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Geração Distribuída

O que é geração distribuída? Saiba como produzir sua própria energia elétrica

O que é geração distribuída? Saiba como produzir sua própria energia elétrica

Todos aqueles que querem produzir sua própria eletricidade sabem bem o que é geração distribuída. A modalidade faz parte, assim como o Mercado Livre de Energia, de um conjunto de modernizações promovidas nos últimos anos no setor energético brasileiro para flexibilizar as formas de gerar e consumir energia.

Desde 2012, graças à regulamentação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o brasileiro pode gerar sua própria energia elétrica. O crescimento da potência instalada e do número de conexões residenciais, bem como as instaladas em comércios e indústrias, impressiona, como mostra o gráfico abaixo:

o que é geração distribuída
Fonte: Aneel

Mas o que levou tantas pessoas e empresas a adotarem o modelo da geração distribuída? Quais são seus benefícios e o que a diferencia da geração centralizada?

As respostas para essas e outras perguntas você encontrará nas próximas linhas. Confira!

O que é geração centralizada e distribuída?

A geração centralizada é a forma convencional de produzir energia, usando uma grande fonte geradora e linhas de transmissão para levá-la ao consumidor final. Por sua vez, a geração distribuída é formada por pequenas unidades geradoras localizadas o mais próximo possível do local de consumo.

Os principais diferenciais da geração distribuída de energia são suas fontes, que devem ser renováveis ou de cogeração qualificada, e a proximidade com o consumidor. Esse último fator é importante para reduzir os custos de transmissão e os impactos ambientais inerentes à geração centralizada.

Outra característica interessante da modalidade, também conhecida como GD, é que você pode não apenas produzir a própria energia, mas também fornecer o excedente para a rede da distribuidora. E o melhor é que eles voltam na forma de créditos de energia ativa que podem ser usados em um prazo de até 60 meses.

A Aneel colocou a geração distribuída em vigor em 2012 com a publicação da Resolução Normativa número 482. Em 2015, a agência publicou outra, a de número 687, para revisar a política de créditos e fazer a distinção entre microgeração e minigeração distribuída.

O que é micro e minigeração distribuída?

Confira abaixo a diferenciação estabelecida pela Aneel entre micro e minigeração distribuída:

  • Microgeração: central geradora de energia elétrica através de fontes renováveis ou cogeração qualificada com potência instalada inferior ou igual a 75 kW (quilowatts).
  • Minigeração: central geradora de energia elétrica com potência instalada superior a 75 kW e menor ou igual a 3 MW (para fonte hídrica) e menor ou igual a 5 MW para cogeração qualificada e demais fontes renováveis.

Após a introdução dessas diretrizes, a Aneel abriu uma consulta pública em 2019 para receber contribuições à proposta de revisão da resolução de 2012. Conheça no vídeo abaixo, do canal Bárbara Rubim, alguns dos principais pontos do possível marco legal da geração distribuída:

https://www.youtube.com/watch?v=SeoiPn8UCtw

Como funciona a geração distribuída?

Para entender o funcionamento da geração distribuída, vamos detalhar suas principais modalidades:

Geração na unidade consumidora

Nesse caso, o sistema de geração de energia é instalado no mesmo endereço e no mesmo ponto de conexão com a rede distribuidora que a unidade consumidora. Os exemplos mais comuns são as casas ou estabelecimentos comerciais que instalam placas fotovoltaicas para gerar energia solar.

A energia gerada é usada para abater o consumo da própria unidade consumidora, sendo impossível transferir os créditos para outras unidades.

Geração compartilhada

Essa modalidade se caracteriza pela união de duas ou mais empresas ou pessoas físicas em unidade com microgeração ou minigeração em local diferente das unidades consumidoras nas quais a energia excedente será compensada. A única exigência é que estejam todas na área de concessão de uma mesma distribuidora.

Quem participa desse tipo de geração distribuída economiza tanto no investimento inicial, que é dividido com outros, como na conta de luz, que também fica mais baixa.

Autoconsumo remoto

Nesse modelo, a mesma pessoa jurídica ou física pode gerar energia em uma unidade e distribuir o excedente entre outras unidades consumidoras. Nesse caso, além de estarem na área de concessão da mesma distribuidora, as unidades devem estar no nome do mesmo titular.

Essa modalidade é indicada para atender, por exemplo, uma empresa que gere energia e queira usar os excedentes para abater as contas de consumo de suas filiais.

Empreendimentos com múltiplas unidades consumidoras

O uso da energia elétrica nesse tipo de empreendimento ocorre de forma independente com os percentuais definidos por contrato. Cada uso individual constitui uma unidade consumidora enquanto as áreas de uso comum constituem uma unidade distinta sob responsabilidade da administração ou do proprietário.

A exigência, nesse caso, é que as unidades estejam em uma mesma propriedade ou em áreas contíguas, sendo a utilização de vias públicas, passagem aérea ou subterrânea e de propriedades de terceiros.

Vantagens e desvantagens da geração distribuída

Os principais benefícios da geração distribuída de energia, quando comparada com a geração centralizada são:

  • Economia na conta de luz com a instalação de um micro ou minigerador;
  • Diminuição dos gastos com interligação e distribuição;
  • Uso de fontes renováveis;
  • Independência energética;
  • Maior agilidade para atender demandas;
  • Redução de perdas técnicas que ocorrem nas linhas de transmissão;
  • Minimização dos impactos ambientais.

Embora sejam muitos os atrativos, não podemos deixar de mencionar que a modalidade ainda enfrenta alguns desafios, entre eles:

  • Burocracia para adquirir um gerador;
  • Exigência de licenciamento ambiental;
  • Investimento inicial caro por se tratar de tecnologias modernas e, muitas vezes, importadas;
  • Poucas linhas de crédito para adquirir equipamentos, principalmente para pessoas físicas.

A geração distribuída e o Mercado Livre de Energia

Gostou de saber o que é geração distribuída e conhecer seus prós e contras? Como vimos, esse modelo engloba tanto pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) como empreendimentos de energia eólica, solar ou de cogeração qualificada.

No entanto, a produção e distribuição acontecem dentro do Ambiente de Contratação Regulada (ACR). Isso significa, por exemplo, que tanto a permissão para uma unidade geradora entrar em operação como o faturamento dos créditos gerados são responsabilidade da rede distribuidora à qual está conectada.

Já no Ambiente de Contratação Livre (ACL), também conhecido como Mercado Livre, a energia é comercializada em um ambiente que opera fora do Mercado Cativo. Nele, os consumidores negociam diretamente com os fornecedores, que podem ser geradores ou comercializadores.

Confira no gráfico abaixo as principais diferença entre ACR e ACL:

tarifas de energia elétrica

Ficou interessado em fazer parte do Mercado Livre de Energia? Então deixe que a Esfera Energia cuide de tudo para você. Nossa equipe auxilia não apenas na parte técnica e regulatória do processo de migração como também oferece todo suporte na hora da contratação da energia e outras questões burocráticas.

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Mercado Livre de Energia

Dos primórdios ao Mercado Livre: a história da energia elétrica no Brasil

Dos primórdios ao Mercado Livre: a história da energia elétrica no Brasil

A história da energia elétrica no Brasil começou pouco depois que Thomas Edison criou a lâmpada e exibiu sua criação nos Estados Unidos. Esse evento chamou a atenção de D. Pedro II, um grande entusiasta de avanços científicos, que logo entrou em contato com o inventor americano para trazer a novidade ao Brasil.

Hoje, menos de 150 anos depois, o Brasil está entre os maiores produtores de energia elétrica do mundo, com uma capacidade instalada de 174.412,6 MW. Além disso, o país é um destaque no uso de renováveis para gerar eletricidade, com 74,76% das nossas usinas impulsionadas por fontes consideradas sustentáveis.

Para entender como surgiu a energia elétrica no Brasil e como chegamos ao atual patamar, você conhecerá neste texto alguns dos principais eventos dessa longa trajetória, de 1879 até os dias de hoje. Confira!

A história da energia elétrica no Brasil em 10 marcos

1. Quando surgiu a energia elétrica no Brasil?

A energia elétrica chegou ao Brasil em 1879, mesmo ano da invenção da lâmpada. Na ocasião, D. Pedro II concedeu a Thomas Edison a permissão de implementar seus equipamentos no país para fins de iluminação pública.

Veja no vídeo abaixo, do canal Mundo da Elétrica, como funcionava a primeira usina geradora de eletricidade do mundo, criada por Edison em Nova York:

O primeiro espaço a receber luz elétrica no Brasil foi a Estação Central da Estrada de Ferro D. Pedro II, no Rio de Janeiro. A curiosidade fica por conta da primeira fonte de energia usada: a eletricidade era gerada por um dínamo acionado por locomóveis, máquinas a vapor usadas para transportar cargas pesadas.

