desenvolvimento social e econômico de qualquer país está ligado à existência de recursos essenciais, como água e energia elétrica. A disponibilidade desses recursos, entretanto, pede um controle efetivo e conscientização para garantir sua disponibilidade para toda população.

Assim, para mobilizar governos e a sociedade civil são oficializadas datas para celebrar a importância e educar as pessoas sobre a escassez de recursos e os riscos do desperdício.

O Dia Mundial da Energia é uma das datas que fazem parte do “calendário verde” com o Dia Mundial da Água e o Dia do Meio Ambiente. 

Continue a leitura do artigo e entenda como surgiu a comemoração, a importância, como o Brasil enfrenta os desafios da transição energética e dicas de hábitos domésticos para consumir sem desperdício.

Como surgiu o Dia Mundial da Energia?

O Dia Mundial da Energia é comemorado no dia 29 de maio, desde 1981, quando a data foi instituída pela Direção-Geral de Energia de Portugal. O objetivo da comemoração é conscientizar a população e os governos sobre a importância da energia, mas também sobre os impactos da sua geração e alternativas para minimizá-los.

Nos últimos anos, em meio a crises hídricas, aumentos da tarifa de energia e outras mudanças no país, alguns pontos ganharam relevância nas discussões, como:

  • Necessidade de conservar energia;
  • Utilização racional das fontes energéticas;
  • Eficiência energética nas residências e empresas;
  • Transição para fontes de energia limpa.

A descarbonização da matriz energética é um dos objetivos em alta porque a geração de energia por meio de combustíveis fósseis, como petróleo, carvão mineral e gás natural, contribui para as mudanças climáticas que estão impactando o meio ambiente. 

Por isso, é fundamental colocar em pauta os problemas e, principalmente, pensar em soluções que contribuam para um futuro sustentável para as próximas gerações.

Qual a importância de existir um Dia Mundial da Energia?

O Dia Mundial da Energia é uma forma de lembrar a importância das medidas efetivas para atender o consumo, que aumenta a cada ano, mas também de avaliar criticamente como isso será feito. 

As fontes renováveis de energia são a principal solução para reduzir o impacto negativo da geração tradicional.

Segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), no primeiro semestre de 2023, o consumo de energia no país cresceu 1,4%, em números, a média foi de 66.760 MW.

As atividades industriais, o comércio e a prestação de serviços, em recuperação pós-pandemia, contribuíram para o aumento da demanda, que precisa ser atendida para a continuação do desenvolvimento econômico e social.

Como a tendência é que a demanda de abastecimento cresça, pensar na descarbonização do processo de geração é estrategicamente importante.

No Brasil, o potencial da energia renovável vem ganhando cada vez mais destaque. Energia solar, eólica, biogás, biomassa e outras estão recebendo cada vez mais investimentos.

Em junho de 2023, o Comitê dos Fundos de Investimento Climáticos aprovou o ‘Programa de Integração de Energia Renovável’, criado com o apoio do Ministério de Minas e Energia. A iniciativa vai injetar US$ 70 milhões em investimentos no país.

Algumas das principais ações nas quais o programa irá focar são: 

  • Digitalização e modernização de usinas hidroelétricas; 
  • Digitalização e automação das redes de transmissão e distribuição; 
  • Descarbonização dos sistemas isolados e tecnologias de armazenamento; 
  • Desenvolvimento do hub de hidrogênio verde no Ceará. 

Esse é um exemplo que reforça a importância da conscientização, pois por meio das iniciativas governamentais, os cidadãos são motivados a escolher alternativas limpas e sustentáveis para suas casas.

Desafios no Dia Mundial da Energia

Além de ampliar o debate e colocar em destaque a necessidade de soluções práticas desde já, a data ainda coloca em pauta os desafios. 

Como vimos acima, para que as fontes sustentáveis ganhem espaço no mercado frente às fontes sujas, usadas tradicionalmente, é necessário investimento. Diante da necessidade de crescimento econômico, as soluções de energia limpa precisam ganhar espaço. 

Para isso, o comprometimento com os princípios do ESG das empresas locais e das internacionais, que chegam de olho no potencial interno, é essencial para impulsionar o crescimento da energia limpa no país. 

O ESG propõe um novo jeito de pensar a gestão empresarial, integrando três aspectos: Ambiental, Social e Governança. O objetivo é adotar um padrão de desenvolvimento sustentável, o que inclui soluções energéticas mais eficientes e que causam menos impactos.

Colocar essa mudança em prática só é possível com o engajamento das lideranças empresariais e dos cidadãos. 

Ao compreenderem a importância do tema, as pessoas podem se tornar agentes políticos mais atuantes, cobrando iniciativas locais e nacionais a favor do crescimento sustentável.

Por isso, comemorar datas como o Dia Mundial da Energia, vai além de ter um dia no calendário. Diante das mudanças pelas quais o planeta passa e as necessidades de preservá-lo, discutir e colocar ações em prática é cada vez mais urgente.

