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Entenda como funciona o Gerenciamento de Energia Elétrica para redução de custos

Entenda como funciona o Gerenciamento de Energia Elétrica para redução de custos

A busca pela eficiência no consumo de energia elétrica e pela redução de custos tem levado muitas empresas a se atentarem para a necessidade de colocar em prática o gerenciamento de energia elétrica.

Essa gestão permite às organizações monitorar indicadores de desempenho energético e identificar oportunidades para a economia. Os gestores passam a trabalhar com relatórios que oferecem, em tempo real, todas as informações necessárias para tomadas de decisões mais precisas.

Continue conosco para compreender como aplicar o gerenciamento de energia elétrica da melhor forma na sua empresa. A seguir, explicaremos como funcionam os sistemas de gestão de energia, a sua importância e como devem ser utilizados.

O que é o Gerenciamento de Energia Elétrica

O gerenciamento de energia elétrica é aplicado para que as empresas alcancem melhor desempenho energético, com a otimização de operações, redução de custos e do consumo de energia elétrica. Também tem como objetivo reduzir desperdícios e o impacto ambiental.

O padrão ideal de gestão de energia é definido pela norma ISO 50.001, que “estabelece os sistemas e processos necessários para melhorar o desempenho energético, incluindo a eficiência energética, uso e consumo”.

As empresas que seguem as diretrizes da ISO 50.001 se aproximam do objetivo de reduzir o consumo total de energia e, consequentemente, o seu custo. Para isso, essas organizações devem:

  • Implementar sistemas de gestão de energia elétrica;
  • Definir metas e objetivos a serem alcançados com a gestão de energia;
  • Coletar e utilizar dados para monitoramento dos hábitos de consumo de energia;
  • Mensurar resultados;
  • Reavaliar as metas e a eficiência das ações planejadas para alcançá-las;
  • Promover continuamente o gerenciamento de energia elétrica.

O monitoramento completo dos índices de consumo somente é possível graças ao uso de sistemas e softwares de gestão energética.  Por meio da análise de dados e estatísticas e uso de inovações tecnológicas, houve nos últimos anos a evolução do monitoramento e controle do consumo de energia. Entenda, a seguir, como funcionam os sistemas de gerenciamento de energia elétrica.

Como funcionam os Sistemas de Gerenciamento de Energia Elétrica

O monitoramento, o controle e a otimização do desempenho energético é possível com o uso dos Sistemas de Gestão de Energia (SGE).

Esses sistemas podem ser segmentados de acordo com a área em que serão implementados, como sistemas de gerenciamento de energia industrial, predial ou residencial.

Independentemente do local de instalação, os sistemas de gestão de energia têm a função de auxiliar os gestores a reduzir efetivamente o consumo e permitir o uso eficiente e energia, o que impactará na redução de custos.

Além dos sistemas de gerenciamento de energia elétrica, estão disponíveis no mercado softwares de gestão energética, que operam como centrais de dados para análises de hábitos e identificação de anomalias no consumo de energia elétrica.

Com o uso deles, é possível verificar equipamentos ou locais em que há desperdício, assim como avaliar a melhoria da eficiência operacional.

Em geral, os sistemas de gestão de energia oferecem relatórios com informações para tomadas de decisões mais precisas e permitem avaliar o impacto de ações relacionadas à economia de energia.

Para a contratação de sistemas ou softwares de gerenciamento de energia elétrica, é recomendável avaliar se as soluções entregam os dados e as funcionalidades necessárias e se permitem customização para atender às particularidades da empresa.

As melhores soluções geram notificações em situações de anomalia no consumo e contam com a consultoria de profissionais especializados em monitoramento e gestão de energia.

Importância do Gerenciamento de Energia Elétrica

A prática do gerenciamento de energia elétrica apresenta diversos impactos positivos para as empresas. Inicialmente, podemos pensar na redução de custos e melhor desempenho energético, mas as vantagens incluem ainda maior segurança no uso da energia elétrica.

As empresas passam a ter maior controle sobre o consumo de equipamentos e instalações e maior capacidade de identificar onde há desperdício de energia e oportunidades de economia.

A implementação de sistemas de gestão de energia visa ainda diminuir a emissão de gases poluentes, como dióxido de carbono (CO2). Consequentemente, as empresas podem se posicionar como organizações que implementam ações para a preservação ambiental.

Como fazer a gestão de energia elétrica

O gerenciamento de energia elétrica parte de uma análise prévia sobre os hábitos de consumo de energia e a identificação de oportunidades de economia.

Neste momento, é preciso analisar medições anteriores, avaliar infraestrutura e coletar todos os dados que permitam um diagnóstico completo.

A partir de uma auditoria energética, será possível estabelecer metas a serem cumpridas com o sistema de gestão de energia e estruturar processos necessários para que os resultados sejam alcançados.

Na prática, o gerenciamento de energia elétrica monitora e rastreia os indicadores de desempenho energético, permitindo que os gestores meçam e acompanhem o progresso das ações que visam gerar diminuição de consumo e redução de gastos.

Os sistemas de gerenciamento de energia aumentam a produtividade dos profissionais responsáveis pela gestão, organizam e simplificam as atividades, indicando o caminho para alcançar a eficiência energética.

Para obter o melhor desempenho energético, utilize as soluções mais avançadas em comunicação e gestão de energia.

Desenvolvido pela Esfera Energia, o hud é uma plataforma planejada para simplificar o acesso às informações referentes ao Mercado Livre de Energia.

Com os recursos mais modernos de tecnologia da informação e comunicação, o hud concentra num único lugar todos os processos e informações sobre sua atuação no Mercado Livre de Energia Elétrica.

Em tempo real, sua empresa recebe relatórios de economia e eficiência energética, além de análises de especialistas de mercado e informações meteorológicas altamente detalhadas.

Para conhecer as melhores soluções em gestão de energia elétrica, fale com um especialista Esfera!

