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Como e por que fazer uma mitigação de riscos ambientais

Como e por que fazer uma mitigação de riscos ambientais

Desastres como os rompimentos das barragens em Mariana e Brumadinho, no Estado de Minas Gerais, acenderam um alerta sobre os cuidados que precisamos ter com o meio ambiente.

A pressão por boas práticas ambientais dentro das empresas é tanta que ganhou espaço até no Legislativo, por meio do projeto de lei 5442/19, que regulamenta o compliance ambiental em empresas públicas e privadas.

Mas esse é apenas um dos pontos que discutem a mitigação de riscos ambientais. Continue a leitura para entender como fazer uma gestão de riscos ambientais com segurança e eficiência na sua empresa.

O que são riscos ambientais?

Para iniciar a mitigação de riscos ambientais, precisamos entender quais são os riscos que merecem a atenção da sua equipe. Alguns dos riscos podem parecer óbvios, mas apostamos que pelo menos um desses riscos chamará a sua atenção.

Os cinco principais riscos ambientais são:

Agentes físicos

São os perigos causados por processos na linha de produção e dos equipamentos utilizados. Entre os exemplos estão os ruídos, temperaturas extremas ou com alta volatilidade, vibrações, pressões fora do normal, temperaturas extremas e radiações.

Agentes químicos

Podem ser resumidos como os problemas relacionados com o manuseio de insumos como vapores, névoas, neblinas, gases e poeiras que podem ser inspiradas pelos colaboradores ou absorvidas pela pele.

Agentes biológicos

Provenientes da manipulação e alteração de bactérias, genes, bacilos, parasitas, protozoários e vírus.

Riscos de acidentes

Esse pode não parecer um risco ambiental, mas os riscos de acidentes podem sim causar grandes impactos no meio ambiente. Aqui são listados desde os riscos relacionados à equipamentos, como máquinas com defeitos e ferramentas inadequadas até a iluminação inadequada e probabilidade de explosões ou incêndios.

Um exemplo recente do impacto que esse tipo de risco pode ter foi o incêndio de uma ala Covid-19 do Hospital Doutor Nestor Piva em Aracaju, onde quatro pessoas morreram. A suspeita é de que o fogo tenha iniciado no ar-condicionado.

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Riscos ergonômicos

Com uma tendência de crescimento do home office, esse risco se tornou ainda mais relevante às instituições.

Eles podem ser causados por fatores fisiológicos, como o transporte de grandes cargas, posturas inadequadas e esforço físico intenso. Também é importante lembrar dos cuidados psicológicos, como jornadas de trabalho estendidas, estresse, controle de produtividade e cobrança excessiva.

Como realizar uma mitigação de riscos ambientais?

Agora que todos os perigos foram listados (e não são poucos, não é mesmo?), chega o momento de entender como realizar uma mitigação de riscos ambientais eficiente e segura. Afinal, essa ação não só garantirá a saúde do meio ambiente e a preservação de recursos, como também protegerá todos os colaboradores e a comunidade na qual sua organização está inserida.

1. Levantamento de riscos

Independente da categoria da gestão de risco, o primeiro passo sempre será levantar todos os riscos relacionados.

No caso da gestão de riscos ambientais, esse levantamento reunirá desde ameaças pertinentes à atuação da empresa como também demandas de terceiros. Ademais, é importante revisar as políticas internas e entender como os riscos ambientais são tratados nela, para entender se há um alinhamento entre as práticas adotadas e a legislação vigente.

2. Priorização de ações preventivas

Para agir com organização na redução do impacto da concretização de um risco ambiental, nossa sugestão é priorizar ações preventivas em relação ao invés das correções posteriores.

Imagine, por exemplo, que uma reforma está ocorrendo na fábrica da empresa. Será muito mais fácil revisar e mitigar riscos ambientais com a obra em andamento do que esperar ela ser concluída para entender as ameaças que ela oferece à população.

Evitar que um problema aconteça oferece um melhor retorno sobre investimento, além de ser mais eficiente para combater riscos financeiros e operacionais provenientes de efeitos ambientais.

Algumas sugestões para mitigar esse tipo de risco são a manutenção periódica dos filtros de poluentes, que diminui a emissão de componentes nocivos na atmosfera e evita multas ou embargos provenientes da fiscalização. O descarte adequado de dejetos ou a implantação de um sistema de logística reversa também podem ser incluídos nessa categoria.

3. Mitigação de possíveis riscos

Com todos os riscos ambientais da sua organização e dos seus parceiros e fornecedores levantados, chega o momento de buscar ações para suavizar esse impacto e garantir um equilíbrio entre danos e correções.

Leia também: Plano de mitigação de riscos: passo a passo para montar um

É o caso, por exemplo, da migração para o mercado livre de energia. O Mercado Livre de Energia é um ambiente de negociação em que os consumidores negociam preços, prazo, volume e forma de pagamento diretamente com as geradoras ou comercializadoras de energia elétrica.

Assim, os consumidores não ficam reféns das tarifas reguladas pelo Governo e têm a liberdade de escolher fornecedores. Em comparação aos preços praticados pelas distribuidoras de energia, os valores do Mercado Livre de Energia são extremamente competitivos, o que permite aos consumidores uma expressiva economia em seus gastos com energia.

Leia também: Entenda o que é energia sustentável e sua importância para o futuro do planeta

4. Realizar ações de remediação

Quando falamos de empresas ligadas direta ou indiretamente à exploração de recursos naturais, como mineradoras, fazendas agrícolas e outras, a mitigação não é o último passo para ajudar o meio ambiente.

Ações como a criação de um seguro ambiental, que financiará soluções em casos extremos, como desastres ambientais diversos, são necessárias para corrigir os erros que não puderam ser prevenidos.

Passo extra: envolver os fornecedores na mitigação de riscos ambientais

Para que a gestão de riscos ambientais seja ainda mais eficiente, por que não envolver os fornecedores no processo? Não se esqueça que os erros que ele comete e os riscos em que ele trabalha podem afetar a sua organização, causando desde atrasos na cadeia de suprimentos até prejuízos financeiros e de reputação.

Para identificar fornecedores que já foram autuados por órgãos de proteção ambiental, como o IBAMA, a consulta pública do processo de qualificação é a melhor opção, onde é possível verificar se o CNPJ já sofreu alguma penalização desse tipo.

Para realizar essa tarefa com ainda mais agilidade e eficiência, ferramentas como o software da Linkana podem ajudar. Com o uso de tecnologias como Machine Learning e Robot Process Automation, as consultas de bases públicas e emissão de certidões negativas acontecem de forma automatizada, agregando mais segurança às relações.

Artigo escrito pela Linkana, solução na redução de custos e mitigação de riscos através da automatização dos processos de homologação de fornecedores e Compliance.