No entanto, para efeitos de registro, a primeira iluminação pública externa foi instalada dois anos depois, em 1881, em um trecho da atual Praça da República, também no Rio.

2. Qual foi a primeira cidade brasileira a receber energia elétrica?

Apenas quatro anos depois da chegada da eletricidade, em 1883, D. Pedro II inaugurou em Campos dos Goytacazes, no norte do estado do Rio, o primeiro serviço público de iluminação pública do Brasil e da América do Sul. Já nessa época, a eletricidade era gerada pelo vapor das caldeiras à lenha.

3. Onde e quando foi instalada a primeira termelétrica no Brasil?

A primeira central termelétrica foi instalada também em 1883, justamente em Campos, com uma capacidade total de 52 kW para abastecer as 39 lâmpadas da iluminação pública da cidade. Já a primeira usina foi construída em Arroio dos Ratos, no Rio Grande do Sul, e operou entre 1924 e 1956.

4. Quando o Brasil começou a usar energia hidrelétrica?

A primeira central hidrelétrica também começou a operar em 1883 em um afluente do Rio Jequitinhonha para atender serviços de mineração em Diamantina, Minas Gerais. Por sua vez, a primeira usina de grande porte, com 250 kW de potência, foi a de Marmelos-Zero, inaugurada em 1889 em Juiz de Fora, no mesmo estado.

Assim começou a história do aproveitamento da força das águas para gerar eletricidade no país, até se tornar a maior fonte da nossa matriz energética. Atualmente, a energia hidráulica representa mais de 60% do total da eletricidade produzida no Brasil, como podemos ver no gráfico abaixo:

energia fóssil

Nesse sentido, outro grande marco foi a inauguração da Usina de Itaipu, em Foz do Iguaçu, em 1984. Além de ter ostentado o título de maior barragem do mundo por mais de duas décadas, o empreendimento é líder mundial na produção de energia limpa e renovável, com 2,76 bilhões de MWh gerados entre 1984 e 2020.

5. Quando o Brasil começou a diversificar sua matriz energética?

Apesar de seu enorme potencial hídrico, o Brasil não deixou de investir em outros tipos de geração de energia. Conheça alguns eventos que ajudaram a diversificar a matriz energética nacional:

  • 1985: Angra 1, a primeira usina nuclear brasileira, localizada na cidade de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, inicia sua operação comercial.
  • 1994: Entra em operação a primeira usina de energia eólica conectada ao Sistema Elétrico Integrado do país, na cidade de Gouveia, no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais.
  • 2011: Inauguração da primeira usina solar do país no município de Tauá, no sertão do Ceará.

6. Quando surgiram as primeiras regulamentações do setor elétrico?

A primeira lei sobre energia elétrica, que tratava do aproveitamento da energia hidráulica dos rios para fins públicos, foi publicada em 1903. No entanto, as primeiras regulamentações mais amplas chegaram com a implantação do Código de Águas, em 1934, que transformou a relação do Estado com a indústria da energia elétrica.

Pouco depois, em 1939, seria criado o Conselho Nacional de Águas e Energia Elétrica (DNAEE), que tratava desde questões tarifárias até o plano de conexão das usinas. Esse foi o principal órgão do governo para o setor até a criação do Ministério de Minas e Energia, em 1960, e da Eletrobrás, em 1962.

7. Quando a Eletrobrás iniciou o modelo de estatização do setor elétrico?

A Eletrobrás foi criada com o objetivo de coordenar todas as empresas do setor elétrico brasileiro. Entre 1963 e 1979, a estatal promoveu um intenso processo de nacionalização e estatização por meio de grandes investimentos.

Com o aval do regime militar, o setor elétrico foi um dos grandes pilares do período denominado “milagre brasileiro”. No entanto, com o cenário mundial abalado pelas crises do petróleo da década de 1970, dentre outros fatores, as empresas de energia começaram a se endividar e o modelo estatal passou a ser questionado.

8. Quando o Brasil começou a modificar o modelo estatal?

No início da década de 1990, a situação de inadimplência das empresas de energia estava insustentável. O quadro só começou a mudar com a Lei no 8.631, de 1993, que estabeleceu as condições para a conciliação dos débitos e créditos entre todos os agentes do setor.

Já em 1995 foi promulgada a chamada Lei de Concessões, que abriu espaço para a desnacionalização de vários setores de infraestrutura, inclusive o elétrico. As privatizações começaram pela Escelsa em 1995, prosseguindo com a venda da Light e da Cerj em 1996, mesmo ano em que foi criado um novo órgão regulador.

9. Quando foi criada a Aneel e qual seu papel no novo modelo do setor?

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) foi criada em 1996 para regular e fiscalizar a produção, a transmissão, a distribuição e a comercialização de energia elétrica. Entre suas atribuições estão incluídas desde o estabelecimento de tarifas até a mediação de conflitos.

A agência se tornou assim um símbolo desse novo modelo híbrido, no qual a geração e a transmissão eram majoritariamente de empresas estatais, enquanto a distribuição era principalmente privada.

10. Quando foi criado o Mercado Livre de Energia?

Por fim, um dos marcos mais importantes da história da energia elétrica no Brasil aconteceu em 1998, com a criação do Ambiente de Contratação Livre (ACL). A principal inovação do chamado Mercado Livre de Energia foi permitir ao consumidor negociar diretamente com o gerador ou comercializador de energia elétrica.

Mais de 20 anos depois da publicação da resolução 265 da Aneel, o potencial de crescimento do Mercado Livre segue se consolidando. De acordo com a Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), houve um aumento de 21% no número de consumidores nesse ambiente de contratação entre março de 2020 e março de 2021.

Para se ter uma ideia do impacto da sua criação no setor, atualmente mais de 30% da energia gerada no país é consumida no Mercado Livre, segundo a Abraceel. E tudo indica que sua importância na história da energia elétrica do Brasil aumentará ainda mais nos próximos anos.

Para ficar por dentro de todos os eventos relevantes do setor elétrico brasileiro, continue ligado nos posts do blog da Esfera Energia. E, caso ainda não conheça todos os benefícios de migrar sua empresa para o Mercado Livre, fale agora mesmo com um dos nossos especialistas.

Bibliografia usada para esse post:

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Entenda o que é energia de biomassa e seu papel na matriz energética brasileira

Entenda o que é energia de biomassa e seu papel na matriz energética brasileira

A conscientização sobre o impacto ambiental da queima de combustíveis fósseis aumentou consideravelmente a busca por fontes alternativas, entre elas a energia de biomassa. Segundo a Agência Internacional para as Energias Renováveis (Irena), cerca de três quartos do uso de energia renovável em escala mundial envolve a chamada bioenergia.

A agência destaca especialmente o potencial da biomassa para aumentar o fornecimento de energia em países populosos e com demanda crescente, como Brasil, Índia e China. Não é à toa que essas nações ocupam as primeiras posições no ranking de capacidade instalada de bioenergia, como mostra o gráfico abaixo:

biomassa
Fonte: IRENA

Com mais de 15 mil megawatts de capacidade instalada, a importância estratégica da energia de biomassa para o presente e o futuro energético do Brasil é incontestável. Neste texto, você aprenderá como ela é gerada, conhecerá seus prós e contras e entenderá seu papel na matriz energética nacional.

O que é energia de biomassa?

A energia de biomassa é resultado da queima de matérias-primas orgânicas. Essa definição, no entanto, não engloba combustíveis fósseis, apesar de estes serem derivados do ramo vegetal e mineral, como nos casos do carvão, do petróleo e do gás natural.

Essa distinção é feita porque o termo biomassa se refere apenas aos derivados mais recentes de organismos vivos. Os combustíveis fósseis, por sua vez, são resultado de transformações que demoram milhões de anos para serem totalmente realizadas.

Nesse sentido, o grande diferencial em relação aos combustíveis fósseis é que a energia de biomassa é renovável. Sua renovação acontece por meio do ciclo do carbono: a queima libera CO² na atmosfera e as plantas, através da fotossíntese, transformam esse CO² nos hidratos de carbono, liberando oxigênio.

Agora você pode estar se perguntando: mas, afinal, o que é usado para produzir a biomassa? Basicamente, os subprodutos da pecuária, da agricultura e de outras atividades, assim como a parte biodegradável de resíduos sólidos urbanos.

Essa lista inclui materiais como:

  • Lenha;
  • Bagaço da cana-de-açúcar;
  • Papel e papelão já utilizados;
  • Serradura de madeira;
  • Galhos e folhas de árvores;
  • Casca de arroz;
  • Lodo de estações de tratamento de esgoto.