Leia também >>> Descarbonização, descentralização e digitalização: o que são?

Como consumir energia de forma sustentável?

Se o futuro da energia no mundo é sustentável, limpo e renovável, é fundamental mudar o comportamento enquanto consumidor, pensando cada vez mais no todo e não pontualmente.

Isso começa, claro, fazendo escolhas melhores e educando aqueles que estão na mesma casa. Separamos alguns hábitos que podem ser implementados na rotina da sua residência:

  • Mude o abastecimento da sua casa, seja instalando um sistema de geração própria ou procurando plataformas de Geração Distribuída que atuam na sua região;
  • Adapte o projeto luminotécnico da sua casa, fazendo substituições de lâmpadas, incluindo equipamentos de acendimento automático em áreas de circulação, aproveitando a luz natural, etc.;
  • Verifique a qualidade da rede elétrica para evitar desperdícios pela má qualidade dos fios;
  • Planeje a rotina da casa, como tempo de banho, uso de ar-condicionado, passar e lavar roupas, entre outras, para reduzir o consumo;
  • Substitua eletrodomésticos antigos que gastam mais energia por modelos mais novos.

Já conhecia o Dia Mundial da Energia? A conscientização e, consequentemente, a mudança de hábitos é fundamental para ficar por dentro das novidades da fase de transição energética.

Leia mais sobre o tema nos artigos abaixo do blog:

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Dia do Meio Ambiente: quando é comemorado + história da data

Dia do Meio Ambiente: quando é comemorado + história da data

As datas comemorativas são criadas para a conscientização, educação e valorização de um tema, cuja importância impacta toda sociedade. O Dia do Meio Ambiente nasceu exatamente com essa intenção há mais de 50 anos.

Mudanças climáticas, escassez de água, perda de biodiversidade, exploração excessiva dos recursos naturais, descarte de resíduos sólidos nos oceanos, fenômenos meteorológicos extremos são exemplos de problemas ambientais que impactam o mundo.

Os efeitos das mudanças já interferem na qualidade de vida da população, chamando a atenção para a necessidade de mudar comportamentos, modos de produção de alimentos, comercialização de bens e serviços e mais.

Nas últimas décadas, vários acordos a favor da preservação do meio ambiente já foram propostos e alguns assinados por vários países. Em paralelo, a ONU criou os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs), com 17 metas a serem alcançadas até 2030.

Porém, ainda há muito trabalho a ser feito e o engajamento da população é fundamental para a preservação do meio ambiente.

Continue a leitura do artigo e conheça a história do Dia do Meio Ambiente e aprenda como você pode contribuir ativamente para a proteção do planeta.

Quando é comemorado o Dia do Meio Ambiente?

O Dia do Meio Ambiente é comemorado no dia 5 de junho. A data foi instituída em 1972, durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, sediada naquele ano em Estocolmo, na Suécia, pela Organização das Nações Unidas. 

No mesmo evento, a ONU criou o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). Entre as funções atribuídas a iniciativa estão:

  • Acompanhar as condições e tendências ambientais mundial, regional e nacional; 
  • Criar e disponibilizar aos países ferramentas e tecnologias ambientais; 
  • Apoiar instituições para uma gestão ambiental consciente.

Com a data, a ONU, em parceria com os países, busca promover debates e impulsionar ações para combater o aquecimento global, a perda de biodiversidade e a poluição. 

O trabalho é desafiador e, por isso, o engajamento dos cidadãos também é fundamental para estimular mudanças nos hábitos das pessoas, tornando-as mais conscientes e, consequentemente, cobrando iniciativas do poder público de onde mora.

Leia também >>> Desenvolvimento sustentável: o que é, importância e objetivos.

Por que o Dia do Meio Ambiente foi criado? 

O Dia do Meio Ambiente foi criado com o propósito de propagar mundialmente a proteção ambiental como uma bandeira fundamental para a longevidade da vida no planeta. As atividades conduzidas pelo ser humano nos últimos séculos impulsionaram o desenvolvimento social e econômico, porém causaram impactos severos. Modificar o ritmo exige cooperação internacional. 

Por isso, refletir e debater mudanças, além de cobrar ações efetivas dos países para modificar seus indicadores de desempenho ambiental, é um dos objetivos da ONU, relembrado anualmente com a data.

No vídeo comemorativo de 2023, as Nações Unidas questionam as ideias e ambições das pessoas para o futuro e as convida a refletir sobre a importância de pensar no equilíbrio do planeta. Confira!

A cada ano, um tema é trabalhado. Em 2022, o lema foi “Uma Só Terra”, destacando a necessidade de mudanças profundas nas políticas e iniciativas coletivas e individuais. 

Em 2023, o tema central foi a poluição plástica, um problema que afeta seres humanos e animais, à medida que a poluição de rios, florestas e mares avança a cada ano.

Qual a história do Dia Mundial do Meio Ambiente?