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Veja como mudar de fornecedor de energia elétrica no Brasil

Veja como mudar de fornecedor de energia elétrica no Brasil

O setor energético no Brasil tem uma série de regras, em especial quando se trata de como mudar de fornecedor de energia. Hoje não são todas as pessoas que têm acesso a essa opção, o que é muito diferente do que acontece na Europa, por exemplo. 

Enquanto aqui é preciso ter uma demanda mínima para conseguir mudar de fornecedor, o mercado europeu é completamente aberto e até mesmo os consumidores residenciais podem escolher de qual empresa comprar energia. 

Segundo um levantamento da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), 80% dos consumidores gostariam de poder escolher o fornecedor de energia elétrica. Inclusive, a Abraceel defende o Mercado Livre de Energia, pois isso tornaria o setor mais competitivo. 

Veja no gráfico abaixo a evolução desde 2014 até 2020 do interesse por conseguir fazer essa mudança: 

Percentual de consumidores que gostariam de mudar o fornecedor de energia, segundo a Abraceel

Fonte: Abraceel

A pesquisa também mostra que 64% dos entrevistados trocariam de fornecedor caso a medida fosse implementada no Brasil e, para a maioria das pessoas, o maior motivo de troca seria o preço. 

Isso evidencia o potencial que o Brasil tem para expandir o Mercado Livre e como há demanda pela possibilidade de negociar diretamente com os fornecedores e, assim, conseguir ofertas melhores pela energia contratada.

Mas por que estamos falando em Mercado Livre de Energia? A seguir explicaremos o processo sobre como mudar de fornecedor de energia e quais são os critérios que existem hoje no Brasil. 

O que é preciso saber a respeito de como mudar de fornecedor de energia

O setor energético brasileiro é atualmente segmentado em dois “ambientes”:

  • Ambiente de Contratação Regulada (ACR): formado por consumidores cativos que têm acesso à energia com tarifas estabelecidas pelo governo e pagam mensalmente pelo serviço de distribuição e de geração de energia;
  • Ambiente de Contratação Livre (ACL): são os consumidores livres que negociam energia no Mercado Livre de Energia e podem encontrar preços melhores do que os normalmente disponíveis no ambiente regulado. Hoje representa cerca de 30% do mercado energético do Brasil.

Por isso começamos o artigo citando o Mercado Livre. Para mudar de fornecedor, é preciso estar no ACL e, no Brasil, ainda há algumas restrições que impedem que todos tenham acesso a todos os fornecedores do país — diferentemente do que acontece na Europa, por exemplo, que permite que todos estejam no Mercado Livre de Energia.

Por aqui, apesar do ACL ter uma parcela menor do setor energético, é um mercado que está em franco crescimento no Brasil. Segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), apenas em setembro de 2020 o Mercado Livre cresceu 22%. Além disso, estão acontecendo cerca de 150 migrações por mês, em média, o maior volume desde 2016.

Para entrar neste mercado é preciso atender a alguns requisitos mínimos. O primeiro deles é fazer parte da CCEE e se enquadrar em algumas das categorias abaixo: 

  • Consumidor Livre: tem uma demanda mínima de 1.500 kW e pode escolher o fornecedor de energia elétrica por meio de livre negociação;
  • Consumidor Especial: tem uma demanda entre 500 kW e 1,5MW, podendo adquirir energia de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) ou de fontes renováveis como  eólica, biomassa ou solar;
  • Comunhão: caso a empresa não tenha demanda suficiente para conseguir entrar no Mercado Livre, é possível fazer uma comunhão de cargas com outras unidades consumidoras para atingir o mínimo necessário de 500 kW. Porém, isso apenas é válido para consumidores com o mesmo CNPJ e alocados no mesmo submercado ou localizados em áreas que não são separadas por vias públicas.

Por enquanto, apenas empresas com uma alta demanda de energia conseguem entrar no Mercado Livre para negociar energia — para se ter uma noção, um transformador de rua comum que atende a diversas residências tem uma capacidade de gerar cerca de 75 kW.

Processo para mudar de fornecedor de energia

Para entrar no Mercado Livre é necessário fazer uma migração, desde que se atenda aos requisitos mínimos citados anteriormente. Uma vez no Mercado Livre, é possível fazer a mudança de fornecedor de energia. 

Nele os consumidores podem escolher melhores preços, prazos, volume e forma de pagamento diretamente com os geradores ou comercializadores de energia elétrica no país. 

Dessa forma, ganha-se mais liberdade para escolher um fornecedor com tarifas mais atrativas do que as tradicionalmente reguladas pelo governo. Inclusive, como no Mercado Livre de Energia as empresas conseguem encontrar melhores ofertas e obter preços inferiores do que os estabelecidos no ACR, é possível alcançar até 35% de redução de custos com energia elétrica.

A energia no Mercado Livre é mais barata justamente pela possibilidade de negociar o preço diretamente com os fornecedores, afinal, quanto maior a competitividade, mais as empresas farão ofertas melhores para conquistar mais clientes, e, por consequência, ampliar sua presença no mercado.

Inclusive, um projeto de lei que está em tramitação no Senado Federal propõe a abertura do Mercado Livre de Energia para todos os consumidores. Entenda aqui todos os detalhes da proposta.

Além disso, o Mercado Livre também permite a contratação de carga sob medida de acordo com a demanda, o que, por sua vez, torna possível fazer uma previsão orçamentária muito mais precisa e amplia o poder de tomada de decisões com base em dados mais assertivos.

E mais: este mercado também permite a venda do excedente de energia. Durante a contratação, pode acontecer de algumas estimativas serem mais altas do que o consumo que de fato acontece. Por isso, a legislação do Mercado Livre permite a venda para os outros agentes do setor e o comprador não fica no “prejuízo”. 

Fazer a migração para o Mercado Livre pode parecer um processo burocrático, por isso existem empresas especializadas que fornecem todo o respaldo necessário para companhias entrarem nesse mercado e usufruírem de todos os seus benefícios, tal como mudar de fornecedor de energia e conseguir preços melhores. 