Além da queima para a produção de eletricidade, a biomassa também é o elemento principal de vários novos tipos de combustíveis e fontes de energia. Entre eles, podemos destacar o bio-óleo, o biogás, o BTL e o biodiesel.

Como é gerada a energia de biomassa?

Uma usina de biomassa funciona de forma parecida com as termelétricas, convertendo o calor da queima dos materiais orgânicos em energia. Esse processo de queima pode ser realizado de quatro maneiras:

1. Combustão

Essa é a forma mais convencional de produzir energia de biomassa: através da queima em altas temperaturas e na presença abundante de oxigênio. O vapor produzido por essa combustão é direcionado para mover turbinas e, assim, produzir eletricidade.

2. Pirólise

Nesse caso, a queima da biomassa também acontece em altas temperaturas, mas sem oxigênio, para acelerar o processo de decomposição. Os produtos obtidos por meio desse processo podem ser líquidos (como o bio-óleo) ou sólidos (como o carvão vegetal) e também podem ser queimados para produzir calor e eletricidade.

3. Gasificação

Assim como na pirólise, a biomassa é queimada na ausência de oxigênio, mas seu produto final é um gás inflamável chamado de syngas, ou gás de síntese. Esse biocombustível é uma mistura de hidrogênio e monóxido de carbono de alta combustão e também pode ser usado para produzir energia.

4. Co-combustão

Essa técnica utiliza a biomassa para substituir parte do carvão mineral usado para produzir energia. Suas principais vantagens são a redução da emissão de poluentes e do nível de poluição nos solos e nas águas e a diminuição dos desperdícios.

Quais são as vantagens e as desvantagens da energia de biomassa?

Como vimos acima, o principal ponto positivo da energia de biomassa é o fato de ser uma fonte renovável, desde que a intervenção humana seja feita de forma consciente. Além disso, entre suas outras vantagens, podemos destacar:

  • Custo reduzido;
  • Redução na emissão de gases poluentes;
  • Fácil de armazenar, converter e transportar;
  • Pode ser gerada a partir de vários materiais;
  • Alta capacidade de aproveitamento dos resíduos.

Por outro lado, o principal ponto negativo da energia de biomassa é seu impacto ambiental, uma vez que pode comprometer a flora e a fauna de áreas verdes. Suas outras desvantagens incluem:

  • Menor poder calorífico;
  • Contribuição para a formação da chuva ácida;
  • Custo elevado de equipamentos;
  • Dificuldade no armazenamento e transporte da biomassa sólida.

Quanto custa gerar energia de biomassa?

O baixo custo é uma das vantagens mais atrativas da energia de biomassa. Se você ficou curioso para saber o valor exato, a resposta consta em um relatório da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) sobre a estimativa de custo de expansão das principais fontes energéticas do Brasil entre 2016 e 2025.

De acordo com esse estudo, gerar um megawatt-hora (MWh) a partir de biomassa custa, em média, R$ 189,78. Esse valor coloca esse tipo de geração de energia no terceiro lugar entre as fontes analisadas pela EPE.

Os outros destaques entre as mais baratas são a energia eólica (R$ 155,98) e a hidrelétrica (R$ 185,24). Por outro lado, as mais custosas são o gás natural (R$ 235,42) e a energia solar (R$ 286,92).

A energia de biomassa no Brasil

O Brasil possui, literalmente, um terreno fértil para expandir a produção de energia de biomassa. Afinal, conta com extensas áreas cultiváveis e condições climáticas favoráveis ao longo de todo o ano.

Para se ter uma ideia, a lenha já chegou a representar 40% da produção energética primária do país. Atualmente, segundo dados do governo, a biomassa é a terceira maior fonte da matriz energética brasileira, com sua participação rondando 9%.

Mas há muito espaço para crescimento. Estudos realizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) identificaram a biomassa como uma das fontes com maior potencial para diversificar nossa matriz e reduzir a dependência dos combustíveis fósseis nos próximos anos.

O recurso com maior potencial de aproveitamento no país é o bagaço de cana-de-açúcar. Mas outras variedades vegetais, como o azeite de dendê, o buriti, o babaçu e a andiroba, também surgem como alternativas, principalmente para o abastecimento de energia elétrica de comunidades isoladas.

As perspectivas são tão animadoras que até mesmo gigantes do setor hidrelétrico, como a Usina de Itaipu, estão investindo em projetos de energia de biomassa. Veja mais detalhes na reportagem abaixo, da TV Brasil:

A energia de biomassa no Mercado Livre

Atualmente, é impossível falar de biomassa no Brasil e não mencionar o Mercado Livre de Energia. De acordo com o boletim de março de 2021 da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), 85% da energia de biomassa gerada no país é vendida no Ambiente de Contratação Livre (ACL).

Vale lembrar ainda que, por ser renovável e ajudar a diversificar nossa matriz, a energia de biomassa entra na definição de energia incentivada da Aneel. Ou seja, o governo estimula seu uso por meio de descontos tanto na produção quanto no consumo.

Isso significa que a energia de biomassa pode proporcionar uma redução de custos considerável para sua empresa. Para ter certeza que vai pagar menos na conta de luz, é fundamental contar com a assessoria de consultorias especializadas em gestão de energia elétrica, como é o caso da Esfera Energia.

A Esfera oferece suporte tanto no processo de migração para o ACL como no monitoramento do mercado e no processo de contratação de energia. Para saber mais detalhes, fale agora mesmo com um de nossos especialistas!

Para conhecer outras fontes geradoras renováveis, faça o download do e-book “Tipos de Geração de Energia” e entenda como funcionam e o potencial de implementação de cada um dos tipos.

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Confira o panorama atual e as projeções para o futuro da energia fotovoltaica no Brasil

Confira o panorama atual e as projeções para o futuro da energia fotovoltaica no Brasil

O Brasil atingiu uma marca histórica em março de 2021 ao ultrapassar o patamar de 8 gigawatts (GW) de potência operacional de energia fotovoltaica. Os dados, levantados pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), consideram tanto usinas como sistemas de pequeno e médio porte instalados em telhados, fachadas e terrenos comerciais e residenciais.

De acordo com a Absolar, a energia fotovoltaica já é a sexta principal fonte da matriz energética brasileira. Do ponto de vista econômico, atraiu mais de R$ 40 bilhões em investimentos desde 2012 e gerou mais de 240 mil empregos acumulados.

Atualmente, em relação à capacidade instalada, o país ocupa a 16ª posição no ranking mundial elaborado pela Agência Internacional para as Energias Renováveis (IRENA). Mesmo com um crescimento consolidado nos últimos anos, a produção de energia fotovoltaica no Brasil ainda está longe de seu potencial.

A boa notícia é que novos investimentos serão realizados ao longo de 2021 e ajudarão o Brasil a se tornar uma potência do setor. Para ajudar a compreender o cenário da energia fotovoltaica no país, neste texto abordaremos não apenas o panorama atual, como também as perspectivas para o futuro.

Porém, antes de mais nada, é fundamental entender o que é energia fotovoltaica e como seu funcionamento a distingue dos outros tipos de energia solar. Confira!

O que é energia fotovoltaica?

Energia fotovoltaica é o resultado da conversão da luz dos raios solares em eletricidade por meio do efeito fotovoltaico. Esse fenômeno (cujo nome surge da junção de “phos”, que significa luz em grego, e “volt”, a unidade de força eletro-motriz) foi relatado pela primeira vez em 1839 pelo físico Edmond Becquerel.

O processo de conversão de luz em eletricidade acontece por meio de um dispositivo fabricado com material semicondutor chamado célula fotovoltaica, que são usadas para formar as placas solares. Dessa forma, quanto maior a radiação solar nessas placas, maior será a quantidade de energia elétrica produzida.

Além de ser uma energia sustentável, limpa e inesgotável, a fotovoltaica se destaca pela versatilidade. Os sistemas tanto podem ser conectados à rede de energia por meio de usinas como instalados em residências e estabelecimentos comerciais para autoconsumo.

Confira no vídeo abaixo, do canal Engehall Energias Renováveis, mais detalhes sobre a capacidade e o funcionamento das cinco maiores usinas fotovoltaicas do Brasil:

https://www.youtube.com/watch?v=N6OWl5dmayg

Qual é a diferença entre energia solar e fotovoltaica?

Como vimos acima, a energia fotovoltaica é um tipo de energia solar. Por ser a forma mais comum e economicamente viável de obter energia do sol, muita gente usa apenas o termo energia solar mesmo quando está falando especificamente do método fotovoltaico.

Porém, é importante fazer essa distinção, uma vez que existem outros dois tipos de energia solar. São eles:

  • Energia fototérmica: Também usa placas solares para coletar a energia da radiação solar, mas, nesse caso, ela é transferida para a água para aquecê-la e permitir seu uso em casas, comércio e até mesmo na indústria.
  • Energia heliotérmica: De uso exclusivamente industrial, tanto a absorção como a conversão seguem os mesmos princípios do sistema fototérmico. A diferença é que depois é transformada em energia mecânica e, em seguida, em energia elétrica, assim como acontece nas usinas termoelétricas.