A história do Dia Mundial do Meio Ambiente começou a 51 anos atrás com a Conferência da ONU sobre o Meio Ambiente Humano, em 1972, na cidade sueca de Estocolmo. A conferência é considerada histórica até hoje por colocar o meio ambiente em destaque para governos, cidadãos, empresas e sociedade civil.

As discussões durante a reunião buscavam reforçar a integração entre crescimento econômico, o planeta e o bem-estar dos seres humanos. O vídeo abaixo conta em detalhes a história da conferência:

Meio século depois da reunião inaugural, o meio ambiente ainda necessita de mais medidas efetivas, mesmo com os avanços e o aumento da conscientização. 

Em 2022, o PNUMA lançou uma nova “Estratégia de Médio Prazo” para o período de 2022 a 2025, baseado nos seguintes subprogramas:

  • Ação climática, ação química e poluição; 
  • Ação da natureza, políticas científicas, governança ambiental, transformações financeiras e econômicas; 
  • Transformações digitais.

O trabalho continua ativo e a colaboração é a chave para que as ações produzam mais impactos positivos no mundo.

Dia Mundial do Meio Ambiente: o que podemos fazer?

Agora que você conhece a data, está se perguntando o que pode fazer para contribuir com o Dia do Meio Ambiente? As mudanças inspiradas pela comemoração podem ir além do dia e inspirar mudanças e novos hábitos para o cotidiano. Veja como contribuir:

1. Planeje o descarte de resíduos

O consumo gera lixo, porém, os processos de descarte ou reaproveitamento contribuem para minimizar o impacto dos resíduos no meio ambiente. Para isso, comece separando o que é reciclável e informe-se sobre empresas que recolhem os itens, principalmente os plásticos.

Os resíduos orgânicos podem ser aproveitados na compostagem, produzindo adubo natural, que pode ser utilizado em hortas, plantas e jardins.

2. Comprometa-se com o consumo consciente

O consumo consciente se baseia no planejamento com critério sobre o que você compra para evitar desperdícios de todos os tipos. A ideia principal é não comprar mais do que o necessário. 

Suas compras do mês sempre estragam? Que tal dividir as compras de perecíveis por semana. Vai fazer uma compra on-line? Olhe antes seu no guarda-roupa se você já tem algo parecido. Caso precise, tire um item do armário e doe ou troque com um amigo.

3. Reduza os gastos com água e energia

À medida que a população cresce, a demanda de abastecimento tanto de água quanto de energia aumenta e as condições de geração nem sempre são favoráveis. O resultado é o encarecimento desses serviços.

Por isso, economizar no uso desses recursos em casa contribui para diminuir os gastos financeiros da casa e ainda contribui para o meio ambiente, preservando fontes importantes para a vida no planeta. 

Leia também:

Dia do Meio Ambiente: frases inspiracionais

Que o meio ambiente é um tema importante está claro, certo? Por isso, separamos algumas frases inspiracionais que dão a dimensão de como o tema foi, é e continuará relevante nos próximos anos:

“É agora, ou nunca. Porque somos um povo e temos uma só Terra. Temos uma só casa. E isso vale a pena defender.”

Inger Andersen, diretora executiva do Programa da ONU para o Meio Ambiente (PNUMA)

“Se você tem metas para um ano. Plante arroz.

Se você tem metas para 10 anos. Plante uma árvore.

Se você tem metas para 100 anos, então eduque uma criança.

Se você tem metas para 1000 anos, então preserve o meio ambiente.”

Confúcio

“A natureza criou o tapete sem fim que recobre a superfície da terra. Dentro da pelagem desse tapete vivem todos os animais, respeitosamente. Nenhum o estraga, nenhum o rói, exceto o homem.” 

Monteiro Lobato

Gostou do artigo e quer fazer mudanças efetivas na rotina da sua casa? Separamos outros artigos do blog que podem inspirar você:

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Sustentabilidade no ambiente de trabalho: 5 práticas para implementar

Sustentabilidade no ambiente de trabalho: 5 práticas para implementar

Você sabia que 77% dos funcionários gostariam que a empresa na qual trabalham fosse mais sustentável? Esses dados são do relatório Corporate Climate Crisis 2021 produzido pela consultoria PLAY. 

Por isso, as companhias devem levar a sério a sustentabilidade no ambiente de trabalho para se posicionar não apenas diante de investidores e clientes, mas também dos funcionários.

Sem falar que quando o negócio tem metas sustentáveis bem definidas, o papel dos funcionários na conquista desses objetivos fica mais claro. 

Além disso, uma boa comunicação interna para divulgar as políticas verdes da organização contribui para guias as boas práticas no dia a dia.

Continue a leitura do artigo e veja como a equipe contribui para o sucesso das empresas sustentáveis

5 práticas de sustentabilidade no ambiente de trabalho

A construção e o fortalecimento da cultura organizacional depende do engajamento de todo corpo de colaboradores. Nesse caso, não se trata de repassar regras, mas de criar propostas com as quais as pessoas se relacionem e até levem para as suas casas.