É o caso da Esfera Energia, empresa que realiza uma consultoria completa para ajudar os clientes a migrarem para o Mercado Livre de Energia. Temos acesso direto aos maiores
geradores de liquidez do mercado, representamos empresas em negociações de compra e venda e fornecemos toda a assessoria necessária para o planejamento da contratação de energia.

Agora que você sabe como mudar de fornecedor de energia, o que está esperando para fazer a migração para o Mercado Livre? Fale agora mesmo com um de nossos especialistas!

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Descubra como vender energia no Mercado Livre em etapas simples

Descubra como vender energia no Mercado Livre em etapas simples

Tanto se fala em compra e venda de energia, mas, afinal, como vender energia no Mercado Livre? Essa dúvida pode surgir para quem está começando a entender as novas formas de negociação existentes no Brasil em relação à energia, e aqui vamos te ajudar a entender isso. 

Porém, antes de começar, é preciso relembrar alguns pontos importantes sobre o Mercado Livre de Energia. Ele permite que os consumidores negociem preços, prazos, volume e forma de pagamento diretamente com os geradores ou comercializadores de energia elétrica no país, sem que haja a intermediação de um distribuidor. 

Aqui você confere qual é o potencial de crescimento do Mercado Livre de Energia.

Isso proporciona aos consumidores mais liberdade para escolher um fornecedor com tarifas mais atrativas do que as tradicionalmente reguladas pelo governo. Além disso, essas negociações são possíveis porque hoje o mercado de energia elétrica no Brasil é separado em dois “ambientes”:

  • Ambiente de Contratação Regulada (ACR): formado por consumidores cativos que têm acesso à energia com tarifas estabelecidas pelo governo e pagam mensalmente pelo serviço de distribuição e de geração de energia. Hoje representa cerca de 70% da energia comercializada no país;
  • Ambiente de Contratação Livre (ACL): são os consumidores livres que negociam energia no Mercado Livre de Energia e podem encontrar preços melhores do que os normalmente disponíveis no ACR.

Agora ficará mais fácil entender como vender energia no Mercado Livre. A seguir explicaremos o que é preciso saber para fazer uma negociação, mostraremos quais são os requisitos mínimos necessários para entrar no Mercado Livre e também qual a importância de se ter um agente comercializador. Continue lendo. 

Como vender energia no Mercado Livre

Uma das grandes vantagens de vender energia no Mercado Livre é a possibilidade de negociação da energia excedente, desde que haja a autorização da ANEEL para que isso seja feito. 

Ao comprar energia, pode acontecer de o consumidor fazer estimativas que nem sempre irão corresponder ao que de fato será utilizado. Isso significa que a energia que não foi usada pode ser comercializada para outros agentes do Mercado Livre, de modo que todas as partes acabam beneficiadas por isso. 

Além disso, como explicamos anteriormente, aqueles que estão no ACL podem vender e comprar energia diretamente dos fornecedores e comercializadores, sem que haja a necessidade da intermediação de uma distribuidora. 

Isso ocorre por meio da existência de contratos bilaterais e tem valores, prazos e volumes negociados de forma individual. No ambiente livre, os contratos de fornecimento de energia podem ter, no máximo, cinco anos, enquanto no ambiente regulado é possível ter contratos com prazos de até 30 anos.

Requisitos para entrar no Mercado Livre

Para participar do Mercado Livre é preciso atender a alguns requisitos mínimos. O primeiro deles é fazer parte da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e se enquadrar em algumas das categorias abaixo:

  • Consumidor Livre: tem uma demanda mínima de 1.500 kW e pode escolher o fornecedor de energia elétrica por meio de livre negociação;
  • Consumidor Especial: tem uma demanda entre 500 kW e 1,5MW, podendo adquirir energia de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) ou de fontes renováveis como  eólica, biomassa ou solar;
  • Comunhão: caso a empresa não tenha demanda suficiente para conseguir entrar no Mercado Livre, é possível fazer uma “comunhão” com outras unidades consumidoras para atingir o mínimo necessário de 500 kW. Porém, isso apenas é válido para consumidores com o mesmo CNPJ e alocados no mesmo submercado ou localizados em áreas que não são separadas por vias públicas.

Entenda aqui sobre a comunhão de cargas no Mercado Livre.

Para fins de comparação, um transformador de rua comum que atende a diversas residências tem uma capacidade de cerca de 75 kW. Isso significa que, por enquanto, apenas empresas com uma alta demanda de energia conseguem entrar no Mercado Livre para negociar energia.

De qualquer maneira, isso já está transformando a forma como se compra e consome energia no país, então é cada vez mais importante entender como as negociações no Mercado Livre funcionam para estar preparado para as mudanças que estão por vir.

Nesse sentido, está tramitando no Senado Federal um projeto de lei que propõe a abertura do Mercado Livre de Energia para todos os consumidores. Entenda aqui a proposta.

Importância de uma empresa gestora

Sendo um agente da CCEE e estando no Mercado Livre, o próximo passo para que seja possível vender energia no Mercado Livre é ter uma empresa gestora, a qual irá realizar as operações de acordo com as necessidades dos clientes.

A gestora irá entender quais são suas respectivas demandas para oferecer a eles as melhores opções disponíveis no mercado. Além disso, é seu papel também atuar como uma facilitadora de todas as documentações necessárias para que a operação aconteça. 

Para fazer a melhor negociação de venda, é preciso que a gestora entenda com seu cliente quanto a empresa pretende gerar de economia a longo prazo, para que assim a venda traga os melhores resultados de acordo com aquilo que foi previamente acordado. 

Agora que você já sabe como vender energia no mercado livre, para dar andamento a isso é recomendável ter o apoio de uma consultoria especializada que possa fazer um acompanhamento de todo o processo de negociação. 

A Esfera Energia apoia empresas que desejam entrar no Mercado Livre de Energia e realiza todo o processo burocrático com assertividade e eficiência, tendo como foco os ganhos que serão gerados para seus clientes.