Agora que ficou claro a diferença entre a energia fotovoltaica e os demais tipos de energia solar, é hora de entender como ela é gerada. Para isso, vamos detalhar todo o processo, desde que os raios solares incidem nas placas solares até o momento em que a eletricidade chega nas casas e empresas.

Como funciona a energia fotovoltaica?

O efeito fotovoltaico ocorre quando as partículas de luz solar colidem com os átomos presentes nas placas solares. Esse contato faz com que os elétrons do material semicondutor entrem em movimento e gerem uma corrente contínua de eletricidade.

Porém, para ser utilizada nos lares e comercialmente, é preciso transformar a corrente contínua em corrente alternada. O inversor solar é o aparelho responsável por essa conversão e por deixar a energia fotovoltaica pronta para o consumo.

A eficiência da conversão da luz em eletricidade costuma ficar entre 15% e 20% e está ligada ao tipo de material semicondutor. As células fotovoltaicas mais usadas mundialmente são à base de silício, como as de silício monocristalino (mono-Si), silício policristalino (multi-Si) e silício amorfo (a-Si).

As células de silício monocristalino e policristalino são mais complexas e caras, mas a média de eficiência da conversão ronda os 20%.

Outro fator que influencia na eficiência do processo de conversão é a proporção de radiação solar incidente. E é esse fator que explica porque o Brasil pode se tornar uma referência mundial em geração de energia fotovoltaica.

A produção de energia fotovoltaica no Brasil

Por ter a maior parte do seu território localizado perto da Linha do Equador, o Brasil possui um grande índice de radiação solar. Essa localização privilegiada faz com que o tempo de incidência de luz não varie muito, com a média anual oscilando entre 5 e 8 horas diárias.

Mesmo assim, a energia fotovoltaica centralizada representa apenas cerca de 2% da matriz energética brasileira. Para se ter uma ideia, a principal fonte, a hidrelétrica, é responsável por mais de 60% do total.

energia fóssil

Embora o cenário atual esteja aquém do potencial brasileiro, as perspectivas para o futuro são animadoras. A Absolar projeta que em 2040 a fonte solar terá alcançado cerca de 126 mil MW, conquistando o primeiro posto da matriz, com 32% de participação, superando inclusive a hidrelétrica, que terá 29%.

Para 2021, a Absolar prevê que os novos investimentos privados no segmento poderão ultrapassar os R$ 22,6 bilhões. Com essa nova injeção de capital, a associação acredita que ao longo deste ano serão adicionados mais de 4,9 GW de potência instalada, somando as usinas de grande porte e os sistemas distribuídos.

A energia fotovoltaica no Mercado Livre

Os sistemas solares fotovoltaicos podem ser instalados de duas formas:

  • Na geração distribuída: quando os sistemas têm uma capacidade de até 5 MW e são instalados em casas, empresas, prédios públicos e propriedades rurais;
  • Na geração centralizada: quando é produzida por usinas de energia solar de grande porte e podem ultrapassar a capacidade de 5 MW.

Nesse último caso, a energia fotovoltaica produzida pela geração centralizada pode ser comercializada em dois ambientes: no Ambiente de Contratação Regulada (ACR) e no Ambiente de Contratação Livre (ACL), também conhecido como Mercado Livre de Energia.

Ou seja, a fotovoltaica é um dos tipos de energia incentivada que podem ser adquiridas no Mercado Livre. E o melhor é que, nesse ambiente de contratação, geradoras, comercializadoras e consumidores livres e especiais negociam diretamente, com o preço acordado entre as partes.

Se você ficou interessado em escolher um gerador de energia fotovoltaica para sua empresa, procure uma consultoria para assessorar na migração para o Mercado Livre. A Esfera Energia, além de cuidar do processo burocrático, oferece soluções que otimizam a previsão de custos e a gestão da energia elétrica do seu negócio.

Fale agora mesmo com um de nossos especialistas para fazer parte do crescimento do promissor futuro da energia fotovoltaica no Brasil!

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Entenda como a energia nuclear é gerada e porque é pouco utilizada no Brasil

Entenda como a energia nuclear é gerada e porque é pouco utilizada no Brasil

Criada com o objetivo de conter reajustes nas tarifas de eletricidade, a MP 998 foi aprovada pelo Senado pouco antes do seu vencimento e sancionada no início de março como Lei 14.120. Além de prever a retirada gradual de subsídios para usinas de fontes renováveis, um dos seus principais pontos trata do uso da energia nuclear.

A nova lei determina que a outorga para exploração da usina de Angra 3 depende de autorização do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Também cabe ao CNPE estabelecer um cronograma para a implantação do empreendimento e a data de início da operação comercial.

A outorga deverá ter prazo de 50 anos, prorrogáveis por mais 20 anos, e garantir o suprimento por pelo menos 40 anos. A expectativa do governo é que a usina gere mais de 12 milhões de megawatts-hora, o suficiente para abastecer Brasília e Belo Horizonte por um ano.

Com a expectativa pelo aumento da sua participação na matriz energética brasileira, preparamos um guia completo sobre energia nuclear. Nas próximas linhas você conhecerá as respostas de 7 perguntas essenciais para entender seu conceito e seu funcionamento, assim como seus prós e contras. Confira!

O que é energia nuclear?

Energia nuclear é toda a energia associada a mudanças na constituição do núcleo de átomos de determinados elementos químicos. Cercados por elétrons (de carga elétrica negativa), os núcleos contêm prótons (de carga positiva) e nêutrons (que não tem carga elétrica).

A energia das ligações atômicas pode ser liberada quando essas conexões passam por alguma transformação, como uma fissão ou fusão de núcleos. Quando isso ocorre, a energia liberada pode ser usada, por exemplo, para gerar eletricidade.

O que gera a energia nuclear?

A geração de energia nuclear está baseada no conceito da equivalência massa-energia. Os átomos de alguns elementos químicos (como urânio, plutônio e tório) têm a propriedade de transformar massa em energia.

Esse conceito foi observado por Albert Einstein e está expresso na mais célebre equação científica do século XX:

E = mc2

Na fórmula, o fator c (velocidade da luz no vácuo) realiza a conversão de m (massa), que está em quilogramas, para e (energia), quantificada em joules.

Quais são os tipos de energia nuclear?

Existem dois tipos de reações nucleares que transformam massa em energia:

  • Fissão nuclear: quando o núcleo do átomo se divide em duas ou mais partículas;
  • Fusão nuclear: quando dois ou mais núcleos atômicos são unidos para produzir um novo elemento.

A fissão nuclear foi desenvolvida em 1938 e inicialmente utilizada para propósitos bélicos, na construção de bombas atômicas. Apenas a partir da década de 50 o uso se voltou para a produção de energia.

Por sua vez, a fusão ainda não se mostrou viável em larga escala. Com o início das operações previstas para 2025 na França, o Reator Termonuclear Experimental Internacional (ITER), maior experimento mundial de fusão nuclear, começou a sair do papel em 2020.

Como funciona a energia nuclear?

Para saber o que a equação de Einstein tem a ver com produção de eletricidade, vamos entender o funcionamento de uma usina nuclear. O processo é parecido com o das termelétricas, com a diferença que o calor é gerado pelas transformações nos átomos e não pela queima de um combustível fóssil.

Em uma usina nuclear, a fissão dos núcleos dos átomos de urânio aquece a água do circuito primário, que passa pelo reator até chegar ao gerador de vapor. Em seguida, a água de um circuito secundário, independente do primeiro, entra em contato com os tubos desse gerador.

Com a troca de calor, a água do circuito secundário se transforma em vapor e movimenta uma turbina que aciona um gerador elétrico. O movimento desse gerador é o que produz a eletricidade que será direcionada para a rede de distribuição e abastecerá lares e indústrias.

Após mover a turbina, esse vapor passa por um condensador, onde é refrigerado pela água trazida por um terceiro circuito, também independente. A existência desses três circuitos é uma medida de segurança para impedir o contato da água que passa pelo reator com as demais.

Para saber mais detalhes de como funciona a energia nuclear, confira o vídeo da Eletronuclear TV:

https://www.youtube.com/watch?v=OzxiQdmTD58

Quais são as vantagens e desvantagens da energia nuclear?