Para isso, primeiro, a equipe precisa entender o que precisa fazer e o porquê. Uma vez que se engajam com a visão da empresa, o próximo passo é trabalhar ativamente para torná-la realidade. 

O envolvimento da equipe com a sustentabilidade requer conversas sobre as melhores práticas que a empresa pode adotar para eliminar ou reduzir condutas prejudiciais ao meio ambiente na rotina do ambiente de trabalho. 

Se os funcionários ajudarem a moldar as políticas sustentáveis, as chances deles se comprometerem com a implementação até que tenham sucesso é muito maior.

1. Inclua as opções de trabalho remoto e híbrido

O modelo de trabalho das empresas pós-pandemia ganhou flexibilidade e essa mudança contribui para a sustentabilidade no ambiente de trabalho. O trabalho remoto, 100% de casa, ou híbrido, que inclui idas ao escritório algumas vezes por semana, reduz a poluição do ar nas cidades. 

Um estudo feito em Barcelona constatou que a adoção do teletrabalho dois, três e quatro dias por semana, reduziu as concentrações médias de Dióxido de Nitrogênio (NO2), gás que é subproduto da combustão de motores a diesel, em 4%, 8% e 10%, respectivamente, enquanto a de Ozônio (O3) aumentou moderadamente.

Além de contribuir para a melhora da qualidade do ar, com uma boa organização e ferramentas eficientes, a equipe pode realizar todas as suas tarefas on-line.

2. Digitalize os documentos da empresa

A produção de papel causa desmatamento, usa uma grande quantidade de energia e água e ainda contribui para a poluição do ar e problemas de geração de resíduos. 26% do total de resíduos em aterros é de papel.

De 2001 a 2019, um total de 386 milhões de hectares de floresta foram desmatados em todo o mundo, o que diminuiu em quase 10% a área coberta com vegetação.

Por isso, a digitalização dos processos e documentos das empresas, eliminando o uso de papel, é outra boa prática de sustentabilidade no ambiente de trabalho. 

Soluções como Google WorkSpace, OneDrive da Microsoft, entre outros permitem que as equipes colaborem entre si e compartilhem dados por meio da nuvem. 

Um passo importante para consolidar a cultura digital na empresa e contribuir para alcançar as metas de ESG da empresa.

3. Incentive a economia de energia

O desperdício de energia é um dos problemas mais frequentes em empresas. Para incentivar o consumo consciente e economizar de energia elétrica, algumas medidas podem ser implementadas, como:

  • Desligar os computadores ao final do dia;
  • Reduzir o uso do ar-condicionado, dependendo da estação do ano;
  • Trocar as lâmpadas comuns pelas de LED;
  • Aproveitar a luz natural para acender menos lâmpadas;
  • Consumir energia limpa, como a gerada por fonte solar, por exemplo.

Essas dicas de sustentabilidade no ambiente de trabalho são simples, mas geram benefícios para a infraestrutura do negócio, tornando-o mais sustentável.

4. Reduza o consumo de água

Como estamos falando de sustentabilidade no ambiente de trabalho, a redução no consumo de água não poderia faltar, afinal, a disponibilidade da forma potável está cada vez mais escassa.

Além disso, no Brasil, a água é um recurso essencial na geração de energia nas hidrelétricas, termelétricas, usinas de hidrogênio verde, entre outros. 

Pensar em formas de reduzir o consumo ajuda a melhorar os hábitos de consumo dos funcionários, como, por exemplo:

  • Utilizar mecanismos de descarga que usam menos água;
  • Colocar torneiras com acionamento liga/desliga automático;
  • Ter bebedouros com sensor que evitam o contato e que ativam desativam ao encher a garrafinha ou copo;
  • Reaproveitar a água da produção em outras atividades, como limpeza e irrigação.

Leia também >>> O que é água virtual? Entenda como surgiu esse conceito.

5. Incentive o uso de transportes sustentáveis

Quando o assunto é sustentabilidade, o tipo de transporte utilizado pela equipe é outro ponto importante. Isso porque, como vimos no tópico 1, se movimentar por meio de veículos invariavelmente gera gases poluentes como Monóxido de Carbono (CO), Dióxido de Carbono (CO2), Ozônio (O3) e Dióxido de nitrogênio (NOx).

Uma iniciativa direta é reduzir o número de viagens da equipe, tanto de carro quanto de avião, pois são veículos bastante poluentes e movidos a combustíveis, cuja fabricação e uso elimina gases estufa (GEEs).

Incentivar as caronas entre pessoas da equipe, além do uso de bicicletas e do transporte público, dando flexibilidade para os funcionários fugirem dos horários de pico é uma prática que pode fazer a diferença.

Entenda o papel da energia renovável no vídeo abaixo, direto do nosso canal no Youtube:

Sustentabilidade na empresa e em casa

As ações de sustentabilidade no ambiente de trabalho podem ser um incentivo para a equipe levar as boas práticas para casa, contribuindo para o ciclo de preservação dos recursos e do meio ambiente.