Além disso, a Esfera também oferece soluções para otimizar a previsão de custos e a gestão da contratação de energia, e trabalha constantemente para adotar novas tecnologias que rentabilizem as operações das empresas.

Para saber mais, fale com um de nossos especialistas!

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O que é tarifa azul e verde e como escolher a melhor

O que é tarifa azul e verde e como escolher a melhor

Ao realizar a contratação de demanda de energia, uma empresa irá se deparar com duas escolhas: as tarifas azul e verde. Elas estão diretamente relacionadas aos horário ponta e fora ponta, que diferenciam o consumo energético em determinados períodos do dia. 

Então, para ajudar nessa questão, primeiro explicaremos o que é horário ponta e fora ponta, depois mostraremos as diferenças entre a tarifa azul e verde e, por fim, como fazer a melhor escolha para o seu negócio.

Continue lendo e veja tudo o que você precisa saber a respeito desse assunto.

Horário ponta e fora ponta

Antes de irmos à explicação sobre as tarifas azul e verde, é importante entender qual a diferença entre horário ponta e fora ponta. Esses conceitos dizem respeito à demanda e ao consumo, que, apesar de usualmente serem usados como sinônimos, têm significados diferentes.

Demanda é a potência de energia necessária para atender ao consumo em determinados períodos do dia, ou seja, a capacidade do sistema elétrico. Tal potência normalmente é medida em kW (quilowatt) ou MW (megawatt).

Já o consumo é a quantidade utilizada, sendo medido em kWh (quilowatt-hora) ou MWh (megawatt-hora). Uma conta de energia tradicional é o acumulado de consumo energético ao longo de um mês.

Ao longo de um dia e em alguns períodos do ano, a demanda e o consumo de energia sofrem variações, passando por picos e baixas. No final da tarde, por exemplo, há um pico, pois as pessoas começam a acender as luzes. Já de madrugada acontecem as baixas, pois muitas empresas não estão operando e a população está dormindo.

É por conta dessas variações que foram determinados o horário ponta e fora ponta, de modo que cobranças diferentes são feitas de acordo com a demanda e consumo — as chamadas tarifas horosazonais. 

Mas o que é tarifa horosazonal? É o valor cobrado de acordo com o consumo de energia elétrica e a potência requisitada em horários específicos ao longo do dia e também em determinados períodos do ano.

Horário ponta

O horário ponta é um período de três horas consecutivas que normalmente ocorre das 18h às 21h, exceto aos sábados, domingos e feriados. Por conta de ser um horário de alta demanda e consumo, pode haver uma cobrança triplicada de energia — ou seja, uma tarifa horosazonal, pois tem como base a necessidade de energia em um momento específico do dia.

O objetivo dessa cobrança mais alta é justamente reduzir o pico e não sobrecarregar as linhas de transmissão. 

Horário fora ponta

Horário fora ponta são todas as demais horas do dia além do período ponta. A determinação desse intervalo varia de acordo com a concessionária, mas normalmente é das 0h às 17h59 e das 21h às 23h59.

O que são as tarifas azul e verde

Ao fazer uma contratação de valores, consumidores de alta tensão (grupo A) podem solicitar à concessionária duas opções de enquadramento tarifário: a tarifa azul e a tarifa verde. Tal enquadramento permite que diferentes perfis de consumo de empresas se encaixem melhor nas políticas de preços regulamentadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).

Qual a diferença entre tarifa azul e verde

A tarifa verde permite que os valores de consumo sejam ou não diferentes no horário ponta e horário fora ponta, mas a cobrança pela demanda de potência é única e o preço de transporte na ponta é maior.

Já a tarifa azul de energia tem dois valores diferentes de demanda de potência de acordo com o horário ponta e o horário fora ponta.

Então, em resumo, a diferença entre a tarifa azul e verde é a tarifa paga no consumo de ponta: a tarifa verde tem apenas um valor para demanda e um preço mais alto no transporte de ponta, ao passo que a tarifa azul tem dois valores de demanda, os quais mudam de acordo com as horas de utilização do dia. 

É importante não confundir a tarifa azul e verde com as bandeiras tarifárias. Estas têm como objetivo informar ao consumidor quando a energia está mais cara ou barata de acordo com três classificações: verde, amarela e vermelha.

Aqui estamos falando especificamente sobre a tarifa azul e verde, às quais estão relacionadas à contratação de valores de energia.

Qual a melhor tarifa para o meu negócio?

A escolha entre a tarifa azul e verde depende de alguns fatores. Por isso, é importante fazer simulações, projetar os consumos no horário ponta e fora ponta, entender qual a demanda energética da sua empresa e então tomar uma decisão. 

Além disso, é válido considerar uma migração para o Mercado Livre de Energia, principalmente porque a energia no mercado livre é cobrada pela distribuidora conforme as regras de ponta e fora ponta sob a demanda de potência e o valor não muda de acordo com os horários em que há picos de consumo.

Para te ajudar nessa decisão, você pode contar com a Esfera Energia, empresa que realiza uma consultoria completa para ajudar os clientes a migrarem para o Mercado Livre de Energia e que também ajuda o cliente a comprar energia nos melhores momentos.

Apoiamos empresas que desejam entrar nesse mercado e fazemos todo o processo burocrático com assertividade e eficiência, tendo como foco os ganhos que serão gerados para nossos clientes.

Além disso, também temos soluções para otimizar a previsão de custos, tornamos a gestão da contratação de energia mais eficiente e trabalhamos constantemente para adotar novas tecnologias que rentabilizem as operações das empresas.

Para saber mais, fale com um de nossos especialistas!

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Como calcular o consumo de energia elétrica empresarial?

Como calcular o consumo de energia elétrica empresarial?

Quando as empresas sabem como calcular o consumo de energia elétrica, a gestão do consumo se torna muito mais assertiva, pois é possível encontrar onde há mais gasto energético e como mudar isso. 