Entre os principais pontos positivos da energia nuclear, podemos destacar:

  • É considerada uma fonte limpa, uma vez que, por não usar combustíveis fósseis, os impactos ambientais da energia nuclear são bem menores;
  • Apesar de não ser renovável, tem como principal fonte o urânio, que ainda é encontrado em abundância no planeta;
  • O baixo risco de escassez de urânio no médio prazo barateia o custo de produção;
  • A produção não depende de fatores climáticos, como no caso da energia eólica, solar e hidrelétrica;
  • As usinas ocupam áreas relativamente pequenas e, graças aos modernos sistemas de seguranças, podem ser instaladas próximas de centros urbanos.

Por outro lado, entre os pontos negativos desse tipo de geração de energia, é preciso lembrar que:

  • Mesmo com os avanços nos sistemas de segurança, o risco de acidentes, como os de Chernobyl e Fukushima, não pode ser totalmente descartado;
  • Embora não emita gases poluentes, a geração de energia nuclear produz resíduos que podem levar muitos anos para perder a radioatividade. Esses rejeitos devem ser confinados em recipientes de chumbo ou concreto e ficar sob monitoramento constante;
  • A água do mar usada para resfriar os reatores é devolvida para o ambiente mais quente do que foi coletada, o que pode provocar danos na flora e na fauna marinha;
  • O investimento inicial para a construção de uma usina, com todas as medidas de seguranças necessárias, é muito alto.

Qual a porcentagem do uso de energia nuclear no Brasil e no mundo?

De acordo com dados da Associação Nuclear Mundial (WNA, na sigla em inglês), a energia nuclear fornece atualmente cerca de 10% da eletricidade do mundo a partir de cerca de 440 reatores. Cerca de 50 outros reatores estão em construção, cuja capacidade de produção equivale a aproximadamente 15% da geração atual.

Mais de dez países já produzem mais da metade da sua eletricidade a partir da energia nuclear, com destaque para a França (com cerca de três quartos). Já nos Estados Unidos, donos do maior parque nuclear do mundo, cerca de 15% da eletricidade provém dessa fonte.

No gráfico abaixo, você confere a geração nuclear por país em 2019, ano do último relatório publicado pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA):

infográfico 4
Fonte: AIEA

Como vimos acima, o Brasil é o 20º maior produtor de eletricidade a partir de energia nuclear. Segundo a WNA, a geração total, de cerca de 15 Terawatt/hora, bem distante dos mais de 800 TWh dos EUA, representa apenas 3% da nossa matriz energética.

Por que a energia nuclear é pouco utilizada no Brasil?

Apesar de ter uma das maiores reservas de urânio do mundo, o Brasil ainda não aproveita todo seu potencial de geração de energia nuclear. A participação tímida na matriz energética pode ser explicada pelos problemas experimentados pelas duas únicas usinas nucleares em operação no país.

Operando desde 1985, a usina nuclear de Angra 1 tem atualmente 640 megawatts de potência, o que pode suprir uma cidade de 1 milhão de habitantes. No entanto, em seus primeiros anos, enfrentou problemas com alguns equipamentos que prejudicaram o funcionamento e só foram sanados na década de 1990.

Já Angra 2, cujas obras começaram em 1981, demorou 20 anos para ser ativada. A crise econômica que assolava o país fez com que a construção fosse paralisada em 1986 e a unidade só começou a operar em 2001. Atualmente, com 1.350 megawatts de potência, é capaz de suprir uma cidade de 2 milhões de habitantes.

A expectativa agora é de avanços consideráveis com a permissão para a exploração de Angra 3. Quando estiver operando junto com as outras duas usinas do Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA), a energia nuclear passará a gerar o equivalente a 50% do consumo do estado do Rio de Janeiro.

Com a perspectiva de aumento nos investimentos e na participação na matriz energética nacional, vale a pena ficar antenado no futuro da energia nuclear no Brasil. Principalmente para quem é responsável pela gestão de energia elétrica de comércios e empresas.

Para continuar por dentro de todas as novidades, continue acompanhando o blog da Esfera Energia. Somos referência nacional em gestão energética no Mercado Livre de Energia e já gerenciamos 6% de toda a energia produzida no Brasil.

Para saber mais, entre em contato agora mesmo com um especialista da Esfera!

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Perdas energéticas: como evitar esse problema nas suas instalações

Perdas energéticas: como evitar esse problema nas suas instalações

Entender o que são perdas energéticas, como elas acontecem e o que fazer para evitá-las é fundamental para que você não gaste esse recurso e acabe pagando mais do que deveria por ele. 

Os causadores desse problema muitas vezes são invisíveis, por isso é importante saber como proceder para identificar como a energia está sendo perdida e atuar com rapidez para diminuir ou até mesmo eliminar as fontes desse gasto desnecessário. 

Vamos explicar todas as informações a respeito do assunto neste artigo, continue lendo.

O que são perdas energéticas?

Perda energética é o termo usado para definir quando a energia elétrica não é 100% aproveitada durante o consumo, o que pode ser ocasionado pela manutenção inadequada de equipamentos, por exemplo. 

Além disso, pode acontecer perda de energia ao longo de todo o sistema elétrico, do relógio à iluminação, por isso é importante garantir que revisões periódicas aconteçam para evitar que o problema se agrave. 

Vale mencionar que a perda de energia está diretamente relacionada à eficiência energética, já que por meio dela é possível otimizar o consumo e garantir que o recurso seja devidamente aproveitado.

Como as perdas energéticas aumentam seus gastos?

As perdas energéticas aumentam os gastos de uma empresa ou indústria, pois você está pagando por algo que não está sendo usado da maneira adequada: a energia chega ao seu sistema, porém é perdida no processo. 

Os principais “vilões” são equipamentos com manutenção atrasada, máquinas em funcionamento sem que haja uma real necessidade para elas, assim como sistemas subdimensionados ou superdimensionados (por exemplo, o uso de ar-condicionado com BTUs acima ou abaixo da quantidade que o ambiente realmente precisa). 

Por isso, ter atenção a esse assunto é fundamental para garantir que você não gaste mais do que o necessário com a sua conta de energia elétrica. 

Veja aqui 7 ideias de redução de custos na indústria.

O que fazer para evitar a perda de energia?

Realizando alguns procedimentos básicos é possível reduzir as perdas energéticas na sua empresa, tais como:

  • Realizar revisões preventivas em todo o sistema
  • Fazer um diagnóstico energético
  • Manter a manutenção de equipamentos em dia

Explicaremos os detalhes de cada um deles a seguir.

Realizar revisões preventivas em todo o sistema

A principal alternativa para evitar perdas energéticas é fazer revisões preventivas sazonalmente, pois isso possibilitará que possíveis problemas sejam identificados com antecedência e corrigidos em tempo hábil. 

Por isso, não negligencie esse processo, já que por meio dele será possível entender com mais facilidade o que está causando a perda de energia nas suas instalações.

Lembre-se que investir nesse check-up agora garantirá a redução de gastos no futuro.

Fazer um diagnóstico energético

Também é válido fazer um diagnóstico energético para ter mais clareza sobre como alcançar uma maior eficiência no uso da energia elétrica. Ele é uma espécie de relatório que serve para identificar o padrão de consumo de uma empresa ou instalação para encontrar soluções que permitam um melhor aproveitamento da energia.

Todo o levantamento é documentado e a partir dele é possível propor ações assertivas sobre o que pode ser feito para que o consumo de energia seja mais eficiente e, por consequência, as perdas energéticas sejam mitigadas. 

Manter a manutenção de equipamentos em dia

Máquinas que não operam na sua melhor capacidade certamente são uma das maiores responsáveis por perdas energéticas, pois elas demandam muito mais energia para fazer o mesmo trabalho que poderia ser feito com um menor consumo caso estivessem com a manutenção em dia. 

Além disso, equipamentos obsoletos também contribuem para que haja perda de energia. Por isso, considere fazer substituições de máquinas periodicamente para que você tenha produtos mais atualizados e que possam reduzir os gastos com a conta de luz. 

Por mais que o custo para comprar um equipamento novo seja caro em um primeiro momento, a longo prazo o benefício será maior. 

Aqui vale uma dica: sempre opte por produtos com o Selo Procel, pois esses são os que têm melhores níveis de eficiência energética.

Como reduzir os custos com a energia elétrica?

Agora que você já entendeu o que são perdas energéticas e o que fazer para evitá-las para diminuir os gastos com essa despesa, também é importante considerar alternativas para que a aquisição de energia para a sua empresa seja mais em conta. 

Uma opção é migrar para o Mercado Livre de Energia, no qual as empresas podem negociar preços, prazo, volume e forma de pagamento diretamente com os fornecedores. Por consequência, é possível alcançar até 35% de economia na conta de luz, já que a energia pode ser contratada de acordo com a demanda da empresa. 

Inclusive, essa é uma das principais vantagens do Mercado Livre de Energia, já que os clientes podem adequar a contratação ao seu perfil de consumo.