Uma das despesas que mais dói no bolso do trabalhador é a conta de energia e, hoje, existem formas simples de economizar.

Se você mora em uma região atendida pela Cemig em Minas Gerais ou pela CPFL Paulista em São Paulo, dá para reduzir 16% na conta de luz com a Esfera Energia.

A plataforma digital da Esfera conecta os clientes a uma rede de pequenos produtores de energia limpa e mais barata que abastecem a rede das distribuidoras. Assim, você recebe a sua conta de luz com o desconto todo mês, sem nenhum custo com adesão, obras ou taxa de fidelidade.

De forma complementar, as empresas também podem consumir a melhor energia. Para isso, basta falar com um especialista da Esfera. 

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Como reduzir o consumo de água na empresa?

Como reduzir o consumo de água na empresa?

Até 2050, a demanda mundial de água vai aumentar em 55%. 

Em menos de 30 anos, as atividades relacionadas à indústria, geração de energia térmica e uso doméstico serão as principais responsáveis pelo crescimento da demanda, principalmente em países em desenvolvimento, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD).

Por isso, aprender como reduzir o consumo de água na empresa é uma medida crucial  para enfrentar uma possível crise global de escassez do recurso, além de já enxugar os gastos no presente.

A água limpa é um recurso finito e com o crescimento da população, o consumo consciente se torna ainda mais necessário e estratégico para os negócios.

Sua empresa busca soluções eficientes para reduzir os gastos com a água? Continue a leitura do artigo e confira algumas dicas para otimizar e educar toda equipe sobre o uso desse recurso.

5 dicas de economia de água na empresa

De olho no aumento do consumo, a ONU estabeleceu como um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) garantir disponibilidade e manejo sustentável da água e saneamento para todos. Entre as metas a serem alcançadas até 2030, estão:

  • Acesso universal e equitativo à água potável e segura para todos.
  • Melhoria da qualidade da água, reduzindo a poluição, eliminando despejo e minimizando a liberação de produtos químicos e materiais perigosos.
  • Aumento da eficiência do uso da água em todos os setores, assegurando retiradas sustentáveis e o abastecimento de água doce para enfrentar a escassez.

Para alinhar sua empresa com essas metas, listamos algumas dicas de economia que podem reduzir o consumo e, consequentemente, a conta no fim do mês.

1. Revise as contas de água da empresa

Uma dica para reduzir o consumo de água na empresa de forma eficiente, sem cortá-lo drasticamente, é revisar as contas para verificar a quantidade consumida e as variações de um mês para outro.

Essa é uma forma simples de detectar aumentos inesperados e investigar os motivos do pico de consumo. Além disso, caso o nível de consumo não faça sentido com o uso, a análise alerta para uma possível existência de vazamentos em canos e torneiras. 

A correção desses problemas evita o desperdício. Afinal, uma torneira pingando perde até 20 litros de água por dia

2. Monitore o uso interno

A segunda estratégia de como reduzir o consumo de água na empresa é monitorar o consumo interno em todos os pontos de uso — higiene, ingestão e equipamentos. 

Nos locais em que a utilização é frequente, o potencial de desperdício é maior. Uma forma de economizar  é adotar:

  • Torneiras com mecanismos de acionamento e fechamento automático
  • Máquinas que interrompem o fluxo de água, quando o recurso não é necessário;  mecanismos de descarga que gastam menos água.
  • Bebedouros com sensor para ligar e desligar automaticamente.

3. Invista na educação dos funcionários

As ações para reduzir o consumo de água na empresa não terão o alcance esperado se os funcionários não estiverem conscientes e engajados com a meta de economia.

Uma estratégia simples, mas eficiente, é investir na educação dos funcionários por meio de palestras sobre a importância da conservação da água, apresentando como o recurso é usado nas atividades, as medidas de diminuição do consumo/desperdício atuais, entre outros pontos.

A empresa pode apresentar as metas de conservação e fazer os repasses periódicos com os avanços. Além disso, colocar lembretes nos pontos de uso (bebedouro, torneiras e descarga) é uma forma amigável de manter a equipe alerta ao consumo consciente de água.

4. Faça a reutilização da água

Outra opção para reduzir o consumo de água na empresa é fazer a reutilização, na medida do possível, com o tratamento necessário para reaproveitá-la internamente nos processos de produção. 

A opção é a mais viável financeiramente para os negócios e, de acordo com uma pesquisa realizada pelo professor Ivanildo Hespanhol, da Universidade de São Paulo, 60% da água consumida por uma empresa é reutilizável. A implementação de uma estação de tratamento de efluentes (ETE) gera uma economia de 60% nos gastos com o recurso. 

A contribuição para o meio ambiente e a segurança hídrica são outras vantagens do reuso de água, que ajuda a obter vantagens no presente e também se preparar para o futuro.

5. Instale um sistema de captação de água da chuva

O reaproveitamento da água da chuva é uma tecnologia sustentável que contribui para reduzir o consumo e o desperdício, resultando em uma grande economia nas despesas gerais do negócio.