Além disso, o cálculo do consumo empresarial é diferente do residencial, até porque as empresas estão em outro grupo de consumidores. Com o objetivo de tornar o sistema elétrico mais eficiente, foi feita uma divisão entre Grupo A e Grupo B:

  • Grupo A: consumidores de média e alta tensão, no qual estão as indústrias de médio e grande porte;
  • Grupo B: consumidores de baixa tensão, sendo eles residências e comércio. 

Os integrantes do Grupo A, por exemplo, precisam determinar qual é o volume de consumo de suas respectivas empresas e informá-lo para a distribuidora da região para poder fazer a contratação de energia — essa demanda é chamada de “demanda contratada”.

Por isso, é importante entender como calcular o consumo de energia, para que assim seja possível fazer negociações com mais assertividade. Além disso, quando uma empresa ultrapassa o valor de consumo que havia sido previamente acordado, é cobrada uma multa sobre isso, então é fundamental saber de fato qual é a demanda de energia para contratar o necessário.

Como calcular o consumo de energia

No Brasil, a tarifa de energia elétrica é regulada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). De acordo com as resoluções da ANEEL, o cálculo da tarifa considera:

  • Energia gerada
  • Transporte de energia até as unidades consumidoras (transmissão e distribuição)
  • Encargos setoriais

O custo da transmissão e distribuição da energia é chamado de Tarifa de Uso dos Sistemas de Distribuição (TUSD). Em relação aos encargos setoriais, estão impostos dos governos Federal, Estadual e Municipal, respectivamente:

  • PIS/COFINS
  • ICMS (diferente entre estados)
  • Contribuição para Iluminação Pública

Além disso, desde 2004 o valor da energia elétrica também passou a ser determinado por meio de leilões. Essa “competição” é benéfica para tanto para as empresas, quanto para os consumidores, pois faz o preço cair. 

Em relação aos custos de transporte de energia, a ANEEL afirma que “atua para que as tarifas sejam compostas por custos eficientes, que efetivamente se relacionem com os serviços prestados.” Já os encargos não são de responsabilidade da ANEEL, mas estão presentes no cálculo por conta da instituição de leis. 

Na imagem abaixo estão as porcentagens de quanto cada parte do cálculo representa no custo total de energia:

Fonte: ANEEL

Para calcular o valor é preciso multiplicar o consumo de energia no período faturado (normalmente apresentado nas faturas de energia na unidade de kWh) pela soma das tarifas de energia (TE) e de uso do sistema de distribuição (TUSD), de acordo com o posto tarifário (consumo ponta e consumo fora ponta). 

O mesmo é utilizado para o cálculo de consumo de demanda: multiplica-se a demanda contratada (ou registrada) pelo valor da tarifa de uso do sistema de distribuição (TUSD), também de acordo com o posto tarifário (ponta e/ou fora ponta).

Agora é possível entender melhor como é medido o consumo de energia elétrica no Brasil. Mas por que é importante saber disso, afinal? Vamos explicar a seguir. 

A importância de saber como calcular o consumo de energia

Um dos principais motivos que nós já mostramos aqui anteriormente é o fato de permitir que as empresas tenham mais clareza sobre quanto de energia consomem e, assim, consigam fazer contratos de compra com mais precisão. 

Isso evitará o pagamento de multas por excesso de uso e ajudará a manter o controle sobre o consumo. Aliás, ter mais controle é outra vantagem de saber fazer o cálculo, pois é a partir disso que é possível entender melhor o funcionamento de todos os dispositivos da empresa, fazer projeções e identificar o que pode ser feito para reduzir o consumo. 

Ao reduzir o consumo, por consequência haverá uma economia de energia, o que também é fundamental para qualquer empresa. Buscar soluções a todo momento para otimizar a gestão da energia elétrica é o melhor caminho para reduzir custos e ainda contribuir para o meio ambiente. 

Importante destacar que empresas que prezam pela sustentabilidade são cada vez mais notadas pelos consumidores e vistas com bons olhos. Por isso, pensar em diminuir o consumo energético tem um impacto ambiental muito significativo, então é importante ter atenção a isso. 

Por fim, saber como calcular o consumo de energia também é importante para entender que investir em equipamentos com melhor custo-benefício pode fazer toda a diferença na demanda energética da empresa. Faça uma varredura completa dos aparelhos que gastam mais e procure substituí-los assim que possível. 

Como economizar no consumo e no valor pago pelo kWh

Ao fazer os cálculos, você poderá identificar que o consumo de energia elétrica está muito alto e que o valor do kWh também está elevado. Para isso, é possível lançar mão de algumas opções. 

Um caminho é rever se o valor pago mensalmente para a distribuidora de fato está sendo consumido. Caso contrário, você pode buscar alternativas para rever o preço acordado anteriormente. 

Outra opção é migrar para o Mercado Livre de Energia, o qual permite que empresas negociem diretamente com o gerador ou comercializador de energia elétrica. Isso porque, ao deixar de comprar energia das distribuidoras tradicionais, a empresa pode entrar no mercado livre e escolher o melhor valor dentre os oferecidos por diversas geradoras.

Segundo levantamento da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o mercado livre cresceu 22% no último ano. O dado é muito relevante e mostra como esse segmento está ganhando força no país.

Caso você tenha interesse em fazer a migração e não saiba por onde começar, a Esfera Energia é uma empresa que realiza uma consultoria completa para ajudar os clientes a migrarem para o Mercado Livre de Energia.

Fazemos todo o processo de migração com foco nos ganhos que serão gerados para nossos clientes e também representamos empresas nas negociações para garantir as melhores condições possíveis na contratação de energia.

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O que é gestão de energia elétrica e como fazer com eficiência?

O que é gestão de energia elétrica e como fazer com eficiência?

Encontrar estratégias para reduzir os custos operacionais é uma tarefa constante em empresas. Nesse sentido, uma gestão de energia elétrica eficaz pode fazer toda a diferença na ponta do lápis e a economia gerada pode ser realocada para outras demandas financeiras do negócio.

