Confira o potencial de crescimento do Mercado Livre de Energia.
Benefícios como a possibilidade de definir a estratégia de contratação, o momento de compra, os fornecedores e as flexibilidades que se adequam ao perfil de consumo e que acabam melhorando a precisão das previsões de custos, atraem cada dia mais consumidores ao Mercado Livre de Energia, além é claro, da economia com a compra de energia.
O movimento migratório de consumidores do Mercado Cativo para o Mercado Livre teve um grande crescimento em 2016 devido a adesão dos chamados consumidores especiais, que para se adequarem a categoria, devem possuir demanda contratada igual ou maior que 500 kW e menor que 2.000 kW.
Esta curva de crescimento continuou em ascendência em 2019 e ao que tudo indica deve manter-se ao final de 2020 e início de 2021 com possibilidade de uma nova onda de elevação, em decorrência da queda dos preços de energia ocasionada pela Covid-19. Veja abaixo o comparativo entre a tarifa média aplicada aos consumidores cativos do subgrupo de tensão A4 e o Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) nos últimos 5 anos
O PLD é o valor que baliza todas as negociações no mercado de curto prazo do Mercado Livre. É definido semanalmente para cada submercado nacional (Norte, Nordeste, Sudeste/Centro-Oeste e Sul).
De acordo com o infográfico, o PLD esteve abaixo da tarifa média das distribuidoras em todos os anos analisados, e a representatividade do Mercado Livre ou ACL (Ambiente de Contratação Livre) em termos de consumo só aumentou. Embora o PLD seja a variável escolhida na comparação acima, destacamos que o esse é o preço de liquidação no mercado de curto prazo, servindo aqui, apenas como referência comparativa. Os preços dos contratos firmados no Mercado Livre normalmente são fechados com antecedência, capturando valores inferiores ao PLD, sendo um dos pontos mais importantes da gestão de energia no Mercado Livre a gestão eficiente na contratação de energia, com o objetivo de capturar os melhores momentos para se contratar energia buscando sempre uma gestão que não tenham conflitos de interesse, e dessa forma consiga proporcionar o maior benefício ao cliente.
Para entender melhor o mercado potencialmente livre que ainda está no Mercado Cativo ou ACR (Ambiente de Contratação Regulada) e que possa migrar nos próximos anos, selecionamos e analisamos as 23 maiores distribuidoras de energia do país, segundo a ANEEL, que juntas representam cerca de 56% do consumo total de energia do SIN (Sistema Interligado Nacional).
A partir dos dados dos últimos processos de reajuste/revisão tarifários apresentados pela ANEEL, levantamos informações do tamanho do mercado dos consumidores cativos pertencentes ao grupo de tensão de fornecimento igual ou superior a 2,3 kV (Grupo A).
Ainda que o Mercado Livre já represente 30,9% da energia consumida no SIN , o estudo foi capaz de estimar que cerca de 6,3 GW médios do Mercado Cativo são potenciais consumidores livres. Considerando a migração total desse mercado potencial, o Mercado Livre passaria a ter uma representatividade de 41% do consumo total do SIN, e este número deve ser ainda maior, dado que a amostra abrange 56% do consumo do SIN.
Além de outras distribuidoras menores não consideradas em nosso estudo, destacamos a tramitação do PLS 232/16 no senado. Popularizado como o marco do setor elétrico, o projeto de lei trata de aspectos referentes à modernização e abertura do Mercado Livre de Energia para consumidores do grupo de tensão B, que apresentam uma tensão de fornecimento inferior a 2,3 kV.
O Mercado Livre de Energia está crescendo e logo será realidade para boa parte dos consumidores brasileiros que poderão usufruir de todos os seus benefícios. É importante lembrar que neste mercado é essencial ter o apoio de uma gestora séria e idônea para propor as melhores soluções e mitigar os riscos de exposição ao mercado de curto prazo.
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