O projeto é planejado de acordo com a estrutura física da empresa (prédio ou galpão), a partir da análise da pegada hídrica do negócio, que dá um panorama do volume de água consumido. O apoio de profissionais especializados é fundamental, pois é necessário cumprir os requisitos da NBR 15527.

O sistema de reaproveitamento pode ser implementado em conjunto com de reutilização em empresas que são grandes consumidoras de água. 

Como evitar o desperdício de água na empresa?

Outras medidas para evitar o desperdício de água na empresa são:

  • Busque a aprovação em selos de sustentabilidade (uma forma de engajar a empresa na redução do consumo de água, além de melhorar a imagem no mercado).
  • Defina objetivos de ESG (criação de parâmetros para as práticas sustentáveis do negócio focadas no meio ambiente, pessoas e governança).
  • Dê prioridade para as fontes de energia sustentável, que gastam menos recursos na geração.
  • Inspecione periodicamente as dependências da empresa em busca de vazamentos.
  • Consuma  produtos de marcas que também tenham  iniciativas para economizar e evitar o desperdício do consumo.

Consuma energia verde no seu negócio

Fazer escolhas inteligentes na hora de definir a fonte de abastecimento energético da empresa é outra decisão importante. 

Na verdade, tanto o consumo consciente de água quanto o uso de energia limpa convergem para as boas práticas de ESG, um princípio que norteia as práticas de sustentabilidade empresarial atualmente. 

A Esfera Energia ajuda seu negócio a planejar uma estratégia de compra de energia eficiente e economizar até 35% da conta de luz.

Fale com um consultor da Esfera Energia, conheça nossos serviços e encontre o ideal para sua empresa.

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Trocas sustentáveis: 5 iniciativas para ter uma rotina melhor

Trocas sustentáveis: 5 iniciativas para ter uma rotina melhor

Já parou para pensar no quanto os seus hábitos de vida e de consumo impactam o meio em que você vive e até além dele? Se sim, quais trocas sustentáveis poderiam se encaixar na sua rotina?

Fazer esses questionamentos no momento atual mantém a consciência em alerta para o desperdício que gera toneladas de lixo por dia, o consumo desenfreado, o descarte inadequado de materiais e o problema de espaço em lixões e aterros sanitários.

Sabia que existe uma “ilha de lixo” três vezes maior que o território da França que bóia pelo Oceano Pacífico? E que o deserto do Atacama é um grande lixão de roupas descartadas pelos Estados Unidos e países da Europa e Ásia?

Sem falar do desperdício de energia que, só no Brasil, é de 43 terawatt-hora (TWh) por ano, um volume que abasteceria 20 milhões de casas.

O planeta já tem quase 8 bilhões de pessoas e se cada uma se propor a ter uma rotina sustentável, fazendo pequenas mudanças no dia a dia, o resultado total terá um impacto bastante positivo.

Que tal influenciar aqueles que estão perto de você a adotar mudanças simples no cotidiano? Listamos neste artigo cinco trocas sustentáveis que fazem a diferença para o planeta.

Continue a leitura e confira!

Quais trocas sustentáveis incluir na rotina?

De acordo com o estudo ‘Healthy & Sustainable Living’ da GlobeScan, divulgado em 2021, as pessoas se preocupam hoje, mais do que nunca, com os problemas ambientais, incluindo poluição da água, esgotamento dos recursos naturais, mudança climática, poluição do ar e perda de biodiversidade.

Ter uma rotina saudável é um desejo de 47% dos entrevistados que afirmam querer mudar “muito” o estilo de vida que levam. Porém, apenas 23% realizaram mudanças efetivas nessa direção.

Listamos exemplos de trocas sustentáveis que você pode fazer nos seus hábitos diários para diminuir a lacuna entre ideia e prática. Confira!

1. Priorize itens biodegradáveis

Um produto biodegradável significa que ele é fabricado com material que se decompõe no meio ambiente, ou seja, não gera resíduo e causa menos impacto ambiental.

Essa é uma das trocas sustentáveis possíveis em diversas categorias, como produtos de limpeza, utensílios de cozinha, itens de higiene pessoal, embalagens (bioplástico), entre outros.

Na hora da compra, fique atento às informações do rótulo dos produtos para ter certeza de que são realmente biodegradáveis. Algumas sugestões de troca são:

  • Usar bucha vegetal em vez da bucha sintética para lavar louça
  • Trocar a escova de dente pelos modelos de madeira com cerdas biodegradáveis
  • Escolher produtos de limpeza biodegradáveis que levam menos resíduos para o meio ambiente

Leia também >>> Consumo consciente: o que é e qual a importância?

2. Evite itens de uso único

Os produtos de uso único, como sacolas plásticas, garrafas plásticas de água e canudos são prejudiciais ao meio ambiente e contribuem para gerar toneladas de lixo.