Ou seja, pensar em eficiência energética é fundamental para otimizar quanto se gasta com essa demanda, pois é possível estruturar um plano para encontrar possíveis falhas no consumo e repensar como isso pode ser feito. 

A seguir vamos apresentar tudo o que você precisa saber a respeito da gestão de energia elétrica, mostraremos por que é importante monitorar o consumo de energia e, por fim, vamos explicar como fazer uma gestão verdadeiramente eficaz. Confira!

O que é gestão de energia elétrica

Gestão de energia elétrica são ações que têm como objetivo alcançar a eficiência energética por meio da mensuração do consumo. Com base em dados, é possível encontrar oportunidades para otimizar a demanda atualmente consumida e, assim, evitar o desperdício energético.

Além da redução de custos, outros dois principais objetivos da gestão de energia elétrica são a diminuição da emissão de gases do efeito estufa, como dióxido de carbono e metano, assim como a redução do risco de um consumo descontrolado acabar com a energia contratada pela empresa e parar a operação por tempo indeterminado — acarretando também na necessidade de realizar uma contratação emergencial, a qual tem um custo muito mais elevado.

Para impulsionar essa gestão e torná-la ainda mais eficiente, foi criada a ISO 50001.

ISO 50001

ISO é a sigla para “International Organization for Standardization” e é uma federação a nível global que estabelece normas internacionais para diferentes produtos e serviços dos mais diversos segmentos.

No caso da ISO 50001, ela estabelece o Sistema de Gestão de Energia (SGE), o qual tem como objetivo otimizar o desempenho energético das empresas, englobando a eficiência energética e o consumo. 

Segundo informações da ABNT, “a ISO 50001 é apenas uma das muitas normas ISO que vão ajudar a garantir o acesso à energia acessível, confiável e moderna para todos até 2030”. Além disso, 95% dos usuários afirmaram que com a norma foi possível identificar atividades com maior consumo de energia.

Seu foco é tanto a redução das emissões de gases do efeito estufa quanto a economia gerada para as companhias por meio de uma gestão de energia elétrica eficaz. Com a norma, organizações de qualquer tipo podem traçar planos de ação para reduzir a demanda de energia e definir metas para que o objetivo seja atingido dentro de prazos estabelecidos.

Além disso, a ISO 50001 segue um modelo de “sistema de gestão de melhoria contínua” e estabelece algumas exigências para as organizações, como o desenvolvimento de uma política para o uso adequado da energia, definir metas e objetivos para que tal política seja realizada, mensurar resultados, fazer análises com base em dados para tomar decisões mais assertivas, revisitar a política estabelecida sempre que necessário e trabalhar continuamente para otimizar a gestão de energia elétrica.

Para adquirir a norma, basta acessar o site da ABNT. Lembrando que ela não é obrigatória para nenhuma empresa.

Por que é importante monitorar o consumo de energia?

Dentre as principais vantagens de fazer a gestão da energia elétrica, estão:

  • Identificar oportunidades de otimização de recursos;
  • Entender com mais clareza quando ocorrem os picos de consumo;
  • Fazer análises comparativas das demandas energéticas;
  • Encontrar soluções para reduzir o consumo;
  • Aumento da economia para a empresa;
  • Redução da emissão de gases do efeito estufa no planeta.

A seguir explicaremos melhor a importância do monitoramento constante do consumo de energia para impulsionar a eficiência da empresa.

Ao analisar criteriosamente o consumo energético ao longo de determinados períodos, é possível identificar padrões e oportunidades de otimização. Por exemplo, ao verificar a existência de picos de consumo, uma ação importante a ser feita é checar quais equipamentos estavam sendo usados no momento e averiguar se não é válido substituí-los por outros mais eficientes.

Porém, é importante lembrar que toda análise deve ser feita em comparação a um período anterior com condições similares de influências externas, principalmente em relação aos níveis de produção. O ideal é selecionar um período do ano vigente e compará-lo com o mesmo período do ano anterior, para citar uma opção.

De qualquer forma, é fundamental analisar os dados continuamente para checar se as ações necessárias identificadas inicialmente continuam sendo realizadas em prol da eficiência energética.

Não deixe que os colaboradores esqueçam da importância das ações e também preserve o hábito de fazer a manutenção recorrente de equipamentos para que o consumo não volte a aumentar.

E, claro, como já citamos anteriormente, fazer uma gestão eficiente da energia elétrica é um fator preponderante para reduzir a emissão de gases do efeito estufa que são tão prejudiciais para o planeta. Empresas que prezam pela sustentabilidade são cada vez mais bem vistas pelos consumidores, então dedique uma atenção especial a isso.

Como fazer uma gestão de energia elétrica eficaz

O primeiro passo é estruturar um planejamento com processos, metas e objetivos que devem ser atingidos por meio da gestão energética. Tal planejamento deve ser feito com base em dados obtidos a partir da mensuração da demanda atual, análise da infraestrutura da empresa e projeções sobre qual poderá ser a economia atingida caso as metas estabelecidas sejam alcançadas.

Lembre-se que a gestão energética deve ser um processo contínuo, não apenas uma ação pontual. Após identificar oportunidades de melhoria, é fundamental trabalhar de modo recorrente para que a empresa não volte a operar desperdiçando recursos e gastando mais dinheiro do que o necessário com isso.

Em relação aos custos, caso nesse levantamento você se depare com um consumo muito alto e preços elevados, este também é o momento de considerar migrar para o Mercado Livre de Energia. 

Nele é possível escolher fornecedores de energia e não ficar mais atado aos preços das concessionárias tradicionais. Além disso, por ser um mercado com mais concorrência entre quem comercializa a energia, o valor da tarifa tende a ser mais baixo.

Aqui você confere um conteúdo completo sobre o que é e como funciona o Mercado Livre de Energia.

Caso você se interesse em fazer a migração, a Esfera Energia é uma empresa que realiza a consultoria completa para ajudar os clientes a migrarem para o Mercado Livre de Energia. Além disso, oferecemos soluções completas para empresas reduzirem até 35% dos custos com a conta de luz e alcançarem a eficiência energética. 