Confira nosso e-book gratuito com todas as informações que você precisa saber a respeito do Mercado Livre de Energia.


E-book gratuito da Esfera Energia sobre o Mercado Livre de Energia

Para fazer a migração com segurança, o ideal é contar com uma consultoria especializada que atue tanto nesse processo quanto durante as negociações. 

Além disso, essa empresa também poderá te auxiliar a fazer a gestão da energia elétrica contratada, o que contribuirá para que seus custos sejam reduzidos e você evite as perdas energéticas, como explicamos ao longo deste artigo.

A Esfera Energia é referência nacional em gestão de energia no Mercado Livre de Energia e atualmente atende mais de 130 grupos empresariais, gerencia mais de 320 ativos e está presente em 20 estados.

Além disso, com a Esfera você recebe todo o apoio necessário para o cumprimento das obrigações legais e ainda tem o respaldo para obter as melhores condições possíveis na contratação de energia.

Entre em contato com os nossos consultores agora mesmo!

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Conheça o PROINFA, Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica

Conheça o PROINFA, Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica

O Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (PROINFA), como o próprio nome diz, tem o propósito de fomentar a presença de fontes alternativas de energia com o objetivo de diversificar a matriz energética do país.

Isso porque, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) divulgados no segundo semestre de 2020, as usinas hidrelétricas são responsáveis por 58,97% da geração de energia do país, enquanto 25,53% cabe às usinas termelétricas, 9,14% às usinas eólicas, 3,07% às Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e o restante às demais, como centrais geradoras fotovoltaicas, usinas termonucleares e Centrais Geradoras Hidrelétricas.

Explicaremos todos os detalhes a respeito do PROINFA ao longo do artigo, confira!

O que é o PROINFA?

PROINFA é a sigla para Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica, o qual foi criado pelo governo em 2002 (Lei nº 10.438/2002) com o objetivo de diversificar a matriz energética brasileira. 

Por meio do PROINFA, fontes de energia renovável, tais como Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), usinas eólicas e usinas térmicas a biomassa são incentivadas para que tenham maior presença em todo o território nacional. 

As energias renováveis são todas aquelas que têm como fontes recursos renováveis, tais como água, vento e matéria orgânica. As usinas hidrelétricas também são fontes de energia renovável, porém o objetivo do PROINFA é estimular aquelas que ainda precisam ganhar mais espaço no Brasil para descentralizar a produção que hoje cabe majoritariamente às hidrelétricas.

Além disso, essas fontes de energia renovável são menos poluentes e geram um menor impacto ambiental, pois não queimam combustíveis fósseis, processo que emite gases que contribuem para o efeito estufa e, por consequência, para o aquecimento global.

Confira o panorama completo da energia renovável no Brasil.

Como funciona o PROINFA?

O PROINFA impulsiona o investimento em projetos de energia renovável. Assim, todos os consumidores conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN) e que recolhem a  TUSD/TUST (Tarifas de Uso dos Sistemas de Distribuição e Transmissão) participam do PROINFA por meio da contratação de cotas dos geradores que fazem parte do programa.

Todos os anos a ANEEL é a responsável por determinar e divulgar em Resolução Homologatória a cota anual de cada uma das unidades consumidoras, tendo como referência o histórico dos últimos 12 meses de consumo. 

De acordo com informações da ANEEL, o cálculo das cotas tem como base o Plano Anual do Proinfa (PAP) elaborado pela Eletrobras e encaminhado para a ANEEL. O custo do programa, cuja energia é contratada pela Eletrobras, é pago tanto pelos consumidores livres quanto pelos cativos que pertencem ao SIN, exceto os classificados como baixa renda.

Depois, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) apura as informações todos os meses e divulga relatórios dinâmicos e interativos com as respectivas cotas conforme ocorrem movimentações no programa. 

Tais movimentações podem ser migrações para o Ambiente de Contratação Livre (ACL), desligamentos, ajustes de consumo e transferências de perfil no caso de alteração do proprietário da unidade consumidora.

Exemplo de relatório da CCEE sobre o PROINFA

Fonte: CCEE

Os relatórios mensais podem ser acessados aqui no site da CCEE e são denominados “Boletim do PROINFA”.

No vídeo abaixo a CCEE explica como funciona o relatório PROINFA.

https://youtu.be/kYuC0qpZogk

Qual a importância do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica?

A matriz energética brasileira é muito dependente das usinas hidrelétricas, por isso é importante que existam programas como o PROINFA para estimular a expansão da presença de fontes como a eólica, biomassa e PCHs para promover a diversificação e descentralização da geração de energia do país.

Isso também aumenta a segurança do abastecimento e garante que toda a demanda seja suprida, especialmente em períodos de crise hídrica, já que com poucas chuvas os níveis dos reservatórios ficam mais baixos e o potencial de geração de energia das hidrelétricas pode ficar comprometido. 

Além disso, quando isso acontece é necessário acionar as termelétricas, o que encarece a conta de luz para toda a população por conta das bandeiras tarifárias.

Entenda qual o impacto dos níveis dos reservatórios no preço da energia.

Com uma maior presença de fontes alternativas de energia impulsionadas pelo PROINFA esse cenário pode ser revertido.

Confira o infográfico da CCEE com o resumo de todas as informações a respeito do PROINFA.

Como adquirir energia de fontes alternativas?

Na hora de escolher qual energia adquirir é importante entender o padrão de consumo da empresa, fazer projeções, comparar custos e optar pela fonte com o melhor custo-benefício e que seja mais vantajosa tanto para o negócio quanto para o meio ambiente.

No Mercado Livre de Energia, por exemplo, é possível contratar energia diretamente dos fornecedores. Caso você não saiba, hoje o setor energético brasileiro está segmentado em dois “ambientes”:

  • Ambiente de Contratação Regulada (ACR): formado por consumidores cativos que têm acesso à energia com tarifas estabelecidas pelo governo e pagam mensalmente pelo serviço de distribuição e de geração de energia;
  • Ambiente de Contratação Livre (ACL): são os consumidores livres que negociam energia no Mercado Livre de Energia e podem encontrar preços melhores do que os normalmente disponíveis no ambiente regulado.

No ACL, os consumidores especiais podem adquirir energia de todas as fontes de energia do PROINFA, desde que tenham uma demanda mínima de 500 kW, uma das regras para migrar para o Mercado Livre de Energia.

Entenda aqui quais as diferenças entre o consumidor livre e especial no Mercado Livre de Energia.

Porém, a principal vantagem é que no Mercado Livre de Energia as empresas podem negociar preço, prazo, volume e forma de pagamento direto com as empresas geradoras ou comercializadoras de energia elétrica, o que permite conseguir melhores preços e alcançar até 35% de redução na conta de luz.

Quer saber mais? Confira nosso e-book gratuito com todas as informações que você precisa saber a respeito do Mercado Livre de Energia.


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Se você ficou interessado e deseja fazer parte do Mercado Livre de Energia, o ideal é contar com uma consultoria especializada para apoiar sua empresa tanto na migração quanto durante as negociações, bem como para fazer a gestão da energia elétrica contratada.

A Esfera Energia, por exemplo, fornece o apoio necessário para que as empresas façam a migração com segurança e ainda garante as melhores condições possíveis na contratação de energia.

Além disso, somos referência nacional em gestão energética no Mercado Livre de Energia. Atualmente atendemos mais de 130 grupos empresariais, gerenciamos mais de 320 ativos e estamos presentes em 20 estados.

Além disso, se sua empresa é uma geradora, a Esfera também está pronta para te apoiar na comercialização da sua energia elétrica pelo melhor preço e com segurança regulatória. Gerenciamos 6% de toda a energia produzida no Brasil, atendemos a 70 unidades geradoras e gerimos mais de 10 GW de potência. 

Entre em contato conosco agora mesmo!

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O que é energia verde e como incentivar o consumo na sua empresa

O que é energia verde e como incentivar o consumo na sua empresa

Há uma tendência global em encontrar alternativas para reduzir a dependência por combustíveis fósseis para gerar energia elétrica. Nesse contexto está a energia verde, fontes de energia com baixo impacto ambiental.

Quer saber mais? Aqui vamos te mostrar tudo sobre energia verde e também como as empresas podem aumentar o consumo desse recurso.

Confira!

O que é a energia verde?

Energia verde é a energia que causa um baixo impacto ao meio ambiente, sendo gerada por meio de fontes renováveis, como a eólica e solar. Essas fontes de energia também são consideradas alternativas ao uso de combustíveis fósseis como petróleo, carvão mineral e gás natural.

Tais recursos são finitos e altamente poluentes, pois a queima libera muito CO2 na atmosfera, o que contribuiu para o aumento do efeito estufa e, por consequência, do aquecimento global também. Por isso, o incentivo às fontes de energia verde está ganhando cada vez mais força em todo o mundo.