Em 2022, a geração de resíduos plásticos no Brasil foi de 13,7 milhões de toneladas — esse montante corresponde a 64 quilos por pessoa por ano —, segundo dados do Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil

Para eliminar esses itens da sua rotina, faça trocas sustentáveis, como usar sacolas de pano ou caixas de papelão para levar as compras do supermercado, utilizar recipientes de vidro que podem ser lavados e reutilizados, ter uma garrafinha ou copo para uso pessoal, assim como um canudo de metal que é reutilizável.

3. Monte uma composteira em casa

A compostagem doméstica faz parte das trocas sustentáveis, pois contribui para reduzir o volume de lixo descartado todos os dias para os aterros sanitários e lixões.

Uma composteira não requer muito espaço e o adubo natural gerado no processo é rico em nutrientes. Ele pode ser utilizado nas plantas domésticas, no jardim e na horta caseira. 

A compostagem também contribui para implementar a coleta seletiva em casa, direcionando para o descarte correto, o que pode ser reciclado. 

Materiais orgânicos, como cascas de batata, cascas de ovos, cascas de frutas, jornais velhos, entre outros, se decompõem naturalmente. Portanto, são itens perfeitos para adicionar à sua composteira.

Leia mais: Como reciclar o lixo em casa? Aprenda 5 formas

4. Tenha um consumo consciente de produtos de origem animal

Essa é uma das trocas sustentáveis que ainda é difícil para muitas pessoas, mas a melhor solução aqui é pensar na redução do consumo de produtos de origem animal e não na eliminação.

Um dos principais motivos para fazer essa troca é o grande impacto ambiental que a pecuária de corte tem no meio ambiente, especialmente na emissão de CO2. Um boi adulto, por exemplo, produz aproximadamente 1,7 tonelada de CO2 por ano. Imagine um rebanho!

Um estudo da ONG Oceana mostra que as emissões de Carbono na produção de queijo são quase duas vezes maiores que as de frutos do mar silvestres.

Como destacamos acima, a sugestão é pensar em maneiras de reduzir a pegada de carbono geral da sua dieta fazendo o consumo consciente.

5. Substitua a fonte de energia da sua casa

Além de bens de consumo, é possível fazer trocas sustentáveis na hora de escolher serviços. Um deles é a fonte de energia que abastece a sua casa. Já pensou na possibilidade de usar energia limpa e renovável?

Para uso doméstico, a principal fonte é a energia solar. A instalação de painéis permite gerar energia para abastecer a casa e ainda ganhar créditos com o excedente da produção que vai para a rede da distribuidora.

Se você já teve essa ideia, talvez tenha esbarrado no alto custo de um projeto, certo? Porém, a vantagem é que existe outra alternativa para que sua rotina sustentável tenha energia limpa.

A solução é consumir energia de plataformas de Geração Distribuída com as quais você pode ter acesso a energia de fontes renováveis, sem precisar gastar com infraestrutura ou participar de um consórcio com outras pessoas.

Entenda a importância da energia renovável no vídeo abaixo, direto do nosso canal no Youtube:

Invista em uma rotina sustentável

O principal ponto de fazer trocas sustentáveis é ser um cidadão consciente que entende o impacto que suas ações têm localmente e globalmente. Afinal, muitos dos itens que descartamos só irão desaparecer totalmente em milhares de anos.

Outro ponto importante é pensar nos impactos que os serviços e produtos causam, como a emissão de CO2. Diminuir o consumo e escolher o que gera menos impacto faz a diferença.

Por isso, quando falamos de energia elétrica, as fontes alternativas são destaque, pois o processo de geração causa nenhum ou pouquíssimo impacto. A vantagem é que, hoje, fazer essa escolha é mais acessível!

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Crédito de carbono: o que é e como funciona o mercado?

Crédito de carbono: o que é e como funciona o mercado?

O controle das emissões de gases do efeito estufa (GEE), como o Dióxido de Carbono, o Metano e o Óxido nitroso, é uma necessidade urgente para frear os efeitos causados pelo aquecimento global. O conceito e a comercialização de Crédito de Carbono é uma das ações que contribui para esse objetivo.

Segundo a estimativa global projetada pela consultoria McKinsey, a procura por créditos de Carbono deve crescer 15 vezes ou mais até 2030 e 100 vezes até 2050.

Além disso, espera-se um pico de crescimento desse mercado, que deve aumentar seu valor de US$ 1 bilhão (média de 2021) para US$ 50 bilhões em 2030.

A movimentação gerada pelo comércio dos créditos é uma forma de países colaborarem entre si a favor da diminuição de gases GEE. A venda interna também contribui para o mercado nacional, fortalecendo as empresas sustentáveis

Se o seu negócio está atento a esse mercado, é essencial entender os conceitos básicos a respeito dos créditos e como a estrutura funciona.

Continue a leitura do artigo e entenda os principais pontos!

O que é o Crédito de Carbono?

O Crédito de Carbono é uma moeda simbólica que representa uma tonelada de Carbono que não foi emitida na atmosfera. Ou seja, a cada uma tonelada é gerado um crédito, sendo este certificado segundo os critérios do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), que regula o mercado de créditos de CO2.