Para tornar esse processo ainda mais otimizado, também temos uma plataforma completa de comunicação e gestão, o hud, que permite acessar rapidamente todos os dados referentes à contratação e consumo da energia, bem como oferece insights sobre a performance energética, proporcionando assim uma gestão completa da energia da sua empresa.

Conheça o hud, plataforma da Esfera Energia para monitoramento de energia elétrica

Seguindo esses passos, é possível melhorar exponencialmente a gestão de energia elétrica do seu negócio e ainda contar com o suporte integral de uma consultoria especializada no assunto e que tem como foco os ganhos dos clientes.

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Regras do Mercado Livre de Energia que você precisa conhecer

Regras do Mercado Livre de Energia que você precisa conhecer

A possibilidade de escolher um fornecedor de energia com o melhor custo benefício para sua empresa é muito atrativa, mas antes é preciso conhecer as regras do Mercado Livre de Energia.

Tendo conhecimento das principais diretrizes, é possível começar a planejar a migração para o Mercado Livre. De acordo com levantamento da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), no último ano houve um crescimento de 22% no volume de consumidores que passaram do mercado cativo para o mercado livre.

Então, se você também quer ter a liberdade de poder negociar o preço da sua energia diretamente com o fornecedor, veja quais são as regras do Mercado Livre de Energia e como fazer a migração.

Principais regras do Mercado Livre de Energia

No Mercado Livre de Energia, os consumidores podem negociar preço, prazo, volume e forma de pagamento direto com as empresas geradoras ou comercializadoras de energia elétrica. 

Antes de explicar quais são as regras, é preciso mostrar como o setor energético no Brasil está segmentado:

  • Ambiente de Contratação Regulada (ACR): formado por consumidores cativos que têm acesso à energia com tarifas estabelecidas pelo governo e pagam mensalmente pelo serviço de distribuição e de geração de energia;
  • Ambiente de Contratação Livre (ACL): são os consumidores livres que negociam energia no Mercado Livre de Energia e podem encontrar preços melhores do que os normalmente disponíveis no ambiente regulado. Hoje representa cerca de 30% do mercado energético do Brasil.

Então, para fazer a migração para o ACL e, por consequência, para o Mercado Livre, é preciso seguir algumas regras e atender a requisitos mínimos.

O primeiro deles é se tornar um agente na CCEE para que todos os direitos e deveres das partes envolvidas na negociação sejam garantidos. 

Depois, é preciso se enquadrar em algumas das categorias abaixo:

  • Consumidor Livre: tem uma demanda mínima de 1.500 kW e pode escolher o fornecedor de energia elétrica por meio de livre negociação;
  • Consumidor Especial: tem uma demanda entre 500 kW e 1,5MW, podendo adquirir energia de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) ou de fontes renováveis como  eólica, biomassa ou solar;
  • Comunhão: caso a empresa não tenha demanda suficiente para conseguir entrar no Mercado Livre, é possível fazer uma comunhão de cargas com outras unidades consumidoras para atingir o mínimo necessário de 500 kW. Porém, isso apenas é válido para consumidores com o mesmo CNPJ e alocados no mesmo submercado ou localizados em áreas que não são separadas por vias públicas.

Lembrando que empresas de qualquer segmento podem fazer parte do ACL, desde que tenham a demanda mínima de energia necessária para operar no Mercado Livre de Energia, pois não há nenhuma restrição em relação a isso. 

Estando tudo certo em relação aos requisitos anteriores, é preciso também rescindir o contrato junto à distribuidora de energia informando a migração para o Mercado Livre, que pode ser efetivada em até 12 meses, dependendo do tipo do contrato.

Confira o vídeo abaixo para entender melhor como funciona o Mercado Livre de Energia:

Tipos de contratos

Para fazer parte do Mercado Livre é preciso ser um agente da CCEE, pois é ela que faz a regulação de todas as operações. Dessa forma, as transações de compra e venda precisam ser formalizadas por dois tipos de contratos:

  • Contratos curtos: as empresas podem optar por essa modalidade principalmente caso o preço esteja alto e não queiram se comprometer com esse custo elevado por muito tempo. Além disso, após o término do contrato, é possível tentar negociar novamente com um valor mais baixo;
  • Contratos longos: esses contratos permitem que os consumidores consigam barganhar preços melhores durante a negociação, até porque uma contratação a longo prazo é benéfica também para o fornecedor. Além disso, normalmente os contratos longos são fechados quando o preço está mais baixo, o que garante uma oferta melhor para o contratante.

De qualquer forma, é importante reforçar que não há garantias. O preço da energia no Mercado Livre é muito volátil por conta de uma série de variáveis: oferta e demanda, condições climáticas, volume de produção das usinas hidrelétricas, preço do combustível, custo de déficit e relação entre entrada de novos projetos e disponibilidade de geração e transmissão de energia.

Então, a melhor alternativa é recorrer a empresas especializadas que possam oferecer suporte para a negociação e definir as melhores estratégias para contração de energia.

Leia também: Existem riscos no Mercado Livre de Energia?

Requisitos técnicos

Dentre as regras do Mercado Livre de Energia também estão alguns requisitos técnicos necessários para a migração. Um deles é adequar o medidor de energia para o novo tipo de fornecimento que será realizado. 

Essa etapa é fundamental para que a empresa opere de acordo com as normas do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e da CCEE. O ponto de medição é instalado simultaneamente à realização do projeto de medição e comunicação de energia do consumidor que está migrando para o Mercado Livre.

Tal projeto serve para documentar toda a estrutura física e elétrica do local, de modo que depois seja possível determinar qual será o sistema utilizado na operação. Então, essas informações são repassadas para os órgãos reguladores citados acima, tornando assim todo o processo legal.

Essa parte técnica pode ser um desafio para empresas que não estão habituadas ao sistema do Mercado Livre de Energia, por isso reforçamos a importância de contratar os serviços de uma empresa especializada que possa apoiar a implementação da parte técnica também.