Como funciona a energia verde?

Para que uma energia seja considerada verde é necessário que ela tenha pouco impacto ambiental não apenas no processo de geração da energia elétrica, mas também na construção das usinas. 

Por exemplo, as hidrelétricas são fontes renováveis de energia e não emitem poluentes no processo de geração de energia, porém a construção das barragens gera um grande impacto ambiental, podendo até mesmo alterar a fauna e flora do local de maneira irreversível. 

Assim, podemos dizer que os principais tipos de energia verde são: energia eólica, energia solar, energia maremotriz, energia geotérmica e energia de biomassa. 

Veja todos os detalhes a respeito das fontes dessas energias a seguir.

Quais são as fontes de energia verde?

  • Vento
  • Luz solar
  • Força das marés
  • Calor do centro da Terra
  • Biomassa

As fontes de energia verde são renováveis, o que significa que são inesgotáveis e estão sempre disponíveis para a sociedade, até mesmo nas áreas mais remotas. Além disso, elas também são fontes alternativas de energia, pois são opções em relação aos combustíveis fósseis.

Veja aqui quais são os tipos de geração de energia que existem, fontes e diferenças.

Confira a seguir os detalhes sobre cada uma dessas fontes de energia verde.

Vento

A força dos ventos é usada para gerar a energia eólica, a qual é obtida a partir da energia cinética do vento que movimenta as pás e ativa os aerogeradores (turbinas). Esse movimento gera energia mecânica, a qual é transformada em energia elétrica por meio da indução eletromagnética que ocorre em um gerador. 

Luz solar

A luz do sol, fonte inesgotável, permite a geração da energia solar por meio da captação dos raios solares por painéis fotovoltaicos ou por meio de um sistema heliotérmico, os quais podem tanto ser instalados em telhados quanto em áreas abertas. Por conta disso, é possível gerar tanto energia térmica quanto energia elétrica.

Força das marés

O movimento das marés possibilita a geração da energia maremotriz, também chamada de energia das marés. O processo se dá por meio da construção de barragens que captam a água nas altas da marés; quando a maré baixa, a água é devolvida para o mar e as turbinas são movimentadas, gerando assim energia elétrica.

Saiba mais sobre o que é energia maremotriz, como ela é gerada e onde existe no Brasil.

Calor do centro da Terra

É possível gerar energia geotérmica por meio do aproveitamento do calor do centro da Terra advindo do magma, uma formação rochosa que pode alcançar 6 mil ºC e que esquenta a água, a qual é utilizada para gerar a energia geotérmica.

Biomassa

A energia de biomassa é obtida por meio da queima de matérias orgânicas como o bagaço da cana-de-açúcar, lenha, resíduos agrícolas e até mesmo excrementos de animais. Esse processo permite a geração de energia térmica, energia elétrica e também a obtenção de produtos como etanol, carvão vegetal, biodiesel e biogás. 

É considerada uma energia verde pois o dióxido de carbono liberado na queima é reaproveitado pela própria vegetação para realizar fotossíntese.

Como incentivar o consumo de energia verde nas empresas?

O primeiro passo para ter uma maior presença de energia verde nas empresas é conscientizar a indústria a respeito da importância de optar por fontes que tenham um baixo impacto ambiental. 

Além disso, as grandes empresas, principalmente, também devem compreender que servem de exemplo para demais companhias, de modo que uma mudança de escolhas pode causar um efeito cascata positivo.

Outra alternativa é migrar para o Mercado Livre de Energia para ter mais facilidade para contratar energia verde diretamente dos fornecedores. Caso você não saiba, hoje o setor energético brasileiro está segmentado em dois “ambientes”:

  • Ambiente de Contratação Regulada (ACR): formado por consumidores cativos que têm acesso à energia com tarifas estabelecidas pelo governo e pagam mensalmente pelo serviço de distribuição e de geração de energia;
  • Ambiente de Contratação Livre (ACL): são os consumidores livres que negociam energia no Mercado Livre de Energia e podem encontrar preços melhores do que os normalmente disponíveis no ambiente regulado.

Saiba mais a respeito das diferenças entre ACR e ACL.

No ACL, os consumidores especiais podem adquirir energia de todas as fontes de energia verde citadas aqui, desde que tenham uma demanda mínima de 500 kW, uma das regras para migrar para o Mercado Livre de Energia.

Aqui explicamos quais são as regras do Mercado Livre de Energia que você precisa conhecer.

A grande vantagem é que no Mercado Livre de Energia as empresas podem negociar contratos diretamente com as empresas geradoras ou comercializadoras de energia elétrica, o que permite conseguir melhores preços e alcançar até 35% de redução na conta de luz.

Quer saber mais? Baixe nosso e-book gratuito com todas as informações a respeito do assunto.


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Se você ficou interessado em negociar energia verde no Mercado Livre de Energia, o ideal é contar com uma consultoria especializada para apoiar sua empresa tanto na migração quanto durante as negociações, bem como para fazer a gestão da energia elétrica contratada.

A Esfera Energia, por exemplo, fornece o apoio necessário para que as empresas façam a migração com segurança e ainda garante as melhores condições possíveis na contratação de energia.

Além disso, somos referência nacional em gestão energética no Mercado Livre de Energia. Atualmente atendemos mais de 130 grupos empresariais, gerenciamos mais de 320 unidades consumidoras e estamos presentes em 20 estados.

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Entenda o que é energia solar e confira se é uma opção rentável para residências e empresas

Entenda o que é energia solar e confira se é uma opção rentável para residências e empresas

Todos aqueles que buscam formas de gerar eletricidade causando o mínimo de impacto negativo possível sabem bem o que é energia solar. Seu uso tem crescido consideravelmente nos últimos anos por se tratar de uma fonte limpa, renovável e – no caso de um país ensolarado – abundante.

Essas características têm, inclusive, atraindo cada vez mais os vendedores e consumidores do Mercado Livre de Energia. Mas, se vivemos em um país em que o sol brilha o ano inteiro, por que esse tipo de energia ainda tem uma participação inferior a 2% na matriz energética brasileira?

Para responder essa pergunta, é preciso ir mais fundo e entender como funciona a energia solar. É o que você descobrirá neste artigo, assim como as vantagens e desvantagens da sua utilização, para saber se é um investimento rentável para sua empresa e até mesmo para sua casa.

O que é energia solar?

A energia solar é todo tipo de energia gerada pelo calor e pela luz do Sol. Seu diferencial em relação a outras fontes renováveis é depender apenas dos raios solares, presentes mesmo em dias nublados, e não tanto de fatores climáticos ou geográficos, como a eólica e a geotérmica.

Normalmente o termo é associado às grandes placas usadas para captar os raios solares e convertê-los em energia elétrica. Porém, dependendo do sistema usado para a conversão dos raios solares, a energia solar pode ser usada tanto para gerar eletricidade como energia térmica.

Para entender exatamente como é produzida a energia solar, vamos conferir no próximo tópico o que diferencia seus diferentes tipos de captação e geração.

Quais são os tipos de energia solar?

De acordo com a tecnologia utilizada, existem três tipos de energia solar:

  • Energia solar fotovoltaica
  • Energia fototérmica
  • Energia heliotérmica

Além do método de conversão dos raios solares, a maior distinção entre essas tecnologias é o tipo de estabelecimento onde são instaladas. Vamos detalhar o funcionamento de cada uma logo abaixo.

Como funciona a energia solar fotovoltaica

A fotovoltaica é o tipo de energia solar mais comum e economicamente viável, razão pela qual é a que mais vemos instalada em residências e estabelecimentos comerciais. Se conectada à rede elétrica convencional, pode reduzir o valor da conta de luz em até 95%.

O sistema é composto por painéis ou placas solares, confeccionados em materiais semicondutores como o silício, que captam os raios solares. Em seguida, os elétrons dessa irradiação passam pelo chamado inversor solar, que os transforma em energia elétrica consumível

A eficiência da conversão está diretamente ligada à incidência solar sobre os painéis. Porém, embora produza mais eletricidade em dias de céu aberto, o sistema também funciona em dias nublados, não sendo muito afetado por fatores como a sazonalização.

Como funciona a energia fototérmica

Também conhecido como aproveitamento térmico, o sistema fototérmico também usa placas solares para coletar a energia da radiação solar. Mas, nesse caso, ela será transferida para a água para aquecê-la e permitir seu uso em casas, comércio e até mesmo na indústria.

Os painéis solares fototérmicos possuem aletas feitas de cobre ou alumínio fabricadas em cores escuras para facilitar a absorção da radiação e transformá-la em calor. Em seguida, o calor é transportado por tubos isolados até chegar ao reservatório de água.