O conceito foi criado em 1992, durante a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança Climática (UNFCCC), realizada no Rio de Janeiro. Em 1997, o Protocolo de Kyoto, assinado no Japão, oficializou o mecanismo de geração de créditos, que entrou efetivamente em prática a partir de 2004. 

O objetivo é reduzir e compensar as emissões de gases GEE dos países com a criação de metas e limites nacionais, regulamentados por meio de acordos internacionais e pelos próprios governos.

Por isso, os governos trabalham a favor da redução dos níveis de desmatamento, incentivam a população a praticar o consumo consciente e apoiam o desenvolvimento das fontes de energia limpa.

Cada país tem uma legislação própria que organiza os processos de geração e venda de créditos. O mercado de Carbono brasileiro é regulamentado pelo Decreto Federal nº 5.882, de 2006. 

Em maio de 2022, o Decreto Federal nº 11.075 definiu novas ações, como elaboração de Planos Setoriais de Mitigação das Mudanças Climáticas e a criação do Sistema Nacional de Redução de Emissões de Gases de Efeito Estufa (Sinare).

Existem diversas iniciativas que contribuem para a geração de crédito e a meta é que cada vez mais o fator ‘emissão de Carbono’ (e outros gases GEE também) seja considerado na hora de escolher soluções, como serviços e produtos.

Leia também: Entenda o que é energia sustentável e sua importância para o futuro do planeta.

Como funciona o mercado de Crédito de Carbono?

Em geral, o mercado funciona da seguinte forma: o país/empresa que reduz a sua emissão de CO2 e recebe os créditos equivalentes, pode vendê-los para outro país/empresa que precisa diminuir suas taxas de emissão. O processo de compra e venda pode ser feito entre empresas do mesmo país.

A Tesla, empresa norte-americana, arrecadou US$ 1,77 bilhão em 2022 com a venda de Créditos de Carbono para outras montadoras de automóveis dos Estados Unidos, que não conseguiram cumprir suas metas de redução de GEEs.

Quem pode gerar o Crédito de Carbono?

Os governos e empresas podem gerar e vender créditos por meio de intermediários ou da negociação direta. Para garantir a validade da transação, o processo precisa ser certificado por entidades independentes ou vinculadas às Nações Unidas (ONU).

Um detalhe importante da geração de créditos é que o projeto alcance uma escala relevante para gerar uma quantidade de créditos que compense o investimento financeiro. 

Por isso, o recomendado é que, antes de colocar em prática, os criadores avaliem o volume de toneladas capturadas, viabilidade técnica e financeira do projeto.

Como é vendido o Crédito de Carbono?

A venda de Créditos de Carbono pode ser realizada de três formas: unilateral, bilateral ou multilateral. A comercialização segue as diretrizes do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), um dos mecanismos de flexibilização criados no Protocolo de Kyoto. O objetivo é promover a cooperação entre países industrializados e em desenvolvimento.

Entenda como funciona cada formato:

Modelo unilateral

No modelo unilateral, um país em desenvolvimento cria um projeto sustentável em seu território visando reduzir as emissões de Carbono e, assim, gerar créditos para serem comercializados no mercado.

O valor por crédito é definido pelo país dono do projeto. 

Modelo bilateral

Já no modelo bilateral, o projeto é financiado por um país desenvolvido no território de um país em desenvolvimento, chamado de hospedeiro).

O CO2 não emitido gera créditos, mas para o país que viabilizou o projeto. Consequentemente, é ele que decide o valor de venda do crédito.

Modelo multilateral

Por fim, no modelo multilateral, os projetos são implementados e viabilizados financeiramente por fundos internacionais. Dessa forma, é o fundo que define o valor de comercialização do crédito de carbono gerado.

Quais as vantagens e desvantagens do Crédito de Carbono?

O mercado de Carbono é promissor, mas a sua dinâmica gera vantagens e desvantagens, o que exige atenção dos países para driblar os gargalos existentes. Listamos alguns pontos a seguir:

Vantagens

  • Favorece a redução do efeito estufa
  • Contribui para a limitação do aquecimento global
  • Movimenta a economia verde
  • Gera receita adicional para os países e empresas
  • Aumenta a demanda por profissionais e tecnologias na área

Desvantagens

  • Alguns especialistas consideram que os créditos são uma forma de organizações e países desenvolvidos continuarem poluindo.
  • Os países em desenvolvimento têm limitações em relação ao acesso a recursos e tecnologias para implementar projetos, além de limitação financeira para adquirir créditos.
  • A supervalorização do mercado dificulta negociações e pode travar o desenvolvimento dos projetos. 

Importância das iniciativas sustentáveis

O mercado de Crédito de Carbono é uma das iniciativas a favor da sustentabilidade do mundo, atribuindo responsabilidades aos países para que todos colaborem com os objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS).

A geração de energia é uma das atividades que contribuem para a redução das emissões de Carbono e as fontes renováveis são as que mais colaboram para esse objetivo. 

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