Importante ressaltar que, para operar no Mercado Livre com segurança e de acordo com as normas vigentes, é fundamental fazer o processo de migração conforme as leis estabelecem para que não haja problemas futuros que gerem qualquer tipo de ônus jurídico ou financeiro. 

Diante disso, o mais recomendável é contar com o suporte de uma consultoria que tenha conhecimento detalhado de todas as regras do Mercado Livre de Energia e que possa fazer todo o processo burocrático pela sua empresa.

A Esfera Energia, por exemplo, é uma empresa que realiza a consultoria completa para ajudar seus clientes a migrarem para o Mercado Livre de Energia.

Oferecemos uma assessoria completa no planejamento da contratação, apoiamos empresas para o cumprimento das obrigações legais e trabalhamos para garantir as melhores condições possíveis na contratação de energia.

Além disso, fazemos a contratação de energia sob medida para seu negócio e operamos em conformidade com as normas da CCEE e ONS.

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O que é um leilão de energia?

O que é um leilão de energia?

Para entender o que é um leilão de energia, basta ter em mente que esse é o processo que viabiliza a contratação de energia no Brasil. Com ele é possível atender às demandas do Ambiente de Contratação Regulada (ACR), o qual é composto por consumidores cativos.

No ACR, a energia é comprada pelos distribuidores justamente por meio de leilões. Após isso, o preço é determinado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). A seguir explicaremos exatamente o que é um leilão de energia, como ele é regulado, como funcionam os leilões e por que é importante que eles existam.

Confira.

O que é um leilão de energia e como ele é regulado

O leilão de energia serve para que os responsáveis pelo fornecimento de energia elétrica no Brasil “disputem” entre si e garantam que a demanda do mercado seja atendida dentro de um período determinado.  

Isso significa que nos leilões ocorre uma concorrência entre os agentes do setor para que seja feita a negociação dos contratos de fornecimento de energia dentro de um prazo previamente estabelecido.

Assim, é possível definir quem serão os responsáveis pela operação ou construção das instalações de transmissão. 

Hoje os leilões de energia são o principal caminho para se contratar energia no Brasil e ocorrem desde 2002. Eles são realizados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) com delegação da ANEEL.

Como funcionam os leilões de energia elétrica?

Hoje todo o processo ocorre online e a ANEEL determina qual é o valor máximo que a energia poderá ser comercializada no país. Os vencedores são aqueles que conseguem atingir a menor tarifa e, assim, tornam a contratação de energia mais eficiente. 

Segundo a CCEE, existem nove categorias de leilões de energia:

1. Leilão de Venda

Esse foi o primeiro leilão realizado e aconteceu em 2002. O objetivo foi disponibilizar a energia fornecida pelas geradoras federais, estaduais e privadas para os distribuidores e comercializadores. Dessa forma, todos puderam ter acesso de forma justa aos lotes de energia.

2. Leilão de Fontes Alternativas

Com o surgimento das fontes renováveis de energia, surgiu também esse tipo de leilão. Nele entraram as energias eólica, de biomassa e energia proveniente de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), aumentando assim as opções disponíveis no mercado energético brasileiro.

3. Leilão de Excedentes

Esse leilão aconteceu em 2003 e, como o próprio nome já diz, teve como objetivo vender o excesso de energia elétrica gerada pelas concessionárias e autorizadas responsáveis por isso no Brasil.

4. Leilão Estruturante

O objetivo do leilão estruturante é a compra de energia de projetos de geração indicados pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) e devem ser aprovados pelo presidente da República.

Esses leilões têm como foco empreendimentos que são prioridade em relação à licitação e implantação de energia por conta de seus objetivos estratégicos e por atender a determinadas demandas de interesse público.

5. Leilão de Energia de Reserva

A possibilidade de contratar energia de reserva foi uma solução encontrada para garantir mais segurança em relação ao fornecimento de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN). Então, para contratar esse tipo de energia (que também é vista como um “seguro”), é preciso participar dos leilões de energia de reserva.

6. Leilão de Energia Nova

Conforme novas usinas são construídas, é preciso criar alternativas para atender ao aumento de carga dessas distribuidoras. Para isso, existem os leilões de energia nova, nos quais é possível vender e contratar energia de usinas que ainda serão construídas.

Esse leilão pode ser de dois tipos: A-3, que são usinas que começarão a operar em até 3 anos, e A-5, que iniciarão suas operações comerciais em até 5 anos.

7. Leilão de Energia Existente

Esses leilões foram criados para a comercialização de energia gerada por usinas que já estão construídas e operando e que seus investimentos já tenham sido “pagos”, pois, assim, a energia possui um custo mais baixo.

8. Leilão de Compra

Os leilões de compra aconteceram em 2003 e 2004 e teve como objetivo permitir que a energia de produtores com “sobras contratuais” pudesse ser comprada pelos distribuidores.

9. Leilão de Ajuste

Por fim, esse tipo de leilão serve para readequar os contratos de aquisição de energia por conta de diferenças entre previsões realizadas e o que de fato aconteceu no mercado.

Por que é importante que existam leilões de energia?

Os leilões de energia permitem a livre concorrência e a expansão do mercado no Brasil e também regulam a forma como os contratos são negociados no país. Isso possibilita que haja uma disputa justa e que investimentos sejam feitos para a criação de novas instalações. 

Além disso, os leilões determinam quem serão os prestadores de serviço e quais são as melhores alternativas para que os custos de produção e transmissão sejam menores. Assim, no final, o consumidor é o maior beneficiado, tendo uma cobrança de tarifa adequada pela energia que está recebendo. 

Entender o que é um leilão de energia e tudo relacionado a ele pode parecer um desafio, mas a Esfera Energia está aqui para te ajudar.

Apoiamos empresas que desejam entrar no Mercado Livre de Energia e realizamos todo o processo burocrático com assertividade e eficiência, tendo como foco os ganhos que serão gerados para os nossos clientes.

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