O reservatório é capaz de armazenar a água para ser utilizada tanto durante a noite como em dias nublados. O tamanho desse reservatório e a quantidade de placas variam de acordo com a quantidade de água quente utilizada.

Como funciona a energia heliotérmica

O último tipo de energia solar é também o mais complexo, o que o torna de uso exclusivamente industrial. Nesse sistema, os raios solares são captados e acumulados em um receptor único, normalmente formado por espelhos e instalado em torres altas.

No método heliotérmico, tanto a absorção como a conversão da energia solar seguem os mesmos princípios do sistema fototérmico. A diferença é que depois é transformada em energia mecânica e, em seguida, em energia elétrica, assim como acontece nas usinas termoelétricas.

Vantagens e desvantagens da energia solar

Após saber o que é energia solar e como funciona cada um dos seus tipos, é hora de conferir um checklist com seus prós e contras.

Vantagens da energia solar

  • Economia na conta de luz;
  • Não polui o planeta;
  • É renovável e abastecida por uma fonte teoricamente inesgotável;
  • Exige pouca manutenção;
  • Não requer áreas extensas como as hidrelétricas;
  • Fonte abundante para países tropicais, como o Brasil.

Desvantagens da energia solar

  • Preço elevado de produção em comparação com outras fontes renováveis;
  • Formas de armazenamento pouco eficientes;
  • Intermitência da geração (apenas durante o dia);
  • Queda brusca de produção durante o inverno em locais de alta e média latitude.

Por que a energia solar ainda não é muito utilizada no Brasil?

Se você chegou à conclusão de que a energia solar é um bom investimento após analisar os dados acima, é bem possível que agora esteja se perguntando: por que essa fonte limpa e inesgotável é tão pouca difundida no Brasil?

Embora o uso de energia solar em residências tenha crescido 70% em 2019, o Brasil tinha até 2018 apenas 1 gigawatt em termos de capacidade instalada de geração fotovoltaica. A China, por sua vez, tem 130 gigawatts.

Um dos principais fatores que explicam esses números baixos é a falta de incentivo do governo. Para se ter uma ideia, apenas em 2013 a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) permitiu que as pessoas pudessem gerar sua própria energia e trocar o excedente por créditos na concessionária.

Além disso, existem poucas campanhas informativas sobre os benefícios da energia solar no Brasil. Isso faz com que muita gente se foque apenas no custo elevado da geração, o que nos leva à próxima pergunta.

Por que a energia solar é cara?

A resposta mais simples para essa pergunta é o custo da instalação dos painéis de captação dos raios solares. Embora a manutenção não seja custosa, é preciso gastar uma quantia considerável na compra dos equipamentos.

Além disso, algumas outras variáveis podem afetar o preço da energia solar, como:

  • Incidência solar;
  • Potência do sistema;
  • Local da instalação dos painéis;
  • Média de consumo energético do imóvel;
  • Valor da tarifa de energia elétrica da região.

No entanto, vale lembrar que, por ser renovável e ajudar a diversificar a matriz energética, a fonte solar se enquadra na categoria de energia incentivada. Isso significa que recebe descontos do governo na transmissão da energia realizada pela concessionária, aplicados tanto para a geração quanto para o consumo.

No Mercado Livre de Energia, os consumidores livres e especiais podem negociar diretamente com o gerador ou comercializador de energia. Além disso, os livres podem ainda escolher o tipo de geração, seja ela convencional ou incentivada, como a solar, enquanto os especiais devem adquirir a incentivada.

Mesmo com os descontos, a energia solar pode acabar saindo mais cara que a convencional. Por isso, para torná-la um investimento seguro e rentável dentro do Ambiente de Contratação Livre, o ideal é contar com uma consultoria especializada, como a da Esfera Energia.

Além de cuidar do processo burocrático da migração para o Mercado Livre, a Esfera tem soluções que otimizam a previsão de custos e a gestão da energia elétrica. E, caso sua empresa seja uma usina geradora, oferece todo suporte na comercialização, sempre pelo melhor preço e com segurança regulatória.

Para saber mais sobre como podemos ajudar, fale agora mesmo com um especialista Esfera!

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Aconteceu em Abril: O comportamento do PLD Horário e os recordes de geração solar e eólica

Aconteceu em Abril: O comportamento do PLD Horário e os recordes de geração solar e eólica

Com as gerações eólica e fotovoltaica batendo recordes na primeira quinzena, o mês de abril apresentou elevada amplitude no intraday (dentro do mesmo dia) mostrando que de fato a implementação do PLD horário aproximou a precificação da operação.

Confira abaixo nossas análises sobre o impacto da geração intermitente no PLD.

O comportamento do PLD Horário

O PLD de abril apresentou volatilidade moderada iniciando o mês próximo dos  R$100/MWh, chegando a valores médios diários abaixo de R$80/MWh e próximos à R$170/MWh, fechando o mês em R$132,63/MWh no Sudeste/Centro-Oeste.

No Sul foram observados descolamentos principalmente no período de pico de consumo, o que fez com que o PLD fechasse R$4,29/MWh acima do Sudeste/Centro-Oeste.

O Nordeste fechou o mês com um PLD médio de R$88,55/MWh, influenciado pela boa afluência do Norte e pela geração de fontes renováveis.

Norte fechou o mês em R$77,27/MWh, descolando do piso regulatório à medida que nos aproximamos do final do período de boas afluências do submercado. 

Novamente ressaltamos que o ponto de atenção do mês foi o aumento da amplitude do PLD horário no SE/CO e Sul, que diante das más condições dos reservatórios do SE/CO e consequente aumento da dependência da geração do Norte e das usinas intermitentes do NE, apresentou diferenças de cerca de R$100/MWh entre o PLD mínimo e máximo horário no intraday, como podemos observar nos gráficos abaixo.




Este foi um mês interessante para compreendermos melhor a dinâmica do PLD horário, implementado em janeiro de 2021, que apesar do descasamento na primeira quinzena, o PLD horário entre submercados se mostrou acoplado durante as primeiras horas do dia com uma frequência superior a esperada pelo mercado. 

Este fator é explicado pela dinâmica de intercâmbio de energia entre os subsistemas do Sistema Interligado Nacional (SIN), dado que durante a madrugada, a redução da demanda corrobora para o não atingimento dos limites de intercâmbio de energia.

No entanto, o fato mais interessante é que este acoplamento foi um dos grandes responsáveis pela elevação da amplitude do PLD.

Em parte, os impactos citados podem ser explicados pelo período de maior geração hídrica do submercado Norte, que se encontra no final de sua temporada de chuvas, mas essa não é a única explicação.

Recorde de geração Eólica e Solar

Abril também apresentou um montante de geração eólica e solar acima do esperado para o Nordeste, chegando a bater recordes de geração nas duas modalidades.

No dia 08/04, o sol brilhou forte e a geração solar bateu o recorde de geração instantânea com 1.862 MW, às 11h10.

Ainda no mesmo dia, a geração eólica superou dois recordes, o primeiro também foi o de geração instantânea, atingindo a marca dos 10.565 MW, às 23h50 e o segundo foi o de geração média, que bateu 9.257 MW Médios, montante suficiente para suprir 81% da demanda do submercado, o que acabou tornando o Nordeste um exportador de energia para os demais submercados.

Recordes como esses chamam a atenção para as gerações renováveis e nos fazem indagar em como isso pode impactar no preço da energia.

Em termos gerais, a energia gerada por fontes renováveis tem um custo menor de produção quando comparado ao Custo Variável Unitário (CVU) das usinas térmicas a gás, carvão ou óleo utilizadas para complementar a geração hídrica no Brasil, e acaba reduzindo o PLD nas horas que sua complementaridade é capaz de deslocar a geração termelétrica, como em situações de carga reduzida e ou geração renovável elevada.

Acompanhamento da Carga

A carga segue uma redução natural sazonal da entrada do período de temperaturas menores, mas acima do observado em 2019 e principalmente no mesmo período de 2020, quando os efeitos do início da pandemia foram os mais severos para a economia. 


O nível do reservatório do Sudeste/Centro-Oeste, durante o mês, sofreu um deplecionamento em torno de 0,5% fechando em 34,7% da capacidade máxima de armazenamento, um dos piores níveis já observados no histórico para o mês, motivo de preocupação, pois o atual nível e a expectativas de chuvas abaixo da média, criam um cenário de tendência de preços elevados e até a um risco de déficit de energia. 

Medidas de redução do risco de déficit estão sendo tomadas desde o final de 2020, quando o CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico) autorizou o despacho termelétrico e a importação fora da ordem de mérito, medida que elevam o custo de geração do sistema e que acabam sendo remunerados através do ESS (Encargos de Serviço do Sistema) , que implica em encargos elevados para os consumidores.

Entenda o que são os Encargos de Serviço do Sistema (ESS)

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